EUA x Irã: quem são os aliadospixbet registroTeerã no Oriente Médio:pixbet registro

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Legenda da foto, Tanto Hassan Rouhani​ como Vladimir Putin tentam expandir suas esferaspixbet registroinfluência no Oriente Médio e se contrapor ao poder dos EUA na região

O mundo acompanha com apreensão os acontecimentos nesta semana e se pergunta que outras nações podem entrar na briga, caso haja uma escalada da tensão.

Os EUA contam com vários aliados no Oriente Médio, como Arábia Saudita e Israel.

Mas quem poderá ficar do lado do Irãpixbet registroconflitos armados na região?

Rússia

Depois da mortepixbet registroSoleimani, o ministropixbet registroAssuntos Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, condenou o ataque dos EUA, dizendo que o assassinatopixbet registroum funcionário do governo iraniano no territóriopixbet registroum terceiro país viola "os princípios do direito internacional e merece condenação".

As relações entre Moscou e Teerã têm sido boas desde a queda da União Soviética — os dois governos há tempos veem os Estados Unidos como rival ou inimigo.

Tanto Irã quanto Rússia tentam limitar a influência política dos EUA na Ásia Central. Os estreitos laços econômicos entre os dois países também tem ajudado o governopixbet registroHassan Rouhani a sobreviver às severas sanções econômicas impostas pelo presidente Donald Trump ao país do Oriente Médio desde 2018.

O Irã também tem na Rússia um conveniente provedorpixbet registroarmas para seu envolvimentopixbet registroguerras civis na região, como as do Iêmen e da Síria.

Enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, tenta devolver à Rússia o statuspixbet registrosuperpotência, "o Irã quer voltar a ter um papel importante no cenário internacional", explica um dos editores da BBC Persa.

E, para alcançar esses objetivos, buscam expandir suas esferaspixbet registroinfluência no Oriente Médio e reduzir o poder dos EUA.

Síria

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Legenda da foto, Para muitos, o apoio do Irã tem sido vital para a permanênciapixbet registroBashar al-Assad na presidência da Síria

O governo síriopixbet registroBashar al-Assad tem, no Irã, um aliado-chave desde que estourou a guerra no paíspixbet registro2011.

Soleimani desempenhou um papel essencial no manejo das forças respaldadas pelo Irã e que apoiam Assad. Por isso, a morte do general foi, também, um golpe para o presidente sírio.

O papelpixbet registroSoleimani era tão importante que quando Assad fez uma rara visita a Teerã, no ano passado, foi recebido pelo general iraniano juntamente com o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

O apoio do Irã a Assad é visto como crucial para a manutenção dele no poder apesar das pressões internas e externas, sobretudo dos Estados Unidos. O presidente sírio teria sido salvo por forças iranianas quando rebeldes cercaram Damasco e se apoderarampixbet registrocidades importantes do país.

Iraque

O Irã e o Iraque compartilham uma ampla fronteira e uma história milenar. As relações entre as nações se deterioraram após um golpepixbet registroEstado no Iraquepixbet registro1958. Os dois países chegaram a entrarpixbet registroguerra entre 1980 e 1988 e o então presidente iraquiano, Saddam Hussein, foi apoiado pelos Estados Unidos no conflito.

Mas as relações entre Irã e Iraque melhoraram após a quedapixbet registroSaddam Husseinpixbet registro2003, com a invasão norte-americana ao país. A guerra do Iraque, promovida pelos EUA, abriu caminho — ainda que essa não tenha sido a intenção do governo americano — para que o Irã aumentassepixbet registroinfluência na região.

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Legenda da foto, O premiê do Iraque, Adel Abdul Mahdi, condenou o ataque dos EUA a Soleimani

Hussein era um presidente muçulmano sunita, num paíspixbet registromaioria muçulmana xiita. Os iranianos, que sãopixbet registromaioria xiita, viram napixbet registroderrubada uma oportunidade para fortalecer esse braço do islã na região.

Foi, assim, criada uma coalizão entre Rússia, Síria, Irã e Iraque para enfrentar conflitos civis que afetam Irã e Iraque e combater grupos extremistas, como o autodenominado Estado Islâmico e a Al Qaeda.

Agora, o território iraquiano parece ter se convertido no campopixbet registrobatalha da escalada da tensão entre Irã e EUA. Embora o Iraque não tenha respaldado o Irã abertamente nesse conflito, o primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul Mahdi, condenou o ataque norte-americano contra Soleimani.

E alguns grupos armados existentes no Iraque, com o Kataeb Hezbollah — braço da milícia xiita libanesa no Iraque — são alguns dos aliados mais fortespixbet registroTeerã no Oriente Médio.

Milícias iraquianas

O Irã treina e financia milícias xiitas no Iraque que têm lutado contra tropas dos EUA no país desde a invasão americanapixbet registro2003. Essas mesmas forças adversárias do Exército americano também se mobilizam contra o Estado Islâmico, inimigo comumpixbet registroIrã e EUA.

Entre as milícias aliadas do Irã estão o Kataeb Hezbollah, também conhecido como Hezbollah iraquiano, e a Organização Badr.

Soleimani era uma figura vital para o funcionamento dessas milícias e trabalhavapixbet registrogrande proximidade com elas. O mesmo bombardeio que vitimou o general iraniano matou, também, Abu Mahdi al Muhandis, líder do Kataeb Hezbollah.

Essa organização integra a chamada Forçapixbet registroMobilização Popular do Iraque, uma coalizão paramilitar que agrupa cercapixbet registro40 milícias majoritariamente xiitas, apoiada pelo Irã e incorporada às Forças Armadas do Iraquepixbet registro2016.

Estima-se que essa coalizãopixbet registromilícias conte com 150 mil combatentes.

Catar

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Legenda da foto, O Catar teria fortes relações com o Irã e o Hezbollah

Em 2017, quando Arábia Saudita e seus aliados no Golfo Pérsico realizaram um bloqueio econômico ao Catar, o Irã decidiu ajudar o país enviando suprimentos diáriospixbet registroalimentos, com toneladaspixbet registrofrutas, verduras e carnes.

Desde esse incidente, os laços comerciais entre Catar e Irã não parampixbet registrocrescer. E,pixbet registrodiversas ocasiões, a Casa Branca acusou as autoridades do Catarpixbet registrofinanciar e patrocinar "milícias pró-iranianas", como o Hezbollah.

No ano passado, o jornal britânico Sunday Telegraph revelou a existênciapixbet registrocorrespondências eletrônicas que confirmavam as estreitas relações entre altos funcionários do Catar, Qasem Soleimani e o líder do Hezbollah, Hassan Nasralá.

Hezbollah

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Legenda da foto, Desde seu surgimento, o Hezbollah tem sido um dos aliados mais importantes da República Islâmica do Irã

O Hezbollah é uma organização política, militar e social xiita que exerce um poder considerável no Líbano.

Ele surgiu com a ajuda do Irã durante a ocupação israelensepixbet registroBeirute, no início da décadapixbet registro1980, e, desde então, tem sido um dos aliados mais importantes da República Islâmica.

No comando da Força Quds, Soleimani contribuiu para o crescimento e a consolidação do Hezbollah no Líbano. Atualmente, a organização é um dos grupos armados mais importantes da região e um instrumento para que a influência do Irã chegue às portaspixbet registroIsrael.

Há indíciospixbet registroque o Hezbollah continua a receber armas e apoio financeiro do Irã na atualidade e, para muitos, essa organização atua como representante da república islâmicapixbet registroconflitos com Israel.

Segundo Nathan Sales, acadêmico e advogado que ocupa cargopixbet registrocoordenador da Luta contra o Terrorismo do Departamentopixbet registroEstado dos EUA, o Irã provê ao Hezbollah maispixbet registroUS$ 7 milhões por ano.

"Ainda que a cifra estivesse inflada, como sugerem muitos, poucos contestam que Teerã seja o maior benfeitor do Hezbollah", escreveram os cientistas políticos Ariane M. Tabatabai e Colin P. Clarke, da Universidadepixbet registroColumbia, na revista Foreign Policy.

O grupo conta com um arsenalpixbet registromísseis que podem chegar a Israel, alémpixbet registromilharespixbet registrocombatentes altamente treinados militarmente.

Militantespixbet registroGaza

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Legenda da foto, Faz muitos anos que Teerã apoia grupos militantes palestinos

O Irã apoiou durante muito tempo grupos militantes palestinos, como o Hamas,pixbet registroGaza, e a Yihad Islâmica Egípcia, considerados por vários países ocidentais como organizações terroristas.

Mas, após os protestos — e quedapixbet registrogovernos — na Primavera Árabepixbet registro2011, as relações entre o Irã e o Hamas sofreram um revés porque a organização decidiu apoiar opositores do presidente sírio, Bashar al-Assad.

No entanto, desde 2017, o Hamas tem tentado restaurar os laços com o governo iraniano, principalmentepixbet registrorazão do endurecimento do bloqueio israelense na Faixapixbet registroGaza, que resultou num duro golpe econômico para o grupo.

O Hamas vive uma grave crise financeira e parece obter a maior partepixbet registroseu sustento do Catar, portanto, é difícil que consiga apoiar militarmente o Irã num conflito armado regional.

Mas a Yihad Islâmica Egípcia, que é conhecida por ser mais violenta, poderia estar disposta a se envolver numa eventual guerra, ao lado do Irã.

Os houtis no Iêmen

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Legenda da foto, Os houtis,pixbet registromaioria xiita, integram uma ampla redepixbet registromilícias armadas apoiadas por Teerã

Fixados no noroeste do Iêmen, os houtis, milicianospixbet registroum movimento majoritariamente xiita, se tornaram conhecidos internacionalmentepixbet registro2015, quando promoveram um golpepixbet registroEstado contra o presidente do Iêmen Abd Rabbuh Mansur Hadi.

Desde então, se instalou uma violenta guerra civil no país. Mansur Hadi tenta combater os rebeldes e reconquistar regiões ocupadas por eles com o apoiopixbet registrouma coalizão sunita liderada pela Arábia Saudita.

Já os houtis contam com o apoio militar e financeiropixbet registrouma redepixbet registromilícias patrocinadas pelo Irã.

O governopixbet registroAbd Rabbuh Mansur Haidi acusa os iranianospixbet registroarmar a organização, mas especialistas dizem que ela não é tão financeiramente dependente assimpixbet registroTeerã, obtendo armas no mercado negro e até mesmo, clandestinamente, do Exército do Iêmen.

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