Íngrid Olderöck, a torturadora que inspirou curta chileno indicado ao Oscar:vai de bet donos

Vítimas a acusaramvai de bet donoster treinado cães para estuprar presos políticos nos centrosvai de bet donosdetenção onde muitos desapareceram — especialmentevai de bet donosum dos locais clandestinosvai de bet donostortura mais brutais, "La Venda Sexy", uma casavai de bet donosdois andaresvai de bet donosuma regiãovai de bet donosclasse média na comunavai de bet donosMacul, na cidadevai de bet donosSantiago, onde Íngrid Olderöck costumava agir.

Os agentes deram esse nome ao centro clandestino porque o métodovai de bet donostortura preferido era o abuso sexual, segundo revelou o primeiro Relatório da Comissão Nacionalvai de bet donosPrisão Política e Tortura, mais conhecido como relatório Valech.

Cachorros adestrados para abusos sexuais

Sobreviventes que passaram pela Venda Sexy, como Beatriz Bataszew, denunciaram o usovai de bet donoscães como métodovai de bet donostortura, além do enforcamento, afogamento, simulaçõesvai de bet donosfuzilamentos, gestações e abortos forçados e choques elétricos nos genitais.

"Na Venda Sexy havia um cachorro chamado Volodia, adestrado para violar sexualmente as mulheres", disse elavai de bet donosdeclarações à imprensa local.

Alejandra Holzapfel, detida com apenas 19 anos naquela casa, contou uma história semelhante.

Fui "abusada sexualmente por um pastor alemão que os agentes da ditadura chamavamvai de bet donosVolodia", disse Holzapfel ao jornal The Clinic.

"Íngrid comandava o animal, enquanto os outros torturadores obrigavam os detentos a ficarvai de bet donosposições que facilitavam o abuso. Homens e mulheres que passaram pela Venda Sexy foram vítimas dessa atrocidade."

Olderöck negou todas as acusações e nunca foi submetida a um processo judicial.

Sua figura voltou ao debate público depois que ela se tornou a protagonista da animação Fera (no original, Bestia), curta indicado ao Oscar esta semana, dirigido pelo chileno Hugo Covarrubias.

"É um thriller psicológico sobre uma mente sinistra", disse Covarrubias à BBC News Mundo (serviçovai de bet donosespanhol da BBC).

Na casavai de bet donosOlderöck

Uma das poucas pessoas que teve a oportunidadevai de bet donosconversar longamente com a ex-agente foi a jornalista chilena Nancy Guzmán, que publicou o livro Íngrid Olderöck, la mujervai de bet donoslos perros ("Íngrid Olderöck, a mulher dos cachorros",vai de bet donostradução livre), no qual ela descreve Olderöck como a "a mulher mais poderosa e brutal da DINA".

Em conversa com a BBC News Mundo, Guzmán conta que,vai de bet donosum diavai de bet donos1996, ela bateu na porta da casavai de bet donosOlderöck na comunavai de bet donosÑuñoa.

"Apareceu uma mulhervai de bet donoscorpo gordo, mãos grandes e voz rouca, com um cigarro na mão."

Era a ex-agente.

"Ela estava usando uma saia florida, um suéter feito à mão vagamente rosa e botas curtas."

"Ela vivia completamente sozinha", diz Guzmán. "Ela não tinha filhos, não tinha marido."

NA DINA, a agente era um comando por si só, diz a jornalista.

"Ela era especialistavai de bet donostiro, paraquedismo, artes marciais, equitação e treinamentovai de bet donoscães."

"Foi ela quem treinou um cachorro chamado Volodia, direcionado a estuprar mulheres e homens durante as sessõesvai de bet donostortura", diz Guzmán.

"Há ex-detentos que sofreram esse tipovai de bet donostortura ou que viram isso acontecendo com outros. Todos lembram que uma das jovens, Marta Neira, chegou chorando desesperada e arrasada porque foi vítima do estupro do cachorro. Dias depois, Marta desapareceu. "

'Sou nazista'

O paivai de bet donosÍngrid Olderöck emigrou da Alemanhavai de bet donos1925, aos 29 anos.

Ela e as irmãs, Hannelore e Karin, cresceram sob um sistema familiar muito rígido. As garotas não podiam falarvai de bet donosespanhol ou ter amigos chilenos.

Assim, elas cresceram praticamente isoladas.

"Sou nazista desde pequena, desde que aprendi que o melhor período que a Alemanha viveu foi quando os nazistas estavam no poder, quando havia trabalho e tranquilidade e não havia ladrões sem vergonha", diz Olderöck no livrovai de bet donosGuzmán.

Quando os carabineros autorizaram admissãovai de bet donosmulheres emvai de bet donosEscolavai de bet donosOficiais,vai de bet donos1967, Olderöck entrou no primeiro concurso.

Ela foi a primeira mulher paraquedista no Chile e na América Latina. Também dizia ser especialistavai de bet donostiro, equitação e adestramentovai de bet donoscães, alémvai de bet donosser faixa azulvai de bet donosjudô, praticar tênis, esqui e montanhismo.

Com essas credenciais, Olderöck rapidamente passou a fazer parte do serviço secreto dirigido pelo coronel Manuel Contreras, a DINA, e consolidou seu poder.

Uma bala na cabeça e outra na barriga

Masvai de bet donos1981vai de bet donosvida deu uma guinada.

Ao sairvai de bet donoscasa, ela foi atacada por dois desconhecidos que atiraram contra ela à queima-roupa na cabeça e no estômago, mas não a mataram.

Na verdade, ele sobreviveu até o fimvai de bet donosseus dias com uma bala alojada na cabeça, diz Guzmán.

Membros do Movimentovai de bet donosEsquerda Revolucionária foram acusados do ataque.

No entanto, Olderöck sempre insistiu que o ataque havia sido planejado contra ela pelos próprios serviçosvai de bet donosinteligência que estavam tentando puni-la porvai de bet donossuposta tentativavai de bet donosdeserção.

Depois, ela se aposentou e, quando a Justiça a convocou para testemunhar nos casosvai de bet donosdetentos desaparecidosvai de bet donosLa Venda Sexy, ela fingiu estar com amnésia, diz Guzmán.

'Não tinha piedade'

"Ela era uma mulher violenta e agressiva que não tinha piedade", descreve a jornalista.

Em uma das entrevistas, a ex-agente disse a Guzmán que sempre tinha consigo três armas: uma pistola na bolsa, outra no criado-mudo e uma no forno da cozinha.

"Então ela se levanta, vai até a cozinha, volta e coloca a arma na mesa. Eu não sabia o que fazer."

"Até eu dizer a ela: 'Tira essa arma daqui, eu não gostovai de bet donosarmas'. Nesse momento, ela fica furiosa e diz que odeia pessoas como eu. Ela ficava repetindo para mim: 'Eu te odeio, eu odeio pacifistas'".

Em outra ocasião, Olderöck disse à jornalista para ter cuidado porque havia uma organização ativavai de bet donosex-agentes chamada DINITA e que "qualquer coisa poderia acontecer com ela (Guzmán)".

"Ela era uma personagem terrívelvai de bet donosum mundovai de bet donoshorror", reflete a escritora. "As sociedades têm esses monstros. E esses monstros não acabam junto com ditaduras. Os monstros estão permanentemente nas sociedades."

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