Cresceu muito o númeropoker gratis bonusjovenspoker gratis bonusestado grave, e temospoker gratis bonusescolher quem vai pra UTI, diz diretor da Santa Casapoker gratis bonusPorto Alegre:poker gratis bonus

De acordo com os números compilados até 4poker gratis bonusfevereiro pelo Conselho Nacionalpoker gratis bonusSecretáriospoker gratis bonusSaúde (Conass), o Rio Grande do Sul tem 667 mil casos confirmados e 13 mil mortes causadas pela covid-19.

Em entrevista à GloboNews, o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) disse que a "onda gigantesca"poker gratis bonusnovas infecções pelo coronavírus que acontece agora faz com que as curvaspoker gratis bonuscasospoker gratis bonus2020 pareçam "marolas".

O Estado deve seguir com as medidas restritivas pelas próximas semanas, com o fechamentopoker gratis bonuscomércios não essenciais e a redução da capacidade máximapoker gratis bonuslotaçãopoker gratis bonusescolas, transporte público, bancos, lotéricas e centros religiosos.

"Essa é uma situação que provavelmente só se vê numa guerra", aponta Kalil, que também é professor da Universidade Federalpoker gratis bonusCiências da Saúdepoker gratis bonusPorto Alegre.

Na última quinta-feira (05/03), a BBC News Brasil conversou com o médico, que fez diversas observações sobre o atual descontrole pandêmico no Rio Grande do Sul.

Confira os principais trechos a seguir.

poker gratis bonus BBC News Brasil - Como o senhor classificaria o atual panorama da pandemia no Rio Grande do Sul?

poker gratis bonus Antonio Nocchi Kalil - É uma situação inimaginável, ainda mais se considerarmos como estávamos há dez dias. Nosso estado tem uma capacidadepoker gratis bonusatendimento muito grande, tanto pelo Sistema Únicopoker gratis bonusSaúde quanto pela rede privada. Nós nunca imaginávamos que chegaríamos num colapso como este. O problema é ainda mais sériopoker gratis bonusPorto Alegre, que acaba drenando muitos pacientes que vêm do interior do Estado e possui uma rede hospitalar mais ampla.

Essa situação acabou ocorrendo por uma sériepoker gratis bonusfatores, principalmente o relaxamento das medidaspoker gratis bonusprevenção contra a covid-19. Em 2020, a gente já alertava para o perigo das festaspoker gratis bonusfinalpoker gratis bonusano. Mas, durante todo o períodopoker gratis bonusveraneio, nós vimos as pessoas sem máscara, sem distanciamento social e com aglomeraçõespoker gratis bonusfestas. Era incrível o númeropoker gratis bonuspessoas juntas todo dia durante o verão. Isso, claro, se reflete agora no desastre que estamos vivendo.

poker gratis bonus BBC News Brasil - O senhor já viu uma situação parecida ou comparável com o que está ocorrendo agora?

poker gratis bonus Kalil - Não. Todo dia converso com os colegas que atuam nas unidadespoker gratis bonusterapia intensiva e na emergência e eles dizem que essa é uma situação que provavelmente só se vê numa guerra.

Claro que, além das questõespoker gratis bonusrelaxamento que já citei anteriormente, precisamos mencionar a chegada da variante P.1 do coronavírus, detectada inicialmentepoker gratis bonusManaus, que já foi documentada aquipoker gratis bonusnosso Estado. Ela é muito mais contagiosa e acaba agredindo pessoaspoker gratis bonusuma idade inferior ao que estávamos acostumados. Agora, nós temos até pacientespoker gratis bonus18 anos internados nas UTIs.

Isso fez com que a situação progredisse muito rapidamente, apesarpoker gratis bonusaumentarmos o númeropoker gratis bonusleitos todos os dias. O problema é que a progressãopoker gratis bonusleitos é aritmética, mas a expansãopoker gratis bonusnovos casos é geométrica. Então nunca há um equilíbrio dessa conta. Felizmente, as autoridades anunciaram medidas mais restritivas nos últimos dias que podem ajudar a reduzir o impacto da pandemia.

poker gratis bonus BBC News Brasil - O senhor comentou sobre os pacientes mais jovens… Há uma mudançapoker gratis bonusperfil nos acometidos pela covid-19 que precisampoker gratis bonusinternação?

poker gratis bonus Kalil - Sem dúvida, e isso não é uma observação só do nosso hospital, maspoker gratis bonusvários outrospoker gratis bonusPorto Alegre. Percebemos um aumento muito grande nos pacientes mais jovenspoker gratis bonusestado grave. Cercapoker gratis bonus30 a 40% dos que chegam até nós têm menospoker gratis bonus60 anos. Isso é uma característica totalmente diferente do que se observava no ano passado. Além disso,poker gratis bonustermospoker gratis bonuscontágio, vemos famílias inteiras chegando ao hospital com covid-19 num estágio bem avançado.

poker gratis bonus BBC News Brasil - Mas esse cenário é provocado pela nova variante do coronavírus? O que a ciência já sabe sobre isso?

poker gratis bonus Kalil - Essa mudançapoker gratis bonusperfil tem a ver claramente com a nova cepa, que é mais infecciosa. Estamos com um índicepoker gratis bonuscontaminação bem alto na nossa região. Esse dado, associado à diminuiçãopoker gratis bonuscuidados preventivos e às aglomerações, acabou levando a esse cenário. Já temos o conhecimentopoker gratis bonusque essa variante tem capacidadepoker gratis bonusatingir um número muito maiorpoker gratis bonuspessoas e com muito mais rapidez.

poker gratis bonus BBC News Brasil - Esse aumentopoker gratis bonuscasos graves foi repentino? Ou vocês vêm percebendo o agravamento há muitas semanas?

poker gratis bonus Kalil - Foi realmente nos últimos 15 dias, a partirpoker gratis bonusfevereiro. Nós até vivíamos uma situação tranquila no sistema hospitalar à época. Tanto é que o Rio Grande do Sul recebeu, no iníciopoker gratis bonusfevereiro, pacientes oriundos da região Norte. As UTIs estavam realmente muito tranquilas. Mas rapidamente a situação se reverteu, talvez pelo desconhecimento sobre a nova variante. Não imaginávamos que ela chegariapoker gratis bonusforma tão rápida e gerasse essa situação dramática.

Estamos correndo contra o tempo, tentando diminuir ao máximo a circulaçãopoker gratis bonuspessoas. Sabemos que quando as UTIs atingem níveispoker gratis bonusocupação superiores a 100%, como acontece aqui, a única saída é reduzir a circulação das pessoas. São coisas que infelizmente afetam a economia, o que é um drama enorme. Mas chegamos ao nívelpoker gratis bonusprecisar escolher quem vai para a UTI ou não. Isso, claro, respeita critérios técnicos, mas são decisões que nossos médicos intensivistas precisam fazer agora.

poker gratis bonus BBC News Brasil - Mas os epidemiologistas e cientistaspoker gratis bonusdados já falavam que a situação da pandemia ia piorar desde dezembropoker gratis bonus2020… O senhor considera que demorou muito tempo para se tomar medidas mais drásticas?

poker gratis bonus Kalil - Nós todos já esperávamos que, com as festaspoker gratis bonusfinalpoker gratis bonusano, haveria uma explosãopoker gratis bonuscasos lá pela segunda ou terceira semanapoker gratis bonusjaneiro. Mas isso não ocorreu. E talvez isso tenha gerado uma certa tranquilidade na população que, sem saber da presençapoker gratis bonusuma nova variante, não seguiu as medidas que deveriam ser respeitadas.

Mas é claro que não dá pra culpar agora A, B ou C, porque as situações da pandemia são dinâmicas. Todos os epidemiologistas falavam que o cenário ia piorarpoker gratis bonusjaneiro e isso não ocorreu… Talvez tenha uma influência muito grande mesmo da nova variante, pela forma como esse colapso nos pegoupoker gratis bonussurpresa.

poker gratis bonus BBC News Brasil - O senhor citou medidas como a restrição da circulaçãopoker gratis bonuspessoas e a aberturapoker gratis bonusnovos leitospoker gratis bonusUTI. Há algo mais que a administração pública deveria fazer nesse momento?

poker gratis bonus Kalil - O esforço que fizemos para aumentar leitos foi impressionante, especialmente na região metropolitanapoker gratis bonusPorto Alegre. Para ter ideia, nosso hospital tinha 90 leitospoker gratis bonusUTI exclusivos para a covid-19poker gratis bonusagosto do ano passado. Agora temos 155, sem contar os 160 leitospoker gratis bonusinternação. Mas, como você mesmo falou, diminuir a circulação das pessoas é muito importante agora.

Mas tudo isso não terá efeito algum se a gente não conseguir vacinarpoker gratis bonusforma mais rápida toda a população. É isso que está faltando. Nós vemos quepoker gratis bonusoutros países as campanhaspoker gratis bonusimunização tiveram um enorme efeito. Isso aconteceu no Reino Unido epoker gratis bonusIsrael, por exemplo. Talvez essa seja a medida que devemos concentrar nossos esforços a partirpoker gratis bonusagora.

poker gratis bonus BBC News Brasil - E as pessoas? O que elas devem fazer para se proteger nessa situaçãopoker gratis bonuscolapso?

poker gratis bonus Kalil - As medidas são as mesmas desde o início. A gente repete à exaustão. Infelizmente, quando andamos na rua, vemos que elas não são seguidas à risca. É importante lavar as mãos, manter distanciamento mínimopoker gratis bonus1,5 metropoker gratis bonusoutras pessoas, evitar aglomerações… E, claro, usar máscaras. É certo que tudo isso tem uma eficácia muito grande. Todos nós precisaremos continuar respeitando essas recomendações até que tenhamos uma parcela bem grande da população vacinada.

poker gratis bonus BBC News Brasil - Nas últimas semanas, vocês lançaram a campanha "Unidos Pela Saúde Contra o Colapso". Como foi a ideia e quais são os objetivos desse projeto?

poker gratis bonus Kalil - Essa campanha foi iniciada por uma empresa que realiza congressos médicos e tomou uma proporção que não se imaginava. Hoj,e ela está na sociedade e conta com a participaçãopoker gratis bonusfilósofos, jornalistas e outros profissionaispoker gratis bonusdestaque. O objetivo é mostrar para todos o que realmente está acontecendo, que o colapso é real. Não são coisas inventadas.

Nós vemos todos os dias como é preciso tomar decisões difíceis nas nossas UTIs. Os profissionaispoker gratis bonussaúde estão cansados. Queremos mostrar isso tudo que está acontecendo e incentivar as pessoas a usarem máscara, evitarem aglomerações e nos ajudarem a reverter esse colapso. Se ninguém fizerpoker gratis bonusparte, vamos continuar com essa situação por muito mais tempo.

poker gratis bonus BBC News Brasil - Como o senhor vê o futuro depois da covid-19? Quais são os caminhos para sair dessa situação?

poker gratis bonus Kalil - Nós vamos sair disso. Esse é um primeiro aspecto que precisamos reforçar. Claro que toda essa experiência vai deixar uma cicatriz grande no nosso sistemapoker gratis bonussaúde. Mas creio que é possível sairmos mais fortes e unidos. Houve uma aproximação muito grande entre aquelas pessoas que querem o melhor para a população. E nós podemos mostrar que é possível, sim, fazer muita coisa boapoker gratis bonustermospoker gratis bonussaúde.

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