'Por que me casei com minha mãe':bwin aposta sem risco

bwin aposta sem risco Em 1971,bwin aposta sem riscomeio ao nascimento do movimentobwin aposta sem riscolibertação das mulheres, Lillian Faderman, professora da Universidade Estadual da Califórnia, entroubwin aposta sem riscocontato com uma das diretoras acadêmicas da instituição, Phyllis Irwin, para abrir um programabwin aposta sem riscoestudos sobre mulheres.

Foi o começobwin aposta sem riscoum amor que durou quase meio século, mas repletobwin aposta sem riscoobstáculos.

Quando elas se conheceram, a homossexualidade era ilegal. "Éramos consideradas criminosasbwin aposta sem riscoquase todos os Estados do país", elas lembram.

"A maioria das lésbicas permanecia escondida."

Mas isso não as impediubwin aposta sem riscoformar uma família juntas ebwin aposta sem riscoconseguir que fossem reconhecidas como grupo familiar perante a lei.

Em entrevista à BBC, as mulheres contaram como encontraram uma maneirabwin aposta sem riscousar as regras para quebwin aposta sem riscofamília tivesse o reconhecimento legal que a sociedade da época lhes negava.

Inseminação artificial

Quando começaram a namorar, Lillian e Phyllis não eram abertamente lésbicas.

"Naquela época, você sabia que deveria manter a boca fechada e continuar com a vida", diz Phyllis, hoje com 91 anos.

Na décadabwin aposta sem risco1970, as relações entre pessoas do mesmo eram punidas pela leibwin aposta sem riscomuitos Estados dos EUA.

No entanto, elas admitem que a direção da universidade sabia do relacionamento.

"Eles nos chamavambwin aposta sem riscoPhyllian e Lillis porque estávamos sempre juntas", ri Lillian.

"Acho que nossos colegas deduziram isso e, quando comecei a publicar livros sobre a história do lesbianismo, parece-me que todos entendiam que éramos um casal".

Três anos após a união, elas decidiram ter um filho. Lillian, 11 anos mais nova que Phyllis, foi ver um especialistabwin aposta sem riscouma clínicabwin aposta sem riscofertilidade.

Fazer uma inseminação artificial era incomum. Ainda mais para uma mulher solteira.

Mas Lillian conseguiu convencer o médico a ajudá-la, sem revelar as verdadeiras razões pelas quais queria ter um filho sem estarbwin aposta sem riscoum relacionamento com um homem.

"O médico me perguntou por que eu não tinha me casado se queria ter um bebê", lembra.

"Respondi: 'Tenho 34 anos, doutorado e sou vice-presidentebwin aposta sem riscoassuntos acadêmicos da universidade. Acho que isso espanta os homens.'"

O médico simplesmente respondeu: "Entendo o que você diz". E realizou a inseminação, que foi bem-sucedida.

Famíliabwin aposta sem riscotrês

Em 1975, Lillian deu à luz Avrom, o único filho do casal. Phyllis a levou para o hospital, mas, a pedido da Lillian, que temia que ela pudesse ter medo durante o parto e repassá-lo ao bebê, esperou do ladobwin aposta sem riscofora.

Tudo correu bem e as mulheres voltaram para casa,bwin aposta sem riscorepente convertidasbwin aposta sem riscouma famíliabwin aposta sem riscotrês.

No entanto, logo começaram a perceber as limitaçõesbwin aposta sem riscoseu arranjo familiar particular. Especialmente do pontobwin aposta sem riscovista jurídico.

"Ficamos muito preocupadas, pois não havia laços legais entre nós", diz Lillian.

"O que mais nos preocupou é que, todas as vezes que Avrom ficava doente e Phyllis tinha que levá-lo ao médico, ela não era legalmentebwin aposta sem riscoprogenitora, então eu tinha que dar um documento assinado por mim nomeando-a como responsável pela criança".

"Mas o que mais me perturbava era que, se algo acontecesse comigo, ela não teria o direito legalbwin aposta sem riscoreivindicá-lo como filho. Do pontobwin aposta sem riscovista legal, ela era uma estranha para ele."

Naquela época, duas pessoas do mesmo sexo não podiam ser pais do mesmo filho.

Mas elas foram criativas e encontraram uma alternativa para formar um vínculo familiar reconhecido legalmente.

Mãe e filha

"No Estado da Califórnia, se houver uma diferençabwin aposta sem riscodez anos ou mais entre dois adultos, um pode adotar o outro", diz Lillian.

Foi assim que Phyllis pode "adotá-la", tornando-se —bwin aposta sem riscoacordo com a lei — avóbwin aposta sem riscoAvrom.

Mas, questionadas se não era estranho que se tornassem mãe e filha, Phyllis diz que "não pensei nisso nesses termos, vi isso simplesmente como a maneirabwin aposta sem riscoter um vínculo legal com Avrom".

Ela até ri que, como "mãe legalbwin aposta sem riscoLillian", tinha "um relacionamento incestuoso".

Brincadeiras à parte, Lillian explica: "Não consideramos estranho, porque nunca nos sentimos como mãe e filha, fizemos isso simplesmente como uma maneirabwin aposta sem riscocontornar as leis".

"A lei dizia que duas mulheres não podiam se casar — teríamos ficado felizesbwin aposta sem riscocasar —, a lei dizia que não poderia haver um segundo pai do mesmo sexo e sabíamos que tínhamos que ter um vínculo legal, pelo bembwin aposta sem riscoAvrom".

"Então fizemos isso. Não parecia nada estranho", diz.

Aparências

As mulheres decidiram usar essa história fictícia não apenas por questões legais.

"Uma vantagem da adoção é que Avrom, que nasceubwin aposta sem riscouma épocabwin aposta sem riscoque não havia muitas outras crianças com duas mães lésbicas, quando ele era pequeno, pode apresentar Phyllis a seus amigos dizendo que ela erabwin aposta sem riscoavó".

"Acho que isso foi mais fácil para ele, embora ele soubesse bem que Phyllis erabwin aposta sem riscooutra mãe. Ele sempre a chamavabwin aposta sem riscoMama Phyllis. Hoje ele tem 45 anos e ainda a chamabwin aposta sem riscoMama Phyllis", diz Lillian.

Já Phyllis diz que não se importavabwin aposta sem riscoser apresentada como a avóbwin aposta sem riscoseu filho.

"Fiquei feliz por ele se sentir confortávelbwin aposta sem riscome apresentar como uma pessoa importante embwin aposta sem riscovida ,bwin aposta sem riscomodo que o termo não me incomodavabwin aposta sem risconada".

"Certamente, tinha idade suficiente para ser avó dele!"

Mas o tempo acabaria por permitir que ela se tornasse oficialmente "Mama Phyllis".

Em 2008, a Califórnia permitiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Lillian e Phyllis se casaram no dia seguinte à legalização do casamento homossexual.

Como não haviam dissolvidobwin aposta sem riscofalsa adoção, erambwin aposta sem riscofato mãe e filha que agora estavam casadas.

"Para nós, a adoção era algo apenas no papel, não nos importávamos", diz Lillian.

No entanto,bwin aposta sem risco2015, quando o casamento igualitário foi aprovado nos Estados Unidos, uma advogada disse que elas poderiam ter problemas se não cancelassem a adoção e se casassem novamente.

E foi isso que aconteceu:bwin aposta sem risco2015, elas já não eram mais "mãe e filha".

"Acho que temos mais laços legais do que qualquer outro casal do planeta", brinca Lillian.

Mas ainda havia a "cereja do bolo". "Quando Phyllis 'me desadotou', nosso filho percebeu que não tinha mais um vínculo legal com ela. Então pediu que ela o adotasse."

Foi uma bela festabwin aposta sem riscofamília, da qual Avrom participou combwin aposta sem riscoesposa e filho.

"Devo dizer que,bwin aposta sem riscotodas as coisas pelas quais passamos, a união civil, a cerimôniabwin aposta sem riscocasamento e tudo mais, foi isso o que mais me emocionou. Havia um homem crescido, sentado ao meu lado, e comecei a chorar. O juizbwin aposta sem riscopaz também", lembra Phyllis.

"Foi algo realmente especial. Que esse homem que eu carreguei quando era bebê, para quem cantei todas as noites quando ainda estava no útero, e lá estava ele, querendo que eu realmente fossebwin aposta sem riscooutra mãe legal".

Em 2003, Lillian publicou suas memórias, nas quais contabwin aposta sem riscoincrível históriabwin aposta sem riscovida.

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