A mulher trans árabe que ajuda na fugatabela oitavas de final copa do mundo 2024países que perseguem e matam LGBT:tabela oitavas de final copa do mundo 2024

Como uma mulher trans, que escapoutabela oitavas de final copa do mundo 2024sua terrível situação no Egito, Iman diz que não podia mais ficar parada enquanto esse sofrimento continuava a portas fechadas.

"Eu já estive lá, passei pela mesma dor. Nossas famílias cospemtabela oitavas de final copa do mundo 2024nós com a mesma saliva", diz Iman.

Por meses, Ritaj e Iman falaram ao telefone enquanto preparavam os documentos para a fugatabela oitavas de final copa do mundo 2024Ritaj. Elas também criaram uma página GoFundMe para arrecadar verba para as taxas legais, com a ajudatabela oitavas de final copa do mundo 2024Aliyah, outra ativista mulher trans.

Ritaj sabia que tinha, nas palavrastabela oitavas de final copa do mundo 2024Iman, que parecer masculina para que ninguém a questionasse durante a primeira etapatabela oitavas de final copa do mundo 2024sua fuga ousada - uma viagemtabela oitavas de final copa do mundo 202436 horastabela oitavas de final copa do mundo 2024carro e um voo para o Cairo.

De lá, um advogadotabela oitavas de final copa do mundo 2024imigração voou para ajudar a apresentar seu caso ao consulado francês, o que significava que ela poderia ser enviada com um visto humanitário para a França, onde começou uma nova vida.

"Muitas pessoas LGBTtabela oitavas de final copa do mundo 2024países árabes estão atualmente presas sem ninguém para ajudá-las", diz Ritaj.

"Muitos são abandonados por suas famílias, não conseguem encontrar trabalho e ficam sem-teto só porque são LGBT. Os governos precisam criar leis para proteger essas pessoas."

Isolamento com família hostil

Ainda existem muitos países onde ser trans - quando a identidadetabela oitavas de final copa do mundo 2024gênerotabela oitavas de final copa do mundo 2024uma pessoa é diferente do sexo que teve registrado no nascimento - é fortemente estigmatizado.

A Anistia Internacional advertiu que o clima se tornou particularmente ruim durante a pandemia, com muitas pessoas trans "isoladas com familiares hostis" e sem acesso a cuidadostabela oitavas de final copa do mundo 2024saúde ou apoio mais amplo.

"A crise sempre foi ruim, mas a pandemia piorou ainda mais. Existem crimes cometidos contra pessoas trans", diz Iman. "Como você pode vivertabela oitavas de final copa do mundo 2024um país quandotabela oitavas de final copa do mundo 2024família e o governo não querem você lá?"

É uma sensação que ela conhece muito bem. Iman cresceu como um meninotabela oitavas de final copa do mundo 2024uma aldeia rural no Egito, mas por dentro sempre soube que ela era uma mulher. Ela diz que foi insultada por se comportartabela oitavas de final copa do mundo 2024maneira feminina, acusadatabela oitavas de final copa do mundo 2024ter um "demônio feminino" dentro dela.

Ela descrevetabela oitavas de final copa do mundo 2024infância como brutal e implacável. Aos oito anos ela foi estuprada por dois anos por alguém próximo à família, ela diz, um segredo aberto que levou a mais agressões sexuais nas mãostabela oitavas de final copa do mundo 2024outras pessoas.

A vergonha e a desonra sentidas pela família foram tão grandes, diz ela, que culminaram com uma facada no peito antestabela oitavas de final copa do mundo 2024sua irmã intervir e levá-la às pressas para o hospital.

Mais tarde, quando ela fez a transição, foi o nometabela oitavas de final copa do mundo 2024sua irmã - Iman - que ela escolheu por gratidão por ter salvadotabela oitavas de final copa do mundo 2024vida.

Dançar tornou-se uma formatabela oitavas de final copa do mundo 2024combater a ansiedade, e um trabalho no Cairo Opera House inicialmente parecia uma chance para começartabela oitavas de final copa do mundo 2024novo.

Apesartabela oitavas de final copa do mundo 2024não conseguir reconhecer que era transgênero, Iman tinha um namorado e diz que, por ser uma pessoa LGBTQtabela oitavas de final copa do mundo 2024destaque, ela foi perseguida implacavelmente pela polícia sob acusações forjadas.

Com medo portabela oitavas de final copa do mundo 2024vida, ela partiu com um vistotabela oitavas de final copa do mundo 2024turista para Nova York, onde se candidatou a receber asilo.

Sozinhatabela oitavas de final copa do mundo 2024uma nova cidade, ela entroutabela oitavas de final copa do mundo 2024depressão e começou a usar drogas antestabela oitavas de final copa do mundo 2024conhecer seu futuro marido, Jean-Manuel, e fazer a transição física para se tornar uma mulher na casa dos trinta anos.

Despertar político

Depoistabela oitavas de final copa do mundo 2024passar por tanta coisa, Iman decidiu se manter discreta e se concentrartabela oitavas de final copa do mundo 2024seu trabalho como artista performática.

Mas um despertar político veio com a mortetabela oitavas de final copa do mundo 2024George Floydtabela oitavas de final copa do mundo 2024maiotabela oitavas de final copa do mundo 20242020 e os protestos Black Lives Matter. Iman diz que a "masculinidade tóxica" que alimentou os problemas a lembrou da maneira como havia sido tratada no Egito.

"E entãotabela oitavas de final copa do mundo 2024repente a pandemia aconteceu. Eu estava com muito medo. Eu saí para protestar e encontrei minha cura, eles estavam lutando pelas vidas negras e pelas vidas trans".

Algumas semanas depois, Iman foi mobilizada ainda mais pelo suicídiotabela oitavas de final copa do mundo 2024Sarah Hegazy, uma lésbicatabela oitavas de final copa do mundo 202430 anos que havia sido presa por hastear uma bandeiratabela oitavas de final copa do mundo 2024arco-íristabela oitavas de final copa do mundo 2024um show - parte da repressão implacável do Egito contra os direitos LGBT.

Sarah Hegazy estava morando no Canadá depoistabela oitavas de final copa do mundo 2024receber asilo, mas havia passado por estresse pós-traumático e depressão depoistabela oitavas de final copa do mundo 2024ser torturada na prisão,tabela oitavas de final copa do mundo 2024acordo com relatórios da Anistia Internacional.

"Ela não aguentou. E eu me identifiquei com ela. Tendo estado na prisão no Egito, eu sei o que eles fazem com as pessoas", disse Iman.

Vida trans no Oriente Médio

tabela oitavas de final copa do mundo 2024 Por Nada Menzalji - repórter da BBC Arabic

No Oriente Médio, as pessoas LGBTQ + são frequentemente estigmatizadas e sujeitas a assédio e violência com base emtabela oitavas de final copa do mundo 2024sexualidade e identidadetabela oitavas de final copa do mundo 2024gênero, muitas vezes nas mãostabela oitavas de final copa do mundo 2024suas próprias famílias.

Para pessoas trans, a vida pode ser particularmente perigosa. Ser trans é frequentemente considerado "imoral", e as pessoas trans são frequentemente consideradas "criminosas ou blasfemadoras".

De acordo com um relatório da Human Rights Watchtabela oitavas de final copa do mundo 20242020, as mulheres transgênero na região são frequentemente vistas como homens gays, e são alvos pelos mesmos motivos e processadas sob as mesmas acusações amplastabela oitavas de final copa do mundo 2024"ter relações carnais contra a ordem da natureza" ou "imitar mulheres " A punição para o sexo gay variatabela oitavas de final copa do mundo 2024prisãotabela oitavas de final copa do mundo 2024países como a Síria até a penatabela oitavas de final copa do mundo 2024mortetabela oitavas de final copa do mundo 2024alguns casos no Iêmen e na Arábia Saudita.

A transição também pode ser um desafio para pessoas trans. De acordo com a maioria das legislações árabes, a aprovaçãotabela oitavas de final copa do mundo 2024um comitê formado por médicos e clérigos deve ser obtida, mas a cirurgia é considerada apenas para corrigir um defeitotabela oitavas de final copa do mundo 2024nascença nos órgãos reprodutivostabela oitavas de final copa do mundo 2024alguém.

Alguns optam por fazer a transição secretamente, colocando suas vidastabela oitavas de final copa do mundo 2024riscotabela oitavas de final copa do mundo 2024clínicas locais que não atendem aos padrões médicos. Mas mesmo após a transição, obter um documentotabela oitavas de final copa do mundo 2024identidade que reflita o nome e gênero apropriadostabela oitavas de final copa do mundo 2024um homem ou mulher trans será impossível na maior parte do mundo árabe.

Protesto nas ruas

Durante as manifestações Black Lives Matter, Iman foi protestar na Marchatabela oitavas de final copa do mundo 2024Libertação do Brooklyn, que viu 15 mil pessoas se reuniremtabela oitavas de final copa do mundo 2024frente ao museu do Brooklyn para exigir segurança para trans negros.

Fotos dela na passeata levaram Ritaj a contatá-la e se tornar seu primeiro caso. Desde então, surgiram muitos outros, principalmente do Oriente Médio, mas tambémtabela oitavas de final copa do mundo 2024outros países onde há risco, como a Jamaica.

Iman acabou ingressandotabela oitavas de final copa do mundo 2024uma organização chamada TransEmigrate, que fornece suporte logístico para aqueles que tentam se mudar para países mais seguros, antestabela oitavas de final copa do mundo 2024fundar uma organização irmã, a Trans Asylias, que ajuda pessoas trans perseguidas a se candidatarem a asilo.

Ela dá conselhos, ajuda a verificar suas inscrições para pedidotabela oitavas de final copa do mundo 2024asilo, mantém o ânimo deles com videochamadas regulares e arrecada dinheiro para a mudança.

Infelizmente, diz Iman, para cada pessoa trans ou não binária que conseguiu deixar seu país, muitas outras ainda vivem com medo da perseguição e da morte.

Seu maior sonho é construir uma comunidade "com belas casas, espaços verdes e médicos, onde todas as pessoas trans e com inconformidadetabela oitavas de final copa do mundo 2024gênero que enfrentaram todas essas coisas horríveis possam receber tratamento e melhorar, como quando as pessoas cuidaramtabela oitavas de final copa do mundo 2024mim".

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