Os riscos para crianças e adolescentescasino online mr betserem os últimos a receberem vacina:casino online mr bet

A bióloga Évelin Santos Oliveira, pós-doutorandacasino online mr betEpidemiologia do Instituto Gonçalo Moniz da Fundação Oswaldo Cruz (IGM-Fiocruz), lembra que, no processocasino online mr betdesenvolvimentocasino online mr betvacinas, são adotados alguns critérioscasino online mr betacordo com o patógeno estudado, no caso, o novo coronavírus, ecasino online mr betatuação no sistema imune.

"Como a covid-19 se mostrou inicialmente mais gravecasino online mr betadultos, principalmente idosos ou pessoas com comorbidades (como diabetes, obesidade, hipertensão, por exemplo), os testes clínicos das vacinascasino online mr betdesenvolvimento ocorreramcasino online mr betadultos e jovens maiorescasino online mr bet18 anos", diz.

Menos vulneráveis

De acordo com a infectologista Raquel Stucchi, da Faculdadecasino online mr betCiências Médicas da Universidade Estadualcasino online mr betCampinas (Unicamp), "felizmente" as crianças fazem partecasino online mr betum grupo populacional no qual a covid-19 tem pouco impacto.

"Raramente elas têm sintomas ou são afetadas pelo novo coronavírus. Então, quando se vai planejarcasino online mr betque população será testada uma vacina contra uma nova doença, são escolhidos aqueles que são mais afetados por ela."

Foi por isso, segundo Raquel, que crianças e adolescentes não foram testados num primeiro momento, "porque praticamente não adoecem" por causa da covid-19. "A chancecasino online mr betinternação e morte deles é muito pequena", assegura.

"Além disso, eles são péssimos transmissores do novo coronavírus. Isso fez com que todos os fabricantescasino online mr betvacinas procurassem avaliar a eficácia delas naquelescasino online mr betque a doença realmente tem impacto, que são adultos jovens e idosos."

Nesse cenário, o objetivo era desenvolver rapidamente imunizantescasino online mr betvolume suficiente para essas pessoas mais vulneráveis.

"Num processocasino online mr betvacinação seletiva, dada a exiguidade do produto, deve-se priorizar aqueles mais expostos às condiçõescasino online mr betriscos, como os trabalhadores da saúde, que lidam diretamente com doentes, e os mais vulneráveiscasino online mr bettermoscasino online mr betriscos biológicos e sociais, no caso, determinadas faixas etárias e a existênciacasino online mr betcomorbidades", explica o médico e doutorcasino online mr betSaúde Coletiva Alcides Silvacasino online mr betMiranda, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Miranda lembra que o mesmo ocorreu no caso da pandemiacasino online mr betH1N1, a gripe A,casino online mr bet2009-2010. Por causa das características similares às da covid-19, as crianças e adolescentes também não foram priorizados para a vacinação.

"Isso causou estranhamento e até indignação entre algumas pessoas, mas os resultados posteriores demonstraram que a estratégia adotada estava correta", diz.

O perigo agora é que novas variantes que apareceram ou possam surgir modifiquem o quadro, ampliando a gravidade da doençacasino online mr betpessoas mais jovens.

Por isso é necessário o monitoramento constante da transmissibilidade e patogenicidade (capacidadecasino online mr betum agente biológico causar doençacasino online mr betum hospedeiro suscetível) delas.

"Se surgirem evidênciascasino online mr betque alterem essas características, evidentemente a estratégiacasino online mr betpriorização deveria ser alterada", alerta Miranda. "O que ainda não é o caso."

Qual é o riscocasino online mr betnão vacinar crianças e adolescentes agora?

O pediatra e epidemiologista Fernando Barros, que integra a coordenação do Estudocasino online mr betEvolução da Prevalênciacasino online mr betInfecção por Covid-19 no Brasil (Epicovid19-BR), na UFPel, alerta, no entanto, que o perigo da não vacinação da faixa etária até os 18 anos é que ela continuará suscetível à covid-19.

"O riscocasino online mr betdoença grave é muito menor neste grupo, mas crianças e adolescente também podem adoecer", diz.

A boa notícia é que as vacinas já desenvolvidas ecasino online mr betusocasino online mr betadultos começam as serem testadas neles. "A Pfizer-BioNTech já começou um ensaio na faixa etária entre 12 e 15 anos", diz Barros.

"A Moderna também está começando, e a AstraZeneca/Oxford e a Janssen estão planejando fazer estudos nesse grupo. Essas duas últimas iniciaram com adolescentes, depois possivelmente vão testarcasino online mr bet6 a 12 anos, e só no final vão fazer o mesmo para os abaixocasino online mr bet5 anos. Isso vai demorar."

Diante desse quadro, outra questão que se discute é se o Brasil vai alcançar a chamada imunidadecasino online mr betrebanho e se, quando isso ocorrer, as crianças e adolescentes, mesmo não vacinadas estarão protegidas contra o novo coronavírus.

Barros é pessimista. "Não creio que vamos atingi-la, principalmente levandocasino online mr betconta que a população abaixocasino online mr bet18 anos, que por enquanto não vai receber a proteção, corresponde a 26% da população brasileira", explica.

"Por ora, temos que pensar nos imunizantes como instrumentos fundamentais para evitar que as pessoas tenham doenças severas ou morram."

Miranda, porcasino online mr betvez, explica que "efeito rebanho" ocorre quando há uma interrupção ou expressiva redução da cadeiacasino online mr bettransmissão do víruscasino online mr bettermos epidêmicos mais abrangentes (ou pandêmicos).

"Mas mesmo assim, o problema da infecção passa para um outro patamar, ainda com contágios, casos e complicações,casino online mr betforma isolada ou delimitadacasino online mr betsurtos localizados", diz.

"Ou seja, continuaremos a lidar com a virosecasino online mr betoutra forma, portanto, não se tratacasino online mr betdeixarcasino online mr betvacinar as crianças, mas, se possível ecasino online mr betmodo preferível, imunizá-lascasino online mr betoutra circunstância, inclusivecasino online mr betmodo rotineiro."

Fassa acrescenta que a transmissão da covid-19 depende do númerocasino online mr betindivíduos suscetíveis à doença. "À medida que aumenta a quantidadecasino online mr betpessoas vacinadas, diminui a daqueles que podem se infectar, reduzindo a taxacasino online mr bettransmissão", explica.

"Mesmo assim, será preciso manter as medidascasino online mr betdistanciamento físico ecasino online mr bethigiene, usocasino online mr betmáscara, além das estratégiascasino online mr betvigilância com detecção precoce dos casos e rastreamento dos contatos."

Volta às aulas

A volta às aulas presenciais, sem a vacinação dos alunos, também é motivocasino online mr betangústia dos pais e dos trabalhadores da educação.

"Adotar essa medida antes que se atinja a imunidadecasino online mr betrebanho e que os profissionais das escolas sejam imunizados aumenta o riscocasino online mr betcontaminação, tanto deles quanto das crianças ecasino online mr betseus familiares", alerta a pediatra e infectologista Alessandra Marins Pala, do Instituto Nacionalcasino online mr betSaúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), da Fiocruz.

Ela diz que as famílias que decidirem enviar os filhos à escola devem ter consciência disso e precisam manter o máximo possível o isolamento social.

"Elas devem evitar frequentar festas, bares, reuniõescasino online mr betamigos ou qualquer evento que não seja absolutamente necessário", defende.

"Esses pais têm que ter a consciência que eles passam a ser corresponsáveis pela saúde dos profissionais da escola e dos familiares dos demais alunos."

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