As lideranças ligadas ao garimpo na Amazônia que vão tentar vaga no Congresso na eleiçãocasino online betbryoutubro:casino online betbry

Um estudo conduzido pela Universidade Federalcasino online betbryMinas Gerais (UFMG) divulgadocasino online betbry2021 aponta que pelo menos um quarto da produçãocasino online betbryouro seria irregular.

A estimativa écasino online betbryque pelo menos 48,9 toneladascasino online betbryouro produzidascasino online betbrydois anos têm indícioscasino online betbryilegalidade. A maior parte desse total teria origemcasino online betbryáreas da Amazônia.

Um levantamento da organização não-governamental MapBiomas aponta que houve um aumentocasino online betbry495% na área desmatada por garimposcasino online betbryterras indígenas entre 2010 e 2020.

Como resposta, órgãos como a Polícia Federal e o Instituto Brasileirocasino online betbryMeio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram diversas operações para combater o avanço dos garimpeiroscasino online betbryáreas protegidas. Em várias delas, os policiais e fiscais destruíram o maquinário encontrado.

Écasino online betbrymeio a esse contextocasino online betbrytensão que as lideranças ligadas aos garimpeiros querem chegar ao Congresso Nacional.

Um deles é o empresário Rodrigo Mello,casino online betbryRoraima. Conhecido como Rodrigo "Cataratas",casino online betbryreferência ao nomecasino online betbryumacasino online betbrysuas empresas, ele é o líder do Movimento Garimpo Legal (MGL) no Estado. Ele tem empresascasino online betbryaviação e é donocasino online betbrydireitos minerárioscasino online betbryáreas espalhadas pela região amazônica.

Em 2021, ele ficou conhecido após ele e suas empresas terem sido alvocasino online betbryuma operaçãocasino online betbryórgãos federais como a PF e o Ibama contra a estrutura logística que abastecia os garimpos ilegais no estado.

A suspeita écasino online betbryque suas aeronaves sejam usadas para transportar pessoas e suprimentos para os garimpos. Ele, no entanto, nega envolvimentocasino online betbryirregularidades. "Nenhuma das minhas aeronaves tem vínculo com garimpo ilegal", disse à BBC News Brasil.

No início do mês, ele liderou protestos contra uma delegação do Senado que foi a Roraima apurar denúnciascasino online betbryviolênciacasino online betbrygarimpeiros contra indígenas da etnia yanomami.

Rodrigo Mello afirma que, caso seja eleito, umacasino online betbrysuas principais bandeiras será a regulamentação da mineraçãocasino online betbryterras indígenas. Atualmente, tramita no Congresso Nacional um projetocasino online betbrylei enviado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o assunto.

Em marçocasino online betbry2022, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Bolsonaro, chegou a anunciar que colocaria o projeto sobre a mineraçãocasino online betbryterras indígenascasino online betbrypauta.

Após pressão da oposição ecasino online betbrymovimentos sociais, ele recuou e criou um grupocasino online betbrytrabalho para discutir o assunto.

"Nós precisamos desenvolver a liberdade do indígena e a mineraçãocasino online betbryterra indígena para que ele possa se associar ou não a não-indígenas para minerar. É (o garimpo) é uma atividade regulamentar igual à pecuária e agricultura que são feitascasino online betbryoutros estados", afirma Rodrigo.

Indagado sobre os impactos ambientais e sociais causados pelo garimpo, Rodrigo defende, sem apresentar evidências, que a mineração é menos danosa que outras atividades desenvolvidas na região.

"É a atividade econômica com o menor impacto no ambiente. Se você compará-la com o manejo florestal, com a agricultura ou com a pecuária, vai ver que o impacto é mínimo", defende.

Pioneiro pré-candidato

Outro pré-candidato a deputado federal ligado ao garimpo é José Altino Machado, diretor da Associação dos Mineradores do Alto Tapajós (Amot). Machado é conhecido no mundo garimpeiro como um das suas principais lideranças e um dos pioneiros na instalaçãocasino online betbrygarimpos na áreacasino online betbryque hoje existe a Terra Indígena Yanomami, entre os anos 1970 e 1980.

Sua liderança sobre o movimento é reconhecida, inclusive, no mundo político. Em 2019 e 2021 ele manteve encontros com o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) e com seus assessores. Mourão preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).

Altino, como é conhecido, disse que, se eleito, vai defender as atividades econômicas existentes na região, entre elas, o garimpo.

"Vamos defender o garimpeiro. É a maior atividade econômica da Amazôniacasino online betbrynúmerocasino online betbrypessoas. Não tem nenhuma outra com a qual ela possa ser comparada. Atrás do garimpeiro, vem o comerciante, tem toda uma economia por trás. Por último, chega o fazendeiro que cria a cidade", afirmou o pré-candidato.

José Altino Machado também é filiado ao PL, partidocasino online betbryJair Bolsonaro.

Altino é um dos representantes dos garimpeiros do rio Tapajós, no Pará. Nessa região, houve um avanço expressivo da atividade garimpeira, especialmentecasino online betbryterras indígenas como a Munduruku e Kayapó.

Ele se defende das críticas feitas por ambientalistas sobre os impactos ambientais causados pelos garimpos. Segundo ele, a culpa por a atividade ocorrercasino online betbryforma desordenada é do Estado brasileiro.

"Está escrito na Constituição que quem tem que organizar a mineração é o Estado, mas isso nunca aconteceu. Enquanto isso não acontecercasino online betbryverdade, respeitando os interesses dos garimpeiros e não apenas das grandes mineradoras, essa desordem vai continuar ocorrendo", disse.

Altino também afirma querer se candidatar para influenciar o Congresso Nacional na elaboraçãocasino online betbryleis sobre a Amazônia.

"A maioria das leis sobre a região não são feitas ou relatadas por gente que conhece a Amazônia. Quando você vai ver, é gente que nunca pisou um pé lá", avalia.

Também no Pará está a pré-candidatura para deputado federalcasino online betbryGilson Fernandes, presidente da Federação Brasileira da Mineração (Febram), que congrega, segundo ele, pequenos mineradores, especialmente, da Amazônia.

Fernandes, também filiado ao PL, explica que, enquanto Altino Machado e Rodrigo "Cataratas" atuam no ramo do ouro, a entidade que ele presidente representa mineradores que atuam na exploraçãocasino online betbryoutros minerais como cobre e manganês.

Caso seja eleito, ele diz que vai defender os direitos da categoria. Uma das pautas na qual ele promete atuar é contra a destruiçãocasino online betbrymaquinário localizadocasino online betbryoperações contra a mineração ilegal.

"Essa destruiçãocasino online betbrymaquinário é um crime. A Constituição diz que ninguém pode ser privado do seu patrimônio sem um processo transitadocasino online betbryjulgado. O agente do Ibama ou da PF, ao mesmo tempocasino online betbryque ele faz papel da polícia, faz o papel do juiz. O cara tem o equipamento destruído sem direito a defesa", critica Fernandes.

Atualmente, a destruiçãocasino online betbryequipamentoscasino online betbryoperações contra crimes ambientais é amparada por um decreto presidencialcasino online betbry2008. Segundo a norma, os agentes podem destruir equipamentos para evitar que eles sejam usadoscasino online betbrynovas infrações ambientais ou se o transporte deles para outros locais for inviável.

Movimento se organiza

Para o secretário-executivo da organização não-governamental Observatório do Clima, Márcio Astrini, o lançamentocasino online betbrypré-candidaturascasino online betbrylideranças ligadas ao garimpo na Amazônia é uma consequência do avanço da atividade na região.

"Os garimpos prosperaram durante os anos do governo Bolsonaro. É uma tendência que eles se organizem. Se antes havia conflito e eles tinham medo do estado ou da polícia, agora eles se sentem amparados para quererem ser representantes dessa atividade ilegal no Congresso", explica.

Astrini argumenta que essas pré-candidaturas contrastam tanto na pauta quanto nas condições financeirascasino online betbryrelação às chapas que lideranças indígenas tentam montar na região.

"As pautas são totalmente diferentes. Enquanto os indígenas querem aumentar a proteção ao meio ambiente, os líderes garimpeiros querem abrir as terras indígenas para a mineração e diminuir a fiscalização. Além disso, os garimpeiros têm muito mais recursos financeiros para bancar essas campanhas", avalia Astrini.

Este texto foi originalmente publicado na BBC News Brasil.

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