Guerra no Afeganistão: 5 perguntas para entender o conflito armado mais longo já travado pelos EUA:roulette internet

roulette internet O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu abruptamente negociações com o grupo Talebã quando os dois lados pareciam pertoroulette internetchegar a um acordoroulette internetpaz.

O que motivou essa decisão? E por que os EUA estão há tanto temporoulette internetguerra no Afeganistão?

Em 11roulette internetsetembroroulette internet2001, ataques terroristas nos Estados Unidos mataram quase 3 mil pessoas. Osama bin Laden, o chefe do grupo extremista al-Qaeda, foi rapidamente identificado como responsável pelos atentados.

O Talebã, grupo islâmico radical que governava o Afeganistão na época, decidiu proteger Bin Laden e se recusou a entregá-lo ao governo americano. Então, um mês depois dos atentadosroulette internet11roulette internetsetembro, os Estados Unidos lançaram ataques aéreos contra o país.

Outras nações entraram na guerraroulette internetapoio aos EUA, e o Talebã foi rapidamente removido do poder. Mas o grupo não desapareceu eroulette internetinfluência voltou a crescer nos últimos anos.

Os EUA têm tido dificuldades para impedir que o atual governo afegão entreroulette internetcolapso e para acabar com os violentos ataques a bombas promovidos pelo Talebã.

Veja abaixo cinco questões para entender a guerra, a mais longa já travada pelos Estados Unidos.

roulette internet 1. Como e por que começaram os ataques ao Afegnistão roulette internet ?

"Nós não desejávamos essa missão, mas vamos cumpri-la", disse o então presidente George W. Bush quando anunciou os primeiros ataques aéreos contra o Afeganistão,roulette internet7roulette internetoutubroroulette internet2001.

A ação militar era uma resposta aos ataquesroulette internet11roulette internetsetembro que mataram 2.977 pessoasroulette internetNova York, Washington e na Pensilvânia. A missão, disse Bush, era "impedir o uso do Afeganistão como baseroulette internetoperações terroristas e atacar a capacidade militar do regime do Talebã."

Os primeiros alvos foram áreas militares pertencentes ao braço mais radical do Talebã. Camposroulette internettreinamento da Al-Qaeda, rede extremista comandada por Bin Laden, também foram atingidos.

Mas, 18 anos depois do início da guerra, é difícil dizer que a missão foi cumprida.

O Talebã continua a exercer pressões no país por meioroulette internetataques e atentados, e poderá voltar a ter um papel oficial na estruturaroulette internetgoverno afegã se as negociaçõesroulette internetpaz forem bem-sucedidas.

O Talebã conquistou o controle da capital afegã, Cabul,roulette internet1996, e passou a governar o país dois anos depois. O grupo segue uma interpretação radical do islã e defende punições severas e execuções públicas a quem descumpre as orientações religiosas.

Dois meses meses depois dos ataques lançados pelos EUAroulette internetresposta aos atentatosroulette internet11roulette internetsetembro, o governo talebã entrouroulette internetcolapso - militantes e dirigentes do grupo se deslocaram para o Paquistão.

Um novo governo apoiado pelos EUA assumiuroulette internet2004, mas o Talebã ainda mantinha grande apoioroulette internetáreas próximas à fronteira do Paquistão. O grupo passou a angariar milhõesroulette internetdólares por ano com tráficoroulette internetdrogas, mineração e impostos cobradosroulette internetterritórios ainda dominados.

Nos últimos anos, o Talebã passou a lançar mais ataques suicidas. E as forças internacionais que atuam no Afeganistão enfrentam dificuldades para conter esses atentados.

Em 2014, ao final do ano mais sangrento no país desde 2001, forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), temendo terroulette internetficar no Afeganistão indefinidamente, encerraramroulette internetmissãoroulette internetcombate, repassando ao Exército afegão a responsabilidaderoulette internetcombater o Talebã.

Mas isso deu fôlego ao grupo, que conseguiu ampliar os territórios dominados e passou a explodir mais bombas contra membros do governo e alvos civis. Conforme levantamento da BBC, o Talebã segue ativoroulette internet70% do território afegão.

2. Como o Talebã surgiu?

O Afeganistão já era um paísroulette internetconflitos armados constantes havia pelo menos 20 anos quando os Estados Unidos invadiram o território.

Em 1979, um ano após um golpe, o Exército soviético invadiu o Afeganistão para dar apoio ao governo comunista que havia se instalado no país.

Os soviéticos estavam lutando contra um movimentoroulette internetresistência ao novo regime conhecido como mujahideen, que era apoiado por Estados Unidos, Paquistão, China e Arábia Saudita, entre outros.

Em 1989, tropas soviéticas se retiraram do país, mas a guerra civil continuou. No caos que se seguiu, o Talebã (que significa "estudantes" na língua pashto) nasceu.

O grupo assumiu grande relevância nas áreasroulette internetfronteira do norte - com o Paquistão - e no sudoeste do Afeganistãoroulette internet1994. Os talebãs prometiam lutar contra a corrupção e melhorar a segurança.

Na época, muitos afegãos estavam cansados dos excessos e disputas internas dos mujahideen durante a guerra civil.

Acredita-se que os talebãs surgiram primeiroroulette internetescolas religiosas - a maioria fundada pela Arábia Saudita, que prega um interpretação rigorosa do islã.

Os talebãs passaram a promover aroulette internetprópria versão da Sharia, a lei islâmica, e introduziram punições brutais. Os homens eram obrigados a deixar a barba crescer e as mulhares, a usar burca, que cobre o corpo da cabeça aos pés.

O Talebã baniu televisão, música, cinema e era contra dar educação para meninas.

Como esse grupo deu abrigo a militantes da Al-Qaeda, ele se tornou alvo imediatoroulette internetataques dos EUA eroulette internetforças internacionais após o 11roulette internetSetembro.

3. Por que a guerra tem durado tanto tempo?

Há várias razões para isso. Mas elas incluem a resistência obstinada dos talebãs, as limitações técnicas e financeiras das forças afegãs eroulette internetsua estruturaroulette internetgovernança, e a relutância dos EUA eroulette internetpaíses europeusroulette internetmanter tropas por mais tempo no Afeganistão.

Em alguns momentos dos últimos 18 anos, o Talebã se viu acuado. No finalroulette internet2009, o então presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou um reforço da presença americana no Afeganistão e o númeroroulette internetmilitares lá chegou a 100.000.

Esse reforço ajudou a expusar o Talebãroulette internetáreas do sul do país, mas era uma operação temporária. Depois da diminuição da presençaroulette internettropas, o Talebã conseguiu se reorganizar.

Quando as tropas internacionais começaram a sair do país, as forças afegãs deixadas para liderar a luta foram facilmente combatidas. Para piorar, o governo afegão, que é repletoroulette internetdivisões tribais, vive constantes atritos internos.

O repórter Dawood Azami, do serviço mundial da BBC, lista algumas das razões principais para a guerra estar ocorrendo até agora. Elas incluem faltaroulette internetclareza política desde que a invasão se iniciou, questionamentos sobre a eficácia da estratégia dos EUA nos últimos 18 anos e o aumento da violência por militantes do Estado Islâmico no Afeganistão, que estiveram por trázroulette internetalguns dos ataques mais sangrentos dos últimos anos.

Também há o papel desempenhado pelo país vizinho, o Paquistão.

Não há dúvidasroulette internetque o Talebã tem suas raízes no Paquistão eroulette internetque conseguiram se reorganizar lá durante a invasão dos EUA. Mas o Paquistão nega que esteja protegendo ou ajudando o grupo, embora os EUA venham cobrando esforços maiores na luta contra militantes talebãs

4. Como o Talebã conseguiu se manter forte?

Estima-se que o grupo arrecade até US$ 1,5 bilhão por ano. Parte desse dinheiro vem do tráficoroulette internetdrogas - o Afeganistão é o maior produtorroulette internetópio do mundo e o Talebã domina a maioria das áreas onde estão as plantaçõesroulette internetpapoula usadas para produçãoroulette internetheroína.

Mas o grupo também angaria dinheiro cobrando pedágiosroulette internetquem viaja pelos territórios dominados eroulette internetempresas que operam nesses locais, comoroulette internettelecomunicação, energia e minério.

Países como Paquistão e Irã negam que estejam financiando o grupo, mas acredita-se que, no mínimo, cidadãos dessas regiões estejam contribuindo financeiramente com o Talebã.

5. Qual é o custo dessa guerra?

É muito alto. É difícil dizer quantos militares afegãos morreram - os números não são mais divulgados. Mas,roulette internetjaneiroroulette internet2019, o presidente afegão Ashraf Ghani disse que 45 mil membros das forçasroulette internetsegurança do país morreram desde 2014.

Quase 3,5 mil integrantes das forças da coalizão internacional morreram desde a invasãoroulette internet2001 - maisroulette internet2.300 deles eram americanos.

O númeroroulette internetcivis mortos é ainda mais difícilroulette internetquantificar. Um relatório da ONUroulette internetfevereiroroulette internet2019 aponta que 32 mil civis morreram desde o início da guerra. O Instituto Watson, da Universidade Brown, nos EUA, diz que 42 mil membrosroulette internetforças rivais aos EUA e ao Exército afegão morreram.

O mesmo instituto diz que os conflitos no Iraque, Síria, Afeganistão e Paquistão custaram aos EUA US$ 5,9 trilhões desde 2001. Os EUA ainda estão conduzindo ataques aéreos contra o Talebã, promovidos por Donald Trump, terceiro presidente a governar os EUA desde que os conflitos se iniciaram.

Mas ele pretende reduzir as tropas americanas na região antes da próxima eleição presidencial,roulette internetnovembroroulette internet2020.

O Talebã agora controla muito mais territórios do que quando as tropas internacionais começaram a deixar o Afeganistão,roulette internet2014.

Muitosroulette internetWashington temem que uma retirada totalroulette internettropas americanas gere um vácuo que pode ser ocupado por grupos radicais que buscam atacar o Ocidente.

Enquanto isso, a população afegã continua a arcar com as maiores consequências desse prolongado e sangrento conflito.

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