'Fui estrangulada durante o sexo': as mulheres que enfrentam violênciarobo apostas esportivas gratisrelações consentidas:robo apostas esportivas gratis

Legenda da foto, Anna diz que apanhou e foi estranguladarobo apostas esportivas gratisrelação que havia começado com consentimento

Ela diz que uma das situações começou com puxadasrobo apostas esportivas gratiscabelo e tapas — e depois o homem tentou enforcá-la.

"Eu fiquei chocada", diz ela. "Me senti extremamente desconfortável e intimidada. Se alguém te estapeasse ou enforcasse na rua, seria um casorobo apostas esportivas gratisagressão."

A jovem só percebeu o quão comum isso era ao conversar com amigas sobre o caso.

"Daquela vezrobo apostas esportivas gratisdiante, praticamente todos os caras tentaram ao menos uma, quando não foram várias, dessas ações."

Em outra ocasião, diz ela, um homem a estrangulou durante o sexo — sem consentimento ou aviso. Anna, que se formou na universidade neste ano, diz que teve outro parceiro que lidou com ela tão violentamente que ela ficou machucada e com dor por dias.

"Eu sei que algumas mulheres vão dizer que gostam disso. Mas o problema é os homens assumirem que todas as mulheres querem isso", diz ela.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Violência no sexo está sendo normalizada, dizem ativistas

A pesquisa encomendada pela BBC Radio 5 entrevistou 2 mil mulheres entre 18 e 39 anos no Reino Unido.

Maisrobo apostas esportivas gratisum terço delas (38%) sofreram violência não desejada durante o sexo. Cercarobo apostas esportivas gratis31% disseram ou que nunca passaram por isso ou que passaram, mas que os atos violentos foram desejados e consensuais. Cercarobo apostas esportivas gratis31% preferiram não responder.

O Centrorobo apostas esportivas gratisJustiça para as Mulheres, ONG que combate violência contra mulheres na Inglaterra e Paísrobo apostas esportivas gratisGales, afirmou à BBC que os números mostram uma "crescente pressão sobre mulheres jovens para que elas concordem com atos violentos, perigosos ou degradantes".

"Isso provavelmente é resultado da grande disponibilidade e normalizaçãorobo apostas esportivas gratispornografiarobo apostas esportivas gratisextrema violência", diz a entidade.

Adina Claira, presidente da Women's Aid, ONG britânica focadarobo apostas esportivas gratisviolência doméstica, diz que isso indica "o quão frequente é que mulheres com menosrobo apostas esportivas gratis40 anos sofrem violência sexual com parceiros com os quais elas concordaramrobo apostas esportivas gratisfazer sexo e que acabam as humilhando e amedrontando."

"Consentimento para o sexo não diminui a gravidaderobo apostas esportivas gratisum atorobo apostas esportivas gratisviolência como estapear ou estrangular alguém", diz ela.

'Fiquei aterrorizada'

Emma (nome fictício),robo apostas esportivas gratis30 e poucos anos, tinha acabadorobo apostas esportivas gratissairrobo apostas esportivas gratisum longo relacionamento quando teve uma relação casual.

"Acabamos indo para cama e durante o sexo — sem aviso — ele começou a me estrangular. Eu fiquei aterrorizada. Eu não falei nada na hora porque, no fundo, me senti muito vulnerável, senti que aquele homem poderia me dominar [se eu reagisse]", diz ela.

Emma também atribui o problema à influência da pornografia. "Eu senti que eram coisas que ele tinha visto na internet e queria praticar na vida real."

Nem todos os casos ocorrem com parceiros casuais, no entanto — a violência sexualrobo apostas esportivas gratisrelações consentidasrobo apostas esportivas gratisrelacionamentos longos é igualmente comum.

A pesquisa mostrou que, entre as mulheres que foram estranguladas ou estapeadas durante o sexo, 42% se sentiram pressionadas ou forçadas a aceitar os atos.

Normalização da violência

O psicoterapeuta Steven Pope, especializadorobo apostas esportivas gratissexo e relacionamentos, diz que recebe pacientes lidando com os impactos negativosrobo apostas esportivas gratisatos do tipo "dia sim, dia não".

"É uma epidemia silenciosa", diz ele. "As pessoas fazem porque acham que é o normal, mas pode ser muito negativo."

"O que vemos é que, para muitos, isso desvaloriza o relacionamento ou, pior, a violência se torna aceitável."

Sua preocupação é que muitos que praticam esse tiporobo apostas esportivas gratisviolência não estão cientes dos riscos.

"As pessoas me procuram quando a estrangulação passou do limite e eles chegaram a ficar inconscientes por um longo tempo", diz Pope. "A questão é que a estrangulação é sempre algorobo apostas esportivas gratisalto risco, é algo que as pessoas não pensam."

A ativista Fiona McKenzie diz que os resultados da pesquisa são assustadores.

"Eu ouço frequentemente depoimentosrobo apostas esportivas gratismulheres que foram estranguladas, estapeadas, receberam cuspidas, socadas ou sofreram abuso verbalrobo apostas esportivas gratishomens com quem elas começaram a fazer sexorobo apostas esportivas gratisforma consentida", diz McKenzie. "Em muitos casos, as mulheres se sentiam muito incomodadas, mas não eram capazesrobo apostas esportivas gratisreconhecer a experiência como a agressão traumática que ela é."

McKenzie criou o grupo We Can't Consent to This (Não Podemos Dar Consentimento a Isso,robo apostas esportivas gratistradução livre), depoisrobo apostas esportivas gratisnotar um aumento no númerorobo apostas esportivas gratiscasosrobo apostas esportivas gratismulheres mortas durante "jogos sexuais que deram errado",robo apostas esportivas gratisque os homens usavam o consentimento ao sexo dado pela mulher como defesa ou formarobo apostas esportivas gratismitigar o homicídio.

Anna, a jovemrobo apostas esportivas gratis23 anos que sofreu a violência, diz que o sexo se tornou algo muito centrado no homem. "Se tornou algo tão influenciado pela pornografia que não sobra espaço para a mulher."

"Eram caras normais. Não havia nadarobo apostas esportivas gratiscomum entre eles, tirando o fatorobo apostas esportivas gratisque provavelmente consumiam pornografia. Eles assistem e assumem que é algo que a mulher quer, mas não perguntam."

A pesquisa feita pela BBC vem na esteirarobo apostas esportivas gratiscasos recentesrobo apostas esportivas gratisque homens usaram a desculpa do "sexo selvagem" como defesarobo apostas esportivas gratiscrimes — como no caso da britânica Grace Millane. O homem que foi condenado por seu homicídio alegou que a morte foi resultadorobo apostas esportivas gratisuma "brincadeira" sexual com sadomasoquismo que deu errado.

No entanto, praticantesrobo apostas esportivas gratissadomasoquismo afirmam que quemrobo apostas esportivas gratisfato é adepto à prática segue regrasrobo apostas esportivas gratissegurança para que não aconteçam acidentes, como não beber antes do sexo, combinar uma palavra ou gestorobo apostas esportivas gratissegurança (para sinalizar que o ato seja imediatamente interrompido) e que os atos sejam sempre consentidos.

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