A odisseiatimemanía online2 mergulhadores perdidos por 48 horastimemanía onlineáguas infestadastimemanía onlinetubarões:timemanía online

Crédito, Armadatimemanía onlineColombia

Legenda da foto, Hernán Rodríguez e Jorge Morales foram resgatados dois dias depoistimemanía onlineficarem à deriva próximo à ilha Malpelo, no litoral colombiano

timemanía online O mergulhador Hernán Darío Rodríguez estava à deriva por quase 48 horastimemanía onlineáguas infestadastimemanía onlinetubarões quando perdeu a máscara que protegia seu rosto. Neste momento, depoistimemanía onlineter chegado a contemplar a ideiatimemanía onlinecometer suicídio, entroutimemanía onlinedesespero.

Mal sabia ele, no momentotimemanía onlinepânico total boiando no mar, que ele e seu companheiro, Jorge Ivan Morales, seriam resgatados duas horas depois.

Rodríguez e Morales faziam partetimemanía onlineum grupotimemanía onlinecinco mergulhadores arrastados por uma correnteza no litoral colombiano durante um passeio próximo à ilhatimemanía onlineMalpelo, na costa do Pacífico da Colômbia, no fimtimemanía onlineagosto.

Um deles conseguiu nadar e foi resgatado perto da ilha, mas dois ainda seguem desaparecidos.

Rodríguez estava havia maistimemanía online40 horas sem dormir, sem água nem comida, quando cochilou e perdeu a máscaratimemanía onlineproteção, levada pelo mar. Sabia que corria riscotimemanía onlinehipotermia e, principalmente,timemanía onlineser atacado por tubarões e águas-vivas.

"Foi um duro golpe, porque a máscara era dos elementos básicos que nos ajudava a ficar vivo", disse à BBC o mergulhador colombiano,timemanía online37 anos.

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Legenda da foto, A ilhatimemanía onlineMalpelo é conhecida pela grande quantidadetimemanía onlinetubarões-martelo que nadam nos seus arredores

Rodríguez o amigo estavam revezando a única máscara que tinham quando ouviram o som distantetimemanía onlineum motor. Um avião passou por cima deles, mas seguiu direto.

Como o avião não parou, os dois acharam que o piloto não viu as boiastimemanía onlinesinalização que seguravam.

"Fomos tomados pelo desespero. Cercatimemanía online15 minutos depois, vimos um ponto no ar. O avião estava voltando. Tínhamos certezatimemanía onlineque eles estavam olhando para nós", contou Rodríguez.

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Legenda da foto, A Marinha da Colômbia localizou dois dos cinco mergulhadores 48 horas depoistimemanía onlineterem desaparecido durante passeiotimemanía onlinealto mar

O avião não apenas voltou ao local onde os dois estavam como lançou um bote inflável para salvá-los. As Forças Armadas colombianas montaram um missão conjunta para buscar os mergulhadores.

"Eu me senti como se uma recargatimemanía onlineenergia incrível tomasse contatimemanía onlinemim, da cabeça aos pés. Foi uma enorme felicidade, porque os ânimos estavam muito baixos", recorda o mergulhador.

Ele relatou como foram difíceis os dois dias inteiros que passaramtimemanía onlinealto mar. Rodríguez conta que pensou nos piores cenários, mas diz ter mantido a mente ocupada. Decidiu trabalhar junto com o amigo para aumentar as chancestimemanía onlinesobreviver.

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Legenda da foto, Um bote inflável foi lançadotimemanía onlineum avião e, pouco depois, os mergulhadores foram resgatados

A aventuratimemanía onlineRodríguez e Morales começoutimemanía online25timemanía onlineagosto, quando 12 mergulhadores acompanhadostimemanía onlinetrês instrutores e da tripulalção do barco Mary Patricia partiutimemanía onlineBuenaventura, na Colômbia, para navegar no Pacífico. Eles enfrentariam 30 horas até a ilhatimemanía onlineMalpelo.

Alémtimemanía onlineRodríguez e Morales, Erika Diaz, Paul Morse e instrutor Carlos Jimenez estavamtimemanía onlineseu último mergulho da expedição,timemanía online31timemanía onlineagosto, quando uma corrente os arrastou para longe do barco.

Embora estivessem relativamente perto uns dos outros, a correnteza separou os mergulhadores, levando-os para bem longe do barco e da ilha.

Rodríguez, que tem 10 anostimemanía onlineexperiênciatimemanía onlinemergulho, conseguiu ficar junto com Morales. Ainda assim, conforme o tempo passava e a noite chegava, os problemas começaram a surgir.

Para se manterem aquecidos, se amarraram um ao outro. Usaram cordas para flutuar na águatimemanía onlineposição fetal e, assim, evitar a fadigatimemanía onlinemanter pernas e braçostimemanía onlinemovimento para não afundarem.

Foram queimados por águas-vivas e, para se proteger, taparam braços e pescoços com as boias infláveis.

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Legenda da foto, Os mergulhadores usaram bóias infláveis que lhes protegeram das águas vivas e serviram como sinalizador

'Falamostimemanía onlinesuicídio'

"Não podíamos nos dar ao luxotimemanía onlinesentar e conversar sobre o quão difícil era a situação. Tudo o que eu fiz foi tentar passar o tempo tentando resolver problemas", contou Rodríguez.

O mergulhador admite, contudo, que por mais que tentasse, nem sempre era possível evitar os piores pensamentos. "Você não pode negar o fatotimemanía onlineque estávamos sozinhos, no escuro, com frio. Havia o riscotimemanía onlineataquestimemanía onlineanimais,timemanía onlinehipotermia", observou.

Grandes grupostimemanía onlinetubarão-martelo costumam passar pela área. É uma das grandes atrações para os mergulhadores, ainda que sejam raros ataquestimemanía onlineseres humanos.

Juntos, os dois mergulhadores dizem que tentaram ao máximo se ocupar com tarefas básicas para aumentarem as chancestimemanía onlinesaírem dali com vida. Mas, enquanto as horas passavam, pensamentos negativos permeavam suas mentes.

"Há momentostimemanía onlineque você tem que pensar sobre todas as possibilidades. Por isso, mesmo sem querer, tivemos que encarar a realidade. O tempo passava e nada acontecia, não queríamos sofrer", disse Rodríguez.

Suícidio foi um dos temas sobre o qual os dois conversaramtimemanía onlinedetalhes. "Falamos inclusive sobre suicídio. Falamos das decisões que poderíamos tomar,timemanía onlinequal opção seria melhor. Uma dessas opções era morrer", revelou.

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Legenda da foto, O australiano Paul Morse (ao centro) nadou até ser salvo próximo à Malpelo; a Marinha colombiana ainda busca Érika Díaz e Carlos Jiménez

Morse, Díaz e Jímenez: o que aconteceu com os outros mergulhadores

Enquanto Rodríguez e Morales tentavam juntos sobrevivertimemanía onlinealto mar, o australiano Paul Morse conseguiu nadar até ser salvo próximo à Ilhatimemanía onlineMalpelo. Dois mergulhadores, contudo, continuam desaparecidos.

Érika Díaz e Carlos Jiménez estão sendo procurados há uma semana.

O Orcas Club, que organizou a expedição, informou que todos no barco tinham experiência necessária e usavam equipamentos corretos, alémtimemanía onlineestarem acompanhados por um instrutor com 30 anostimemanía onlinemergulho no currículo.

"Eles são mergulhadores experientes, com formação suficiente para estarem lá. Eles cumpriram todas as exigências necessárias. Mas este fugiu do nosso controle", disse Patricia Duque, representante do clube.

Segundo ela, esse tipotimemanía onlinepasseio é organizado pelo clube há 25 anos e, até então, não havia registrostimemanía onlinecasostimemanía onlinemergulhadores arrastados por correntes marítimas.

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Legenda da foto, As Forças Armadas colombianas montaram operação conjuntatimemanía onlinebusca e resgate dos mergulhadores

O almirante Paulo Guevara, comandante da Força Naval colombiana no Pacífico, disse que a operaçãotimemanía onlinebusca continua indefinidamente até a localização dos dois mergulhadores que seguem desaparecidos. Eles estão monitorando uma áreatimemanía online7 mil quilômetros quadrados.

"À medida que o tempo passa, as incertezas tornam-se maiores", disse Guevara à BBC. A dificuldadetimemanía onlinelocalizá-los, segundo o comandante, aumenta se não há sinalizadores.

Rodríguez disse só não está plenamente satisfeito com o seu resgate porque seus dois companheirostimemanía onlinemergulho ainda não foram localizados.

Para ele, a lição que tirou do episódio é clara: "Para a sobrevivência, uma das coisas mais importantes é mantertimemanía onlinemente ocupada".