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BTS: como o psicólogo Carl Jung influenciou álbum da bandaestrela bet rolloverK-pop:estrela bet rollover
E, para a surpresaestrela bet rolloverStein, o livro é também a base para o sexto álbum da banda sul-coreana BTS.
"Alguns meses atrás, um estudante japonês me disse que o site do BTS estava recomendando meu livro", diz ele à BBC,estrela bet rolloverseu escritórioestrela bet rolloverZurique, na Escola Internacionalestrela bet rolloverPsicologia Analítica.
"Eu disse, 'o que é BTS?', e ele me contou, então eu pesquisei na internet e li um pouco sobre eles. Daí, há um mês, o mesmo aluno me contou que eles estavam lançando um novo álbum chamado Map of The Soul: Persona", conta Stein. "Eu fiquei espantado."
Lugar no mundo
Não é apenas o título: as letras do BTS falamestrela bet rolloverconceitos jungianosestrela bet rolloverpsique, ego e inconsciente coletivo – com ênfase na ideiaestrela bet rollover'persona'.
"Persona é uma referência ao teatro", explica Stein. "É a palavraestrela bet rolloverlatim para as máscaras que os atores usam no palco – e todos nós colocamos máscaras,estrela bet rollovercerta forma, quando estamosestrela bet rolloverpúblico."
"Faz parte do que é ser um animal social: nossa necessidadeestrela bet rolloverse dar bem com outras pessoas,estrela bet rolloverser educado,estrela bet rolloverser parteestrela bet rolloverum grupo."
Em algumas culturas isso é mais importante do queestrela bet rolloveroutras, acrescenta Stein. "E devo dizer que nas culturas asiáticas e do Japão e da Coreia do Sul,estrela bet rolloveronde vem o BTS, a persona é uma parte extremamente importanteestrela bet rolloversuas vidas."
"Como você se apresenta, como você se dirige a outras pessoas, como você se colocaestrela bet rolloverum mundo social – como um irmão mais novo, um aluno ou um professor – tudo isso é realmente muito proeminenteestrela bet rolloverseus conscientes eestrela bet rolloverseu funcionamento como pessoasestrela bet rolloversuas sociedades."
O BTS mergulha direto nesse conceito na faixaestrela bet rolloveraberturaestrela bet rolloverMap of the Soul.
"Quem sou eu? É a questão que enfrentei minha vida toda / E provavelmente eu nunca vou encontrar a resposta", canta Kim Nam-joon, discutindo como elogios àestrela bet rolloverpersona no palco o impedemestrela bet rolloverlidar com suas falhas e conhecer o seu verdadeiro eu.
No clipe na música, Kim confronta uma versão giganteestrela bet rolloversi mesmo, ilustrando comoestrela bet rolloverpersona ofuscou seu ego; e cantaestrela bet rolloverum quarto cheioestrela bet rolloverespelhos, cada um refletindo um aspecto reprimidoestrela bet rolloversua personalidade.
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Stein reconhece a luta da banda para equilibrarestrela bet rollovervida privada comestrela bet rollovervida pública como "a armadilha da persona" – uma condição que pode desencadear sérios problemas psicológicos.
"É um assunto muito importante porque jovens que acham suas personas inadequadas ou sentem que não estão se enturmando são muito vulneráveis a bullying ou atos suicidas. Então, eu acho que o BTS falar disso vem no momento certo e é muito importante para seu público."
A banda continua a discutir essas ideiasestrela bet rolloveridentidade ao longo do disco Map of the Soul: Persona.
Uma das canções da banda, Mikrokosmos, fala sobre encontrar autoestima a partirestrela bet rolloverdentro, enquanto Jamais Vu analisa a tendênciaestrela bet rolloverrepetir os mesmos erros.
Stein explora as letras mais profundamenteestrela bet rolloverum episódio recente do podcast Falandoestrela bet rolloverJung (em inglês), no qual ele explica como o álbum é cheio "desejo e luta por autenticidade", o que se resolve na última música, Dionysus, com a banda "quebrando as armadilhas da persona" e atingindo um despertar.
'Muito barulhento"
É uma área incomum para uma banda pop explorar. Mas artistasestrela bet rolloverK-pop com frequência adotam pontosestrela bet rollovervista "muito únicos e específicos", escreve Jeff Benjamin, colunista da revista Billboard.
"Eu já vi conceitoestrela bet rolloverK-pop indo da mitologia grega a animais exóticos, passando por personagensestrela bet rolloverfilmes do Nick Cannon. Mas eu não lembroestrela bet rolloveruma performance popularestrela bet rolloverK-pop discutindo temasestrela bet rolloverpsicologia e filosofiaestrela bet rolloversuas letras."
"E se houve, não foi uma banda do nível do BTS ou não foi tão explícito quando o Map of the Soul."
"O BTS é bem incomum", concorda Haekyung Um, especialistaestrela bet rollovermúsica asiática na Universidadeestrela bet rolloverLiverpool, na Inglaterra. "Mas se eles não fossem uma bandaestrela bet rolloverK-pop, eu não acho que isso seria uma questão tão grande."
"A maneira como o K-pop é percebido, especialmente no Ocidente, é como um estilo restrito a uma caixinha onde tudo é fabricado e artificial e os artistas não têmestrela bet rolloverprópria voz", diz Um. "Mas se alguém como Joni Mitchell tivesse letras sobre o mapa da alma, não acho que seria notícia."
Um, que cresceu na Coreia do Sul, acrescenta que autoanálise sempre foi uma característica da música tradicional coreana, com artistas como Chung Taechun e Kim Kwangseok, e que a filosofia é um assunto do mainstream no país.
"O conhecimento é um ativo muito importante, e os coreanos gostamestrela bet rolloverler textosestrela bet rolloverfilosofia bem pesados", diz ela.
"Conhecer e entender algo profundamente é visto como uma coisa bem importante. Vai aumentarestrela bet rolloverautoconfiança e valor, e você vai se tornar uma pessoa mais esclarecida."
"Quando você vai na prateleiraestrela bet rollovermais vendidosestrela bet rolloverlivrarias aqui no Reino Unido você não encontra livrosestrela bet rolloverfilosofia, mas encontraria na Coreia do Sul."
Ela também destaca a influência benigna no trabalho da banda do diretor da gravadora do BTS, Bang Si-hyuk, que estudou filosofia antesestrela bet rolloverse tornar compositor.
"Eu não acho que foi ele quem disse ao BTS o que fazer, mas ele é muito talentoso e muito inteligente e essa é uma táticaestrela bet rollovernegócio muito esperta, vender os livros com a música. E se ajuda o público a apreciar e gostar do lado literário, por que não?"
Aprendizado mútuo
Para Stein, o lançamentoestrela bet rolloverMap of the Soul significou um "curso intensivo" sobre K-pop e seus fãs. Nas últimas três semanas ele tem estado ocupado respondendo a questõesestrela bet rolloverfãsestrela bet rolloverBTS sobre as letras da banda e seus próprios livros (que subiram nas listasestrela bet rollovermais vendidos).
"Meio que tomou conta da minha vida", ele ri. "Eu tenho 75 anos. Não sei muito sobre música pop, exceto que soa muito barulhento."
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No entanto, ele afirma estar impressionado com o entendimento do BTS sobre saúde mental.
"Eu ouço que morte e agressão são temas comuns na música, então essa parece uma direção muito positiva e saudável para uma banda pop dessa magnitude", diz o analista.
"Eles têm milhõesestrela bet rolloverseguidores e é algo muito encorajador eles estarem passando essa mensagem gentilestrela bet rolloverum mundo onde estamos constantemente lutando."
Jeff Benjamin diz que a exploração da psicologia jungiana do BTS não deve acabar com esse álbum.
"O BTS tem históricoestrela bet rolloverlançar álbunsestrela bet rollovertrilogias, e disseram que Map of the Soul: Persona iria começar um novo capítulo emestrela bet rollovercarreira, então eu definitivamente sinto que vamos ver pelo menos mais um álbum da mesma série", diz Benjamin.
"Se 'persona' é o primeiro aspecto da teoriaestrela bet rolloverJung que eles exploraram, talvez tenhamos um Map of the Soul :Shadow (Mapa da Alma: Sombra,estrela bet rolloveringlês), que poderia explorar um lado mais sombrio da psique dos membros da banda."
"Na verdade, esse seria um aspecto muito fascinante para ser explorado e algo que também não vimos ainda na cena K-pop", afirma.
Stein concorda: "Eu acho que este álbum está abrindo o caminho para maiores desenvolvimentos. Teremosestrela bet rolloverver o que eles vão trazerestrela bet rolloverseguida."
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