Por que grávidas podem continuar praticando esporte - e que precauções tomar:ibet sports

"Acho que foi o jeito que eu corria. Talvez eu estivesse um pouco mais pesada na parte superior do corpo, não tenho certeza", contou Ingrid.

Mas, poucos meses antes, ela havia vencido a Maratonaibet sportsHouston, nos EUA, com um tempoibet sportsduas horas e 33 minutos - já grávida.

Ciclo irregular

Atletas frequentemente têm um ciclo menstrual irregular, então pode acontecer que algumas participemibet sportscompetições sem sequer saber que estão grávidas. Nos últimos anos, pelo menos 17 mulheres competiramibet sportsOlimpíadas durante a gestação.

Algumas sabiam: uma imagem famosa é dos Jogosibet sportsLondresibet sports2012, quando a atleta malaia Nur Suryani Taini participou da provaibet sportstiro com uma barrigaibet sportsoito mesesibet sportsgravidez.

Exercitar ou não exercitar?

Os conselhos dados às mulheres grávidasibet sportsrelação à práticaibet sportsexercícios costumam ser confusos e especulativos. Durante muito tempo se acreditou que o exercício prejudicava a capacidade reprodutivaibet sportsuma mulher.

As raízes desse pensamento não eram científicas e tinham mais a ver com papéis designados para cada gênero do que com a saúde da mãe ou do bebê.

Mas, na décadaibet sports1980, alguns pesquisadores começaram a analisar o impacto do exercício sobre o corpoibet sportsuma mulher -ibet sportstermosibet sportsoxigênio, fluxo sanguíneo, nutrientes e temperatura. E chegaram à conclusãoibet sportsque eram os mesmos impactos exercidos por um feto.

Esses médicos então sugeriram que, se uma mulher grávida se exercitasse, o feto poderia perder a disputa pelos recursos disponíveis no corpo da gestante.

"De certa forma, está certo. Mas as mulheres que são atléticas também têm uma distribuição do sangue muito boa, então (a atividade) não parece fazer mal ao feto", afirmou Bo.

"Ao mesmo tempo é óbvio que a placenta também recebe uma nutrição melhor quando a mulher se exercita. Ou seja, acontece um tipoibet sportscompensação."

Mulheres grávidas regulam melhor a temperatura corporal (e é por isso que elas podem transpirar mais) e têm maior capacidade cardiovascular. As mudanças hormonais podem fazer com que elas sintam maior flexibilidade nas juntas, e um aumento na concentraçãoibet sportscélulas vermelhas no sangue significa que elas estão transportando mais oxigênio pelo corpo.

Estudos indicam que atletasibet sportselite que treinam durante e depois da gravidez podem observar um aumento no consumo máximoibet sportsoxigênioibet sportsentre 5% e 10% nos meses depois do parto, apesaribet sportsisso não ter sido observado naquelas que praticam esportes apenas por lazer.

Bo afirma que a mensagem para as atletas grávidas é simples: ouça seu corpo. Se você fizer algo que não parecer certo, provavelmente será melhor parar.

"Os poucos estudos que temos mostram que atletas grávidas reduzem a intensidade e a frequênciaibet sportstreinos por conta própria. Isso acontece quandoibet sportsbarriga está crescendo e você sente a criança pulando junto com você, o que não é muito bom", afirmou a professora.

Dicas

A professora Kari Bo acredita que as próprias atletas são as mais indicadas para analisaribet sportshabilidadeibet sportstreinar durante a gravidez. Mas ela oferece algumas dicas:

Recomendações

A nova pesquisa se encaixa nas recomendações dadas ao públicoibet sportsgeral.

O Colégio Americanoibet sportsObstetras e Ginecologistas recomenda que as mulheres grávidas façam exercícios aeróbicos eibet sportsresistência que podem reduzir o riscoibet sportsdiabetes e melhorar o bem-estar mental. Mas antesibet sportscomeçar um programaibet sportsexercícios elas devem procurar aconselhamento médico.

No, Reino Unido, o serviço nacionalibet sportssaúde recomenda que grávidas continuem a se exercitar, mas evitem exercícios extenuantes - noção que dependeibet sportso quãoibet sportsforma está a mulher e quanto esporte ela já pratica.

Um exemplo é o da atleta sueca Eva Nystrom, que estava entre a sétima e a oitava semanaibet sportsgravidez quando venceu uma prova nacionalibet sportsduatlo (corridaibet sportsdez quilômetros, seguida por 40 quilômetros na bicicleta e outra corridaibet sportscinco quilômetros).

Dois dias depois, Nystron - que já sabia que estava grávida - foi correr e passou mal.

"Foi como um sinal para eu ouvir meu corpo, eu tinha que esfriar um pouco. No começo treinei e corri demais", disse.

Ela continuou correndo regularmente. Mas, com o avanço da gravidez e o aumentoibet sportspeso, ela começou a sentir dores nas costas.

Como naquele ano houve muita neve no sul da Suécia, Nystrom começou a treinar esqui cross-country cercaibet sportsuma hora por dia.

A atleta treinava logoibet sportsmanhã, para evitar os olharesibet sportsdesaprovação.

"Treinei pela última vez 24 horas antesibet sportsobebê nascer. Estava um pouco cansada, mas foi tudo bem", contou.

Depois do parto

O conselho tradicionalmente dado a mulheres depois do parto é para pegar leve nas seis semanas seguintes ao nascimento, mas a professora Kari Bo afirmou que isso não se aplica a todas.

Na verdade, as atletas que passaram por uma gravidez e um parto fáceis frequentemente voltam a se exercitar depoisibet sportsuma ou duas semanas.

Em 1983, Ingrid Kristiansen teve apenas quatro diasibet sportsdescanso depois do parto do filho Gaute, e então ela voltou a treinar.

Ela venceu novamente a Maratonaibet sportsHouston com um tempoibet sportsduas horas, 27 minutos e 51 segundos, cinco minutos abaixoibet sportsseu tempo anterior na mesma maratona.

Depois do nascimento do filho, Kristiansen deu início à melhor faseibet sportssua carreira estabelecendo recordes para a maratona, os 10 mil metros e os 5 mil metros.

Eva Nyston foi campeã mundialibet sportsbiatloibet sportslonga distânciaibet sports2012, já mãe. As duas atletas fazem parteibet sportsum crescente grupoibet sportsmulheres que mostram que é possível, com o apoio adequado, organizar o treino e as competições e não prejudicar a vida do bebê.

Mas, apesar do novo relatório do COI, Kari Bo reconhece que já recomendou várias vezes para as atletas diminuírem o ritmo durante a gravidez.

"Acho que as atletas têm muito, muito medoibet sportsficar foraibet sportsforma. E, para essas mulheres, eu digo: você não vai perder muito ao se exercitar moderadamente nos últimos dois meses daibet sportsgravidez. São apenas alguns mesesibet sportssua vida. Então tome cuidado, porque você está carregando um passageiro."