WhatsApp, Facebook e Instagram: pane expõe dependência mundial das redessortudo cc loginZuckerberg:sortudo cc login

"Nossas equipessortudo cc loginengenharia detectaram que as alteraçõessortudo cc loginconfiguração nos roteadoressortudo cc loginbackbone que coordenam o tráfegosortudo cc loginrede entre nossos data centers causaram problemas que interromperam essa comunicação. Essa interrupção no tráfegosortudo cc loginrede teve um efeito cascata na maneira como nossos data centers se comunicam, interrompendo nossos serviços", disse a empresa.

A última vez que o Facebook teve uma interrupção dessa magnitude foisortudo cc login2019.

Muito além da impossibilidadesortudo cc logintrocar mensagens com pessoas queridas ou curtir fotos e vídeos nas redes sociais, a pane desta segunda-feira mostrou que as plataformas do Facebook têm um papel mais profundo no próprio funcionamento da internet, segundo Thoran Rodrigues, engenheirosortudo cc logincomputação, mestresortudo cc logininformática e diretor da BigDataCorp, empresa especializada na gestãosortudo cc logindados digitais.

"A rede como um todo acaba sendo impactada, o que faz a gente perceber como essas empresas estão espalhadas (neste sistema)", explica.

"Primeiro, o Facebook tem uma sériesortudo cc loginserviços que outras empresas, sites e aplicativos usam: desde serviçossortudo cc loginlogin, que permitem o acesso com uma conta do Facebook ou o enviosortudo cc logincódigossortudo cc loginconfirmação por WhatsApp; e também ferramentassortudo cc loginanalytics (métricas sobre a audiência). Quando você tem um problema generalizado como o desta segunda-feira, esses serviços também paramsortudo cc loginfuncionar."

Além dos serviçossortudo cc loginlogin e ferramentas analíticas, o Facebook tem investido também no ramosortudo cc loginvendas online, como com a plataforma Marketplace; esortudo cc loginpagamentos, inaugurando no Brasilsortudo cc loginferramenta WhatsApp Pay, que permite transações dentro do aplicativo. Há cercasortudo cc loginuma década, a empresa já tem um mercado consolidado na publicidade — frentes que mostram a ramificação da companhia na internet.

"Segundo, com a falha no Facebook, as pessoas vão buscar massivamente alternativas, então você começa a ver picossortudo cc loginutilizaçãosortudo cc loginoutros serviços", aponta Rodrigues como mais um impacto da pane para toda a rede.

O Downdetector, que monitora a instabilidade e interrupçãosortudo cc loginoutros sites, registrou nesta segunda-feira um marcosortudo cc login14 milhões relatossortudo cc loginerro, um dos maioressortudo cc loginsua história. Além do Facebook, Facebook Messenger, Instagram e WhatsApp, plataformassortudo cc loginoutras empresas também registraram problemas,sortudo cc loginmenor escala — como o TikTok e o Twitter, que publicou emsortudo cc loginconta: "Às vezes, tem mais gente usando o Twitter do q o normal. Nos preparamos p/ esses momentos, mas hoje as coisas não ocorreram exatamente conforme o previsto p/ situações assim. Por isso, vcs podem ter tido problemas p/ visualizar respostas ou DMs. Já está resolvido! Nos desculpem."

Ação nos EUA por 'monopólio ilegal'

Lado-a-lado com a diversificação dos negócios, é evidente que a função originalsortudo cc loginrede social ainda é extremamente relevante para o Facebook e suas marcas.

Segundo dados da empresasortudo cc loginmétricas App Annie, os quatro aplicativos mais baixados na última década —sortudo cc login2010 a 2019 — eram do Facebook: Facebook (1º lugar), Facebook Messenger (2º), WhatsApp (3º) e Instagram (4º).

Em 2020, o quadro mudou com a aparição do TikToksortudo cc loginprimeiro lugar naquele ano, mas mesmo assim as quatro redes sociais do Facebook aparecem entre as seis primeiras posições.

Para a Federal Trade Commission dos Estados Unidos (Comissão Federalsortudo cc loginComércio, FTC na siglasortudo cc logininglês), ao longo dos anos o Facebook construiu um monopólio no ramo das redes sociais atravéssortudo cc logincondutas "anticompetitivas". Por isso, a FTC e procuradoressortudo cc login45 Estados americanos abriramsortudo cc logindezembrosortudo cc login2020 uma ação judicial contra o Facebook, aindasortudo cc logincurso, que pede o desmembramento da companhia, entre outras medidas.

Para os autores da ação, o Facebook cresceu no mercado com uma estratégiasortudo cc login"comprar ou matar" os rivais, prejudicando competidores e usuários — que, no caminho, teriam perdido controlesortudo cc loginseus dadossortudo cc loginprol da receita da empresa com publicidade.

A empresa defendeusortudo cc loginuma nota que a ação judicial "ignora a realidade da dinâmica e intensamente competitiva indústria da alta tecnologia na qual o Facebook opera".

O Facebook comprou o Instagram por US$ 1 bilhãosortudo cc login2012 e o WhatsApp por US$ 19 bilhõessortudo cc login2014 — aquisições que, segundo o FTC, foram feitas com o objetivosortudo cc login"eliminar ameaças ao monopólio" da empresa.

Outras gigantes da tecnologia, como o Google, a Amazon e a Apple, também estão enfrentando cobranças parecidas ao redor do mundo, não só na Justiça mas também no Legislativo esortudo cc loginoutros órgãos.

A Comissão Europeia, por exemplo, está investigando se a Apple e o Facebook violaram regras antitruste da União Europeia.

Diretor do Institutosortudo cc loginTecnologia e Sociedade (ITS), Carlos Affonso Souza explica que estes debates têm a ver com uma fase da era digital.

"A gente vive um momento na internet da plataformização,sortudo cc loginque as grandes inovações acabam sendo adquiridas por grandes empresas. Ditosortudo cc loginoutra forma, o sonhosortudo cc loginuma start-upsortudo cc loginsucesso hoje virou ser adquirida por uma grande empresa — quando, no final das contas, poderia ser que ela se tornasse uma grande empresa do futuro", afirma Souza, também professorsortudo cc logindireito da Universidade do Estado do Riosortudo cc loginJaneiro (UERJ).

Embora os impactos destes conglomerados digitais para os internautas ainda estejamsortudo cc logindiscussão, Souza diz que esta segunda-feira pode ficar como ensinamento para aqueles que navegam na internet — ou nas redes sociais?

"O brasileiro se acostumou a ver o Facebook, o WhatsApp e o Instagram como se fosse uma espéciesortudo cc login'cesta básica' do acesso à internet", afirma Souza, apontando que a experiência dos internautas hoje está muito restrita às redes sociais.

"Acabamos usando esses três aplicativossortudo cc loginuma mesma empresa esortudo cc loginuma forma que a integração entre eles oferece muito conforto. Quando esses três aplicativos saem do ar, subitamente muitas pessoas não sabiam o que fazer. Esse é um ponto muito preocupante — diz muito sobre a empresa Facebook, mas também sobre a maneira pela qual nós nos acostumamos a confundir rede social com internet".

"No final das contas, a gente teve um diasortudo cc loginque a mensagem para todo mundo que usa internet foi: você precisa ter um plano B. Você não pode dependersortudo cc loginaplicações que são administradas pela mesma empresa", recomenda o diretor do ITS.

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