O segundo maior perigo global à saúde humana (depois da covid-19) que encurta nossa vidaroleta rodadas gratisquase 2 anos:roleta rodadas gratis

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Legenda da foto, Má qualidade do ar é o segundo maior risco à saúde humana, perdendo, atualmente, apenas para a covid-19

Segundo o relatório do Energy Policy Institute, 79% da população global viveroleta rodadas gratisáreas onde a concentraçãoroleta rodadas gratismaterial particulado excede o limite, o que faz com esse problema afete muito mais indivíduos (5,9 bilhões) do que qualquer outra condição.

O cálculo da OMS éroleta rodadas gratisque ocorram anualmente 4,2 milhõesroleta rodadas gratismortes prematuras atribuídas à má qualidade do ar ambiente no mundo.

Na atualidade, o sul da Ásia é a região onde a poluição por partículas tem aumentado mais, sendo que Bangladesh, Índia, Nepal, Cingapura e Paquistão estão entre as piores nações nesse sentido - juntas, com exceçãoroleta rodadas gratisCingapura, elas respondem por 23% da população mundial e por 60% dos anos perdidos.

O AQLI indica que a expectativa médiaroleta rodadas gratisvida por lá seriaroleta rodadas gratiscinco anos a mais se as orientações da OMS fossem cumpridas -roleta rodadas gratisBangladesh, considerado o mais poluídoroleta rodadas gratistodos, esse índice subiria para 6,2 anos.

Situação no Brasil

No Brasil,roleta rodadas gratisacordo com o AQLI, a concentraçãoroleta rodadas gratismaterial particulado no ar éroleta rodadas gratis9 µg/m. Porém, Nathalia Villa dos Santos, professora da Faculdaderoleta rodadas gratisSaúde Pública e pesquisadora do Laboratórioroleta rodadas gratisPoluição Atmosférica Experimental, ambos da Universidaderoleta rodadas gratisPaulo (USP), afirma que essa não é a realidade dos grandes centros urbanos.

"Em São Paulo, a média estároleta rodadas gratistornoroleta rodadas gratis28 µg/m³, quase o triplo dos 10 µg/m³ recomendados pela OMS", afirma a especialista. "Com exceção da região Sudeste, sobretudo São Paulo, que conta com uma rede ampla da Companhia Ambiental do Estadoroleta rodadas gratisSão Paulo (Cetesb), e algumas capitais da Sul, o país não tem um monitoramento adequadoroleta rodadas gratisemissãoroleta rodadas gratispoluentes, o que dificulta saber a real situação", acrescenta.

Aindaroleta rodadas gratisacordo com a pesquisadora, a má qualidade do arroleta rodadas gratisSão Paulo reduz a expectativaroleta rodadas gratisvidaroleta rodadas gratiscercaroleta rodadas gratisum ano e meio. Na capital paulista, a estimativa é que ocorrem mais mortesroleta rodadas gratisdecorrência dessa condição do que por acidentesroleta rodadas gratistrânsito, cânceresroleta rodadas gratismama e próstata e AIDS.

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Legenda da foto, Concentraçãoroleta rodadas gratismaterial particulado no arroleta rodadas gratisSão Paulo é quase o triplo do recomendado pela OMS

Outro dado impactanteroleta rodadas gratisrelação ao país faz parte do estudo Saúde Brasil 2018, do Ministério da Saúde. Ele aponta que os óbitosroleta rodadas gratisdecorrência da poluição atmosférica aumentaram 14%roleta rodadas gratisdez anos.

No períodoroleta rodadas gratis2006 até 2016, os provocados por Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) - doença isquêmica do coração (DIC), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e cânceresroleta rodadas gratispulmão, traqueia e brônquios - atribuídos a essa causa passaramroleta rodadas gratis38.782 para 44.228.

Por que a poluição faz mal para a saúde?

São vários os agentes poluentes que fazem mal para a saúde, e cada um deles atinge o organismoroleta rodadas gratisuma forma e com diferentes efeitos deletérios, como dor e ardência nos olhos, nariz e garganta, tosse seca, cansaço, dorroleta rodadas gratiscabeça, rouquidão, desenvolvimento ou agravamentoroleta rodadas gratisproblemas respiratórios, alérgicos, cardiovasculares e câncer, diminuição da fertilidade e prejuízos no desenvolvimento fetal.

O mais perigoso é o material particulado. Formado por uma misturaroleta rodadas gratiscompostos químicos, ele fica suspenso no ar na formaroleta rodadas gratispoeira, neblina, aerossol, fumaça e fuligem, entre outros, e tem como principais fontes processosroleta rodadas gratiscombustão (industrial, veículos automotores) e aerossol secundário (formado na atmosfera) como sulfato e nitrato.

Como explica Paulo Artaxo, professorroleta rodadas gratisFísica do Institutoroleta rodadas gratisFísica da USP, essas partículas, quando inaladas, atingem os alvéolos pulmonares durante as trocas gasosas e chegam até a corrente sanguínea.

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Legenda da foto, Índia é o segundo país mais poluído do mundo

"O material particuladoroleta rodadas gratissi e o black carbon (carbono grafite), proveniente dos veículos a diesel, constituem agentes mutagênicos que podem alterar o DNA das moléculas, causando problemas que vão desde asma e bronquite até enfisema pulmonar e DPOC", relata.

Também entram na listaroleta rodadas gratiscompostos prejudiciais à saúde os gases monóxidoroleta rodadas gratiscarbono (CO) e ozônio (O3). O primeiro, ao ser inalado, ocupa o lugar do oxigênio no sangue e, assim, diminui a oxigenação dos tecidosroleta rodadas gratistodo o corpo. E o segundo, quando entra na faringe e nos brônquios, provoca reações químicas que enfraquecem o sistema imunológico.

Há ainda os poluentes dióxidoroleta rodadas gratisenxofre (SO2) e dióxidoroleta rodadas gratisnitrogênio (NO2). "São dois compostos que reagem com a água e produzem ácidos, o sulfúrico e o nítrico, respectivamente. Ambos são potentes irritantes do trato respiratório", complementa Artaxo.

É importante entender que a poluição afeta as pessoasroleta rodadas gratismaneira distinta. No geral, diz Villa dos Santos, crianças, pela imaturidaderoleta rodadas gratissuas defesas, e idosos, por terem um sistema imune menos eficiente e comorbidades próprias da idade avançada, são mais sensíveis.

"Quem vive nas periferias e, portanto, leva mais tempo para se deslocar, e quem está mais exposto aos poluentes, como motoristas e agentesroleta rodadas gratistrânsito, também é mais impactado. Um estudo que fizemos no ano passado indica que duas horas no trânsitoroleta rodadas gratisSão Paulo equivale a fumar 1 cigarro", aponta.

Questãoroleta rodadas gratissaúde pública

Para resolver o problema da poluição no Brasil, os especialistas das USP afirmam que faltam políticas públicas eficientes e permanentes.

"Precisamosroleta rodadas gratisum programa nacionalroleta rodadas gratiscontrole e prevenção da emissãoroleta rodadas gratispoluentes. Um ponto fundamental é o investimentoroleta rodadas gratistransporte coletivoroleta rodadas gratisqualidade e a ampliação da rede metroviária, para que se consiga diminuir a presençaroleta rodadas gratiscarros nas ruas", indica Nathalia.

Artaxo complementa que é urgente a necessidaderoleta rodadas gratissubstituição da tecnologia dos veículos, sobretudo dos ônibus, a maioria muito antigos e extremamente poluentes.

"Nas grandes cidades brasileiras, carros, ônibus e caminhões são responsáveis por 90% das emissões, por isso, é fundamental a adoçãoroleta rodadas gratistecnologias limpas. A exposição à poluição é um fatorroleta rodadas gratisrisco para doenças, é uma questãoroleta rodadas gratissaúde, e está mais do que na horaroleta rodadas gratisser tratada com prioridade pelos governos", finaliza o professorroleta rodadas gratisfísica.

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