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Oscar 2017: a fascinante história do menino indiano que encontrouio apostasfamília graças ao Google Earth:io apostas
Tudo começou quando Saroo,io apostas5 anos, pediu para que seu irmão mais velho, Guddu, o levasse com ele. Os irmãos viviam comio apostasirmã eio apostasmãeio apostasGanesh Talai, um bairro na cidadeio apostasKhandwa, na Índia Central.
A situação econômica da família era precária e, às vezes, Guddu ganhava alguns trocados varrendo vagõesio apostastrem.
Numa noiteio apostas1986, Guddu e Saroo saíramio apostascasa e não voltaram.
"Era tarde da noite. Nós descemos do tremio apostasBurhanpur e eu estava tão cansado que sentei na estação e dormi", disse Sarooio apostasentrevista à BBC quandoio apostashistória foi publicada há cinco anos.
Esse cochilo acabou determinando o restoio apostassua vida.
"Eu pensei que meu irmão fosse me pegar, mas quando acordei, não o viio apostasnenhum lugar. Então, vi um trem na minha frente e eu decidi subir, na esperançaio apostasencontrá-lo."
Não só não o encontrou como dormiuio apostasnovo e só acordou 14 horas depois...em Calcutá.
"Eu estava muito assustado. Eu não sabia onde estava."
Ele tentou comprar uma passagemio apostasvolta para casa, mas o vendedor não entendia o destino que Saroo pronunciava. A criança dizia "Ginestlay" vezio apostasGanesh Talai.
Incapazio apostasler, escrever e entender a língua faladaio apostasCalcutá, Saroo resignou-se a viver na rua.
"Eu tinha que ter muito cuidado. Não podia confiario apostasninguém", relatou.
Ele conheceu um adolescente que o levou a uma delegaciaio apostaspolícia, mas, ali, as autoridades mal conseguiam entender o que ele dizia - ele vinhaio apostasuma região com outra língua.
Semanas depois, o garoto foi transferido para a Sociedade Indianaio apostasAdoção.
Incapazesio apostasrastreario apostasfamília, as autoridades declararam oficialmente a criança como perdida. O garoto foi adotado por Sue e John Brierley, um casalio apostasHobart, na Tasmânia, Austrália.
Nesse meio tempo,io apostasmãe biológica, Kamla Munshi, continuava àio apostasprocura.
Em buscaio apostassuas raízes
Saroo adaptou-se bem àio apostasnova casa. Os Brierley adotaram, um ano depois, outra criança indiana, Mantosh.
Mas o desejoio apostasencontrario apostasfamília foi se tornando cada dia mais forte. Saroo mantinha gravada a imagemio apostassua mãe.
Em 2005, aos 24 anos, a vontadeio apostasencontrario apostasfamília tornou-se uma obsessão. Ele começou a usar o Google Earth para encontrar seu lugario apostasorigem.
"Usei tudo que eu conseguia lembrar sobre a paisagem e arquitetura da minha cidade natal", disse Saroo.
Depoisio apostasanos olhando diferentes imagensio apostassatélite, Saroo resolveu apostario apostasuma nova estratégia.
"Certa noite, eu decidi que tinhaio apostasmudar os planos. Eu não sabia onde minha cidade natal ficava, mas sabia onde cheguei depois da longa viagem."
"Multipliquei o tempo que passei no trem - cercaio apostas14 horas - pela velocidade dos trens indianos e cheguei ao resultadoio apostasuma distância aproximadaio apostascercaio apostas1.200 km", explicou à BBC.
Saroo desenhou um círculo no mapa com um ponto centralio apostasCalcutá e com um raioio apostaspouco maisio apostas1.200 quilômetros.
Ele manteve emio apostasmemória a imagemio apostasuma cidade pequena, empoeirada e cheiaio apostasmemóriasio apostasinfância: a floresta, o templo, uma pequena ponte, uma parede e a cachoeira onde costumava toma banho.
Até que encontrou o que estava procurando: Khandwa. Era o anoio apostas2011.
O emotivo reencontro
Pouco depois, Saroo viajou para Khandwa e encontrouio apostascasa no bairroio apostasGanesh Talai. Mas não era o que imaginava, ela parecia abandonada.
Ele perguntou às pessoas que estavam ali perto e uma delas lhe disse que o levaria atéio apostasmãe.
"Eu me senti bloqueado e pensei: 'É verdade o que estou ouvindo?'".
No início, Saroo não a reconheceu.
"A última vez que eu a tinha visto, ela tinha 34 anos, era jovem e muito bonita. Eu tinha esquecido o impacto do tempo. Mas a estrutura facial era a mesma e eu disse: 'Sim, é minha mãe'".
"Eu acho que ela estava tão paralisada quanto eu. Ela teve muita dificuldadeio apostasassimilar a ideiaio apostasque seu filho tinha aparecido 25 anos mais tarde, como um fantasma."
Embora muitos temiam que Saroo estivesse morto, uma cartomante tinha dito aio apostasmãe que um dia ela voltaria a ver o filho.
E foi nesse reencontro que Saroo soube que seu irmão Guddu também não tinha voltado para casa.
"Um mês depois do meu desaparecimento, encontraram meu irmão morto nos trilhos da ferrovia."
Sua mãe nunca soube se foi um crime ou um acidente.
Até o tapete vermelho
Quando a históriaio apostasSaroo Brierley veio à tona,io apostasabrilio apostas2012, já se falava que ela daria um bom filme.
Em 2013, pouco depoisio apostasrelatario apostasexperiência no livro A Long Way Home, produtoresio apostasfilmes começaram a bater àio apostasporta.
Lion: Uma Jornada Para Casa nasceu ali.
"As pessoas estão muito intrigadas e fascinadas pelo filme", disse ele.
Saroo voltou para a Índia maisio apostasuma dúziaio apostasvezes, mas a Tasmânia ainda é aio apostascasa.
"Ali é onde está meu coração, minha família, meus amigos."
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