O que podemos aprender com os povos mais isolados do mundo, como a tribo que matou o americano John Chau:freebet 100 new member philippines

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Integrante da tribo Jawara, que vive nas proximidades da ilha onde o americano John Allen Chau foi morto

Lições

Protegidas, mas não "demonizadas", segundo os especialistas.

Um antropólogo entrevistado pela BBC News disse que há o riscofreebet 100 new member philippinesa morte do americano criar a impressãofreebet 100 new member philippinesque todos esses povos são "cruéis, brutos e violentos", efreebet 100 new member philippinesfazer com que outros aspectos deixemfreebet 100 new member philippinesser considerados.

Em vezfreebet 100 new member philippinesdemonizar esses povos, todos poderíamos aprender algo com eles, diz o antropólogo. Ele argumenta que princípios e filosofias que seguem podem revelar algumas lições para o "mundo desenvolvido".

A seguir, ele apresenta algumas dessas lições:

Crédito, AFP

Legenda da foto, Os Piaroa não têm sensofreebet 100 new member philippinespropriedade ou competição. São como uma "sociedadefreebet 100 new member philippinesiguais"

Paz e igualdade como lema

O povo Piaroa, com maisfreebet 100 new member philippines14 mil habitantes, vive perto do rio Orinoco, no Estadofreebet 100 new member philippinesAmazonas, na Venezuela.

Eles vivemfreebet 100 new member philippinescompleta igualdade efreebet 100 new member philippinesforma pacífica.

Um dos segredos, segundo o especialista, é a ausênciafreebet 100 new member philippinesqualquer formafreebet 100 new member philippinesgoverno, lideranças ou hierarquias.

Vivem comofreebet 100 new member philippinesuma 'sociedadefreebet 100 new member philippinesiguais'freebet 100 new member philippinesque existe apenas o indivíduo efreebet 100 new member philippinesvontadefreebet 100 new member philippinesfazer o que quer.

Os Piaroa também rejeitam a violência e não castigam fisicamente as crianças da comunidade.

Eles consideram que a paz é alcançada eliminando-se ideias como propriedade, competição, vaidade e ganância. Nesse contexto, ninguém da tribo pratica esportes nem é dono, por exemplo,freebet 100 new member philippinesum pedaçofreebet 100 new member philippinesterra.

Um estímulo que existe é para as pessoas aprenderem umas com as outras, independentefreebet 100 new member philippinesserem ou não idosas.

Para eles, a ideia do indivíduo é fundamental e isso não tem a ver com estimular o egoísmo. Cada indivíduo, acreditam, deve escolher o que fazer e como. E as decisões dos outros não são julgadas.

Em um ensaio acadêmicofreebet 100 new member philippines1989, a professora norte-americana Joanna Overing escreve:

"Os Piaroa expressam diariamente o direitofreebet 100 new member philippinesescolherfreebet 100 new member philippinesforma individual e o direitofreebet 100 new member philippinesserem livresfreebet 100 new member philippinesuma ampla variedadefreebet 100 new member philippinesassuntos: residência, trabalho, desenvolvimento pessoal e até o casamento".

Crédito, AFP

Legenda da foto, Homens e mulheres compartilham o mesmo status entre os Piaroa

Pelo fatofreebet 100 new member philippinesser uma sociedadefreebet 100 new member philippinesiguais, homens e mulheres compartilham o mesmo status.

"Cada mulher é dona dafreebet 100 new member philippinesprópria fertilidade, da qual só ela é responsável: a comunidade não tem nenhum direito legal sobre seus filhos, nem seu marido, se eles se separarem", diz Overingfreebet 100 new member philippinesseu texto.

O valor do que é diferente

Os Bayaka são uma tribofreebet 100 new member philippinescaçadores-coletores que vive nas florestas tropicais da África Central.

Para eles, a música é uma parte centralfreebet 100 new member philippinessua identidade e os especialistas acreditam que o modo como desfrutam dela também condiciona seu comportamento.

"As músicas que os Bayaka cantam são polifonias densas e isso significa que cada membro vai cantar uma melodia diferente, combinando-a para criar uma canção", diz Jerome Lewis, antropólogo que estuda a tribo há maisfreebet 100 new member philippinesduas décadas.

O jeitofreebet 100 new member philippinescada pessoa cantarfreebet 100 new member philippinesprópria melodia, explica Lewis, reflete a grande importância que os Bayaka dão ao indivíduo. Eles também não têm líderes.

"Eles te ensinam a ser diferente e esta sociedade valoriza muito a autonomia", diz ele.

"Uma vez que as crianças começam a andar, elas são livres para decidir onde dormem e com quem se relacionam. Você não tem o direitofreebet 100 new member philippinespedir a alguém que faça qualquer coisa por você", observa Lewis.

Mas uma vez que há líderes e todos são livres para fazer o que querem, como os Bayaka aprendem a trabalhar juntos?

A resposta está, mais uma vez, na música.

Crédito, Gill Conquest / Jerome Lewis

Legenda da foto, A música é uma das marcas da tribo Bayaka

"Através do seu canto, eles aprendem o jeitofreebet 100 new member philippinescoordenarfreebet 100 new member philippinesvida cotidiana", diz o antropólogo.

"Você tem que manterfreebet 100 new member philippinesprópria melodia enquanto outras pessoas cantam outras diferentes", observa ele.

"Para cooperar e ser eficazes juntos, é preciso fazer algo diferente. Esta é uma autonomiafreebet 100 new member philippinesque as pessoas são muito conscientes das necessidades dos outros e do seu direitofreebet 100 new member philippinesserem diferentes".

Proteção contra doenças

Os Yanomami são uma tribo indígena que vive nas florestas tropicais do norte do Brasil e do sul da Venezuela e que pode ajudar a entender melhor nosso próprio corpo.

Pesquisas sobre a tribo, que permaneceu isolada do mundo exterior até pelo menos 1950, forneceram novos insights sobre como a vida moderna pode estar mudando a composição do corpo humano.

Um estudofreebet 100 new member philippines2015 examinou uma sériefreebet 100 new member philippinesintegrantes da tribo e revelou a mais diversa coleçãofreebet 100 new member philippinesbactérias já encontradasfreebet 100 new member philippinespessoas, incluindo algumas que nunca haviam sido detectadasfreebet 100 new member philippinesseres humanos,freebet 100 new member philippinesacordo com os cientistas.

Para eles, a conclusão foi que as dietas modernas, os antibióticos e a higiene podem reduzir a variedadefreebet 100 new member philippinesbactériasfreebet 100 new member philippinesnosso corpo.

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Legenda da foto, Criança yanomami no Amazonas: Estudo realizado na tribo trouxe insights sobre como a vida moderna pode estar mudando a composição do corpo humano

"Talvez até mesmo uma exposição mínima a hábitos modernos (...) possa resultarfreebet 100 new member philippinesuma drástica perda da diversidade bacteriana", disse um dos autores do estudo, José Clemente, ao jornal Toronto Star.

"A cada passo dadofreebet 100 new member philippinesdireção à ocidentalização, parece que estamos perdendo a diversidade".

O estudo também contribuiu para uma maior compreensão sobre a resistência aos antibióticos.

Durante anos, profissionais da área médica têm alertado que o uso excessivofreebet 100 new member philippinesantibióticos torna as infecções mais difíceisfreebet 100 new member philippinestratar, criando superbactérias resistentes aos próprios medicamentos que visam matá-las.

O estudo descobriu que os Yanomami tinham genes únicos resistentes aos antibióticos, apesarfreebet 100 new member philippinesnunca terem tomado os medicamentos.

Foi mais uma provafreebet 100 new member philippinesque as bactériasfreebet 100 new member philippinesnosso corpo podem resistir ao tratamento mesmo antesfreebet 100 new member philippinesterem sido expostos aos antibióticos.

Des-pa-cito…

Mark Plotkin passou 35 anos estudando como tribos remotas por todo o Amazonas usam as plantas com fins medicinais e, segundo ele, elas também poderiam nos ensinar que uma vida mais desacelerada pode ser uma vida mais feliz.

"As pessoas dessas tribos remotas não sofremfreebet 100 new member philippinesestresse, doenças cardíacas,freebet 100 new member philippinesinsônia e passam mais tempo com suas famílias", diz o pesquisador.

Crédito, Mark Plotkin

Legenda da foto, O pesquisador Mark Plotkin com um membro da tribo Sikiy, na fronteira do Brasil com o Suriname

"Pode ser que não estejamos prontos para desistirfreebet 100 new member philippinesnossos iPhones e iPads e comer comida tailandesafreebet 100 new member philippinesvezfreebet 100 new member philippinesquando, mas as lições são claras: desacelere, não perca tempo se preocupando com coisas sobre as quais você já não pode fazer nada. Eu mesmo tento viver minha vida seguindo estas recomendações", comentou ele.

Plotkin, que lidera o grupofreebet 100 new member philippinesdefesa da Equipefreebet 100 new member philippinesConservação do Amazonas, pondera, no entanto, que embora os países desenvolvidos possam aprender muito com estilosfreebet 100 new member philippinesvida mais simples, é preciso ter cautela.

"Não é necessário romantizar a ideiafreebet 100 new member philippinescomo essas tribos remotas vivem, mas sim aprender com elas. Assim como há coisas boas que podem ser aprendidas na religião ocidental", diz ele e acrescenta:

"Assim como não devemos superestimar os indígenas, não devemos demonizar missionários como John Allen Chau."