Vacinas contra covid: 2 potenciais avanços para tentar finalmente acabar com a pandemia:app betnacional download

Hoje, os laboratórios têm uma melhor compreensão do vírus eapp betnacional downloadsuas mutações, como as variantes delta e ômicron, essa última com uma composição muito mais distante do originalapp betnacional downloadWuhan.

Então, estamosapp betnacional downloadcondiçõesapp betnacional downloadcriar a fórmula definitiva que acabe com o vírusapp betnacional downloaduma vez por todas ou normalize a convivência com ele?

Os cientistas estão investigando essa possibilidade.

Confira abaixo dois avanços promissores, segundo a OMS e especialistas, nos laboratórios onde são preparadas as próximas vacinas contra a covid-19.

1. A via intranasal, barreira impenetrável para o vírus?

O objetivo mais ambicioso da comunidade científica é alcançar a imunidade esterilizante, ou seja, não apenas proteger as pessoas contra doenças graves ou morte, mas também impedir que sejam infectadas.

E uma das formasapp betnacional downloadconseguir isso pode ser administrar a vacina pelo nariz.

"Agora há muitos infectados, mas graças às vacinas, poucos acabam no hospital. O que falta então para impedir as infecções? Ter uma vacina que previna a infecção e que possa ser administrada via intranasal", diz Amílcar Pérez Riverol, pesquisador da Fundaçãoapp betnacional downloadAmparo à Pesquisa do Estadoapp betnacional downloadSão Paulo (FAPESP), à BBC News Mundo, o serviçoapp betnacional downloadnotíciasapp betnacional downloadespanhol da BBC.

Enquanto as vacinas intramusculares desencadeiam uma resposta generalizada do sistema imunológico, as vacinas intranasais atuam localmente no nariz, pulmões e estômago. Com isso, impõem ao vírus uma barreira difícilapp betnacional downloadser superada.

O especialista indica que, quando inseridas nas narinas, induzem uma resposta protetora na viaapp betnacional downloadentrada do vírus, ativando a secreçãoapp betnacional downloadanticorpos da imunoglobina A (IgA).

Em um artigo publicado na revista científica Scienceapp betnacional downloadagosto passado, os pesquisadores Frances E. Lund e Troy D. Randall, da Universidade do Alabama (EUA) especificam que os imunizantes intranasais "fornecem duas camadasapp betnacional downloadproteção adicional: a IgA da vacina e as células B e Tapp betnacional downloadmemória que vivem na mucosa respiratória".

Essas célulasapp betnacional downloadmemória permanecem no corpo por muito tempo após o desaparecimento da infecção, mas não esquecem os vírus ou bactérias que combateram e, caso se deparem com esses patógenos novamente, os reconhecem e os atacam.

Os pesquisadores explicam que, mesmo que uma variante do vírus supere a primeira barreira e uma infecção ocorra, as células B e Tapp betnacional downloadmemória respondem mais rapidamente à familiarização com o antígeno, o que "impede a replicação viral e reduz a propagação e transmissão".

Outra vantagem oferecida pelas vacinas nasais é o tempo, já que as intramusculares precisamapp betnacional downloadduas a três semanas para "atualizar" o sistema imunológico ao seu mais alto grauapp betnacional downloadproteção.

Atualmente, existem oito projetosapp betnacional downloadvacina intranasal covid-19 reconhecidos pela OMS.

A mais avançada nesse campo é a da multinacional indianaapp betnacional downloadbiotecnologia Bharat Biotech, cujo imunizante já está na fase 2/3app betnacional downloadtestesapp betnacional downloadhumanos, ao contrário dos demais projetos, que estãoapp betnacional downloadestágios iniciais.

Entre eles, destaca-se o liderado pelos cientistas Akiko Iwasaki e Benjamin Goldman-Israelow, da Universidadeapp betnacional downloadYale (EUA), que conseguiram imunizar camundongos com sucesso contra vírus respiratórios como o coronavírus.

"Os resultadosapp betnacional downloadmodelos pré-clínicos são promissores. Acreditamos que funcionará com as variantes que estão circulando atualmente, bem como com variantes futuras", diz Goldman-Israelow à BBC New Mundo.

Mas nem tudo são rosas.

Especialistas alertam que resultados favoráveisapp betnacional downloadcamundongos não garantem a mesma respostaapp betnacional downloadhumanos. Além disso, hoje apenas duas vacinas administradas pelo nariz são comercializadas globalmente, FluMist/Fluenz e Nasovac, ambas para gripe, comprovando a dificuldadeapp betnacional downloaddesenvolver esse tipoapp betnacional downloadmedicamento.

Um desafio complicado que também é assumido pela equipe liderada pelo virologista Luis Enjuanes, do Centro Superiorapp betnacional downloadPesquisa Científica da Espanha (CSIC).

Enjuanes explica à BBC News Mundo que seu imunizante mostra uma importante vantagem qualitativa "em contraste com outras vacinas baseadasapp betnacional downloadmRNA, que não se multiplicam e se autoamplificam".

"Nosso RNA carrega a informação para se replicar, aumentando o númeroapp betnacional downloadmoléculas que injetamos e multiplicando cada uma, amplificando-a maisapp betnacional downloadmil vezes, o que torna a resposta imune mais forte e duradoura", diz.

Laboratórios na Rússia (com uma variante do Sputnik V), Hong Kong, Reino Unido (AstraZeneca) ou Cuba também estão trabalhandoapp betnacional downloadvacinas intranasais.

Não se sabe, por enquanto, quando a primeira delas começará a ser administrada à população. Os laboratórios evitam anunciar datas aproximadas.

"Não vejo nenhuma aprovação antes do segundo semestreapp betnacional download2022", diz Pérez Riverol.

2. Uma 'supervacina' que ataca todos os coronavírus

A Pfizer iniciou estudos clínicos para uma nova vacina adaptada à ômicron.

Mas se aprendemos alguma coisa na pandemia, é que não importa a rapidez com que criamos e distribuímos uma vacina contra a covid-19: pode haver uma variante nova e mais rápida que nos pegue desprevenidos e limite os efeitos das injeções.

Além disso, o Sars-CoV-2 é o mais famoso, mas não o único coronavírus. Nas últimas décadas, outras variantes perigosas causaram surtos significativos, como as que causam Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).

Isso poderia acabar com uma fórmula definitiva que ataca todas as variantes: a conhecida como vacina pan-coronavírus.

"Não vamos correr atrás da próxima variante." O principal conselheiro médico da Casa Branca, Anthony Fauci, posicionou-se assim no dia 12app betnacional downloadjaneiro a favorapp betnacional downloaduma futura vacina que nos permita prevenir e combater não só o vírus da covid-19 mas também outros parecidos que possam surgir nos próximos anos.

"A importânciaapp betnacional downloaddesenvolver uma vacina pan-coronavírus, ou seja, que seja eficaz contra todas as variantes do Sars-CoV-2 e, finalmente, contra todos os coronavírus, tornou-se ainda mais aparente", diz Fauci a um comitê do Senado dos EUA.

Fazer essas vacinas, explica Pérez-Riverol, é um processo muito complexo, e uma das formas que está sendo investigada consisteapp betnacional downloadanexar as proteínas S do vírus a nanopartículas.

As proteínas S são fundamentais para que o vírus se ligue à célula humana, por isso parte das vacinas atuais consisteapp betnacional downloadimplantar modificações inofensivas nessas proteínas na superfície das células para induzir a resposta imune.

"Se você usar uma nanopartícula e combiná-la com proteínas Sapp betnacional downloaddiferentes variantes do Sars-Cov-2 com ampla diversidade antigênica, quem a receber será imunizado contra uma grande diversidadeapp betnacional downloadvariantes do coronavírus. Portanto, o sistema imunológico estará mais preparado para responder não só às variantes existentes, mas futuras", explica.

Nessa área, destaca-se o projeto do Institutoapp betnacional downloadPesquisa do Exército Walter Reed (WRAIR, na siglaapp betnacional downloadinglês), nos EUA, que está trabalhandoapp betnacional downloaduma vacina chamada SpFN à baseapp betnacional downloadnanopartículasapp betnacional downloadferritina, proteína que armazena e transporta ferro e que, aderida às células humanas, pode impedir a replicação do vírus.

Esse imunizante passou na fase 1app betnacional downloadtestesapp betnacional downloadhumanosapp betnacional downloaddezembroapp betnacional download2021 com resultados positivos contra várias variantes, incluindo a ômicron, eapp betnacional downloadeficácia e segurança serão testadas nas fases 2 e 3 nos próximos meses, anunciou Kayvon Modjarrad, diretorapp betnacional downloaddoenças infecciosas da WRAIR.

O SpFN usa uma proteínaapp betnacional downloadformaapp betnacional downloadbolaapp betnacional downloadfutebolapp betnacional download24 lados, que permite aos cientistas ligar as espículasapp betnacional downloadvárias cepasapp betnacional downloadcoronavírusapp betnacional downloaddiferentes faces da proteína, acrescentou Modjarradapp betnacional downloadentrevista ao siteapp betnacional downloadnotícias especializado Defense One dos EUA.

A iniciativa Pan-Corona, frutoapp betnacional downloaduma colaboração entre China e Cuba, também se destaca nessa linha.

Com sede na cidadeapp betnacional downloadYongzhou (na província central chinesaapp betnacional downloadHunan) e liderado por cientistas cubanos, o projeto busca criar uma vacina que induza a respostaapp betnacional downloadanticorpos no corpo humano a partir da combinaçãoapp betnacional downloadfragmentosapp betnacional downloadvírus já conhecidos.

Cientistas que trabalham nesses projetos também não se atreveram a anunciar datas estimadas, por isso não se sabe quando as primeiras "supervacinas" que nos protegem contra variantes atuais e futuras poderão estar disponíveis.

A OMS,app betnacional downloadqualquer forma, espera que os dois avanços mencionados sejam seguidos por novos e importantes progressos no campo das novas vacinas contra a covid.

"Só porque há mais vacinas no mercado não significa que devemos pararapp betnacional downloadprogredirapp betnacional downloadpesquisa e desenvolvimento. Temos que continuar procurando por melhores opções", disse a cientista-chefe da OMS Soumya Swaminathan à Reutersapp betnacional downloaduma entrevista recente.

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