Nós atualizamos nossa Políticabetnacional telegramPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termosbetnacional telegramnossa Políticabetnacional telegramPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
Covid-19: quatro históriasbetnacional telegrambrasileiros que estão perto dos 100%betnacional telegramisolamento há um ano:betnacional telegram
Em comum, elas têm condições financeiras ebetnacional telegramtrabalho que permitem que fiquembetnacional telegramcasabetnacional telegramtempo integral. Já as razões para este isolamento vão desde fatoresbetnacional telegramriscobetnacional telegramsaúde ao sensobetnacional telegramcoletividade.
Elas compartilham a seguir um pouco das suas rotinas, reflexões e histórias.
Caio, 33 anos, São Paulo: 'Minha vida pessoal estábetnacional telegramfrangalhos'
Na cidade mais populosa do país, o paulistano Caio Corraini,betnacional telegram33 anos, está há quase um ano cumprindo rigorosamente o isolamentobetnacional telegramcasa, onde mora sozinho.
Na verdade, ele tem a companhia da cadela Mococa — motivo para suas pouquíssimas saídas nesse período, e só para passeios que não ultrapassam o quarteirão.
Além disso, ele estima que saiu aproximadamente sete vezes durante o último ano. Algumas para visitar e fazer a mudança para a casa onde mora atualmente, outras para visitar clientes.
Datas comemorativas como Natal e Ano Novo não foram exceção — ele também passou confinado e sozinho.
"Acho que é meu dever, dadas as circunstâncias e as informações que temos, fazer um isolamento assim. Em outros países, vimos que o lockdown bem feito é efetivo, então decidi fazer minha parte. Se todos estivéssemos saindo só para o essencial mesmo, não teríamos tantas pessoas morrendo por dia."
Mas Caio logo ressalta ter o "privilégio"betnacional telegramtrabalhar 100% do tempobetnacional telegramcasa. Ele é fundador e diretor-executivo da Maremoto, produtora especializadabetnacional telegrampodcasts.
"Sei que tem pessoas que precisam sair e ponto... Mas você abre o Instagram e vê fulano na praia, fico com raiva. Ao mesmo tempo, não tenho o que fazer. Em um país com um governo sério, a gente teria sido mais educado, conscientizado e, se fosse o caso, punido", critica o empresário.
"No iníciobetnacional telegrammarço (de 2020), não tinha ninguém na rua. Era uma cidade fantasma, o que para uma cidade como São Paulo era algo impressionante. Naquele momento, acreditei: vamos conseguir fazer o isolamento. Mas aí começou a abrir shopping, academia...", diz, enumerando as flexibilizações que tirarambetnacional telegramesperança.
"No começo, as pessoas estavam apavoradas. Hoje, a galera ligou o f*. Nós estamos no pior momento — issobetnacional telegramque o pior já passou é falso."
Caio diz que, desde o início da pandemia,betnacional telegramestimativa do quanto ela duraria foi prorrogada a cada três meses, até chegar ao momento atual, onde ele tenta não pensar muito mais até quando seu isolamento vai durar. A faltabetnacional telegramperspectiva e "a brigabetnacional telegramegos entre governos federal e estadual" cobram um preço do seu bem-estar.
"Sinceramente, às vezes evito acompanhar muito. Mas, às vezes, leio para me informar e pensar no futuro, tipo: esquece isso (de voltar ao 'normal') por mais um mês", conta o paulistano.
O tempobetnacional telegramcasa teve "100%betnacional telegramaproveitamento" na vida profissional, com a empresa crescendo, muito trabalho e a retomadabetnacional telegramestudosbetnacional telegraminglês, mas deixoubetnacional telegramvida pessoal ficou "em frangalhos", como ele define.
"O ser humano é um bicho sociável, emocional, e esse campo está destroçado. Todos os dias sinto falta dos amigos,betnacional telegrammarcar um encontro com alguma guria. Não posso fazer nada. É um preço muito alto, alto demais. Sinto como minha vida tivesse parado", diz, acrescentando tratar desses temas na terapia — virtual, claro.
Nabetnacional telegramrotinabetnacional telegramdias "todos iguais" do isolamento, como define, o mais perto que Caio chega da socialização da vida real é o encontro virtual com amigos enquanto jogam videogame.
Faz partebetnacional telegramsua programaçãobetnacional telegramcomunicação à distância também ligações para a avó, que mora no interiorbetnacional telegramSão Paulo — inclusive outro motivo para seu confinamento rígido, porque pensar nos riscos que ela corre aumentam seu sensobetnacional telegramresponsabilidade, ele diz.
Socializar também é a primeira pedida no hipotético cenáriobetnacional telegramfim da pandemia — mas só depoisbetnacional telegramir ao cabelereiro.
"Não corto cabelo tem um ano. Primeira coisa que penso é fazer isso, depois comprar uma roupa nova e ir ver meus amigos", diz.
Rute, 62 anos, Curitiba: 'Deus está agindo através dessa vacina'
Perguntada pela reportagem o quanto,betnacional telegram0 a 100, está isolada, a donabetnacional telegramcasa Rute Marques Hensen,betnacional telegram62 anos, não titubeia.
"100%. Só saio para tirar o lixo", diz ela, que mora com o marido Volni Hensen,betnacional telegram60 anos,betnacional telegramum apartamentobetnacional telegramCuritiba, no Paraná.
Volni sai apenas para fazer tratamentosbetnacional telegramum câncerbetnacional telegramintestino, diagnosticadobetnacional telegram2019. A filha e o genro o levambetnacional telegramcarro. O tratamento do tumor não foi interrompido ou afetado pela pandemia.
Mas é justamente a condiçãobetnacional telegramsaúde dele que, dentre vários motivos, faz o casal ficar o mais perto possívelbetnacional telegramum isolamento total.
"Eu não tenho problemasbetnacional telegramsaúde, mas meu marido tem um fatorbetnacional telegramrisco, a baixa imunidade, então, por segurança, não saímosbetnacional telegramcasa", explica Rute.
Ela reconhece que ficar muito tempobetnacional telegramcasa já era uma costume antes da pandemia — e facilita a boa convivência com o marido. As únicas visitas que o casal recebe são da filha, do genro e da neta.
"Tenho que fazer as coisas na casa, o dia passa rápido. Passo café, limpo, faço almoço, depois cuido da netinha"
"Acostumei com o isolamento. Eu não era muitobetnacional telegramsair, no máximo ia para a igreja, ou para o shopping com minha filha, ou para a chácara da minha irmã. Para mim, está tranquilo. Mas sinto falta dos meus amigos e da igreja,betnacional telegramir aos cultosbetnacional telegramdomingo ebetnacional telegramcantar no coral", diz Rute, que segue acompanhando os cultos da Assembleiabetnacional telegramDeus pela internet.
O coronavírus a deixou distante das duas irmãs e um irmão, que não vê desde o início da pandemia, e também enlutou a família — um cunhadobetnacional telegramRute faleceubetnacional telegramcovid-19, após ter recebido uma visita infectada, ela conta.
Foi mais uma vítima fatal das muitas que conhecia. "Morei 11 anosbetnacional telegramManaus, tenho amigos lá. Perdi bastante amigo, parentesbetnacional telegramamigos...", enumera a donabetnacional telegramcasa.
"Cada um é um, mas acho que as pessoas deveriam ter se cuidado mais. Muitas pessoas não estão levando a sério, não usam máscara... Se todos tivessem levado a sério a pandemia, a coisa não estaria como está."
"Mas agora com a vacina vai ser muito melhor. Creio que Deus está agindo através dessa vacina. Me deu muita esperança."
Vitor, 30 anos, Riobetnacional telegramJaneiro: 'Quando saí, fiquei com medobetnacional telegramchegar perto das pessoas'
Se desde o finalbetnacional telegrammarçobetnacional telegram2020 o "mundo" do doutorando Vitor Tocci,betnacional telegram30 anos, foi o apartamento que mora com a família, as únicas duas saídasbetnacional telegramlá neste período foram um pouco como fazer uma expedição para outro planeta — no caso, a cidade do Riobetnacional telegramJaneirobetnacional telegramplena pandemiabetnacional telegramcoronavírus.
E como toda missão exige um planejamento, Vitor se antecipou para minimizar todos os riscosbetnacional telegraminfecção ao ir votar no primeiro e segundo turno das eleições municipais,betnacional telegramnovembrobetnacional telegram2020.
Ele pesquisou antes sebetnacional telegramseção eleitoral havia mudadobetnacional telegramlugar, acordou muito cedo no dia da votação e chegou antes que as filas se formassem.
"Eu estava até com receio (de sairbetnacional telegramcasa). Nunca tinha saído com máscara. Me arrumando, estranhei estar todo paramentado, parecia um astronauta", lembra Vitor, que tem atrofia muscular espinhal e se locomove com cadeirabetnacional telegramrodas, o que também explica seu planejamento para a saída.
"Apesarbetnacional telegramter poucas pessoas na rua quando saí, senti paranoiabetnacional telegramchegar perto delas. Como a doença é muito nova, não sabia até que ponto estaria protegido mesmobetnacional telegrammáscara e face shield. Foi uma sensação estranha, realmente estava com medobetnacional telegramchegar perto das pessoas."
Vitor conta que considerou não ir por conta dos riscos, mas seu localbetnacional telegramvotação é pertobetnacional telegramcasa e ele queria fazer valer seu voto.
A rigidez no isolamento se explicabetnacional telegramparte porbetnacional telegramcondiçãobetnacional telegramsaúde — que já era uma preocupação antes do coronavírus, fazendo com que já se vacinasse anualmente contra a gripe.
"Tenho fraqueza nos meus músculos, e esta fraqueza afeta o pulmão. Se eu pegar covid, meu pulmão já não é normal. No início da pandemia conversei com minha neurologist,a e ela disse que eu não estou oficialmente no grupobetnacional telegramrisco da doença", conta.
"Mas sempre tive que tomar cuidado com qualquer gripe — quando pego uma, tenho que me medicar rápido, para combater logo no começo. Por duas vezes já evoluí para pneumonia,betnacional telegramuma delas tive que internar."
Dividindo o apartamento com os pais e a irmã, são eles que saem para ir ao mercado e à farmácia. Vitor fica diretobetnacional telegramcasa, centrando a rotina embetnacional telegrampesquisabetnacional telegramdoutorado. A convivência entre todos "é a melhor possível, o que ajuda a passar pelo isolamentobetnacional telegramuma forma melhor", diz o jovem.
"Para ser sincero, sempre fui muitobetnacional telegramficarbetnacional telegramcasa. Saía para compromissos do doutorado ou para algum bar pertobetnacional telegramcasa com os amigos. Mas só ficarbetnacional telegramcasa é muito desgastante", afirma.
"Inicialmente, eu achava que no final do ano (de 2020) já teríamos um controle maior dos casos. Mas da forma como (a resposta à pandemia) foi conduzida no Brasil, nunca houve controle dos casos, alémbetnacional telegramnão ter vacina (suficiente)."
Assim, ficou para trás, junto com 2020, os planosbetnacional telegramencontrar os parentes na tradicional festa que a família costuma fazer no fim do ano, reunindo maisbetnacional telegram40 pessoas — e que Vitor espera que possa acontecerbetnacional telegram2021, talvez com a disseminação da vacina contra a covid-19, que lhe deu "muita esperança".
Mesmo reconhecendo que, diferentebetnacional telegramsua família, há aglomerações e outras "flexibilizações" não recomendadas acontecendo pelo país, Vitor direciona suas críticas ao governo federal.
"Acho que a cobrança real deveria serbetnacional telegramcimabetnacional telegramquem não está fazendobetnacional telegramparte — que é o governo, boicotando a pandemia, o isolamento e a vacinação. Se tivéssemos um governo mais consciente, conseguiríamos manter as pessoas por mais tempobetnacional telegramlockdown."
Avani, 63 anos, Goiânia: 'Não vejo uma luz no fim do túnel'
Os únicos descuidos com o coronavírus que chegam perto da advogada Avani Guedes,betnacional telegram63 anos, são os que ela vê da janela do seu apartamentobetnacional telegramGoiânia, capitalbetnacional telegramGoiás, para fora.
Da janela para dentro, alimentos e livros comprados via internet são higienizados com álcool, visitas estão "proibidas" e os moradores — ela, um irmãobetnacional telegram39 anos e a mãebetnacional telegram83 — evitam se aproximar. Até agora, nenhum dos três moradores teve sintomas e muito menos um diagnósticobetnacional telegramcovid-19.
"Não abraço minha mãe há um ano, nem no aniversário dela. E sou da teoriabetnacional telegramque é muito bom dar seis abraços por dia, para o bem interior", lamenta.
Ir para a rua foi raridade desde o início da pandemia,betnacional telegramse contar nos dedos. Avani diz que saiu duas vezes para ir à farmácia e, uma vez ao mês, precisa ir ao banco.
"Minha mãe é idosa, com doenças pré-existentes, e já esteve na UTI três vezes. Eu e meu irmão somos hipertensos. Temos que ter muitas precauções."
"Sei bem o que é uma UTI, o que significa intubar, ver uma mãebetnacional telegramestado grave. E as pessoas levam na brincadeira, o que me deixa estressada. Falta noçãobetnacional telegramcoletividade,betnacional telegramrespeito com aqueles que realmente precisam se resguardar contra a doença", diz, referindo-se às pessoas que não adotam medidasbetnacional telegramprevenção recomendadas.
"Da janela do meu apartamento vejo um terminal rodoviário, onde vejo pessoas sem máscara entrandobetnacional telegramônibus lotados. Claro que as pessoas são corresponsáveis, mas o poder público tem responsabilidade nisso."
Esse tipobetnacional telegramdescaso explicabetnacional telegramresposta não muito empolgada sobre as perspectivas após a vacinação dabetnacional telegrammãe, imunizada com a primeira dose no dia que a advogada conversou com a reportagem.
"Enquanto não tivermos certezabetnacional telegramque a situação do país e do mundo está realmente tranquila, vou continuar me resguardando."
No isolamento, Avani decidiu começar uma graduaçãobetnacional telegramPedagogia pela internet e já está indo para o segundo semestre. Ela ainda trabalha como advogada, mas com uma carga horária mais tranquila por conta da idade.
"Eu pensei: o que vou fazer durante esse período dentrobetnacional telegramum apartamento? Mesmo não sendo presencial, estudar te mantémbetnacional telegramcontato com as pessoas. E Pedagogia tem disciplinasbetnacional telegramfilosofia, que têm a ver com minha formação. Isso enriquece minha carreira", conta.
"Mas o contato online tem uma distância, é diferentebetnacional telegramfazer o curso com um grupo (presencialmente). Não sou do tempo da tecnologia,betnacional telegramficar fazendo amizade pelo computador. Acho que tira o brilho da amizade, gostobetnacional telegramparticipar das festas, dar um abraço."
Falando dos temposbetnacional telegramque o coronavírus ainda não existia, Avani se descreve como uma pessoa ativa, com hábitobetnacional telegramviajarbetnacional telegramcarro, ir ao shopping e participarbetnacional telegramcongressos a trabalho.
"Já estou cansada. Reconheço que não todos os dias, masbetnacional telegramalguns acordo e vem uma tristeza porque você não vê luz no fim do túnel. Ainda não estou conseguindo ver luz no fim do túnel."
Perguntada pela reportagem sobre o que fariabetnacional telegramum dia hipóteticobetnacional telegramque a pandemia não exista mais, a advogada ficou um tempobetnacional telegramsilêncio.
"Nunca pensei no primeiro dia. Mas logo que a pandemia passar, estou pensandobetnacional telegrammudarbetnacional telegramcidade. Tenho irmãos morandobetnacional telegramBrasília e penseibetnacional telegramnos juntarmos todos lá. Na pandemia, fiquei pensando: a vida é curta, ficar longe por quê?"
betnacional telegram Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube betnacional telegram ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetnacional telegramautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetnacional telegramusobetnacional telegramcookies e os termosbetnacional telegramprivacidade do Google YouTube antesbetnacional telegramconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetnacional telegram"aceitar e continuar".
Finalbetnacional telegramYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetnacional telegramautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetnacional telegramusobetnacional telegramcookies e os termosbetnacional telegramprivacidade do Google YouTube antesbetnacional telegramconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetnacional telegram"aceitar e continuar".
Finalbetnacional telegramYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetnacional telegramautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetnacional telegramusobetnacional telegramcookies e os termosbetnacional telegramprivacidade do Google YouTube antesbetnacional telegramconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetnacional telegram"aceitar e continuar".
Finalbetnacional telegramYouTube post, 3
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível