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Olimpíadabet7k 01Tóquio 2021: Owen Wright, o surfista que reaprendeu a andar após lesão cerebral e bateu Medina pelo bronze:bet7k 01
Mas enquanto treinava para o torneio no Havaí, um wipeout (quando o surfista cai da prancha ao surfar uma onda) mudou tudo.
Uma ondabet7k 01maisbet7k 014 metros o acertoubet7k 01cheio, deixando-o com hemorragia e inchaço no cérebro, além do diagnósticobet7k 01uma lesão cerebral traumática.
"Alguns dos detalhes ainda estão um pouco confusos para mim", diz Wright à BBC Sport.
"Uma onda quebrou na minha cabeça e me sacudiu tanto que eu meio que perdi os meus sentidos. Foi um longo caminhobet7k 01volta a partir daí. Me disseram que tudo ainda está lá (no meu cérebro), é só reconectar esses padrões cerebrais."
Nesta terça-feira (27/07), Wright viu a consagração e se tornou o primeiro medalhista do surfe na história das Olimpíadas, ao ganhar bronzebet7k 01Tóquio 2021, derrotando o brasileiro Gabriel Medina.
O surfe corre nas veias da famíliabet7k 01Wright. Ele e seus quatro irmãos surfam; a irmã Tyler é bicampeã mundial feminina, enquanto o irmão Mikey também participa do WSL Championship Tour.
"Meu pai compartilhava da teoriabet7k 01que se você consegue fazer um filho surfar, é fácil ser pai", brinca ele.
Quando Wright sumiu dos campeonatos e dos olhos do público, foibet7k 01família quem o ajudou a se recuperar da lesão.
Ele relutavabet7k 01aceitar a gravidade do problema e agia "como se não houvesse nadabet7k 01errado" porque o dano não era visível — sem cortes ou arranhões, sem gesso ou muletas.
No final, a família teve que intervir.
"Acho que nunca entendi totalmente a seriedade disso por causa da natureza da lesão. Fiquei um pouco doidão", diz o atletabet7k 0131 anos.
"Se você perguntar aos meus amigos e família, eu estava tentando surfar o tempo todo. Eles tiveram que esconder minhas pranchasbet7k 01surfe. Mal conseguia andar toda a extensão da casa, mas ainda assim continuava a tentar surfar."
Quando finalmente conseguiu reaver suas pranchas, alguns meses depois, o retorno à água não foi tão fácil como esperava.
"Não conseguia ficarbet7k 01pé. Simplesmente não sabia como me levantar."
Isso foibet7k 01marçobet7k 012016.
Um ano depois,bet7k 01marçobet7k 012017, ele venceu o Quiksilver Pro Gold Coast —bet7k 01primeira competiçãobet7k 01volta ao circuito, 15 meses após seu acidente.
Foi uma vitória especial também por outro motivo. Ele derrotou na final seu melhor amigo, Matt Wilkinson, que esteve ao seu lado durantebet7k 01recuperação, e foi recebido na praia porbet7k 01agora esposa Kita e seu filho bebê.
"Ainda estava muito afetado e havia muita briga sobre se deveria estar surfando ou não", lembra Wright.
"Para mim, ganhar aquela primeira competição do ano foi algo extremamente especial, e me mostrou o poderbet7k 01sonhar,bet7k 01ter um objetivobet7k 01mente e nunca perdê-lobet7k 01vista."
Wright permaneceu com efeitos duradouros da lesão, embora "nada do que realmente possa reclamar". Ele toma precauções extras agora e muitas vezes pode ser visto vestindo um capacete durante os treinos e competições.
Esse itembet7k 01proteção é raro no surfe, mas Wright quer vê-lo se tornar mais comum. Tornou-se assim umbet7k 01seus mais notórios defensores.
"Uso sempre que sinto que há risco para mim. Se o fatorbet7k 01risco aumenta, coloco um capacete", diz ele.
"Se tem muita gente e o mar está lotado, coloco o capacete, porque existe o riscobet7k 01a prancha atingir minha cabeça. Se as ondas são grandes, coloco. Se tem pedra, também."
"Há muitos surfistas por aí, desde iniciantes a excelentes surfistas, que não estão entendendo o risco parabet7k 01cabeça e seu cérebro. Existe uma solução simples para isso. Existe um capacete e quero que ele se torne parte do surfe."
Owen Wright estava usando capacete quando venceu o Tahiti Pro Teahupo'obet7k 012019 — com uma das maiores ondas do mundo. Também pode vir a usar um nas próximas semanas quando ele, e o surf, fizerembet7k 01estreia olímpicabet7k 01Tóquio.
Ao contrário do Taiti, onde serão realizadas as provasbet7k 01surfe das Olimpíadasbet7k 01Paris 2024, o Japão não é conhecido pela prática do esporte e a praiabet7k 01Tsurigasaki não oferecerá as maiores ondas aos competidores.
Mas os Jogos foram a luz no fim do túnel para Wright, uma chancebet7k 01vestir as coresbet7k 01seu país no maior evento esportivo do mundo e levar o surfe a um novo público.
"As Olimpíadas eram um grande objetivo meu", diz ele. "Eu meio que perdi o ritmo do título mundial devido a uma lesão na cabeça e minha capacidadebet7k 01fazer manobras estava bastante prejudicada, mas ainda consigo surfar muito bem, e via a classificação para as Olimpíadas como uma possibilidade muito real."
"Então, coloquei todo o meu esforço nisso e acabei me classificandobet7k 01primeiro lugar na Austrália. Foi um momentobet7k 01que senti que estoubet7k 01volta."
"Adoro conquistar coisas no esporte e senti que não fui capazbet7k 01alcançar o que gostaria (depois da lesão). Ser selecionado para as Olimpíadas foi, assim, uma vitória pessoal."
Quando conversou com a BBC Sport, Wright ainda não havia conquistado a medalhabet7k 01bronze. Quando perguntado sobre quais seriam suas chances na Olimpíada, ele respondeu: "Acho que vai ser interessante. Acho que tenho uma chance muito boa (de medalha)."
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