Depoisbrabet minesreceber transplante duplobrabet minespulmões, jovem alerta sobre riscosbrabet minescigarros eletrônicos:brabet mines

Antesbrabet minesficar doente, Ament era um adolescente que gostavabrabet minesnadar, correr e velejar e sonhavabrabet minesfazer parte dos Navy SEALs, forçabrabet mineselite da Marinha americana.

Hoje, ele precisa tomar maisbrabet mines20 comprimidos diários, e seu sistema imunológico ainda está comprometido.

Depoisbrabet minesdois meses e meio no hospital, onde os médicos constataram danos irreversíveisbrabet minesseus pulmões e temiam que ele não fosse sobreviver, emagreceu 18 quilos e sofreu atrofia nos músculos.

"Tivebrabet minesreaprender a respirar e a caminhar", conta.

Hábito cada vez mais comum

Ament, que nunca fumou cigarros convencionais, havia começado a usar cigarros eletrônicos aos 16 anos, poucos meses antesbrabet minesficar doente. O adolescente vivebrabet minesGrosse Pointe, nos arredoresbrabet minesDetroit, no Estadobrabet minesMichigan, e diz que muitosbrabet minesseus colegas e amigos também fumavam cigarros eletrônicos.

"Era (um hábito) cada vez mais comum entre meus amigos", observa.

Ele conta que, no início, nem tinha seu próprio aparelho, fumando apenas quando os amigos ofereciam, mas com o tempo se tornou mais frequente.

Na maioria das vezes eram cigarros eletrônicos com nicotina, masbrabet minescercabrabet minesdez ocasiões ele diz ter usado THC (tetra-hidrocanabinol, componente psicoativo da maconha). A maconha é legalbrabet mines33 Estados americanos —brabet minesalguns para uso recreativo,brabet minesoutros somente para uso medicinal.

Ao investigar a doença, o CDC (Centrosbrabet minesControle e Prevençãobrabet minesDoenças, agênciabrabet minespesquisabrabet minessaúde pública ligada ao Departamentobrabet minesSaúde americano) descobriu que muitas das mortes estavam ligadas ao usobrabet minesTHC e à presençabrabet minesacetatobrabet minesvitamina E.

Esse componentebrabet minesformabrabet minesóleo da vitamina costuma ser utilizadobrabet minescremes para pele e suplementos vitamínicos, mas não é autorizadobrabet minesprodutos à basebrabet minesmaconha para usobrabet minescigarros eletrônicos. O CDC suspeita que acetatobrabet minesvitamina E e outros componentes tenham sido usados para diluir o THCbrabet minesprodutos adulterados ilegalmente.

Mas Ament acredita que todos os cigarros eletrônicos que usou foram compradosbrabet mineslojas autorizadas, e não do mercado negro. Além disso, 14% dos pacientes identificados com EVALI relataram ter usado apenas cigarros eletrônicos com nicotina, sem THC.

Os médicos não sabem que produto específico, se nicotina ou THC, causou os danos nos pulmões do jovem, mas apenas que a doença está ligada ao usobrabet minescigarros eletrônicos.

'Riscobrabet minesmorte iminente'

Ament havia ouvido falar da doença misteriosa que estava afetando usuáriosbrabet minescigarros eletrônicos, a maioria jovens como ele, e decidiu pararbrabet minesusar os dispositivos quando voltou às aulas,brabet minessetembro do ano passado, depois das férias do verão americano.

Mas, poucos dias depois, acordou com dorbrabet minescabeça, dores nas costas, febre alta e fadiga. Como os sintomas não passavam, foi levado ao pronto-socorro.

"Eu sentia dificuldadebrabet minesrespirar. E esta é a última coisabrabet minesque me lembro. Acordei 50 dias depois e só então soube que havia passado pelo transplante", relata.

Depois daqueles primeiros sintomas, a condiçãobrabet minesAment se deteriorou rapidamente. Ele foi internado no hospital Ascension St. John,brabet minesDetroit, no dia 5brabet minessetembro. Inicialmente, a suspeita erabrabet minespneumonia. Mas os médicos constataram que seus pulmões estavam extremamente inflamados, cheiosbrabet mineslíquido e tecido morto.

Menosbrabet minesduas semanas depois, como seu quadro se agravava, ele foi transferido para o Hospital Infantilbrabet minesMichigan, onde foi mantido vivo graças a uma máquinabrabet minesoxigenação por membrana extracorpórea, chamadabrabet minesECMO, que atua como coração e pulmões artificiais, oxigenando e circulando o sangue quando os órgãos do paciente não são capazesbrabet minesdesempenhar essas funções.

Em 3brabet minesoutubro, Ament foi transferido pela terceira vez, para o hospital Henry Ford. Os médicos disseram que nunca haviam visto nada parecido com o que encontraram nos pulmõesbrabet minesDaniel. Os danos eram tão graves e o riscobrabet minesmorte era tão alto que ele foi colocado no topo da listabrabet minesespera para transplante.

"Ele corria riscobrabet minesmorte iminente se não recebesse o transplantebrabet minespulmões", disse o cirurgião Hassan Nemeh, que liderou a equipe responsável pela cirurgia, realizadabrabet mines15brabet minesoutubro.

Sonho interrompido

Depoisbrabet mines50 dias sedado, Ament acordou no hospital e descobriu que havia recebido o transplante. Ele ainda ficou várias semanas internado, e passou o aniversáriobrabet mines17 anos no hospital.

Aos poucos, ele reaprendeu a andar e está recuperando a força nos músculos. Mas os médicos salientam que a recuperação depoisbrabet minesum transplante como o dele pode levar vários meses.

Seu sistema imunológico ainda está fraco, e ele terábrabet minestomar medicamentos pelo resto da vida para evitar que seu organismo rejeite os pulmões transplantados. O sonho da carreira militar tevebrabet minesser abandonado.

Ament ainda não voltou à escola, e está estudando onlinebrabet minescasa enquanto se recupera. Mas nas últimas semanas ele tem percorrido algumas escolas da região onde mora para compartilharbrabet mineshistória e alertar outros jovens para os riscos dos cigarros eletrônicos.

Ele também criou uma organização sem fins lucrativos, a Fight4Wellness, para aumentar a conscientização sobre o problema e ajudar adolescentes que querem abandonar o hábito.

"Não posso fazer nada do que tinha planejado, mas estou me concentrandobrabet minesoutras coisas, na organização ebrabet minesvoltar à escola", afirma ele, que está no penúltimo ano do ensino médio.

Epidemia entre os jovens

Ament sabe que não é fácil convencer jovens a abandonarem os cigarros eletrônicos, e conta que seu próprio irmão gêmeo ainda não conseguiu se livrar do hábito. "O vício é muito forte", afirma.

O usobrabet minescigarros eletrônicos entre adolescentes americanos é descrito por autoridadesbrabet minessaúde como uma epidemia. Maisbrabet minesumbrabet minescada quatro alunos do ensino médio relatam terem usados os dispositivos nos últimos 30 dias, muitos dos quais, assim como Ament, nunca haviam fumado cigarros convencionais.

Apesarbrabet minesa venda para menoresbrabet minesidade ser proibida, o númerobrabet minesestudantes americanos do ensino fundamental e médio que usam cigarros eletrônicos saltoubrabet mines3,6 milhõesbrabet mines2018 para 5,4 milhõesbrabet mines2019, segundo o CDC. Em 2011, eram apenas 220 mil.

No início do ano, o governo americano anunciou a proibição da maioria dos cigarros eletrônicos com sabores — que costumam atrair os usuários jovens. Mas a medida foi criticada por não englobar mentolados ou com saborbrabet minestabaco e deixarbrabet minesfora alguns tiposbrabet minescigarros eletrônicos.

Fabricantes afirmam que os cigarros eletrônicos são menos nocivos para os pulmões do que os cigarros convencionais, já que não incluem as toxinas perigosas, muitas delas cancerígenas, provenientes da combustão do tabaco.

Diferentementebrabet minescigarros convencionais, nos cigarros eletrônicos ou vaporizadores a nicotina, THC ou aromatizantes são misturados a um tipobrabet minessolvente ou óleo, que atua como difusor ao ser aquecido por uma bateria, transformadobrabet minesvapor, que é inalado. O sabor pode ser alterado com a inclusãobrabet minesoutros químicos nessa solução líquida.

Mas especialistas alertam para os riscosbrabet minesalguns químicos e da misturabrabet minesdiferentes componentes que, mesmo que sejam seguros para ingestão, podem ser tóxicos ao serem inalados, e afirmam que ainda pode levar anos até que os efeitos do usobrabet minescigarros eletrônicos na saúde da população sejam conhecidos.

Ament não sabe quem foi o doadorbrabet minesseus pulmões, mas pretende escrever uma carta para a família. "Quero que saibam como sou grato por ter uma segunda chance", diz.

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