Exposição na Bélgica traz roupasaposta copa do mundo blazevítimasaposta copa do mundo blazeestupro para romper mitoaposta copa do mundo blaze'culpa da mulher':aposta copa do mundo blaze

Legenda da foto, Exposição mostra roupas "normais"aposta copa do mundo blazevítimasaposta copa do mundo blazeestupro no diaaposta copa do mundo blazeque sofreram o ataque (Foto: Divulgação CAW East Brabant)

aposta copa do mundo blaze Em 2016, uma pesquisa do Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiroaposta copa do mundo blazeSegurança Pública mostrou que maisaposta copa do mundo blazeum terço dos brasileiros acredita que "mulheres que se dão ao respeito não são estupradas". No mesmo estudo, 30% disseram que "mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada".

Uma exposiçãoaposta copa do mundo blazeroupasaposta copa do mundo blazevítimasaposta copa do mundo blazeestupro na Bélgica, porém, contradiz essa lógica. Exibidaaposta copa do mundo blazeBruxelas, a mostra traz trajes que mulheres e meninas estavam usando no diaaposta copa do mundo blazeque sofreram a violência sexual e reúne calças e blusas discretas, pijamas e até camisetas largas.

O objetivo dos organizadores é derrubar o "mito teimoso"aposta copa do mundo blazeque roupas provocativas são um dos motivos que leva a crimesaposta copa do mundo blazeviolência sexual.

A exposição levou o nomeaposta copa do mundo blaze"A culpa é minha?",aposta copa do mundo blazereferência à pergunta que muitas vítimas se fazem depoisaposta copa do mundo blazeum ataque.

"O que você percebe imediatamente quando vem aqui: todas as peças são completamente normais, roupas que qualquer um usaria", afirmou Liesbeth Kennes, que faz parte do grupoaposta copa do mundo blazeapoio a vítimasaposta copa do mundo blazeestupro CAW East Brabant, organizador da exposição.

"Tem até uma camisetaaposta copa do mundo blazeuma criança com uma imagem do filme 'My Little Pony' que mostra essa dura realidade", disse.

Culpa da vítima

Kennes ressalta que "a culpabilização da vítima" ainda é um problema sérioaposta copa do mundo blazecasosaposta copa do mundo blazeviolência sexual. Ela cita que muitas mulheres se questionam se podem ter sido,aposta copa do mundo blazealguma forma, responsáveis pela agressão que sofreram por contaaposta copa do mundo blazealguma atitude ouaposta copa do mundo blazealgo que estavam vestindo.

Em 2015, ela mencionouaposta copa do mundo blazeuma entrevista a um veículo belga que apenas 10% dos estupros no país eram denunciados para a polícia e que, desses todos, somente umaposta copa do mundo blazecada dez resultavaaposta copa do mundo blazecondenação.

"Por trás desses números há pessoasaposta copa do mundo blazecarne e osso. Mulheres, homens, crianças. Nossa sociedade não incentiva as vítimas a denunciarem ou a falarem abertamente sobre o que passaram", pontuou Kennes.

No Brasil, estima-se que aconteça um estupro a cada 11 minutos - a subnotificação dos casos também é grande e somente 10% deles são levados à polícia, segundo o Ipea. São 50 mil casos registrados por ano, mas a estimativa é que existam pelo menos 450 mil.

Na pesquisa feita pelo Datafolhaaposta copa do mundo blaze2016, 42% dos homens disseram que "mulheres que se dão ao respeito não são estupradas", enquanto 32% das próprias mulheres acreditam nessa mesma premissa.

Enquanto vítimas são acusadasaposta copa do mundo blazese vestiremaposta copa do mundo blazemaneira provocativa ouaposta copa do mundo blazeandarem sozinhas na rua à noite, Kennes reforça: "Só há uma pessoa responsável, uma pessoa que pode prevenir o estupro: o próprio estuprador".