Ministério da Saúde cometeu ‘erro gravíssimo’ ao confiscar insumos para kit intubação, diz Doria:freebet brasil

"O Ministério da Saúde cometeu um erro gravíssimo ao confiscar os insumos que as empresas produzem. Isso foi realizado na gestão do ministro anterior, Eduardo Pazuello, mas ainda não foi suspenso", disse Doria.

"Nenhum governo estadual, municipal ou instituições privadas pode adquirir esses insumos porque as empresas receberam um confisco, um sequestro do Governo Federal. Gostaríamosfreebet brasilsaber por que o Ministério da Saúde não faz a distribuição desse material aos Estados, que podem levar até a ponta, nos hospitais", completou.

De acordo com os cálculosfreebet brasilGorinchteyn, o Estado paulista precisa receber essas medicaçõesfreebet brasilaté 24 horas para conseguir abastecer 643 hospitais pelos próximos dez dias.

Nas palavras do secretário, a situação é "gravíssima" e o sistemafreebet brasilsaúde está na "iminência do colapso" por causa da escassez desses medicamentos.

Entenda o imbróglio

Quando a pandemia começou a ficar ainda mais grave, no iníciofreebet brasilmarçofreebet brasil2021, o Ministério da Saúde tomou uma sériefreebet brasilmedidas administrativas para centralizar a compra dos remédios do chamado kit intubação.

Com isso, todo o excedentefreebet brasilprodução dos laboratórios farmacêuticos que fabricam esses anestésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares foi encaminhado para o Governo Federal, que ficou responsável por realizar a distribuição para os Estados por meio do Sistema Únicofreebet brasilSaúde, o SUS.

Mas,freebet brasilacordo com Gorinchteyn, o númerofreebet brasildoses enviadas até o momento é "ínfima".

O secretáriofreebet brasilSaúdefreebet brasilSão Paulo revelou que nos últimos 40 dias já encaminhou nove ofícios ao Ministério da Saúde sobre a situação e a redução contínua dos estoques.

Porém, segundo o relato dele, não foi enviada nenhuma resposta.

"À medida que o Governo Federal fez essa requisição emergencial, nós perdemos a possibilidadefreebet brasiladquirir esses produtos. Nós atendemos os nossos hospitais estaduais, mas os municípios também estão pedindo ajuda e nós precisamos acolhê-los", afirmou Gorinchteyn, durante a entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira no Palácio dos Bandeirantes.

"Precisamos que o governo nos responda, masfreebet brasilforma ativa. É necessário que o país tenha um estoque desses medicamentos por muito mais tempo, pois estamos num momento muito dramático", completou.

Já o governador João Doria fez um apelo direto ao novo ministro da saSúde. "O ministro Marcelo Queiroga tem mostrado boa vontade e sensibilidade na defesa da ciência. Que ele se sinta compelido pela situação e resolva o envio dos insumos".

E não é só São Paulo que levantou preocupações sobre a disponibilidade do kit intubação.

Nos últimos dias, representantesfreebet brasilRiofreebet brasilJaneiro, Mato Grosso do Sul, Bahia e outros Estados também fizeram manifestações e alertas sobre a escassez dessas medicações.

'Situação desesperadora'

Um levantamento da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estadofreebet brasilSão Paulo (Fehosp) indica que 160 unidadesfreebet brasilsaúde que fazem atendimento dos casos gravesfreebet brasilcovid-19 tem estoque para, no máximo, os próximos três a cinco dias.

"Monitoramos a situação por meiofreebet brasilum grupo online com maisfreebet brasil200 hospitais e a cada dia a situação é mais desesperadora. Mesmo os hospitais que apontam entre 8 e 10 diasfreebet brasilestoque, a situação é delicada, pois são instituições maiores, que também recebem grande volumefreebet brasilnovas internações a cada dia e, dependendo da região, o estoque cai bruscamentefreebet brasilum dia para o outro", explica Edson Rogatti, diretor-presidente da Fehosp, por meiofreebet brasilnota enviada à imprensa.

No estado paulista, cidades como Matão, Guarujá, Votuporanga e Fernandópolis só possuem uma quantia suficiente para dois ou três dias.

Rogatti declara também que os gestores hospitalares não têm conseguido encontrar fornecedores para realizar as compras.

"A Secretaria estadual tem ajudado, mas também não está conseguindo grandes volumes. Estamos batalhando por importações que estão sendo lideradas pela Confederação das Santas Casas, mas os estoques no exterior também não estão disponíveis e tememos pelo pior. Se o volumefreebet brasilinternação não cair rapidamente, não conseguiremos repor os estoques e será uma situação trágica", alerta.

Outro levantamento feito pela Associação Nacionalfreebet brasilHospitais Privados (Anahp) no dia 7freebet brasilabril já antecipava para uma possível falta dos remédiosfreebet brasilkit intubação, oxigênio e anestésicos.

Na pesquisa feita com 88 instituições, 75% delas disseram que só teriam estoque para mais uma semana.

"Os associados da Anahp,freebet brasilum esforço emergencial, definiram a estratégiafreebet brasilacesso e estão realizando importações extraordinárias dos produtosfreebet brasilfalta, com total apoio e agilidade da Agência Nacionalfreebet brasilVigilância Sanitária (Anvisa), que alterou procedimentos administrativosfreebet brasilmodo a permitir as importações no menor tempo possível", relatou a diretoria da entidadefreebet brasilnota.

A resposta do governo

A reportagem da BBC News Brasil entroufreebet brasilcontato com a assessoriafreebet brasilcomunicação do Ministério da Saúde, que nos respondeu por meiofreebet brasiluma nota enviada por e-mail.

O texto informa que o ministério "já distribuiu aos estados e municípios maisfreebet brasil8 milhõesfreebet brasilmedicamentos para intubaçãofreebet brasilpacientes ao longo da pandemia. Nesta semana, um grupofreebet brasilempresas vai doar maisfreebet brasil3,4 milhõesfreebet brasilmedicamentos, que serão distribuídos imediatamente aos entes federativos. Além disso, estáfreebet brasilandamento dois pregões e uma compra direta via OPAS [Organização Pan-Americanafreebet brasilSaúde]".

"A pasta esclarece que todos os acordos feitos para aquisiçãofreebet brasilmedicamentosfreebet brasilintubação orotraqueal (IOT) respeitam a realidadefreebet brasilcada fabricante, os contratos fechados anteriormente e a necessidade do Brasil, contemplando hospitais públicos e privados nas regiões com maior riscofreebet brasildesabastecimento", finaliza a nota.

Anúncios e pendências

Durante a coletiva, Doria também anunciou que 2,2 milhõesfreebet brasilpaulistas com idade entre 60 e 64 anos serão vacinados entre o finalfreebet brasilabril e o começofreebet brasilmaio.

"A vacinação dependerá da entrega da vacinafreebet brasilAstrazeneca/Oxford pela Fiocruz. A Fiocruz informou o Governo do Estadofreebet brasilSão Paulo, os governadores e o Ministério da Saúde sobre a entrega da vacina. Essas pessoas nessas faixas etárias serão vacinadas majoritariamente com a vacina da Fiocruz, mas também com a vacina do Butantan."

Com os idososfreebet brasiltodas as faixas etárias imunizados, a próxima etapa da campanhafreebet brasilvacinação deve focarfreebet brasilindivíduos portadoresfreebet brasildoenças crônicas que apresentam maior riscofreebet brasilagravamento da covid-19.

"Seguindo o planejamento do Programa Nacionalfreebet brasilImunizações, o PNI, assim que finalizarmos a proteção das pessoas com 60 anos ou mais, vamos começar a trabalhar com os indivíduos com comorbidades", anunciou Regianefreebet brasilPaula, coordenadora do Plano Estadualfreebet brasilImunização (PEI)freebet brasilSão Paulo.

A especialista, porém, demonstrou certa preocupação com os seguidos atrasos nas entregas das vacinasfreebet brasilAstraZeneca/Oxford pela Fiocruz.

"A expectativa era que o Estadofreebet brasilSão Paulo recebessefreebet brasilabril 720 mil doses, mas só chegaram 510 mil. Temos que acompanhar o quantitativo total e precisamosfreebet brasilmais doses", vislumbra.

Sobre a CoronaVac, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que os resultadosfreebet brasilum estudo clínico divulgados recentemente não alterarãofreebet brasilnada as campanhasfreebet brasilvacinação que já estãofreebet brasilcurso.

No último domingo (11/04), novos dados sobre o imunizante desenvolvido por Sinovac e Instituto Butantan revelaram que esperar um intervalofreebet brasil21 dias entre a primeira e a segunda dose aumenta a taxafreebet brasileficácia contra o coronavírus.

Até o momento, as autoridades orientavam aguardarfreebet brasil14 a 28 dias entre as duas aplicações.

"Essa descoberta não impacta o nosso cronograma e a orientação segue para que as pessoas respeitem esse intervalofreebet brasilaté 28 dias. Isso permitirá um aumento da eficácia da vacina, como aponta o nosso estudo clínico", explicou.

Por fim, Doria disse não ver problemas na instauração da CPI da pandemia no Senado e na possível investigação não só do Governo Federal, mas tambémfreebet brasilestados e municípios.

"Quem não deve, não teme. Apoio meu partido sobre a CPI que está sendo instalada e discutida no Senado para avaliar aquilo que o Governo Federal deixoufreebet brasilfazer", declarou.

O governador aproveitou também para tecer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"Acabofreebet brasilver que Bolsonaro fez um pronunciamento onde afirmou a apoiadores, que são malucos como ele, que espera alguma sinalização para tomar providências. O que ele deveria fazer é ter compaixão e proteção à populaçãofreebet brasilseu país", comentou.

"Com o negacionismo, o senhor [Bolsonaro] é responsável por uma parcela considerávelfreebet brasilmortes por covid-19 no país. O senhor deveria ter dado vacina, e não cloroquina, aos brasileiros", completou.

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