Oscar 2019: o que era o ‘Livro Verde’ para viagensaposta brazilnegros nos EUA, que inspirou vencedoraposta brazilmelhor filme:aposta brazil

aposta brazil Vencedor do Oscaraposta brazilmelhor filme neste ano, o longa Green Book: o Guia aposta brazil conta a históriaaposta brazilDon Shirley (Mahershala Alí), um pianista negroaposta braziljazz que faz uma turnê pelo sul dos Estados Unidosaposta brazil1962 eaposta brazilseu motorista e guarda-costas, Tony Lip (Viggo Mortensen).

Ao viajar pelo paísaposta brazilplena épocaaposta brazilsegregação racial, os dois usam o "livro verde" (green book,aposta brazilinglês), um guia que trazia os poucos hotéis, restaurantes e bares que eram seguros para afroamericanos na época.

O filme é baseado na história realaposta brazilDon Shirley e o livro que dá o nome ao longa existiuaposta brazilverdade: se chamava The Negro Motorist Green Book ('O Livro Verde do Motorista Negro',aposta braziltradução livre) e circulou entre 1936 e 1967.

O autor, chamado Victor Hugo Green, era um carteiro do bairro do Harlem,aposta brazilNova York. Segundo a revistaaposta brazilhistória Smithsonian, para fazer o guia, Green reuniu informaçõesaposta braziloutros carteiros que trabalhavam com ele – primeiroaposta brazilNova York, depoisaposta braziltodo o país.

Racismo e segregação

O guia feito por Green tentava dar aos viajantes negros informações para que evitassem se encontraraposta brazildificuldade ouaposta brazilsituações embaraçosas, segundo o podcast The Green Book, da BBC Radio 4.

Na época, estavamaposta brazilvigor no país as chamadas "leis Jim Crow", que desde o fim do século 19 até 1965 impuseram a segregação racial no sul.

Os negros não podiam compartilhar espaços públicos com os brancos e grande parte dos estabelecimentosaposta brazilcomércio e serviços não os recebiam.

Havia uma hostilidade aberta contra negros que viajavam, e eles corriam perigo físico.

O podcast da BBC Radio 4 detalha o tipoaposta braziltratamento brutal recebido pelas pessoas:

"Na melhor das hipóteses, as empresasaposta brazildonos brancos se negavam a atender os motoristas negros, a consertar seus carros ou oferecer alojamento. Na pior das hipóteses, a pessoa poderia ser morta se entrasse no bar errado, na cidade errada."

Nesse cenário, o "Livro Verde" se tornou uma espécieaposta brazilcatálogoaposta brazilrefúgiosaposta brazilum mundo hostil e intolerante.

Era projetado para caber no porta-luvas do carro e ajudar principalmente motoristas negros que viajavam conduzindo clientes pelo país, segundo Alvin Hall, ex-apresentador da BBC Radio 4 queaposta brazil2018 viajou com as últimas edições do guia por vários Estados americanos.

Ele era publicado todos os anos entre abril e maio, e teve edições até 1967, três anos depois da aprovação da Leiaposta brazilDireitos Civis,aposta brazil1965, que acabou com as leisaposta brazilsegregação racial no país.

Green morreuaposta brazil1962 e não chegou a ver a vitória do movimentoaposta brazildireitos civis no país.

Antesaposta brazilmorrer, no entanto, ele tinha esperanças na vitória do movimento. No guiaaposta brazil1948, Green incluiu declarações otimistas: "Haverá um dia, no futuro próximo,aposta brazilque este guia não terá mais que ser publicado. Em que nós, como raça, teremos igualdadeaposta braziloportunidades e privilégios nos EUA."

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