George Solitário, a famosa tartaruga das Ilhas Galápagos, pode ser a chave para a longevidade:plataforma betano aviator

Cientistas da Universidadeplataforma betano aviatorYale, nos EUA, e da Universidadeplataforma betano aviatorOviedo, na Espanha, sequenciaram e analisaram os genes da tartaruga gigante e descobriram algo extraordinário.

George Solitário tinhaplataforma betano aviatorumplataforma betano aviatorseus genes variantes relacionadas com a reparação do DNA,plataforma betano aviatorresposta imunológica e a supressãoplataforma betano aviatorcélulas cancerígenas, que poderiam ajudar, no futuro, o estudoplataforma betano aviatorlongevidade dos seres humanos.

"George Solitário ainda nos dá lições", disse Adlagisa Caccone, pesquisadora do Departamentoplataforma betano aviatorEcologia e Biologia Evolutiva da Universidadeplataforma betano aviatorYale e uma das autoras do estudo.

Por que estudar George?

Os cientistas também sequenciaram e analisaram o genomaplataforma betano aviatoroutra espécie, a tartaruga gigante do atolplataforma betano aviatorAldabra (Aldabrachelys gigantea), a única espécie vivaplataforma betano aviatortartaruga gigante do Oceano Índico.

Mas também tinham um interesse especial nas informações genéticasplataforma betano aviatorGeorge.

"O genomaplataforma betano aviatorGeorge nos interessava basicamente por dois motivos. Primeiro, por seu caráter emblemático. Em segundo, porque ele pode nos dar dicas sobre o que ocorreplataforma betano aviatorum organismo quando a longevidade aumenta, quais são as adaptações necessárias", disse à BBC Mundo Víctor Quesada, professorplataforma betano aviatorbioquímica da Universidadeplataforma betano aviatorOviedo e também autor do estudo.

Para analisar o genomaplataforma betano aviatorGeorge os cientistas partiramplataforma betano aviatorpesquisas anteriores sobre seres humanos.

"Uma publicação que se chama The Hallmarks of Ageing (Marcos do Envelhecimento,plataforma betano aviatortradução livre) traz nove características do envelhecimento. Usamos essa informação prévia sobre genes envolvidos nessas características para estudar como estão esses genes no George", explicou Quesada.

"Ou seja, usamos sequências humanas e procuramos as equivalentes no genomaplataforma betano aviatorGeorge. Pesquisadores jovens ficaram focados exclusivamente nessas sequências."

Os cientistas identificaram maisplataforma betano aviator3 mil genes e escolheram 500 dentre esses "porque têm algum papel nas questões ligadas ao envelhecimento".

Que variantes foram achadas no genoma?

Uma das surpresas foi a descobertaplataforma betano aviatorvariantesplataforma betano aviatorgenes relacionados com o sistema imunológico.

"Queríamos saber se há algo diferente nos genes envolvidos na resposta imunológica", disse Quesada.

"Escolhemos genes que sabemos que,plataforma betano aviatorhumanos, estão envolvidos na resposta imunológica. Encontramos diferenças, por exemplo, no númeroplataforma betano aviatorcópias", acrescentou o cientista da Universidadeplataforma betano aviatorOviedo.

"Os mamíferos têm um certo númeroplataforma betano aviatorcópiasplataforma betano aviatoralguns desses genes. Em tartarugas, o número é muitas vezes maior e isso nos dá pistas sobre como evoluiu o sistema imunológico das tartarugas no ambiente onde vivem."

No caso dos genes relacionados ao câncer, os pesquisadores também descobriram diferenças no númeroplataforma betano aviatorcópias.

Os tumores são pouco frequentes nos quelônios e esses genes poderiam estar ligados a essa ausência.

No entanto, Quevedo diz que não é possível, por ora, tirar grandes conclusões porque "não há muita informação sobre a incidênciaplataforma betano aviatortumoresplataforma betano aviatortartarugas gigantes e pequenas".

"É algo que fica como hipótese para pesquisas futuras."

O estudo ajuda a compreender o envelhecimento humano?

O genomaplataforma betano aviatorGeorge contém pistas para futuros estudos sobre longevidade.

Mas Quesada diz que ainda é muito cedo para aplicar qualquer resultadoplataforma betano aviatorpesquisas sobre seres humanos.

"É preciso esclarecer que esse estudo vai nos dar informações básicas. Extrapolar dessa informação para outros organismos não é nada fácil porque são circunstâncias diferentes."

O pesquisador espanhol diz que o envelhecimento é "enormemente complexo e não dependeplataforma betano aviatorum só fator, mas simplataforma betano aviatorvários, também ambientais".

"O que estamos fazendo é desmembrar essas características tão complexasplataforma betano aviatorpartes menores. Nesse momento ainda não estamos planejando intervenções diretas sobre o envelhecimento humano."

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