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Quais os melhores tratamentos contra piolhos?:tob bet
Às vezes, é preciso adotar um tratamento diferente para cada uma dessas fases diferentes. Por exemplo, uma aplicação do remédio para matar os piolhos, pente fino para tirar os ovos e as lêndeas, e uma nova aplicação do remédio. Mas médicos dermatologistas afirmam que cabe somente aos profissionaistob betsaúde especializados definir qual é o tratamento correto para cada caso.
As pessoas mais afetadas pelos piolhos costumam ser criançastob bet3 a 11 anos que frequentam escolas, principalmente as meninas — pelo hábito de,tob betgeral, usarem cabelos mais longos —, explica a médica Vania Oliveiratob betCarvalho, presidente do departamento científicotob betdermatologia da Sociedade Brasileiratob betPediatria (SBP).
É possível prevenir a transmissão com medidas como evitar compartilhar objetos (como pentes, chapéus e toalhas) ou tratar corretamente todas as pessoas afetadas do entorno. E diferentemente do que diz o senso comum, a presençatob betpiolhos não tem ligação com a faltatob bethigiene. Pelo contrário, o inseto prefere cabelos limpos, afirma a Fiocruz.
Além do incômodo, do riscotob betinfecções secundárias (por bactérias) etob betanemia por causatob betpiolhos, essa doença também gera problemastob betsociabilidade, estigma, estresse e preconceito.
Como o piolho humano vive e se reproduz
Os cientistas estimam que existam quase 3 mil espéciestob betpiolho, mas apenas três delas afetam os humanos. Uma delas afeta o couro cabeludo (pediculose da cabeça), outra atinge o corpo (pediculose do corpo, conhecida como muquirana) e outra a região pubiana (pediculose do púbis, conhecida como chato, que afeta os pelos próximos ao pênis ou à vagina).
Estima-se que elas tenham surgido há milharestob betanos, quando os piolhos humanos se separaram dos piolhos que afetam os chimpanzés. Os piolhos humanos foram identificados e nomeadostob bet1758 pelo explorador e botânico sueco Carl Linnaeus, considerado o pai da taxonomia (parte da biologia que se dedica a identificar, classificar e nomear os seres vivos).
Esses insetos afetam pessoastob bettodas as rendas etob betpraticamente todos os países do mundo. E ninguém está imune: eles afetam crianças, adultos e idosos.
O piolho resiste bem à temperatura do ambiente (mas costuma ceder às temperaturas mais altastob betsecadores e "chapinhas"). Ele se gruda ao couro cabeludo para colocar seus ovos, que são fixados por uma substância grudenta, como uma cola, que solidifica o ovo no lugar.
Segundo cientistas, o piolho se alimenta do sangue humano (por isso a coceira) e se instala próximo ao couro cabeludo, por exemplo, porque as condições ambientais (como temperatura) são melhores paratob betreprodução.
Normalmente, os piolhos "estão presentestob betpequeno número,tob betgeral menostob bet10 piolhos vivos ao mesmo tempo no couro cabeludo, têm vida curta e podem não ser facilmente observados", diz Carvalho, da Sociedade Brasileiratob betPediatria.
O ciclotob betvida do piolho funciona mais ou menos assim: eles vivemtob bettornotob betum mês. Por dia, cada fêmea coloca quase 10 ovos, chamadostob betlêndeas. De 7 a 10 dias depois esses ovos darão origem às ninfas (piolho na fase inicial). De 9 a 12 dias depois, essas ninfas chegam à fase adulta, períodotob betque podem acasalar e dar início ao ciclotob betnovo, explica a Fundação Oswaldo Cruz.
Ainda segundo a fundação, essa proliferação acontece mais no verão porque "quanto maior a temperatura, mais acelerado é o desenvolvimento do piolho dentro do ovo".
Como identificar as lêndeas? "São formações ovaladas (como um ovo), amareladas, aderidas firme e lateralmente na haste do cabelo. Quanto mais próxima da raiz dos cabelos maior será a probabilidadetob betser uma lêndea da qual o piolho ainda irá sair", explica Carvalho.
A médica dermatologista Fabiane Andrade Mulinari Brenner, coordenadora do departamentotob betcabelos e unhas da Sociedade Brasileiratob betDermatologia (SBD), afirma que "os piolhos ficam na cabeça, mas os ovos são colocados rente ao cabelo no casotob betinfestação do couro cabeludo. Por isso, à medida que o cabelo vai crescendo, esses ovos vão sendo vistos mais longe do couro cabeludo, como se fosse um colartob betcontas, um rosário no fiotob betcabelo".
Como tratar e acabar com o piolho?
O tratamento contra piolhos é indicado apenas para pessoas com infestação ativa.
Como dito no início do texto, há diversas formastob betcombater o piolho humano. A mais tradicional é usar um pente bem fino desde o couro cabeludo para retirar todas as larvas e todos os ovos.
A Fiocruz afirma que uma misturatob betágua com vinagre (com a mesma quantidade das duas substâncias) pode ajudar a combater os piolhos e não é tóxica (ou seja, não faz mal à saúde). O vinagre aqui tem o papeltob betamolecer os ovos (ou lêndeas).
Segundo a Sociedade Brasileiratob betDermatologia, deve-se colocar essas escovastob betcabelos (e outros objetos contaminados) dentro da água por 10 minutos para matar o piolho.
Os tratamentos mais modernos incluem sabonetes, loções e outros tipostob betremédios. Carvalho, da Sociedade Brasileiratob betPediatria, afirma que o "ideal é procurar um médico pediatra que indicará o melhor tratamento para cada faixa etária".
Brenner, da Sociedade Brasileiratob betDermatologia, explica que o usotob betinseticidas como os piretróides sintéticos pode ser tóxico para crianças com menostob betcinco anos. Por isso, os médicos podem requisitar formulações diferentes (com enxofre) para essa faixa etária.
Essa contaminação por remédio pode acontecer com crianças mais novas porque o couro cabeludo é muito grandetob betrelação ao tamanho do corpo e o couro cabeludo "funciona como uma espécietob betesponja que absorve o que é aplicado na cabeça", explica a Fiocruz.
Mas e no restante da população? O remédio mais comum é a permetrina.
"Na maioria das vezes, o que a gente precisatob betuma loção para tratar o couro cabeludo, você vai passar uma loção que precisa ficar umas 6 a 8 horas no couro cabeludo e ser lavada no dia seguinte", conta Brenner. "Não recomendo tratamentostob betpouca duração, às vezes o sabonete e o shampoo acabam irritando o couro cabeludo, e não tratando adequadamente."
E como se funciona o tratamento mais comum?
"Quando se faz o tratamento, a gente já programa: você vai tratar pelo menos 3 dias, vai dar um intervalotob bet7 dias e vai tratartob betnovo. Tecnicamente, esses inseticidas piretróides são larvicidas e ovicidas. Então, eles pegariam todas as formas do piolho, mas na prática a gente muitas vezes vê recidiva (ressurgimento da doença) se você fizer tratamento uma vez", explica Brenner, da Sociedade Brasileiratob betDermatologia.
E acrescenta: "Às vezes, você trata o piolho e você ainda fica com a lêndea visível. Normalmente, a gente faz um tratamento para tratar esses piolhos que estão no couro cabeludo e repete o tratamentotob bet7 dias, para que aqueles ovos possam ser tratados com um novo tratamento."
Carvalho diz que atualmente há outros remédios que podem ser usados contra os piolhos, como a deltametrina e a dimeticona.
As especialistas entrevistadas pela BBC News Brasil alertam para os riscos graves à saúdetob betse usar soluções caseiras, plantas, tinturas e produtos para tratar parasitastob betanimais domésticos, além do usotob betremédios sem orientaçãotob betprofissionaistob betsaúde.
Uma medida fundamental também é investigar se quem convive com a pessoa infectada também foi afetado, como familiares e colegastob betescola, para evitar reinfecção.
"Existe uma justificativa epidemiológica para isso: ou porque a gente faz uma resistência imunológica (de defesa do corpo humano) ao piolho ou porque ele se dissemina historicamente. Então, você trata, vem um surto, você trata e às vezes passam 6 ou 8 anos sem surtostob betpediculose. Isso vai diminuindo a imunidade e a atenção do médico, da escola e vem aí novamente um surto. Historicamente, há surtostob betpediculose a cada 6 ou 8 anos, explica Brenner.
Quais são os sintomastob betuma infestaçãotob betpiolho?
O principal sintomatob betuma pediculose é a coceira, que pode fazer com que as pessoas afetadas causem lesões na região afetada. Mas a doença pode ser descoberta também ao se notar presença do piolho ou da lêndea no couro cabeludo.
Brenner, da Sociedade Brasileiratob betDermatologia, afirma que a coceira acontece nas regiões com mais vasos sanguíneos, como a nuca e o pescoço. Ela lista outros sintomas, como descamação do couro cabeludo, pontos brancos no cabelo e aparecimentotob betínguas atrás das orelhas e na nuca.
Costuma ser mais fácil achar as lêndeas, que são os ovos (aqueles pontinhos brancos grudados nos fiostob betcabelo), do que o piolhotob betsi, que percorre o couro cabeludo e se esconde entre os milharestob betfios.
"Se os pais estão desconfiados, podem olhar cuidadosamente os cabelos à procura das lêndeas, ou passar um pente fino e observar se caem os piolhostob betuma toalha branca, que ajuda a visualizar o agente", afirma Carvalho, da Sociedade Brasileiratob betPediatria.
Quais são as causas do piolho e como preveni-lo?
Há duas maneiras fundamentaistob betse prevenir a infestaçãotob betpiolho: evitar compartilhar objetos pessoais e analisar e tratar todas as pessoas que acabam se infectando.
Bonés, lenços, capacetes e chapéus, por exemplo, podem dificultar a contaminaçãotob betquem usa, mas podem também ajudar a espalhar piolhos se eles forem compartilhados com outras pessoas. Outros objetos podem colaborar com a transmissão, como pentes, travesseiros, prendedorestob betcabelo e toalhas, além do contatotob betuma cabeça com outra.
"Crianças brincamtob betuma forma muito próxima. Isso facilita a transmissão", explica Brenner, da Sociedade Brasileiratob betDermatologia. Mas salõestob betbeleza sem a higiene adequada podem também ajudar a transmissãotob betpiolhostob betadultos.
Vale lembrar que os piolhos não têm capacidadetob betvoar nemtob betpular.
Para Carvalho, da Sociedade Brasileiratob betPediatria, a maior formatob betprevenção passa pelo tratamentotob bettodos os infectados. "Campanhas nas escolas esclarecem que devem ser procuradas lêndeas no casotob betcoceira na cabeça. Avisar aos pais que há casos na escola ajudam a efetivar o tratamentotob bettodos os casos, reduzindo assim, a contaminação."
E quais são as causastob betuma infestaçãotob betpiolho? A transmissãotob betuma pessoa para outra.
Especialistas lembram que não há qualquer relação com a higiene das pessoas, classe social ou hábitos. "Um mito histórico associa a pediculose (infestaçãotob betpiolho) à baixa renda ou à promiscuidade, sem qualquer comprovação científica", afirma a Fiocruz.
- Este texto foi publicadotob bethttp://vesser.net/geral-61985456
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