A mulher que foi atingida por dois raios e sobreviveu para contar a história:estrela bet casemiro

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Antes que eu pudesse buscar abrigo, um forte raioestrela bet casemiroluz me atravessou e me jogou a uma distânciaestrela bet casemiromaisestrela bet casemiro9 metros, sobre um pisoestrela bet casemiroconcreto.

Sentia cada centímetroestrela bet casemiromim ardendo, ardendo com eletricidade, me matando. Então, tudo ficou escuro.

Crédito, Beth Peterson/Facebook

Legenda da foto, Beth Peterson tinha 24 anos quando foi atingida pela primeira vez por um raio

Eu tinha 24 anos, era soldado do Exércitoestrela bet casemiroFort Benning, na Geórgia. Naquela noite, eu estava inspecionando muniçõesestrela bet casemiroum depósito com um colega. Ele tentou me reanimar, mas foram os paramédicos que me ressuscitaram depois que o raio - que subiu pelos meus pés, atravessou meu corpo e saiu pela minha boca e cabeça - fez meu coração pararestrela bet casemirobater por um curto período.

Quando cheguei ao hospital, os médicos ficaram surpresos com o fatoestrela bet casemiroeu ter sobrevivido. Eu estava semiconsciente, me perguntando se alguém havia disparado ou atirado um explosivo contra mim.

Não podia falar porque minha mandíbula estava quebrada. Não conseguia entender o que me diziam por causaestrela bet casemirouma lesão cerebral grave. Não conseguia andar porque os vasos sanguíneos dos meus pés estavam completamente destruídos.

Estava feliz por estar viva, mas minha vida havia mudado para sempre.

Fiz 12 cirurgias para reconstruir minha mandíbula e os dedos dos meus pés foram amputados.

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Legenda da foto, 'Continuo sentindo dor', diz Beth Peterson, 25 anos depoisestrela bet casemiroter sido atingida por um raio

Lentamente, reaprendi a ler, escrever, falar e caminhar - no começo usava muletas e depois, quando fiquei mais forte, passei a usar os músculos do abdômen para manter o equilíbrio.

Me sentia impotente, mas, a cada sinalestrela bet casemirorecuperação - como falar o alfabeto e completar operações matemáticas básicas - renascia a esperança.

Alémestrela bet casemiroenfrentar a reabilitação física, fui diagnosticada com um transtornoestrela bet casemiroestresse pós-traumático e tive que me tratar com um psicólogo.

Exatamente um ano depois do diaestrela bet casemiroque fui atingida por um raio, estavaestrela bet casemirocasa, porque ainda não podia trabalhar, observando a chegadaestrela bet casemirouma tempestade. Meu psicólogo havia me encorajado a enfrentar meus medos e a não me esconderestrela bet casemirocasa durante tempestades - por isso, tomei coragem e fui até a varanda.

De repente, senti tudoestrela bet casemironovo. A mesma luz, o mesmo ardor agonizante. Fui atirada para dentroestrela bet casemirocasa, onde meu namorado, David, correu para o meu lado. Antesestrela bet casemiroperder a consciência, estava convencidaestrela bet casemiroque ia morrer.

A cada ano, maisestrela bet casemiro4 mil mortes no mundo são causadas por raios e, aparentemente, as chancesestrela bet casemiroser atingindo por um raio nos Estados Unidos é umaestrela bet casemiro700 mil (no Reino Unido, éestrela bet casemiro1estrela bet casemiro10 milhões e no Brasil,estrela bet casemiro1estrela bet casemiro1,5 milhão)

Mas não tenho ideiaestrela bet casemiroquais são as chancesestrela bet casemirouma pessoa ser atingida por dois raios, na mesma data, com um anoestrela bet casemirodiferença. Nem deve haver essa estatística.

O segundo raio não me feriu fisicamente tanto quanto o primeiro. Como ainda estavaestrela bet casemirorecuperação, os médicos não puderam estimar com precisão a extensão dos danos desse segundo golpe.

Meus dias passaram a ser um fluxo constanteestrela bet casemirovisitas a hospitais e clínicasestrela bet casemiroreabilitação. Vivia com medo, obcecada por nuvens, chuvas e relâmpagos, examinando o céu constantemente.

Quatro meses depois do segundo raio, já havia recuperado força suficiente para voltar a caminhar usando uma bengala. David, meu namorado, e eu decidimos nos casar. No ano seguinte, tivemos um filho, Casey.

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Legenda da foto, Psicólogos recomendaram que Peterson enfrentasse os medos e saísseestrela bet casemirocasaestrela bet casemirodiasestrela bet casemirotempestades

A cada cirurgia, a cada sessãoestrela bet casemiroreabilitação, eles eram a fonteestrela bet casemiroalegria que me ajudou a superar tudo.

Já se passaram 25 anos e ainda sinto dores. Pode parecer estranho, mas quem já passou por uma amputação vai entender: a dor realmente não vai embora, mas você aprende a conviver com ela.

Ao invésestrela bet casemirome concentrarestrela bet casemirocoisas ruins, faço palestras para outros pacientes com transtornoestrela bet casemiroestresse pós-traumático e dor crônica.

Em 2013, escrevi um livro sobre como usar a dor para ser mais forte. Os raios podem ter mudado minha vidaestrela bet casemirouma forma irremediável, mas também me deram um novo propósito: ajudar aos outros."

*A históriaestrela bet casemiroBeth Petterson faz parte dessa matéria da BBC Three,estrela bet casemiroinglês: How it feels to be hit by lightning (and other 1 in a million chances)