A técnicafaz o bet aí loginenfermagem indígena que montou hospitalfaz o bet aí logincampanha com doaçõesfaz o bet aí loginManaus:faz o bet aí login

Com o rosto pintado sob a máscara, usando colares e cocar indígenas, aproveitou a ocasião para chamar atenção para a vulnerabilidade dos indígenas durante a pandemia.

"Esse Estado precisa olhar para as populações indígenas, esse momento representa muito para meu povo Witoto e todos os 63 povos do Amazonas. Mas a vacina precisa chegar a todos, há uma precariedadefaz o bet aí logintudo para os povos indígenas, estamos agora fazendo um hospitalfaz o bet aí logincampanha com voluntários", disse, ao microfone.

Nascida na comunidade ribeirinhafaz o bet aí loginAmaturá, Vanda se mudou para Manaus há 11 anos, onde se formou como técnicafaz o bet aí loginenfermagem. Como é comum entre os povos indígenas, que chamamfaz o bet aí login"parentes" uns aos outros independente da etnia, a solidariedade passafaz o bet aí logingerações.

"Quando subi no palco para tomar a vacina, só pensava na minha sábia avó Tereza, pedia inspiração dela, que me ensinou a solidariedade para com meu povo e todos os outros parentes, e dei meu recado", afirma.

Desde aquela data e até hoje, é parada na rua e recebe mensagensfaz o bet aí loginparentes questionando-a se sentiu algum efeito adverso da vacinação, se havia notado alguma mudança.

"[Perguntavam] se eu não tinha virado jacaré, sem ser uma brincadeira, porque as fake news chegaram com uma força muito grande nas comunidades indígenas."

"Recebi a segunda dose na semana passada e o máximo que tive, desta vez, foi dor no local da aplicação", conta.

Seu esforço para conscientizar os conhecidos, entretanto, não tem sido suficiente para dar conta da desinformação. Em pelo menos duas ocasiõesfaz o bet aí loginque os técnicosfaz o bet aí loginvacinação foram ao bairro, diz Vanda, muitos indígenas "se esconderam" dos profissionais. Para ela, parte o problema seria amenizado se houvesse um postofaz o bet aí loginsaúde na comunidade, um localfaz o bet aí loginque os indígenas fossem atendidos por rostos familiares e se sentissem seguros.

Fome

No hospitalfaz o bet aí logincampanha, a técnicafaz o bet aí loginenfermagem faz as vezesfaz o bet aí loginenfermeira, médica, psicóloga e o que mais for preciso. São onze indígenas que se revezam no atendimento aos pacientes que chegam diariamente. Em um quadro, cada um registra as atividades, com o nome e a etnia. Só o único médico e Vanda são formados, os outros são estudantesfaz o bet aí loginenfermagem.

O médico, que não quis se identificar, é amazonense da etnia baré, se formoufaz o bet aí loginCuba e já trabalhou com indígenas aldeadosfaz o bet aí loginCuba e na Venezuela. Na pandemia, diz ele, o que lhe chamou atenção foi não só a desassistência das autoridades públicas na saúde dos "parentes", mas a fome que chegou ao bairro com o início da crise sanitária.

"A grande maioria vivefaz o bet aí loginartesanato efaz o bet aí loginapresentaçõesfaz o bet aí loginrituais tradicionais a turistas. Com as restrições ao turismo, não havia nenhuma fontefaz o bet aí loginsubsistência", diz Vanda.

Assim, as doações tiveramfaz o bet aí loginir além dos EPIs efaz o bet aí loginremédios. "Sem uma boa alimentação, qualquer um fica com baixa resistência e adoece. Perdemos muitos parentes, sabemos que o vírus ataca os mais fracos. Sou grata a nossos sagrados por tanta ajuda que evitou tantas mortes, mas, sem ter como trabalhar, continuamosfaz o bet aí logincampanha."

Ouvir que alimentos estavam entre os itensfaz o bet aí loginque a comunidade mais necessitava impactou o gerentefaz o bet aí loginvendas Márcio Lira, um dos voluntários dos três grupos organizadosfaz o bet aí loginredes sociais que conseguiu arrecadar EPIs, cilindrosfaz o bet aí loginoxigênio e medicamentos.

"Conseguimos muitas doaçõesfaz o bet aí loginjaneiro e priorizamos as cestas básicas. Conseguimos maisfaz o bet aí login200 e deu para ajudar muitas famílias, mas sabemos que precisamfaz o bet aí loginmais, a pandemia ainda não acabou."

Gravidade

Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Osvaldo Cruz na Amazônia, a situação epidemiológicafaz o bet aí loginManaus e do Amazonas segue muito grave.

"A pequena reduçãofaz o bet aí logincasos notificadosfaz o bet aí logincovid-19faz o bet aí loginManaus nos últimos dias não coloca a cidadefaz o bet aí loginposição confortável. Aliás,faz o bet aí loginmédia, foram notificadosfaz o bet aí logintornofaz o bet aí loginmil casosfaz o bet aí logincovid-19 na capital por dia, entre os dias 1º e 15faz o bet aí loginfevereiro, sugerindo que a circulação viral ainda é muito alta."

Para o epidemiologista, o anúnciofaz o bet aí loginvacinaçãofaz o bet aí loginmassa da população do Amazonas, que ainda não começou, não é suficiente se não houver lockdown que restrinja 90% da atividade nas cidades, especialmente Manaus, onde vive maisfaz o bet aí login50% da população do Estado.

"A nova a nova variante P.1 segue aguardando novas oportunidades para trazer mais problemas. Ao que parece, Manaus está trilhando um roteiro conhecido,faz o bet aí loginnaturalização da morte e do sofrimento humano, na certezafaz o bet aí loginescancarada impunidade no âmbito da gestão sanitária."

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