'Sou uma prova vivalink da lampions betque meu pai é um estuprador':link da lampions bet

Aos 18 anos, ela começou a procurar porlink da lampions betmãe biológica e descobriu, por meiolink da lampions betassistentes sociais e registros oficiais, quelink da lampions betconcepção foi resultadolink da lampions betum estupro.

"Minha mãe biológica tinha 13 anos – ainda estava na escola – e meu pai biológico era um amigo da família que estava na casa dos 30", explica Vicky ao programa da BBC Victoria Derbyshire.

Segundo Vicky, os registros mostram que ela tinha ido trabalhar como babá na casa dele, e ele a estuprou.

"[Os registros] têm o nome dele e seu endereço, que a polícia, o serviço social e os profissionaislink da lampions betsaúde conheciam, mas nada foi feito sobre o caso."

"Fiquei com raiva e devastada por minha mãe biológica. Por mim."

'Prova viva'

Vicky conseguiu se encontrar comlink da lampions betmãe biológica,link da lampions betum momento que considerou "muito surreal".

Então, anos depois, com casoslink da lampions betabuso sexual recebendo mais atenção no mundo, ela decidiu agir. Ela sempre havia achado errado que seu pai biológico não tivesse sido processado criminalmente.

"Foi quando eu pensei, 'eu tenho provalink da lampions betDNA, porque eu sou uma provalink da lampions betDNA. Eu sou uma cenalink da lampions betcrime ambulante. E está tudo escrito nos registros – com certeza as pessoas vão me levar a sério'."

"Eu queria que ele respondesse pelo que fez. Eu queria Justiça para minha mãe, para mim. As consequências do que ele escolheu fazer moldaram minha vida toda."

Sua mãe biológica, não querendo ter que reviver o crimelink da lampions betum processo e já tendo se decepcionado com a polícia uma vez, decidiu que não queria denunciar o estupro pessoalmentelink da lampions betnovo – mas apoiou o desejo da filhalink da lampions betfazê-lo.

A ideia é invocar o chamado "processo sem vítima" por sexo com uma menor (a idade mínima para consentimento no Reino Unido é 16 anos), conhecido como estupro estatutário. A definição do crime contempla qualquer ato sexual entre um maiorlink da lampions betidade e uma pessoa abaixo da idade mínimalink da lampions betconsentimento, mesmo que o sexo não tenha sido forçado.

Vicky diz que, mesmo sem a mãe relatar o estupro, é possível processar o pai por estupro estatutário, já que ela pode usar seu DNA como prova elink da lampions betdatalink da lampions betnascimento para comprovar as idades dos envolvidos.

"Processos sem vítima" podem ser usadoslink da lampions betcasoslink da lampions betviolência doméstica e estupro, quando a vítima retira a queixa ou se nega a dar um testemunho, mas o processo é consideradolink da lampions betinteresse público.

Uma vítima é definida pelo governo com uma pessoa que sofreu danos emocionais, físicos ou mentais como resultadolink da lampions betum crime.

Batalha por Justiça

No entanto a polícia, advogados, serviço social e membros do Parlamento disseram a Vicky que ela "não é a vítima", portanto não há um caso.

"Por causa do crime, eu estou viva. Minha vida inteira foi ditada por ele, mas ninguém me vê como uma vítima. Eu sou uma prova vivalink da lampions betum estupro contra uma crianças e ninguém está interessado. Como isso pode estar certo?", questiona.

A parlamentar Jess Phillips, do Partido Trabalhista, diz que crianças concebidas por estupro devem, sim, ser consideradas vítimas.

"O tipolink da lampions betefeito emocional que isso temlink da lampions betuma pessoa, seus relacionamentos, suas vidas, como elas se sentem consigo mesmas. Tudo isso é afetado."

"Ninguém jamais diria que uma criança que nunca sofreu violência diretalink da lampions betum casolink da lampions betviolência doméstica não seja uma vítima do crime acontecendo ao seu redor. Para mim, é exatamente a mesma coisa."

Vicky localizou seu pai biológico e usou uma câmera escondida para gravarlink da lampions betconversa. Ela diz que ele nem negou nem confirmou ter estupradolink da lampions betmãe.

"Esse pode ser um dos poucos casos da história ondelink da lampions betfato há provaslink da lampions betDNA irrefutáveis", diz ela.

"Eu quero que a polícia peça um testelink da lampions betDNA. Quero que a polícia e o serviço social peçam desculpas por suas falhas, e aprendam. E eu quero que a definiçãolink da lampions betvítima seja revisada."

Phillips diz que o caso definitivamente élink da lampions betinteresse público, porque o suspeito ainda está vivo.

"Não é algo que simplsmente passa. Essas pessoas são um risco à sociedade."

Pete Henrick, chefe da unidadelink da lampions betproteção ao cidadão da polícia do Estado onde Vicky mora diz que a força policial não subestimou os efeitos psicológicos que Vicky "sem dúvida sofreu".

Mas diz que a polícia não tem um registrolink da lampions betdenúncialink da lampions betestuprolink da lampions bet1975 nemlink da lampions betinvestigação, e que a suposta vítima não desejava cooperar quando Vicky os procuroulink da lampions bet2014.

"Tendo issolink da lampions betvista, ela perguntou se ela mesmo poderia ser considerada um vítima e se o caso poderia ser aberto com base nisso. A lei não a reconhece como vítima nessas circunstâncias. Entramoslink da lampions betcontato com a promotoria e eles nos disseram que não iriam apoiar um processo."

"A maneira como lidamos com o caso foi supervisionada tanto pelo Departamentolink da lampions betConduta quanto pela Corregedoria da polícia, e ambos os órgãos concordaram que a ação da polícia foi apropriada."

*o nome da entrevistada foi alterado para protegerlink da lampions betidentidade.

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