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Vacina contra varíola dos macacos chega neste mês ao Brasil: quem deve ser imunizado:go+bet freebet
O ministro da Saúde lembrou que "a doença é mais prevalentego+bet freebethomens que fazem sexo com outros homens, mas qualquer pessoa que teve contato pele com pele ou mucosa com mucosa com alguém infectado pode adquirir [o vírus]" e "não há motivos para estigmatizar".
Entenda a seguir quais vacinas são utilizadas e quem podem ser os primeiros a tomar as doses.
Que vacina é essa?
Há cercago+bet freebetuma década, a farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic desenvolveu um imunizante a partir do vírus vaccinia, que pertence à mesma família do smallpox (o causador da varíola humana) e do monkeypox.
Nos Estados Unidos, ela é conhecida como Jynneos. Já na Europa, o nome deste produto é Imvanex.
A virologista Clarissa Damaso, da Universidade Federal do Riogo+bet freebetJaneiro (UFRJ), explica que os patógenos deste grupo (os orthopoxvirus) costumam conferir uma espéciego+bet freebet"proteção cruzada" — se você se infecta com um deles, o sistema imune gera uma resposta capazgo+bet freebetbloquear a invasão dos demais.
"Algumas cepas do vaccinia são pouco virulentas, o que as torna um alvo frequentego+bet freebetestudos para novas vacinas", diz a especialista.
O imunizante da Bavarian Nordic, que começou a ser utilizadogo+bet freebetlarga escala nos últimos meses para conter o monkeypoxgo+bet freebetalgumas partes do mundo, se vale justamente dessa estratégia: ela traz o vírus vaccinia atenuado (mais "fraquinho"), que vai promover justamente essa imunidade cruzada.
"Trata-sego+bet freebetum vírus tão atenuado que ele nem consegue se replicar nas células humanas. Mesmo assim, ele gera uma resposta imune que protege contra o monkeypox", explica Damaso.
A Jynneos/Imvanex é aplicada num esquemago+bet freebetduas doses, com um intervalogo+bet freebetquatro semanas entre a primeira e a segunda.
Algumas autoridades locais estão optando por dar apenas uma dose por pessoa, dada a escassez desse imunizante no momento atual.
No Brasil, segundo as últimas informações divulgadas pelo ministro Queiroga, a tendência é que se respeite o esquemago+bet freebetduas doses do produto da Bavarian Nordic.
Além desta vacina, os Estados Unidos possuem uma segunda opção disponível, conhecida como ACAM2000. Ela, porém, não pode ser utilizadago+bet freebetalguns grupos com problemas no sistema imunológico.
Além desses dois recursos, há estudos demonstrando que pessoas vacinadas contra a varíola humana, causada pelo vírus smallpox, também estão mais protegidas do monkeypox.
Como o smallpox foi erradicado e não circula mais pelo mundo, a produção desses imunizantesgo+bet freebetespecífico foi completamente paralisada e a campanhago+bet freebetvacinação não acontece desde o início dos anos 1980.
Mesmo assim, pessoas com maisgo+bet freebet40 anos que tomaram as doses contra a varíola humana durante a infância parecem manter um bom nívelgo+bet freebetproteção agora.
Queiroga também comentou que há um candidato a imunizante brasileiro na fasego+bet freebetestudos que poderá ser utilizado no futuro.
Ele foi desenvolvido na Universidade Federalgo+bet freebetMinas Gerais (UFMG) e, se necessário, será fabricado no Instituto Biomanguinhos, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
Segundo o ministro, essa pode ser uma alternativa "se houver indicaçãogo+bet freebetvacinação para um grupo maiorgo+bet freebetpessoas".
Que países já iniciaram a campanha e quais são os públicos-alvo?
A vacinação contra o monkeypox começou por Europa e América do Norte.
O Reino Unido, que também oferece o imunizante, definiu três grupos como prioritários para receber as doses neste momento:
- go+bet freebet Profissionaisgo+bet freebetsaúde que estão lidando com pacientes diagnosticados com monkeypox. Nesse caso, são oferecidas duas doses.
- go+bet freebet Gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens com alto riscogo+bet freebetexposição ao vírus. O indivíduo deve conversar com o médico, que vai indicar a vacinaçãogo+bet freebetacordo com alguns critérios. Nesse grupo, é aplicada apenas uma dose, com a possibilidadego+bet freebetdar uma segunda no futuro.
- go+bet freebet Pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado com o monkeypox. Nessa situação, as clínicas também estão dando apenas uma dose, que deve ser aplicada o quanto antes (idealmente,go+bet freebetaté quatro dias após o contato).
Ainda não está claro se esse mesmo esquema será seguido no Brasil. O Ministério da Saúde deve divulgar mais informações ao longo das próximas semanas.
A médica Isabella Ballalai, da Sociedade Brasileirago+bet freebetImunizações (SBIm), explica que dar prioridade a alguns grupos faz sentido.
"Vacinação é estratégia. Precisamos pensar primeiro nos gruposgo+bet freebetmaior risco, como aquelesgo+bet freebetque o vírus circula com mais intensidade, os indivíduos estão mais expostos ao patógeno ou podem ter efeitos mais graves da doença", explica.
No caso dos imunizantes contra o monkeypox, a boa notícia é que eles bloqueiam a transmissão do vírus e impedem que a pessoa se infecte.
"E nós sabemos que a resposta imune gerada é muito duradoura", complementa Damaso.
Sobre a possível fabricaçãogo+bet freebetdosesgo+bet freebetterritório nacional, a médica destaca que isso envolve etapas bem criteriosas e demoradas.
"O processo não é tão simples assim. É preciso ter fábrica e cumprir uma sériego+bet freebetexigências regulatórias para garantir as condiçõesgo+bet freebetfabricar as doses", pontua Ballalai.
"Precisamos tergo+bet freebetmente que, quando a vacina vier, ela não será para todo mundo. Precisamos proteger os gruposgo+bet freebetmaior risco primeiro", complementa a médica.
Enquanto a vacina não chega, a recomendação dos especialistas é ficar atento aos principais sintomas da doença, como o surgimentogo+bet freebetferidas, manchas, irritações, pústulas ou espinhas na pele, especialmente na região dos genitais, do ânus, da face ou dos braços.
Caso esses sinais apareçam, vale procurar um médico para fazer o diagnóstico. Se os exames confirmarem a presença do monkeypox, a principal orientação é ficargo+bet freebetisolamento, com o mínimogo+bet freebetcontato com outras pessoas, até que as feridas sumam completamente. Isso diminui a circulação do vírus e evita a criaçãogo+bet freebetnovas cadeiasgo+bet freebettransmissão na comunidade.
De acordo com a plataforma o portal Our World In Data, da Universidadego+bet freebetOxford (Inglaterra), até o momento o mundo registra 62,2 mil casosgo+bet freebetmonkeypox. Desses, 6,8 mil foram diagnosticados no Brasil.
Nas últimas semanas, a progressãogo+bet freebetcasos sofreu uma desaceleração importante e entrou num platô. Os especialistasgo+bet freebetsaúde pública acompanham as estatísticas para entender se os números começarão a diminuir ou voltarão a aumentargo+bet freebetbreve.
- Este texto foi publicadogo+bet freebethttp://vesser.net/brasil-62317822
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