O que é o Giro do Pacífico Sul, o enorme 'deserto marinho' considerado o lugar mais 'hostil'pix na betfairtodo o oceano:pix na betfair

Crédito, Tim Ferdelman / Max Planck Institute for Marine Mi

Legenda da foto, Giro do Pacífico Sul abarca 37 milhõespix na betfairquilômetros quadrados

pix na betfair No meio do oceano Pacífico, há uma ampla regiãopix na betfairque as condições naturais pix na betfair atrapalham o desenvolvimento da vida marinha.

Esse gigantesco "deserto marinho" tem sido chamado pelos cientistaspix na betfair"o lugar mais hostilpix na betfairtodo o oceano".

É conhecido como o Giro do Pacífico Sul, que se estende por 37 milhõespix na betfairquilômetros quadrados, desde as costas oeste da América do Sul até a Nova Zelândia, e desde o Equador até a Corrente Circumpolar Antártica. A região equivale, no total, às superfícies somadaspix na betfairEUA, China e Rússia.

Sua superfície tem a água mais cristalina do mundo - o que, na verdade, é um sinalpix na betfairquão "árida" e estéril é essa zona.

Embora o Giro represente 10% da superfície total dos oceanos, é também uma das regiões menos estudadas da Terra.

Agora, uma expedição do Instituto Max Planck, da Alemanha, revelou novas pistas sobre essa região e sobre como são as escassas e peculiares formaspix na betfairvida que habitam ali.

Crédito, NOAA

Legenda da foto, Correntes no Giro do Pacífico Sul impedem a entradapix na betfairáguas mais ricaspix na betfairnutrientes que podem virpix na betfairoutras partes do oceano

Condições extremas

O Giro do Pacífico Sul é um dos cinco enormes sistemaspix na betfaircorrentes circulares oceânicas.

Essas correntes impedem a entradapix na betfairáguas mais ricaspix na betfairnutrientes que podem virpix na betfairoutras partes do oceano. Com isso, o nutritivo fitoplancton fica disponível apenaspix na betfairprofundidades superiores a 100 metros, tornando a superfície tão pobre quanto cristalina.

Nas áreas mais internas desse "deserto aquático", distantespix na betfairqualquer costa, o ar não leva partículas orgânicas vindas da terra, o que também impede que a água se nutra.

O fundo do Giro contém a menor quantidadepix na betfairmatéria orgânica que já se encontroupix na betfairprofundidades marinhas.

Crédito, Tim Ferdelman/Max Planck Institute

Legenda da foto, Cientistas ainda tentam entender como formaspix na betfairvida conseguem sobreviverpix na betfairum ambiente tão inóspito

Além disso, nessa região o sol se irradiapix na betfairforma "perigosamente alta", segundo especialistas. Os níveispix na betfairraios ultravioleta no Giro são qualificadospix na betfair"extremos".

Todos esses fatores dificultam que o lugar seja habitado por animais que abundampix na betfairoutras partes do mundo.

A investigação do Instituto Max Planck, no entanto, mostra que no meio dessa paisagem marinha desolada há micro-organismos que encontraram formas curiosaspix na betfairsobreviver sob condições tão adversas.

Durante seis semanas, uma equipepix na betfairmicrobiólogos percorreupix na betfairbarco cercapix na betfair7 mil quilômetros entre o Chile e a Nova Zelândia, recolhendo e analisando amostras da água - entre 20 metros e 5 mil metrospix na betfairprofundidade - enquanto navegavam.

"Surpreendentemente, encontramos cercapix na betfairum terço a menospix na betfaircélulas nas águas superficiais do Pacífico Sul,pix na betfaircomparação com os giros oceânicos do Atlântico", dissepix na betfaircomunicado o microbiólogo marinho Bernhard Fuchs, coautor da pesquisa. "É provavelmente o menor númeropix na betfaircélulas já registradospix na betfairáguas oceânicas superficiais."

Crédito, Tim Ferdelman/Max Planck Institute

Legenda da foto, Pesquisadores do Max Planck Institute usaram sondas para tirar amostras da água

Comportamentos estranhos

Segundo os pesquisadores, apesarpix na betfairesses micro-organismos serem minúsculos e escassos, eles têm uma grande influência na dinâmica do oceano, à semelhança dos ciclospix na betfaircarbonopix na betfairâmbito global.

Ainda não se sabe com precisão como esses organismos sobrevivempix na betfairum ambiente com tão poucos nutrientes.

Os biólogos, no entanto, encontraram casospix na betfairalgas que estabelecem relações simbióticas com algumas bactérias, com as quais intercambiam substâncias essenciais como nitrogênio e açúcares, embora ainda seja um mistério onde obtêm os demais nutrientes, como fósforo e ferro, raramente encontrados por ali.

Durante a exploração, os cientistas também se deram conta que a "comunidade"pix na betfairorganismos variava fortemente à medida que aumentava a profundidade.

Crédito, Instituto Max Planck/NOAA/ NASA/ Google Earth

Legenda da foto, Os pesquisadores analisaram a região entre o Chile e a Nova Zelândia

Isso se explica pela quantidadepix na betfairluz que penetra na água. O surpreendente, no entanto, é que um organismo altamente fotossintético chamado Prochlorococcus se encontravapix na betfairpoucas quantidades nas águas superficiais, onde há mais luz, e era abundante a 150 metrospix na betfairprofundidade, onde é mais escuro.

O contrário ocorreu com outro organismo chamado AEGEAN-169, que até agora só havia sido detectadopix na betfairáreas cercapix na betfair500 metrospix na betfairprofundidade, mas que os cientistas encontrarampix na betfairmaneira "particularmente numerosa"pix na betfairáguas superficiais do centro do Giro.

"Isso é algo que definitivamente vamos investigar mais", afirmou a microbióloga Greta Reintjes, coautora da pesquisa.

Embora o Giro do Pacífico Sul ainda guarde muitos enigmas, os pesquisadores acreditam que essas descobertas ajudem a entender melhor o funcionamento desse ecossistema e como ele afeta os ciclos vitais da Terra.

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