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A empresapix betnacionaltecnologia onde todos os empregados têm autismo:pix betnacional
Antes, a companhia se chamava MindSpark, até ser comprada pela Auticon, uma empresa alemã. A firma original foi criada por Gray Benoist, que tem dois filhos autistas e achava que havia poucas oportunidades adequadas para eles no mercadopix betnacionaltrabalho.
"Os dois são muito capazes e inteligentes e merecem uma oportunidadepix betnacionalmostrar isso", disse ele à BBC,pix betnacionalvisita recente à empresa.
"Eu senti que havia um buraco e a única opção era eu preenchê-lo", diz Benoist.
Ele começou a empresapix betnacional2013 e ela já tem mais 150 funcionários. Seu filho mais velho, que também se chama Gray, agora trabalha na equipepix betnacionalfinanças.
"Nossa missão é dar poder a um grupopix betnacionalpessoas que não têm acesso aos mesmos direitos que nós. Há muitos segmentos da sociedade que são subaproveitados e autistas são um deles", diz Benoist.
Conforto e tranquilidade
Peter já havia trabalhadopix betnacionaloutros escritórios, mas, para ele, eles não eram muito "normais". Ele compara essas experiências a um episódio da série Survivors, da BBC, que mostra a vidapix betnacionalum grupopix betnacionalpessoas após uma epidemiapix betnacionalgripe erradicar boa parte da raça humana.
"Era tudo muito difícilpix betnacionalentender. Eu não conseguia fazer conexões sociais", disse ele à BBC.
Evan diz que,pix betnacionaloutros empregos, ele "ficava sozinho comendo um sanduíche e ouvindo podcasts na hora do almoço".
O autismo afeta cercapix betnacionaluma a cada 100 pessoas, segundo a Sociedade Nacionalpix betnacionalAutismo do Reino Unido, mas menospix betnacionalum quarto delas têm um empregopix betnacionaltempo integral.
Muitos desistem porque a ansiedade, que muitas vezes é mais forte para autistas, torna uma entrevistapix betnacionalemprego uma experiência muito intimidante.
"As pessoas costumam contratar pessoas que são parecidas com elas, e os autistas não são como a maioria, eles são como eles próprios", diz Steve Silberman, autor do livro Neurotribes (Neurotribos,pix betnacionaltradução livre), um livro que conta a evolução do autismo.
"A listapix betnacionalcoisas que você não deve fazer numa entrevista é a definiçãopix betnacionalum autista, praticamente. 'Não olhe para os lados, olhe para o seu empregador nos olhos', todas essas coisas são muito difíceis para uma pessoa autista."
Brian queria muito usar suas habilidadespix betnacionalcomputação no trabalho, mas se sentia desestimulado a se candidatar a empregos no competitivo mundo da tecnologia.
"É muita pressão. Você tempix betnacionalficar competindo com outras pessoas", diz ele.
Aquilo era demais para ele, então, acabou tendo outros empregos menos importantes - trabalhou num mercado e lavando carros. Nenhum desses empregos usava bem seu talento e não o "levavam a lugar nenhum", como ele diz.
Algumas empresas acharam alternativas ao processopix betnacionalentrevista tradicional. A empresa alemãpix betnacionalsoftware SAP, que também emprega autistas, oferece a candidatos a oportunidadepix betnacionalcriar robôspix betnacionalLego,pix betnacionalvezpix betnacionalfazer uma entrevista formal.
"Isso mostra a capacidade da pessoapix betnacionalresolver problemas e o seu comprometimento", diz Silberman.
E a SAP obviamente acha que valeu a pena, apontando que não empregam autistas como uma formapix betnacional"caridade", mas sim porque "é bom para a empresa".
Alémpix betnacionalterem mais ansiedade, autistas costumam ter dificuldadepix betnacionalinteragir socialmente.
Por isso, na Auticon, se um funcionário quer usar fonespix betnacionalouvido por causa do barulho, isso é permitido. Eles também podem trabalhar numa sala escura, se quiserem, não precisam gozar da hora do almoço e podem se comunicar com os colegas por mensagempix betnacionaltexto se não quiserem fazê-lo verbalmente.
Se eles ficarem muito incomodados, podem tirar "diaspix betnacionalfolga por ansiedade".
"A sensibilidade com as questões dos nossos empregados é nossa prioridade", diz Benoist, "mas isso requer todo um processo por trás para que a empresa possa trabalhar com qualidade para os seus clientes, o que requer planejamento para os projetos e para como alocar recursos".
E quando se trata da temida avaliação profissional, tentam não ser muito críticos.
"O negócio é ter bons princípiospix betnacionalrecursos humanos. É algo que outras empresas poderiam facilmente replicar", acrescentou.
Novo modelo
Silberman não está convencidopix betnacionalque escritórios com separações sejam uma boa ideia porque ele acha que tanto autistas quanto pessoas que tenham um funcionamento neurológico mais convencional podem aprender muito trabalhando juntas.
"Ao aprender a lidar com pessoas com pessoas diferentes, empregadores também aprendem a ajudar todas as outras pessoas", diz ele.
"Veja o Bill Gates, que certamente tem características autistas. Ele cresceu socialmente e se tornou um grande filantropo."
Há um treinamentopix betnacionalquatro semanas na Auticon que define quais candidatos são adequados ao trabalhopix betnacionallongo prazo.
Alguns não entram, especialmente aqueles que são pressionados pelos pais a se candidatar a um trabalho apesarpix betnacionalnão terem nenhum interessepix betnacionaldados, e é importante dizer que muitos autistas têm interesses diferentes disso.
Para os que ficam, a equipe parece ser muito solidária, mesmo se todos não saem para almoçar juntos.
Quando o novo escritório foi projetado, funcionários pediram que fosse aberto, sem cubículos fechados.
"É ótimo, relaxado, muito tolerante", diz Peter. "E todos são engraçados."
Brian e Evan agora vão aos almoços com os colegas, apesarpix betnacionalque Peter ainda acha difícil "se desapegar do trabalho".
Mas todos os três gostariampix betnacionaltrabalhar lá pelo resto da vida.
Essa é uma lição que outras empresas deveriam seguir, opina Silberman.
"Para muitos autistas, se eles acharem um lugar onde se sintam apoiados e sintam que suas habilidades podem prosperar, eles ficam muito dedicados e não saem. Isso é econômico para as empresas porque aí elas não precisam treinar novamente outras pessoas."
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