Conflito Israel e palestinos: silêncio do Itamaraty 'não é normal', diz especialista:código de bônus h2bet

código de bônus h2bet A escaladacódigo de bônus h2betviolência entre Israel e palestinos já entrou nacódigo de bônus h2betsegunda semana — com cercacódigo de bônus h2bet200 mortoscódigo de bônus h2betGaza e dezcódigo de bônus h2betIsrael — e vem provocando intensas manifestações diplomáticas.

Mas até agora, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) ainda não se manifestou sobre o assunto, que foi temacódigo de bônus h2betreuniões emergenciais do Conselhocódigo de bônus h2betSegurança da ONU.

O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou na semana passada no Twitter: "É absolutamente injustificável o lançamento indiscriminadocódigo de bônus h2betfoguetes contra o território israelense. A ofensiva provocada por militantes que controlam a Faixacódigo de bônus h2betGaza e a reação israelense já deixaram mortos e feridoscódigo de bônus h2betambos os lados."

"Expresso minhas minhas condolências às famílias das vítimas e conclamo pelo fim imediatocódigo de bônus h2bettodos os ataques contra Israel, manifestando meu apoio aos esforçoscódigo de bônus h2betandamento para reduzir a tensãocódigo de bônus h2betGaza."

No entanto, o órgão máximo da diplomacia brasileira — que recentemente viu seu comando trocado, com a entradacódigo de bônus h2betCarlos França no lugarcódigo de bônus h2betErnesto Araújo — não emitiu nenhuma nota.

O Itamaraty costuma lançar comunicados sobre diversos eventos internacionais. No último mês, o ministério das Relações Exteriores emitiu notas sobre acontecimentos como o conflitocódigo de bônus h2betMyanmar, um acidente durante uma celebração religiosa na Galileia,código de bônus h2betIsrael, e o falecimento do presidente do Chade.

Israel é um dos países com maior presença nos comunicados do Itamaraty desde que Bolsonaro chegou ao poder,código de bônus h2bet2019.

Durantecódigo de bônus h2betpresidência, o Itamaraty já emitiu dez notas oficiais sobre Israel sobre assuntos variados: declarações sobre visitas oficiaiscódigo de bônus h2betBolsonaro ecódigo de bônus h2betdiplomatas ao país, comentários sobre acordoscódigo de bônus h2betnormalizaçãocódigo de bônus h2betrelações entre Israel e alguns países árabes e sobre o plano do ex-presidente Donald Trumpcódigo de bônus h2betpacificar a região.

Em 2019, o Itamaraty emitiu duas notas oficiais — umacódigo de bônus h2betmarço e outracódigo de bônus h2betjunho — ambas condenando o lançamentocódigo de bônus h2betfoguetes contra Israel.

"O governo brasileiro condena, nos termos mais veementes, o lançamentocódigo de bônus h2betmísseis desde a Faixacódigo de bônus h2betGaza contra a região centralcódigo de bônus h2betIsrael, onde se localiza a cidadecódigo de bônus h2betTel Aviv. Nada pode justificar o disparo indiscriminadocódigo de bônus h2betfoguetes contra centros urbanos,código de bônus h2betataques que têm como alvo a população civil", dizia a notacódigo de bônus h2betmarçocódigo de bônus h2bet2019.

A BBC News Brasil entroucódigo de bônus h2betcontato com o Itamaraty perguntando se haveria uma nota oficial do órgão sobre o atual conflito entre Israel e palestinos, mas não recebeu retorno.

Silêncio diplomático

Para o especialistacódigo de bônus h2betrelações internacionais e professor da Fundação Getúlio Vargascódigo de bônus h2betSão Paulo, Guilherme Casarões, o silêncio do Itamaraty é incomum diantecódigo de bônus h2betum conflito como esse.

"Isso não é comum para a diplomacia brasileira, que tem uma tradiçãocódigo de bônus h2betse manifestarcódigo de bônus h2betforma assertiva sobre o tema", disse Casarões à BBC News Brasil.

No passado, manifestações mais veementes do Brasil já provocaram reaçõescódigo de bônus h2betIsrael.

Em 2014,código de bônus h2betmeio a uma escaladacódigo de bônus h2betviolência entre Israel e a Faixacódigo de bônus h2betGaza, o Itamaraty emitiu uma nota criticando "o uso desproporcionalcódigo de bônus h2betforça por partecódigo de bônus h2betIsrael". Na ocasião, um porta-voz da chancelariacódigo de bônus h2betIsrael chamou o Brasilcódigo de bônus h2bet"anão diplomático" e o episódio. Na ocasião, o então presidente israelense Reuven Rivlin telefonou para a então presidente Dilma Rousseff e pediu desculpas.

Casarões afirma que o episódio revela um pouco do que deve ser a linha do novo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, que assumiu o postocódigo de bônus h2betmarço — que deve ser mais conciliadora e menos radical que acódigo de bônus h2betseu antecessor, Ernesto Araújo.

"Bolsonaro e Araújo estavam na mesma página", diz o cientista político. O presidente e o ex-ministro concordavam com um maior alinhamento do Brasil com Israel — uma mudançacódigo de bônus h2betrelação à posição tradicional do país, que sempre foicódigo de bônus h2betmaior equilíbrio.

Isso explica o posicionamento crítico ao Hamas nas notas brasileiras na gestãocódigo de bônus h2betAraújo, mas sem nenhuma crítica a operações militares israelenses.

Esse novo alinhamento a Israel atente a um discursocódigo de bônus h2betcampanhacódigo de bônus h2betBolsonaro, que chegou a prometer a transferência da embaixada brasileiracódigo de bônus h2betTel Aviv para Jerusalém — algo que poucos países no mundo fazem, pois poderia resultarcódigo de bônus h2betboicotes comerciaiscódigo de bônus h2betnações árabes.

"A proposta do Carlos França écódigo de bônus h2betfazer uma diplomaciacódigo de bônus h2betperfil baixo. Ela não é contrária ao Bolsonaro. França tem atuado para minimizar o efeito das posições radicais do Bolsonaro na política externa brasileira", diz Casarões.

"Essas declaraçõescódigo de bônus h2betTwitter do Bolsonaro tem como objetivocódigo de bônus h2betsinalizar para a base. O trabalho do Carlos França, entre outras coisas, é filtrar o que é dito para a base daquilo que serão posições consolidadas do governo brasileiro dignas, por exemplo,código de bônus h2betnotas oficiais do Itamaraty."

Apesar das seguidas demonstraçõescódigo de bônus h2betmaior apoiocódigo de bônus h2betBolsonaro a Israel, Casarões afirma que a política externa brasileira seguecódigo de bônus h2betgrande parte o mesmo pragmatismo que já é tradicional do Itamaraty.

"O Itamaraty não é alinhadocódigo de bônus h2betabsoluto ao bolsonarismo. É um órgão do governo, mas não é um órgão que replica irrefletidamente as posições do governocódigo de bônus h2betrelação a alguns temas."

"O governo precisa zelar também pelas suas relações comerciais, que são pragmáticas. Quando uma delegação do Bolsonaro voltoucódigo de bônus h2betIsrael [em 2019], a primeira atitude do governo foi fazer um jantar com 40 representantes dos países muçulmanoscódigo de bônus h2betBrasília. A ministra [da Agricultura] Tereza Cristina organizou esse jantar para sinalizar aos parceiros econômicos brasileiros."

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