'Doença da pobreza': o que é a tuberculose latente, que afeta 1eleicoes pix bet4 pessoas?:eleicoes pix bet

Crédito, William Castro | Socios En Salud

Legenda da foto, Um milhãoeleicoes pix betcrianças e adolescentes no mundo tiveram tuberculoseeleicoes pix bet2019

Tanto a pobreza quanto o acesso aos serviçoseleicoes pix betsaúde foram profundamente afetadoseleicoes pix betmuitos países pela pandemiaeleicoes pix betcovid-19.

"Doze meseseleicoes pix betcovid-19 eliminaram 12 anoseleicoes pix betprogresso na luta global contra a tuberculose", disse esta semana o End TB Partnership, um consórcio global para impedir o avanço da doença.

O grupo disse que,eleicoes pix betum grupoeleicoes pix betapenas 23 países, o númeroeleicoes pix betpessoas que receberam diagnóstico e foram tratadas para tuberculose caiu pelo menos 1 milhãoeleicoes pix bet2020eleicoes pix betcomparação com 2019.

A tendência também é percebida no Brasil. Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira (24-03), o país teve quedaeleicoes pix bet9,5%eleicoes pix betcasos registrados da doença: 66.819 novos casoseleicoes pix bet2020 (31,6 para cada 100 mil habitantes), contra 73.864 casos novoseleicoes pix bet2019 (35 casos por 100 mil habitantes).

Para especialistas, essa aparente queda preocupa porque pode refletir uma baixa no númeroeleicoes pix betdiagnósticoseleicoes pix betmeio à pandemia do coronavírus, e não uma queda no númeroeleicoes pix betpessoas infectadas.

Assim, mais brasileiros podem estar transmitindo a doença sem tratamento.

De acordo com dados da Índia e da África do Sul, as pessoas infectadas simultaneamente com tuberculose e covid-19 têm um riscoeleicoes pix betmortalidade três vezes maior do que pacientes que só têm tuberculose.

A ameaça da tuberculose latente

A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que quase sempre afeta os pulmões, mas pode afetar outras partes do corpo.

A OMS explica que a infecção é transmitidaeleicoes pix betpessoa para pessoa pelo ar. Quando alguém com tuberculose pulmonar tosse, espirra ou cospe, ela expele bacilos para o ar. E basta uma pessoa inalar alguns desses bacilos para se infectar.Cercaeleicoes pix bet25% das pessoas no planeta estão infectadas com o bacilo da tuberculose, segundo a OMS. A tuberculose latente pode ser detectada com um exameeleicoes pix betpele ou sangue.

Crédito, William Castro | Socios En Salud

Legenda da foto, O Peru ocupa o primeiro lugar nas Américaseleicoes pix betcasoseleicoes pix bettuberculose resistente

Para a maioria das pessoas que respiram a bactéria da tuberculose e ficam infectadas, seus corpos podem lutar contra as bactérias e impedir que se multipliquem.

Embora não apresentem sintomaseleicoes pix betdoença ou transmitam a infecção, essas pessoas têm um risco ao longo da vidaeleicoes pix betadoecer com tuberculose entre 5% e 15%.

Pessoas imunossuprimidas, por exemplo, as que vivem com HIV ou sofremeleicoes pix betdesnutrição ou diabetes, bem como usuárioseleicoes pix bettabaco, correm um risco "muito maior"eleicoes pix betadoecer,eleicoes pix betacordo com a OMS.

"A tuberculose latente significa aquela pessoa que num determinado momento se infectou, mas as defesas do seu corpo a protegeram, tem a tuberculose dentro do corpo e, graças às suas defesas, não desenvolve a doença; é como se a tuberculose estivesse dormindo ou hibernando", explica Leonid Lecca, diretor no Peru da Socios En Salud, uma ONG com sede nos Estados Unidos, e instrutor do Departamentoeleicoes pix betSaúde Global e Medicina Social da Universidadeeleicoes pix betHarvard.

"O problema é que se esse grupoeleicoes pix betpessoas não estiver protegido,eleicoes pix betalgum momento da vida, quando suas defesas forem reduzidas (por exemplo, devido à má nutrição), o germe pode 'acordar' e causar a tuberculose."

"É por isso que há duas mensagens aqui: combater os determinantes sociais (pobreza, desnutrição) e proteger as pessoaseleicoes pix betriscoeleicoes pix bettuberculose (com terapia preventiva contra a tuberculose)."

No caso da Argentina "estima-se que 30% da população tenha uma infecção latente e que, nos imunocompetentes, a possibilidade dessa infecção se transformareleicoes pix betdoença éeleicoes pix bet10%", explica Marcela Natiello, coordenadora do programa contra tuberculose e hanseníase do Ministério da Saúde do país.

A especialista argentino destacou que correm o maior risco as pessoas que por alguma causa fisiológica ou adquirida tenham alteração do sistema imunológico (gestantes, crianças, desnutridas, com tratamento imunossupressor, HIV, etc.).

"A tuberculose latente pode ser tratadaeleicoes pix betalgumas situações para evitar que se transformeeleicoes pix betdoença", diz ela.

"Em nosso país, a maior fonteeleicoes pix betcontágio se deve à exposição a casos contagiosos, sendo necessário que os pacientes possam terminar o tratamento e fazer um controle adequado dos contatos."

Até 13 milhõeseleicoes pix betpessoas nos Estados Unidos podem ter uma infecção latenteeleicoes pix bettuberculose,eleicoes pix betacordo com o Centro para Controle e Prevençãoeleicoes pix betDoenças (CDC).

A mesma agência indica que maiseleicoes pix bet80% das pessoas que adoecem com tuberculose nos Estados Unidos tiveram uma infecção tuberculosa latente que não foi tratada.

Evitável, mas letal

O CDC diz que as pessoas com infecção latenteeleicoes pix bettuberculose devem ser tratadas para evitar que desenvolvam a doença.

O tratamento preventivo variaeleicoes pix betacordo com o país, e os padrõeseleicoes pix betterapia preventiva foram atualizados pela OMSeleicoes pix bet2020, explica Lecca.

"Por exemplo, um tratamento muito bom seria três meseseleicoes pix betisoniazida mais (o antibiótico) rifapentina semanalmente durante três meses, mas infelizmente a rifapentina é acessível a poucos países. O Peru, por exemplo, não tem acesso a esse medicamento e usa um regimeeleicoes pix betisoniazida apenas por seis meses diariamente."

Depois que as pessoas desenvolvem a doença, a taxaeleicoes pix betmortalidade pode ser alta.

A OMS destaca que sem tratamento adequado,eleicoes pix betmédia 45% das pessoas soronegativas com tuberculose e praticamente todas as pessoas soropositivas com tuberculose morrerão.

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Legenda da foto, A tuberculose latente pode ser detectada com um exameeleicoes pix betpele ou sangue

Cercaeleicoes pix bet85% das pessoas que desenvolvem tuberculose podem ser tratadas com sucesso com medicamentos como a rifampicina, administrados por um períodoeleicoes pix betseis meses.

Embora demore alguns meses para se curar, uma pessoa com tuberculose deixaeleicoes pix betser contagiosaeleicoes pix betmédia 15 dias após o início do tratamento.

Mas o aumento global da tuberculose resistente é uma grande ameaça à saúde pública e requer um tratamento mais caro e prolongado.

Globalmente, cercaeleicoes pix betmeio milhãoeleicoes pix betpessoas desenvolveram tuberculose resistente à rifampicinaeleicoes pix bet2019, das quais maiseleicoes pix bet70% tinham tuberculose multirresistente,eleicoes pix betacordo com a OMS.

Tuberculose no continente americano

A maioria dos casoseleicoes pix bettuberculoseeleicoes pix bet2019 ocorreu no sudeste da Ásia e na África. O continente americano representou 2,9% do total.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o braço da OMS nas Américas, estimou 289 mil casoseleicoes pix bettuberculoseeleicoes pix bet2019 nas Américas, dos quais cercaeleicoes pix bet15 mil eram pessoas com menoseleicoes pix bet15 anos.

A OPAS estima que a tuberculose matou 22,9 mil pessoas na regiãoeleicoes pix bet2019, das quais 26% estavam infectadas com HIV.

"A região das Américas tem um grupo dos chamados paíseseleicoes pix betalta carga que são liderados por Brasil, Peru, México, Colômbia e Haiti, com 69% dos casoseleicoes pix bettuberculose para 2019", diz Rafael López Olarte, especialista da OPAS para prevenção, controle e eliminação da tuberculose.

"Em relação à tuberculose resistente a medicamentos, Peru e Brasil respondem por 52%eleicoes pix bettodos os casos no continente."

Embora a incidênciaeleicoes pix bettuberculoseeleicoes pix bettodo o mundo tenha diminuído, entre 2017 e 2018, o númeroeleicoes pix betcasos nas Américas aumentou 2,5%.

Em sete países da região, foi observado um aumento na taxaeleicoes pix betincidência relatada entre 2014 e 2018,eleicoes pix bet82% na Venezuela, 58%eleicoes pix betEl Salvador, 6% no Brasil e México e 5% na Argentina.

O aumento da incidência na região se deve, por um lado, à utilizaçãoeleicoes pix betmétodos diagnósticos mais sensíveis.

Mas a OPAS afirma que também se deveu à "persistente deterioração das condições socioeconômicas e à fragmentação dos sistemaseleicoes pix betsaúde", entre outras causas.

O impacto da pandemia

Pouco maiseleicoes pix betum ano após o início da pandemia, seu impacto é muito pior do que o projetado,eleicoes pix betacordo com a Stop TB Partnership.

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Legenda da foto, Em nove países, incluindo a Índia, '12 meseseleicoes pix betpandemia eliminaram 12 anoseleicoes pix betprogresso na luta contra a tuberculose'

Nove países, responsáveis ​​por 60% dos casos globais, viram uma redução drástica,eleicoes pix betaté 41%, no diagnóstico e tratamentoeleicoes pix betinfecções por tuberculoseeleicoes pix bet2020. São eles: Bangladesh, Índia, Indonésia, Mianmar, Paquistão, Filipinas, África do Sul, Tajiquistão e Ucrânia.

A queda significa um retorno a níveis não vistos nesses países desde 2008, um retrocessoeleicoes pix bet12 anos.

"Doze anoseleicoes pix betprogresso impressionante foram tragicamente revertidos por outra infecção respiratória", diz Lucica Ditiu, presidente da End TB Partnership. "Nesse processo, colocamos a vidaeleicoes pix betmilhõeseleicoes pix betpessoaseleicoes pix betperigo."

No continente americano, o impacto da pandemia foi sentido na queda na ofertaeleicoes pix betserviçoseleicoes pix betdetecção, tratamento e monitoramentoeleicoes pix betpacientes com tuberculose, diz Olarte.

"O diagnóstico e a notificaçãoeleicoes pix betnovos casos diminuíram cercaeleicoes pix bet15-20%eleicoes pix betmédia na regiãoeleicoes pix betrelação a 2019 segundo dados preliminares, que indicam casos não diagnosticados pelos serviçoseleicoes pix betsaúde e a continuidade na transmissão", disse o especialista da OPAS.

"A transmissão intradomiciliareleicoes pix betpessoas ainda não diagnosticadas, dada a situaçãoeleicoes pix betconfinamento, é preocupante."

Crédito, William Castro | Socios En Salud

Legenda da foto, Lecca e seus colegas continuaram a visitar comunidadeseleicoes pix betbuscaeleicoes pix betcasoseleicoes pix bettuberculose durante a pandemia

O caso do peru

O Peru é o segundo país do continente americano com maior incidênciaeleicoes pix bettuberculose depois do Haiti,eleicoes pix betnúmeroeleicoes pix betnovos casos por ano a cada 100 mil habitantes.

"É preciso entender que a tuberculose, alémeleicoes pix betser um problema médico, é um problema social. Isso significa que requer um enfoque multissetorial, e esse é o grande desafio paraeleicoes pix betrespostaeleicoes pix bettodos os países, inclusive no Peru", diz Lecca.

"Uma família com alguém afetado pela tuberculose não só enfrenta a doença, mas também geralmente a pobreza, as condições insalubres, a superlotação, o estigma e a discriminação."

No Peru, a doença está concentrada principalmente nas áreas urbanas e periferias dos bairros mais pobres e marginais, "onde coexistem pobreza, superlotação e má nutrição", acrescenta o especialista peruano.

O país também enfrenta o grande desafio com a tuberculose resistente. "O Peru infelizmente ocupa o primeiro lugar nas Américaseleicoes pix betcasoseleicoes pix bettuberculose resistente. É um problema muito sério porque requer medicamentos melhores e mais caros, alémeleicoes pix betapoio integral aos pacientes, já que são tratamentos que duram muitos meses."

O tratamento integral não inclui apenas os comprimidos, mas também o apoio emocional e socioeconômico aos pacientes para que não abandonem o regimeeleicoes pix betcuidados.

Crédito, William Castro | Socios En Salud

Legenda da foto, O Peru ocupa o primeiro lugar nas Américaseleicoes pix betcasoseleicoes pix bettuberculose resistente

"Infelizmente, no Peru, atualmente apenas cinco ou seiseleicoes pix betcada dez casoseleicoes pix bettuberculose multirresistente (TB MDR) são curados, e 2 a 3 abandonam o tratamento."

A Socios en Salud está no Peru há 25 anos e tratou maiseleicoes pix bet12 mil casoseleicoes pix bettuberculose multirresistenteeleicoes pix betparceria com o Ministério da Saúde.

Novos testes e inteligência artificial

Um dos avanços no Peru foi a incorporaçãoeleicoes pix betum métodoeleicoes pix betdiagnóstico molecular mais sensível, denominado GeneXpert, embora apenaseleicoes pix betalguns lugares.

Outro aspecto crucial, segundo Lecca, é a busca ativa da tuberculose, ou seja, ir às comunidades para identificar possíveis casos.

"É uma estratégia com ótimos resultados. Encontramos casos precoces e oportunos na comunidade, incluindo pessoas sem sintomas respiratórios (13% dos casos)."

A equipe identifica locais da comunidade onde sempre houve casoseleicoes pix bettuberculose, explica o especialista, oferece radiografiaeleicoes pix bettórax gratuita para toda a comunidade (e não apenas para quem tem sintomas respiratórios) e usa softwareeleicoes pix betleitura automatizada baseadoeleicoes pix betinteligência artificial para analisar o raio-x.

"Isso evita o erro humano e, muitas vezes, também a faltaeleicoes pix betpessoaleleicoes pix betsaúde treinado para ler os raios-X."Casos com radiografia anormal passam por um segundo teste, o teste molecular GeneXpert.

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Legenda da foto, Um softwareeleicoes pix betleitura automatizada baseadoeleicoes pix betinteligência artificial ajuda os médicos a ler radiografias

O caso da Argentina

A tuberculose na Argentina continua sendo um importante problemaeleicoes pix betsaúde pública e com tendênciaeleicoes pix betaumento nos últimos anos, segundo Natiello.

"Desde 2013, a queda dos casos parou e, a partireleicoes pix bet2014, a curva se inverteu, com um aumento aproximadoeleicoes pix bet20% nos últimos cinco anos."

"Este aumento coincide com o aumento da pobrezaeleicoes pix betnosso país e a deterioração das condiçõeseleicoes pix betvida."

A tuberculose na Argentina atinge principalmente gruposeleicoes pix betjovens, com significativa concentração nos grandes centros urbanos, disse a especialista.

"60% dos casos residem na região metropolitanaeleicoes pix betBuenos Aires. Em grande parte, o padrão epidemiológico responde aos problemas das grandes cidades, afetando principalmente populações que vivemeleicoes pix betsituaçãoeleicoes pix betvulnerabilidade, aglomeradas,eleicoes pix betambientes sem ventilação, mal nutridas e com dificuldadeseleicoes pix betacesso à saúde devido a diferentes tiposeleicoes pix betbarreiras (fragmentação do sistemaeleicoes pix betsaúde, cultural, econômica, trabalhista, etc.)."

Outros grupos altamente afetados pela doença são pessoas privadaseleicoes pix betliberdade, imigrantes e populações indígenas, principalmente no norte do país.

Em relação ao impacto da pandemia, "constatou-se que umeleicoes pix betcada três casos com tuberculose ativa e covid-19 requer hospitalização, e o riscoeleicoes pix betmorrer é 3,6 vezes maior neste grupo do que na populaçãoeleicoes pix betgeral."

Houve aproximadamente 30% menos notificações preliminareseleicoes pix betnovos casoseleicoes pix bet2020 na Argentina do queeleicoes pix bet2019,eleicoes pix betacordo com Natiello.

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Legenda da foto, Os casoseleicoes pix bettuberculose cresceram na Argentina. 'Esse aumento coincide com o aumento da pobreza', diz espeicalista

'Pode afetar a todos nós'

A estratégia da ONU para o fim da tuberculose visa reduzir as mortes por infecçãoeleicoes pix bet95% e reduzir os novos casoseleicoes pix bet90% entre 2015 e 2035.

Mas essa é uma meta distante, já que milhõeseleicoes pix betpessoaseleicoes pix bettodo o mundo ainda não têm acesso a um diagnóstico ou tratamento rápido.

Natiello recorda que "a tuberculose é uma doença evitável, tratável e curável com seis meseseleicoes pix bettratamento na maioria dos casos".

"Se tivermos contato repetido com uma pessoa doente, podemos desenvolver a doença até meses ou anos após a exposição."

"Qualquer pessoa que tiver tosse e expectoração com ou sem eliminaçãoeleicoes pix betsangue por 15 dias pode fazer um estudoeleicoes pix betresfriado para descartar a doença."

"Por décadas, a tuberculose tem sido uma doença negligenciada, então, ao contrárioeleicoes pix betoutros problemaseleicoes pix betsaúde, não temos boas ferramentaseleicoes pix betdiagnóstico ou muitos novos medicamentos", diz Lecca.

"A infecção é muito semelhante à covid-19, e não estamos fazendo muita coisa para controlá-la. Precisamos nos conscientizareleicoes pix betque a tuberculose é uma doença que pode afetar a todos nós".

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