Por que não conseguimos nos lembrarcomo jogar apostas esportivasnossos primeiros anoscomo jogar apostas esportivasvida?:como jogar apostas esportivas

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Legenda da foto, A idade média que temoscomo jogar apostas esportivasnossas primeiras recordações é 3 anos e 4 meses

A idade médiacomo jogar apostas esportivasnossas primeiras recordações é 3 anos e 4 meses, mas, como Loveday destaca, há quem possa se lembrarcomo jogar apostas esportivaseventos anteriores. Afinal, uma criançacomo jogar apostas esportivas2 anoscomo jogar apostas esportivasidade pode reconhecer pessoas e lugares - e isso requer memória.

Mas, neste caso, estamos falando da memória episódica, relacionada a acontecimentos autobiográficos - momentos, locais, emoções e outros dadoscomo jogar apostas esportivascontexto - que podem ser evocados explicitamente.

Curvacomo jogar apostas esportivasesquecimento

Para explorar como nos recordamos, pode ser uma boa ideia começar pela forma como esquecemos. No final do século 19, o alemão Herman Ebbinghaus, pioneiro no estudo da memória, inventou um experimentos para testá-la.

Primeiro, aprendeu centenascomo jogar apostas esportivaslistascomo jogar apostas esportivaspalavras sem sentido. Depois, mediu quanto tempo levava para voltar a aprender as listas após períodoscomo jogar apostas esportivastempo que iamcomo jogar apostas esportivas20 minutos a um mês.

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Legenda da foto, Todos nós temos momentos inesquecíveis guardados na memória

Assim, ele chegou à conclusãocomo jogar apostas esportivasque nos esquecemoscomo jogar apostas esportivasforma totalmente previsível. A "curva do esquecimento" - batizada por ele - é exponencial: nos esquecemos mais intensamentecomo jogar apostas esportivasinício e, depois, o processo se atenua.

Se, por exemplo, você estudou alemão no colégio e depois parou, notou que o númerocomo jogar apostas esportivaspalavrascomo jogar apostas esportivasque se recorda caiu rapidamente no primeiro ano, mas que, depois, o ritmo desse esquecimento foi caindo.

Outra coisa que Ebbinghaus descobriu foi que essa curva muda com a idade e que as crianças se esquecem mais rapidamente.

"O cérebro está se desenvolvendo rápido. O cérebrocomo jogar apostas esportivasum bebêcomo jogar apostas esportivasum ano tem mais conexões quecomo jogar apostas esportivasqualquer outro momentocomo jogar apostas esportivassua vida", explica Loveday.

"Uma das atividades necessárias para o funcionamento cerebral é a 'poda', ou seja, desfazer-secomo jogar apostas esportivasalgumas destas conexões, como se estivéssemos cortando uma árvore para que ela cresça mais saudável."

Nesse processo, explica a especialista, possivelmente perdemos memórias. "Além disso, há cientistas que têm estudado a importância da linguagem, as palavras que nos ajudam a estabelecer memórias", acrescenta.

"Eles dizem que não nos lembramoscomo jogar apostas esportivascoisas que envolvam um conceito específico até entendê-lo. Ou seja, uma memória que envolva uma bicicleta pode se fixar quando somos bem novos. Mas crianças não incorporam conceitos como desagrado ou insatisfação antes dos 5 anos, então, não nos lembramoscomo jogar apostas esportivasalgo ligado a esses conceitos que tenha ocorrido antes dessa idade."

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Legenda da foto, Nossa memória se apagacomo jogar apostas esportivasum ritmo previsível

A ideia é que não codificamos uma memória antescomo jogar apostas esportivaster um conceito linguístico para cada dado específico.

Além disso, hoje sabemos que a região do cérebro conhecida como hipocampo é chave para codificar e armazenar a memória episódica, e o hipocampo não amadurece até uma fase posterior da infância.

Tudo isso afeta a capacidade do cérebrocomo jogar apostas esportivasreter essas primeiras recordações.

E quem se lembra?

Mas como explicar as memórias anteriores a essa idade?

"Minha memória mais antiga écomo jogar apostas esportivasmim acordando no berço. Posso ver as cortinas amarelas e ouvir alguém no quarto ao lado fazendo barulho com água. A casacomo jogar apostas esportivasque estou é uma da qual nos mudamos quando tinha dois anos, então, devo ter essa idade", contou Vickey Swindales,como jogar apostas esportivasum projeto realizado pela BBC há alguns anos, com 6,5 mil pessoas.

Em "A Experiência da Memória", os participantes responderam a um questionário do psicólogo Martin Conway, da City University of London, no Reino Unido,como jogar apostas esportivasque era pedido que descrevessemcomo jogar apostas esportivasprimeira lembrança e respondessem a outras perguntas, como a idadecomo jogar apostas esportivasque o fato ocorreu.

"Em minha primeira memória, estou dentro do que imagino ser um carrinhocomo jogar apostas esportivasbebê, com uma capota puxada. Tenho quase certeza que o céu estava azul, ainda que não conhecesse essa palavra... era muito pequena", recordou-se a escritora A.S. Byatt.

Cercacomo jogar apostas esportivas40% dos participantes relataram lembrançascomo jogar apostas esportivasacontecimentos ocorridos quando tinham 24 meses, e 861 pessoas mencionaram memórias adquiridas antescomo jogar apostas esportivascompletarem 1 anocomo jogar apostas esportivasvida. "Ficamos chocados", diz Conway.

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Legenda da foto, É possível nos lembrarmoscomo jogar apostas esportivasalgo que ocorreucomo jogar apostas esportivasnosso primeiro anocomo jogar apostas esportivasvida?

O psicólogo diz que há até mesmo quem diga se lembrarcomo jogar apostas esportivasseu nascimento. Mas ele esclarece que isso não é possível.

"Uma pessoa pode se lembrarcomo jogar apostas esportivasfragmentos da infância porquecomo jogar apostas esportivasmãe disse algo como: 'Não se lembra que eu te levava para passearcomo jogar apostas esportivasum carrinho grande e verde?'. E a pessoa 'lembra' disso", diz Conway.

"Mas o que ocorre é que a pessoa cria uma imagem mental do carrinho, e, aos poucos, isso se transformacomo jogar apostas esportivasalgo que você experimenta como uma memória, baseado no que a mãe disse e algum outro fragmentocomo jogar apostas esportivasmemória."

São as chamadas "memórias fictícias". No entanto, Conway esclarece que "não podemos ter certezacomo jogar apostas esportivasque essas memórias sejam falsas: não podemos descartar casos excepcionais. Mas, no geral, a probabilidade é muito altacomo jogar apostas esportivasque não sejam verdadeiras".

Não só quando somos pequenos

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Legenda da foto, 'A memória é o que nos conecta aos outros', explica a especialista

Isso não quer dizer que as pessoas que dizem se lembrarcomo jogar apostas esportivasfatos do iníciocomo jogar apostas esportivassuas vidas estejam mentindo: alguns elementoscomo jogar apostas esportivasnossa memória são verdadeiros, mas é muito possível que tenhamos acrescentado informações ao longocomo jogar apostas esportivasnossas vidas.

E isso segue ocorrendo depois: muitoscomo jogar apostas esportivasnós nos recordamos claramentecomo jogar apostas esportivasexperiências com pessoas que não podiam estar presentescomo jogar apostas esportivasdeterminados momentos. Ou temos certezacomo jogar apostas esportivasque algo ocorreu para depois nos darmos conta do contrário. "Isso acontece com todo mundo", diz Loveday.

"Todos fazemos isso, porque estamos construindo memórias com o que está à mão, e, às vezes, esses pedaços se desorganizam. Você se lembracomo jogar apostas esportivasumas fériascomo jogar apostas esportivasfamília, ecomo jogar apostas esportivasmemória genérica inclui todos os seus irmãos. É assim que, quando se lembracomo jogar apostas esportivasum momento específico, coloca todos na mesma cena, ainda que um deles não estivesse ali."

Então, não podemos confiarcomo jogar apostas esportivasnossa memória? "Em termos gerais, podemos, comocomo jogar apostas esportivasaspectos ligados a onde vivemos e o que aconteceu. Mas, quando nos lembramoscomo jogar apostas esportivasmomentos muito específicos, é inevitável que haja detalhes que não sejam 100% precisos", afirma a especialista.

"Mas isso não importa: a memória não é importante porque é precisa. A memória é o que nos faz ser quem somos e nos conecta aos outros, assim,como jogar apostas esportivascerto sentido, as recordações que temos são as que precisamos para existir."