Como será a próxima ida do homem à Lua planejada pela Nasa:esportes da sorte gratis

Crédito, NASA

Legenda da foto, A próxima geraçãoesportes da sorte gratisnaves será mais parecida com as dos anos 1960 do que com os ônibus espaciais

O veículo para perto dos domosesportes da sorte gratisuma base, localizada no polo sul da Lua. Os astronautas entram emesportes da sorte gratishabitação atravésesportes da sorte gratisuma escotilha pressurizada e removem seus trajes empoeirados. Lá dentro, uma estufa abriga uma hortaesportes da sorte gratisbatata e couve que emite um brilho difuso sob luzes LED. Os astronautas sobem uma escada para o primeiro andar, onde o comandante da base os espera para ouvir o relatório da missão.

Cenários como esse são fantasias, por enquanto. Mas esse é um dos jeitos possíveis para os humanos viverem e trabalharem na Lua.

Se o objetivo é estabelecer uma baseesportes da sorte gratislongo prazo, teremos que aproveitar o que for possível dos recursos lunares para atender nossas necessidades.

Em seu laboratório na Universidade Open,esportes da sorte gratisMilton Keynes, no Reino Unido, a estudanteesportes da sorte gratisdoutorado Hannah Sargeant está trabalhando para fazer exatamente isso, usando um mineral chamado ilmenita, que é abundante na Lua.

Dentroesportes da sorte gratisum forno, a ilmenita é aquecida para extrair oxigênio, que então é combinado com hidrogênio para produzir água.

"Há maisesportes da sorte gratis20 maneirasesportes da sorte gratisobter águaesportes da sorte gratisrochas na lua. A ilmenita é interessante porque é muito comum lá e a reação que você precisa consome relativamente pouca energia", explica.

Ela diz que está empolgada com a perspectiva da humanidade voltar à superfície da lua pela primeira vez desde 1972.

"Sinto que minha geração definitivamente vai conseguir fazer isso. Estou confiante que isso vai acontecer até o fim da minha vida, que teremos pelo menos uma habitação permanenteesportes da sorte gratisórbita ao redor da Lua, com subidas e descidas frequentes para a superfície."

Em 2017, o presidente americano Donald Trump aprovou uma diretriz para levar astronautas americanosesportes da sorte gratisvolta à Lua e para "outros destinos". A Nasa disse que o objetivo é fazê-lo até 2028. Mas recentemente o governo pediu que a agência espacial americana reduza o prazo para 2024, citando ambições espaciais da China. Não passou despercebido, no entanto, que a data vai coincidir com o fim do segundo mandatoesportes da sorte gratisTrump, se ele for reeleito.

Crédito, NASA

Legenda da foto, A última vez que o homem esteve na Lua foiesportes da sorte gratis1972, com a missão Apollo 17

Desta vez, a Nasa quer fazer as coisasesportes da sorte gratismaneira diferente. A Lua é parteesportes da sorte gratisuma ambição mais amplaesportes da sorte gratisexplorar o espaço, incluindo Marte. Então parte do plano é estabelecer uma 'parada' no nosso satélite natural.

"Não vamos voltar à Lua para deixar bandeiras e pegadas e então não voltar por outros 50 anos", disse o administrador da Nasa Jim Bridenstine no início do ano. "Vamosesportes da sorte gratismaneira sustentável - para ficar - com aterrissadores e robôs e rovers e humanos."

Mas será que a Nasa vai conseguir fazer uma missãoesportes da sorte gratisretorno com esse prazo, considerando que equipamentos essenciais ainda não foram nem construídos nem testados?

"Vai ser arriscado", diz John Logsdon, professoresportes da sorte gratisciência política da Universidade George Washington, na capital americana. "Mas se não estamos dispostos a aceitar algum nívelesportes da sorte gratisrisco, deveríamos ficar por aqui. A questão é equilibrar o risco com atividade."

Os riscosesportes da sorte gratisir para a Lua

Missões lunares anteriores tiveram os nomes inspirados no deus grego Apollo. A próxima será nomeada Artemis, irmã gêmeaesportes da sorte gratisApollo, e já existem especulações sobre a identidade da primeira mulher a pisar na lua.

A Nasa tem hoje 38 astronautasesportes da sorte gratisatividade; 12 deles são mulheres. Entre elas há Kate Rubins, microbióloga que estudou algumas das doenças mais mortais da Terra; Jeanette Epps, ex-agente da CIA; a médica Serena Aunon-Chancellor e a engenheira elétrica Christina Koch.

Recentemente Jim Bridenstine disse ao canalesportes da sorte gratistelevisão americano CNN que a candidata será alguém experiente, que já esteve na Estação Espacial Internacional.

Crédito, NASA

Legenda da foto, Edwin 'Buzz' Aldrin foi fotografado por Neil Armstrong na superfície lunar

Stephanie Wilson tem a maior experiência, tendo estadoesportes da sorte gratistrês missões. Tracy Caldwell Dyson e Sunita Williams têm dois voos no currículo cada.

"Hoje exigimos maisesportes da sorte gratisum astronauta do queesportes da sorte gratisqualquer outro momento na história", diz Michael Barratt, astronauta da Nasa e professor honorário da Faculdadeesportes da sorte gratisMedicinaesportes da sorte gratisExeter, no Reino Unido.

"O astronauta hoje voaesportes da sorte gratisuma nave multinacional por seis meses, e precisar ser muito, muito treinado para caminhar no espaço, conduzir operaçãoesportes da sorte gratisbraços robóticos, navegar todos os tiposesportes da sorte gratissistema, precisa falar inglês e russo e lidar com isolamento e confinamento por seis meses seguidos."

Mas que desafios adicionais eles vão encontrar além da órbita da Terra?

Hoje já temos um bom entendimento das mudanças que ocorrem no corpo humano no espaço. "Eu gostoesportes da sorte gratisdizer que nós literalmente nos tornamos extraterrestres", diz Barratt, que também é médico. "Sua anatomia muda,esportes da sorte gratispsicologia muda,esportes da sorte gratisbioquímica muda. E nós ainda funcionamos direito, é realmente muito impressionante."

Astronautas vão enfrentar perigos trabalhando na superfície lunar. "Apesar da gravidade na Lua ser um sexto da gravidade da Terra, você estará usando um traje muito pesado, carregando ferramentas e apetrechos e escavando, escalando e explorando", diz Barratt.

Legenda da foto, Há grande especulação sobre quem, entre as doze astronautas da Nasa, estará na próxima missão

Além disso há a questão da poeira lunar. Os astronautas das missões Apollo tiveram episódiosesportes da sorte gratistosse e problemas respiratórios quando a poeira entrou emesportes da sorte gratisespaçonave. Será necessário encontrar uma solução para esse problema.

A radiação é um dos maiores desafios. Fora do campo magnético da Terra, os astronautas estão expostos a dosesesportes da sorte gratisradiação cercaesportes da sorte gratistrês vezes maiores do que as que eles recebem por dia na órbita da Terra. Isso contribui para um risco maioresportes da sorte gratisproblemasesportes da sorte gratissaúdeesportes da sorte gratislongo prazo, como câncer e doenças cardiovasculares.

A radiação vemesportes da sorte gratisdiversas fontes. Raios cósmicos galácticos têm muita energia, mas há poucos deles. Os cinturõesesportes da sorte gratisVan Allen ao redor da Terra contêm partículas subatômicas, mas a exposição a eles é temporária - foi no máximo 5 minutos nas missões anteriores.

No entanto, para uma base permanente na lua, será preciso encontrar maneiras melhoresesportes da sorte gratisse protegeresportes da sorte gratistempestades solares - quando o Sol libera para o espaço partículas carregadas (prótons, emesportes da sorte gratismaioria).

A naveesportes da sorte gratisúltima geração da Nasa, Orion, usa materiais na própria estrutura para proteger os ocupantes da radiação.

A mais moderna nave espacial

O cerne do plano americano para voltar à Lua é o móduloesportes da sorte gratistripulação da Orion. Seu formato cônico lembra os módulosesportes da sorte gratiscomando da Apollo, bem diferentes do estilo dos ônibus espaciais que vieram depois. Para muitas pessoas, a Orion evoca a "eraesportes da sorte gratisouro" da exploração espacial, quando tudo parecia possível.

Mas a naveesportes da sorte gratis10 toneladas usa uma tecnologia que era inimaginável nos anos 1960, e até os métodosesportes da sorte gratisconstrução dela são inovadores. Na empresa Lockheed Martin, que está construindo a Orion para a Nasa, engenheiros trabalham equipados com headsetsesportes da sorte gratisrealidade aumentada.

Usando instruções e modelos que se sobrepõem ao mundo real, técnicos conseguem determinar facilmente onde fazer uma perfuração, ou marcar a localizaçãoesportes da sorte gratisum ajustadoresportes da sorte gratiscabos. A realidade aumentada também evita que eles precisem parar para olhar manuais o tempo todo, permitindo que eles trabalhem com maior eficiência.

Crédito, NASA

Legenda da foto, Os quatro computadoresesportes da sorte gratisvoo da Orion podem fazer praticamente tudo na nave sem intervenção humana

"Uma pessoa na Orion disse que iria adiar aesportes da sorte gratisaposentadoria para poder experimentar o equipamento", diz Shelley Peterson, gerenteesportes da sorte gratisnovas tecnologias na Lockheed.

Comparada à Apollo, a Orion é muito mais densaesportes da sorte gratistermosesportes da sorte gratissuas capacidades por metro cúbico, diz Rob Chambers, gerente sênioresportes da sorte gratissistemasesportes da sorte gratisengenharia na empresa.

A Orion era originalmente parte do plano do presidente George W. Bush para voltar à Lua, anunciadoesportes da sorte gratis2004. Quando o projeto foi canceladoesportes da sorte gratis2010 pelo governoesportes da sorte gratisBarack Obama, a nave foi o único elemento a sobreviver.

Os quatro computadoresesportes da sorte gratisvoo da Orion podem fazer praticamente tudo na nave sem intervenção humana, tornando a nave autossuficiente.

Os computadores sãoesportes da sorte gratisum tipo inicialmente construído para o avião comercial Boeing 787. Mas eles foram reforçados para os rigores da viagem espacial, onde forças gravitacionais, vibração e radiação podem danificar equipamentos delicados. "É por isso que temos quatro conjuntosesportes da sorte gratiscomputadoresesportes da sorte gratisvoo, para lidar com o ambiente espacial", diz Chambers.

Os computadores não são os mais recentes disponíveis. Com viagens espaciais, equipamento já usados e testados são preferíveisesportes da sorte gratisrelação a algo que é mais inovador, mas menos compreendido.

Crédito, Lockheed Martin/Divulgação

Legenda da foto, Funcionários que estão construíndo o foguete usam headsetsesportes da sorte gratisrealidade aumentada como o usado por Shelley Peterson na foto

Se uma falha causasse despressurização na Orion, a nave seria capazesportes da sorte gratisvoltar sozinha para casa. Os astronautas teriam trajes pressurizados para mantê-los vivos no vácuo.

Quando a Orion voltar para a Terra, o maior escudo protetor contra calor já construído vai proteger a tripulaçãoesportes da sorte gratistemperaturasesportes da sorte gratisaté 2,760° C durante a reentrada na atmosfera.

Ao pousar na Terra, a Orion vai usar 11 paraquedas diferentes - feitosesportes da sorte gratismaioriaesportes da sorte gratisum híbridoesportes da sorte gratisnylon e kevlar - para reduzir a velocidade do veículo para 27 km/h exigidos para pousaresportes da sorte gratissegurança no Oceano Pacífico.

Um navioesportes da sorte gratistransporte anfíbio estará esperando por perto para resgatar os astronautas. O veículo então vai guinchar a Orion para um espaçoesportes da sorte gratisarmazenamento e levá-laesportes da sorte gratisvolta para casa.

Outra parte importante do planoesportes da sorte gratisretorno à Lua é o foguete que vai carregar a Orion para o espaço. Chamadoesportes da sorte gratisSistemaesportes da sorte gratisLançamento Espacial (SLS, na siglaesportes da sorte gratisinglês), o foguete é mais alto que um prédioesportes da sorte gratis30 andares e será capazesportes da sorte gratislançar pesosesportes da sorte gratisaté 130 toneladas

"É um foguete realmente imenso. De cair o queixo", diz John Shannon, vice-presidente e gerenteesportes da sorte gratisprojeto do SLS na Boeing, que esta construindo o foguete para Nasa.

Custou cercaesportes da sorte gratisUS$ 12,5 bilhões, e um relatórioesportes da sorte gratissupervisão do governo publicadoesportes da sorte gratisjunho detalhou um estouro no orçamentoesportes da sorte gratisUS$ 1,8 bilhões.

O vooesportes da sorte gratisestreia deve acontecer depoisesportes da sorte gratisjunhoesportes da sorte gratis2020.

Mas nem todo mundo acha que esse é o melhor caminho. Há quem defenda o lançamento do Orion com usoesportes da sorte gratisfoguetes comerciais, como os que estão sendo desenvolvidos pelos bilionários Elon Musk e Jeff Bezos.

Robert Zubrin, da empresa americana Pioneer Astronautics, criou plano chamado 'Moon Direct', que usaria foguetes comerciais menos poderosos para lançar uma nave versátil à lua.

Crédito, NASA

Legenda da foto, O plano inicial era ir à Lua até 2028, mas o prazo foi adiantado para 2024

Zubrin acredita que, com dois lançamentos por anos a um custoesportes da sorte gratisUS$ 1 bilhão, o SLS poderia ser usado para algo melhor, como para chegar a Marte.

John Shannon diz que seu time "sabe o que está fazendo, o quão especial e difícil é (a missão)". "Uma vez que o SLS esteja sendo usado, não vai haver necessidade para outro veículo com a mesma capacidade por muitos anos", diz.

Um posto no meio do caminho

A Nasa também quer construir uma estação espacial na órbita lunar, onde os astronautas possam fazer uma parada antesesportes da sorte gratisir para a superfície, chamadoesportes da sorte gratisGateway (portal,esportes da sorte gratisinglês).

"O objetivo do Gateway é realmente ser um entreposto para chegar à superfície da Lua e depois a Marte", diz Pete McGrath, diretoresportes da sorte gratisvendas globais e marketing da divisãoesportes da sorte gratisexploração espacial da Boeing.

John Shannon é o principal arquiteto da Gateway. Trabalhando na Nasaesportes da sorte gratis2011, ele foi escalado para visualizar os próximos passos da exploração espacial. "Eu olhei cada um dos designsesportes da sorte gratismissão que a Nasa produziu nos últimos 20 anos. Era uma pilhaesportes da sorte gratis1,2 metro", diz ele.

Legenda da foto, Como seria a estação espacial Gateway

Mas afinal por que a Nasa está construindo uma estação especial no meio do caminho sendo que os astronautas que foram à Lua há 50 anos o fizeram tranquilamente sem uma?

"Um entreposto te dá um lugar para a tripulação se preparar antesesportes da sorte gratisdescer à superfície. Te dá a oportunidadeesportes da sorte gratiscontrolar veículos remotos na superfície", diz Shannon. "Também funcionaria como um abrigoesportes da sorte gratiscasoesportes da sorte gratisalgo dar errado durante a missão."

As missões Apollo levaram todos os equipamentos necessários para completar a missão até a Lua. A Nasa os colocouesportes da sorte gratisum caminho ao redor da Lua chamado trajetóriaesportes da sorte gratislivre retorno, que os levariaesportes da sorte gratisvolta à Terraesportes da sorte gratissegurança sem propulsão, mas isso limitou as missões a pousosesportes da sorte gratisuma faixa estreita ao redor do equador.

A Gateway vai estar mais alta,esportes da sorte gratisum órbita oval ao redor da Lua chamada NRHO (sigla para órbita helicoidal quase retilínea,esportes da sorte gratisinglês), que dará à Nasa a possibilidadeesportes da sorte gratispousar onde quiser.

A estação não vai estar pronta para a missãoesportes da sorte gratis2024. Mas a Orion poderia fazer uma paradaesportes da sorte gratisuma versão mais básica, formada por um móduloesportes da sorte gratisenergia e propulsão e um pequeno móduloesportes da sorte gratishabitação para a tripulação.

Crédito, NASA

Legenda da foto, A Gateway seria um entreposto para os astronautas – e facilitaria uma ida a Marte no futuro

Com o tempo, diz John Shannon, a Gateway poderia ser um "lugar onde você agrega toda a logística necessária para um veículoesportes da sorte gratistransporte para Marte".

"Se tudo o que você quer é pousar no polo sul da Lua, não tenho certeza que a Gateway seria necessária", diz John Logsdon, da Universidade George Washington. "Mas o plano é um pousoesportes da sorte gratis2024 e um programa sustentável para 2028 – primeiro para a Lua e depois para Marte. E se você vai implementar esse programa, então a Gateway é um elemento importante."

Com os pés na Lua

Há quem defenda que foi o evento do século. Em 20esportes da sorte gratisjulhoesportes da sorte gratis1969, Neil Armstrong e Edwin "Buzz" Aldrin estavam se aproximando da Lua no módulo lunar (LM)esportes da sorte gratisalta velocidade quando o LM começou a sair foraesportes da sorte gratiscurso, a 6 km do localesportes da sorte gratispouso planejado.

Nos 610 metros finais da descida automática, Armstrong olhou pelos visores e viu que a LM estava se dirigindo para uma grande cratera cercada por rochas do tamanhoesportes da sorte gratiscarros. Pousar ali seria catastrófico.

Quando a LM estava a 152 metros do chão, Armstrong assumiu o controle manual da nave e a pilotou para além da cratera, pousando com segurançaesportes da sorte gratisuma área plana.

Crédito, NASA

Legenda da foto, A caminhadaesportes da sorte gratisNeil Armstrong foi uma grande vitória americana na corrida espacial

Pousos futuros precisarão ser mais seguros e precisos.

"Você vai precisaesportes da sorte gratissistemasesportes da sorte gratispouso autônomos muito mais capazes", diz Ken Gabriel, diretor do laboratório Draper, ligado ao MIT (Massachusetts Institute of Technology),esportes da sorte gratisBoston. "Isso significa que a habilidadeesportes da sorte gratisfazer coisas como navegaçãoesportes da sorte gratisterreno, quando o jeitoesportes da sorte gratissaber onde você está na Lua é olhar para a superfícieesportes da sorte gratistempo real, processar e o que você está vendo através dos sistemaesportes da sorte gratiscâmera dos aterrisadores."

"Você precisa não apenas reconhecer onde está, mas calcular onde estará e quais os obstáculos que precisa evitar no caminho. Todas as coisas que Neil Armstrong fez com seus olhos e seu cérebro e suas mãos quando estava pousando na Lua, você vai precisa que os sistemasesportes da sorte gratiscâmera dos aterrisadores sejam capazesesportes da sorte gratisfazer."

Quando os astronautas pousarem no polo sul da Lua, estarão usando trajes espaciais como o protótipo Z-2, que é projetado para dar ao usuário uma maior mobilidade que trajes anteriores, permitindo que os exploradores subam e desçam montanhas e se agachem para pegar rochas.

Crédito, NASA

Legenda da foto, Buzz Aldrin descendo do módulo lunar; os trajes da época davam pouca mobilidade aos astronautas

A decolagem da Lua também será um desafio. "Quando você está decolando da Terra, está saindoesportes da sorte gratisum local fixo e conhecido", explica Seamus Tuohy, do laboratório Draper.

Na Lua, diz ele, tudo dependeesportes da sorte gratisonde você pousou eesportes da sorte gratiscomo o veículo está posicionado.

O aterrisador que será usadoesportes da sorte gratis2024 ainda não foi construído, e é o melhor exemploesportes da sorte gratiscomo há uma certa ansiedade na Nasa sobre o adiantamento da missão.

Mercado espAcial

E a questão não é apenas pousar na Lua – já há quem se prepare para todo um mercado lunar.

A empresa Astrobotic é uma das muitas que quer transportar itens para a superfície lunar.

Por um preço, começandoesportes da sorte gratis$ 450 para itens pequenos e aumentando para $ 1,2 milhões para itens mais pesados, como robôs, a Astrobotic vai levar pacotes particulares até a lua, usando um aterrisador robótico.

Legenda da foto, O novo módulo lunar

Na filaesportes da sorte gratisconsumidores interessadosesportes da sorte gratiscomprar o serviço, há quem queira mandar cápsulas do tempo, instrumentos científicos, uma rocha do monte Everest e uma lembrança do Kennywood, um parqueesportes da sorte gratisdiversões americano.

Ao prover serviçosesportes da sorte gratisentrega para consumidores privados e para a Nasa, empresas como a Astrobotic podem dar o primeiro passo para a construçãoesportes da sorte gratisum mercado lunar sustentável.

"Podemos ter fornecedores no Espaço produzindo combustívelesportes da sorte gratisfoguete, serviços e outros materiais. O investimento da Nasa ou da Agência EspAcial Europeia não precisa cobrir o custoesportes da sorte gratistoda a infraestrutura", diz Philip Metzger, cientista planetário da Universidade da Flórida Central,esportes da sorte gratisOrlando.

O turismo é provavelmente outra fonteesportes da sorte gratisrecursos. Em 2018, a empresa SpaceX,esportes da sorte gratisElon Musk, lançou os primeiros planos para levar passageiros privados para um voo ao redor da Luaesportes da sorte gratis2023. A data provavelmente não será essa, mas um bilionário japonês já pagou uma quantia não revelada para ir até lá no Big Falcon Rocket (Foguete Grande Falcão).

Em um futuro mais distante, turistas poderão pousar na superfície lunar e ficar hospedados por láesportes da sorte gratismódulos habitacionais. A empresaesportes da sorte gratisserviços financeiros UBS estima que o turismo espacial será um mercadoesportes da sorte gratis$ 3 bilhõesesportes da sorte gratis2030.

Mas a base da economia lunar provavelmente será a mineraçãoesportes da sorte gratiságuaesportes da sorte gratisdepósitosesportes da sorte gratisgelo para a produçãoesportes da sorte gratiscombustível para foguete. Esses depósitos estão concentrados nos polos norte e sul da Lua, onde o interioresportes da sorte gratisalgumas crateras nunca vê a luz do sol.

Reabastecer os meiosesportes da sorte gratistransporte na Lua poderia diminuir o custo da viagem espacial e tornar um entreposto na lua mais acessível. Relatóriosesportes da sorte gratis2018 sugerem que combustívelesportes da sorte gratisfoguete pode ser produzido a um custoesportes da sorte gratis$ 500 por quilo na superfície da Lua. É um valor 20 vezes mais barato do que transportar o combustível da Terra, o que custa cercaesportes da sorte gratis$ 10 mil por kg.

No entanto, o professor da Universidade Estadual da Carolina do Norte, Paul K Byrne, afirma que a economia lunar vai demorar para se desenvolver. "Dá para ver para onde queremos ir. Mas vai demorar décadas para que isso seja remotamente viávelesportes da sorte gratismaneira comercial", diz ele. "Até lá, vai ser algo que os governos vão ter que financiar."

Crédito, Astrobotic/Divulgação

Legenda da foto, A Astrobotic é uma das empresas que faz projetosesportes da sorte gratisequipamentos espaciais, como o dessa ilustração

Vivendo na lua

A plano da missão Artemis vai culminar com o uso,esportes da sorte gratis2028,esportes da sorte gratisuma base chamada Lunar Surface Asset (instalação da superfície lunar,esportes da sorte gratisinglês).

Nos estágios iniciaisesportes da sorte gratismontagem da base na Lua, módulos infláveis feitosesportes da sorte gratismúltiplas camadasesportes da sorte gratistecido podem ser a melhor opção.

Elas podem ser desinfladas, ocupando menos espaço na nave do que módulos rígidos, e fornecem mais espaço quando expandidas. A Agência Espacial Europeia e os arquitetos da Foster + Partners criaram um design híbrido, com um módulo habitável inflávelesportes da sorte gratisdois andares e um módulo rígido funcionando como entrada.

Crédito, NASA

Legenda da foto, Chamado SLS, o foguete das próximas missões será extremamente potente

Para proteger esses ambientes contra quedaesportes da sorte gratismeteoritos e radiação, robôs poderiam imprimiresportes da sorte gratis3D proteções externas que fiquem sobre os módulos habitáveis. O solo lunar, ou regolito, poderia ser usado como materialesportes da sorte gratisconstrução. "É um modoesportes da sorte gratisconstrução fácil, e pode ser feito rapidamente", diz Philip Metzger.

A longo prazo, bases poderiam ser subterrâneas, dentroesportes da sorte gratistúneis naturais na rocha chamados tubosesportes da sorte gratislava. Isso daria uma proteção natural contra a radiação.

Um protótipoesportes da sorte gratisestufa lunar já está sendo desenvolvido pela Universidade do Arizona. Verduras e legumes como alface, tomate e batata doce são cultivados sob luzes LED. É uma produçãoesportes da sorte gratisum ambiente mais ou menos fechado, onde a água é reciclada. E as plantas contribuem para os sistemasesportes da sorte gratissuporte à vida porque transformam gás carbônicoesportes da sorte gratisoxigênio.

Para ajudar os astronautas a explorar o terreno, a Nasa projetou um protótipoesportes da sorte gratis"caminhão"esportes da sorte gratis12 rodas chamado SEV (Veículoesportes da sorte gratisExploração Espacial,esportes da sorte gratisinglês).

Antesesportes da sorte gratispoderem extrair água dos depósitosesportes da sorte gratisgelo que existem nas crateras, é preciso avaliar o terreno. Depois que os depósitos forem identificados, robôs podem ser usados para extrair a água.

Energia vai ser um problema permanente nas crateras, já que elas ficam na sombra e recebem pouca luz. Uma das formasesportes da sorte gratisobtê-la é concentrando a luz do sol usando espelhos colocados na borda da cratera. "Você pega um dos espelhos e mira no seu rover", explica John Thornton, diretor da empresa Astrobotic.

Crédito, NASA

Legenda da foto, Cinquenta anos depois, as idas à Lua continuam sendo um símbolo poderoso

A maior parte da água seria transformadaesportes da sorte gratiscombustível para foguete usando uma corrente elétrica para separar as moléculasesportes da sorte gratiságuaesportes da sorte gratishidrogênio e oxigêni

Hannah Sargeant, da Open University, está trabalhandoesportes da sorte gratisuma ferramenta chamada ProSPA para a extraçãoesportes da sorte gratiságuaesportes da sorte gratisrochas da superfície lunar. O ProSPA vai ser lançadoesportes da sorte gratis2025 e um aterrissador robótico russo chamado Luna-27. Os experimentos da cientista com ilmenita são um modelo que abrem caminho para testesesportes da sorte gratisextraçãoesportes da sorte gratiságua na Lua com a ProSPA.

Cinquenta anos depois, as idas à Lua continuam sendo um símbolo poderoso do que pode ser alcançado quando mobilizamos nossos talentos e recursos para inspirar. A rivalidade com a União Soviética deu aos EUA um motivo durante a Guerra Fria, mas não foi duradoura. Uma vez que a corrida espacial foi vencida, o projeto Apollo continuou a existir por mais seis missões antesesportes da sorte gratisser cancelado.

O tempo dirá se as motivações para a exploração lunar do século 21 são mais robustas. "O melhor motivo para voltar à Lua é usá-la como um entreposto para ir além", diz Paul K Byrne, que cita Marte e asteroides como alvos válidos para exploração.

Nos últimos 15 anos, os destinos planejados pela Nasa mudaram da Lua para Marte, e depoisesportes da sorte gratisnovo para a Lua. "O caminho tem sido tortuoso, mas é voltado para fora. Para recomeçar as viagens humanas dos EUA para além da órbita da Terra", diz John Logsdon.

Se Donald Trump perdeu a eleiçãoesportes da sorte gratis2020, um governo democrata poderia cancelar o planoesportes da sorte gratisvoltar à Lua, mas Logsdon considera isso improvável. "Está mais difícil pensar que um novo governo iria cancelar o programa, considerando como ele ganhou impulso", diz ele.

No entanto, o programa especial para a Lua vai precisaresportes da sorte gratismais dinheiro. Para 2020, o governo Trump pediu um orçamento adicionalesportes da sorte gratis$ 1,6 bilhões para o Congresso. Mas a Nasa precisaesportes da sorte gratisum orçamento extraesportes da sorte gratis$ 6 bilhões a $ 8 bilhões por ano para desenvolver o Artemis, o que precisaria ser aprovado pelo Congresso. Um retorno para a Lua tem apoio dos dois lados do espectro político, mas muitos congressistas duvidam do prazoesportes da sorte gratis2024.

O governo cita as ambições lunares chinesas para justificar a dataesportes da sorte gratis2024. Mas observadores afirmam que nações que têm interesseesportes da sorte gratisexploração o espaço, como os EUA, a China e a Rússia, vão precisar coordenar seus esforços para lidar com questões legais incertas, como sobre quem tem direito aos recursos lunares.

"Eu acho que existe um grande riscoesportes da sorte gratisconflito geopolítico", diz Phil Metzger. "Se uma nação sozinha decidir criar uma indústria no espaço, então essa nação vai acabar tendo uma tremenda vantagem política, econômica e militar."

Ignorar o potencial dos recursos espaciais cria um vácuoesportes da sorte gratispoder, diz ele. "O jeito éticoesportes da sorte gratispreenchê-lo seria o fazendo cooperativamente, internacionalmente, tentando garantir que toda a humanidade vai se beneficiar."

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