As históriascomprar quina onlinemulheres assassinadascomprar quina onlineum único dia ao redor do mundo:comprar quina online

Legenda da foto, Novo relatório da ONU mostra que pelo menos 137 mulheres são mortas no mundo todo pelo parceiro ou outros parentes

comprar quina online Todos os dias, uma médiacomprar quina online137 mulheres é morta ao redor do mundo por parceiros ou outros familiares, conforme relatório inédito divulgado nesta segunda (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC).

Segundo a ONU, os dados revelam que "a própria casa é o local onde a mulher corre o maior riscocomprar quina onlineser morta". Maiscomprar quina onlinemetade das 87 mil vítimascomprar quina online2017 teriam sido assassinadas por pessoas próximas- 30 mil foram mortas pelo parceiro e outras 20 mil, por outros parentes.

Para descobrir o que está por trás desses números, a BBC 100 Women (100 Mulheres) passou o mêscomprar quina onlineoutubro monitorando informações sobre assassinatoscomprar quina onlinemulheres ocorridos no primeiro dia daquele mês.

Vamos compartilhar algumas dessas histórias.

Taxacomprar quina onlinehomens assassinados é maior, mas...

Os dados coletados pela ONU revelam que "homens têm quatro vezes mais chance que mulherescomprar quina onlineperderem suas vidas como resultadocomprar quina onlinehomicídio doloso (quando há intençãocomprar quina onlinematar)". Eles são 8comprar quina onlinecada 10 vítimascomprar quina onlinehomicídio no mundo.

Mas o mesmo relatório revela que as mulheres são as principais vítimascomprar quina onlinehomicídios cometidos por parentes. Maiscomprar quina online8comprar quina onlinecada 10 vítimascomprar quina onlinehomicídios cometidos por parceiros ou parceiras são mulheres.

Crédito, UNDOC 2017

"A violência por parceiro continua a ser desproporcional no casocomprar quina onlinemulheres", diz o relatório.

47 mulheres mortas,comprar quina online21 países, num único dia

As estatísticas da ONU trazem dados sobre mortes ocorridas ao longocomprar quina online2017 baseadoscomprar quina onlineinformaçõescomprar quina onlinefontes governamentais.

Os dados para "mortescomprar quina onlinemulheres e crianças relacionadas a gênero" ou "feminicídio" são coletados usando o critériocomprar quina onlineque o autor seja parceiro ou familiar.

A BBC monitorou a cobertura da imprensa sobre casoscomprar quina onlinemulheres mortas no dia 1ºcomprar quina onlineoutubrocomprar quina online2018. Nós contamos 47 mulheres mortas aparentemente por questões relacionadas a gênerocomprar quina online21 países diferentes. A maioria desses crimes ainda está sendo investigada.

Contamos aqui casoscomprar quina onlinecinco mulheres assassinadas no dia 1ºcomprar quina onlineoutubrocomprar quina online2018:

Judith Chesang, 22, Quênia

Crédito, Arquivo pessoal

Na segunda-feira do dia 1ºcomprar quina onlineoutubro, Judith Chesang ecomprar quina onlineirmã Nancy estavam no campo plantando.

Judith, mãecomprar quina onlinetrês filhos, havia se separado havia pouco tempo do marido, Laban Kamuren, e decidido voltar à vila dos pais, no norte do país.

As irmãs haviam acabadocomprar quina onlinecomeçar a jornadacomprar quina onlineplantio quando ele chegou à fazenda da família, atacou e matou Judith.

A polícia disse que Kamuren foi, depois, morto pelos moradores da região.

A África é o continente onde as mulheres correm o maior riscocomprar quina onlineserem mortas por parceiros ou parentes, segundo o relatório da ONU. São 3,1 mortes a cada 100 mil pessoas.

A Ásia apresentou o maior número absolutocomprar quina onlinemortescomprar quina onlinemulheres por parceiros e familiares. Foram 20 milcomprar quina online2017.

Neha Sharad Chaudury, 18, Índia

Crédito, Manohar Shewale

Neha Sharad Chaudury morreu no seu aniversáriocomprar quina online18 anos, supostamente por "assassinatocomprar quina onlinenome da honra".

Ela tinha saídocomprar quina onlinecasa para comemorar o aniversário com o namorado. O relacionamento era desaprovado pelos pais dela, segundo a polícia confirmou à BBC News.

O pai, a mãe e outro parente da jovem são acusadascomprar quina onlineter matado a garotacomprar quina onlinecasa, naquela noite. Os três estão presos e ainda serão julgados.

O advogado que representa os paiscomprar quina onlineNeha afirma que eles negam as acusaçõescomprar quina onlineterem matado a filha.

Centenascomprar quina onlinepessoas são mortas a cada dia por se apaixonar ou casar com quem a família não aprova.

Mas é difícil obter dados oficiais sobre os "assassinatos por honra" porque muitos desses crimes não são reportados e registrados.

Zeinab Sekaanvan, 24, Irã

Crédito, Anistia Internacional

Zeinab Sekaanvan foi executada por autoridades iranianas por ter matado o marido.

A jovemcomprar quina online24 anos nasceu no nordeste do Irã, numa família pobre e conservadoracomprar quina onlineorigem curda. Ela fugiu quando adolescente para se casar, na esperançacomprar quina onlineuma vida melhor.

A Anistia Internacional diz que o marido dela era abusivo e que se recusava conceder o divórcio a ela. As denúncias e reclamaçõescomprar quina onlineZeinab teriam sido ignorados pela polícia.

Ela foi presa por matar o marido quando tinha 17 anos. Seus apoiadores, incluindo a Anistia Internacional, dizem que ela foi torturada para confessar o assassinato e que não teve um julgamento justo.

O relatório da ONU sugere que mulheres que matam seus parceiros frequentemente passaram por "longos períodoscomprar quina onlineviolência física".

Já as motivações tipicamente apresentadas por homens que matam mulheres incluem "possessão, ciúmes e medocomprar quina onlineser abandonado", diz o relatório. Este parece ser o casocomprar quina onlineum casal encontrado morto no Brasil, no mesmo diacomprar quina onlineque Zeinab foi executada.

Sandra Lucia Hammer Moura, 39, Brasil

Crédito, Reprodução/Facebook

Sandra Lucia Hammer Moura se casou com Augusto Aguiar Ribeiro quando tinha 16 anos.

O casal estava separado havia cinco meses quando ela foi morta por ele.

A políciacomprar quina onlineJardim Taquari,comprar quina onlinePalmas, no Tocantins, confirmou à BBC News Brasil que ela foi esfaqueada no pescoço.

Os agentes encontraram, no celular do maridocomprar quina onlineSandra, um vídeo no qual ele confessa o crime. Nas imagens, Augusto diz que Sandra estava namorando outro homem e que ele se sentia traído.

Ele afirma, no vídeo, que não seria preso já que o casal seguiria junto para a "gloria do Senhor". Após matá-la, ele se enforcou no quarto que tinha sido habitado pelo dois.

O caso integra um tipocomprar quina onlineassassinato conhecido como "homicídio-suicídio", quando um indivíduo mata uma ou mais pessoas antescomprar quina onlinese matar.

Marie-Amélie Vaillat, 36, França

Crédito, PHOTOPQR/LE PROGRES/Photo Jean-Pierre BALFIN

Marie-Amélie foi esfaqueada até a morte por Sébastien Vaillat, seu ex-marido.

Os dois haviam se separado depoiscomprar quina onlinequatro anoscomprar quina onlinecasamento. Após matar a esposa, ele confessou o crime a polícia e, dias depois, se matou na prisão.

Do ladocomprar quina onlinefora da lojacomprar quina onlinelingeriescomprar quina onlineMarie-Amélie Vaillat, moradores da região deixaram um marcomprar quina onlineflores e fizeram uma passeatacomprar quina onlinehomenagem a ela.

A morte ocorreu no mesmo diacomprar quina onlineque o governo francês anunciou propostas para inibir a violência doméstica no país.

Crédito, PHOTOPQR/LE PROGRES/Photo Jean-Pierre BALFIN

Legenda da foto, Moradores do bairro onde Marie-Amélie Vaillat tinha uma loja levaram flores e fizeram uma passeatacomprar quina onlinehomenagem a ela

O que é preciso ocorrer para a morte violentacomprar quina onlineuma mulher ser reportada?

Para coletar essas histórias, o time da BBC Monitoring analisou matériascomprar quina onlineTV, rádio, jornais, internet e conteúdocomprar quina onlineredes sociais ao redor do mundo, procurando registroscomprar quina onlinemulheres assassinadas no primeiro diacomprar quina onlineoutubro.

A equipe encontrou um totalcomprar quina online47 notícias sobre mulheres que haviam sido mortas naquele dia. Compartilhamos aqui apenas alguns desses casos. Há muitos outroscomprar quina onlineque os motivos não estão claros ou cujos autores não foram identificados.

O novo relatório da ONU sugere que uma enorme fatia dos casoscomprar quina onlineviolência contra mulher "não são reportados às autoridades". Rebecca Skippage, que liderou o time da BBC Monitoring, descobriu que, para além dos números, a "forma como a imprensacomprar quina onlinegeral relatou as vidas e mortes das vítimas revelou muito sobre como as mulheres são vistascomprar quina onlinediferentes sociedades".

"Nós estávamos procurando por mortes ocorridas num dia, mas pesquisamos essas histórias ao longocomprar quina onlineum mês. Percebemos que o períodocomprar quina onlineinteresse da imprensa local pelo caso, o tom das matérias e a faltacomprar quina onlineinformaçãocomprar quina onlinealguns casos diziam muito sobre o status das mulheres naquela região", explica.

Maryam Azwer trabalha para a BBC Monitoring e atuou na análise dos dados coletados. "O resultado diz tanto sobre as mortes não reportadas quanto sobre as que foram registradas."

"As histórias que nunca chegaram ao alcance da imprensa, que nunca foram verificadas nem investigadas, nos fazem refletir: o que é preciso para que a mortecomprar quina onlineuma mulher seja importante o suficiente para ser reportada?"

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