Os 'documentos secretos' levados por Joe Biden ao Brasil que desafiam versãogrupo de whatsapp betnacionalBolsonaro sobre ditadura:grupo de whatsapp betnacional

Crédito, Roberto Stuckert Filho/Presidência da Rep. (2015)

Legenda da foto, Dilma e Bidengrupo de whatsapp betnacionalfotogrupo de whatsapp betnacional2015; na época, governo americano se aproximougrupo de whatsapp betnacionalpaíses latino-americanos com aberturagrupo de whatsapp betnacionaldocumentos históricos sobre violaçõesgrupo de whatsapp betnacionaldireitos humanos

Biden sabia bem do que se tratava. E sabia também que produziria impacto real ao passar a mídia para as mãos da então presidente brasileira Dilma Rousseff, ela mesma uma das oposicionistas torturadas nos porões da ditadura.

É certo que o governo americano poderia ter enviado o material por internet, pela embaixada nos Estados Unidos.

Mas a gestão Obama-Biden queria gravar seu nome no atogrupo de whatsapp betnacionalabertura dos documentos, como um manifesto pela transparência e pelos direitos humanos.

Mais do que isso, queria melhorar relações diplomáticas com base na trocagrupo de whatsapp betnacionalinformações altamente relevantes para a históriagrupo de whatsapp betnacionalpaíses como Brasil, Argentina e Chile.

No caso do Brasil, isso era ainda mais estratégico já que a revelação, meses antes, grupo de whatsapp betnacionalque a Agência Nacionalgrupo de whatsapp betnacionalSegurança americana (NSA, na siglagrupo de whatsapp betnacionalinglês) havia espionado conversas da mandatária brasileira abalou o alicerce das relações entre os dois países.

"Estou felizgrupo de whatsapp betnacionalanunciar que os Estados Unidos iniciaram um projeto especial para desclassificar e compartilhar com a Comissão Nacional da Verdade documentos que podem lançar luz sobre essa ditaduragrupo de whatsapp betnacional21 anos, o que é, obviamente,grupo de whatsapp betnacionalgrande interesse da presidente", afirmou Biden, sorridente, ao ladogrupo de whatsapp betnacionalDilma.

Sem ditadura

A própria definição dada por Biden do regime militar é hoje refutada por Bolsonaro, que nega ter havido ditadura no país.

"Espero que olhando documentos do nosso passado possamos focar na imensa promessa do futuro", concluiu Biden.

Cinco anos após esse encontro entre Dilma e Biden, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro desqualificou por completo as revelações feitas pela CNV, das quais os documentos trazidos por Biden são peça fundamental.

"A questãogrupo de whatsapp betnacional64 não existem documentos se matou ou não matou, isso aí é balela, está certo?", disse Bolsonaro.

O presidente respondia à imprensa, que questionava uma declaraçãogrupo de whatsapp betnacionaldada no dia anterior para atingir o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Bolsonaro disse pra Santa Cruz que poderia esclarecer a ele como seu pai havia desaparecido.

De acordo com a Comissão Nacional da Verdade, Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira, pai do presidente da OAB, foi visto pela última vezgrupo de whatsapp betnacionalfevereirogrupo de whatsapp betnacional1974, quando foi preso no Riogrupo de whatsapp betnacionalJaneiro por agentes do DOI-Codi. Oliveira jamais voltou a ser visto. Ele morreu nas mãos dos agentes.

"Comissão da Verdade? Você acreditagrupo de whatsapp betnacionalComissão da Verdade?Você quer documento para isso, meu Deus do céu? Documento é quando você casa, quando você se divorcia. Eles têm documento dizendo o contrário?, acrescentou Bolsonaro.

Mas, afinal, o que há nos documentos trazidos por Biden?

Crédito, Arquivo Comissão Nacional da Verdade

Legenda da foto, Documento enviado pelo consulado americano do Riogrupo de whatsapp betnacionalJaneiro descreve padrãogrupo de whatsapp betnacionaltortura

"O suspeito é deixado nu, sentado e sozinhogrupo de whatsapp betnacionaluma cela completamente escura ou refrigerada por várias horas. Na cela há alto-falantes, que emitem gritos, sirenes e apitosgrupo de whatsapp betnacionalaltos decibéis. Então, o detido é interrogado por um ou mais agentes, que o informam qual crime acreditam que a pessoa tenha cometido e que medidas serão tomadas caso não coopere. Nesse ponto, se o indivíduo não confessa, e se os agentes consideram que ele possui informações valiosas, ele é submetido a um crescente sofrimento físico e mental até confessar."

"Ele é colocado nu,grupo de whatsapp betnacionaluma pequena sala escura com um chão metálico, que conduz correntes elétricas. Os choques elétricos, embora alegadamentegrupo de whatsapp betnacionalbaixa intensidade, são constantes e eventualmente se tornam insuportáveis. O suspeito é mantido nessa sala por muitas horas. O resultado é extrema exaustão mental e física, especialmente se a pessoa é mantida nesse tratamento por dois ou três dias. Em todo esse período, ele não recebe comida nem água."

O texto acima é um trechogrupo de whatsapp betnacionalum documentogrupo de whatsapp betnacionalsete páginas enviado pelo consulado americano do Riogrupo de whatsapp betnacionalJaneiro ao Departamentogrupo de whatsapp betnacionalEstado,grupo de whatsapp betnacional1973, e trazido por Biden emgrupo de whatsapp betnacionalvisita.

A comunicação diplomática informa que 126 pessoas teriam passado por tratamento parecido ao relatado, alémgrupo de whatsapp betnacionaloutras formasgrupo de whatsapp betnacionalsevícias, como o "paugrupo de whatsapp betnacionalarara". O informe é feito não só com basegrupo de whatsapp betnacionaldepoimentosgrupo de whatsapp betnacionalvítimas, masgrupo de whatsapp betnacionalinformantes militares, cuja identidade aparece protegida por trechos apagados no documento.

Detalhes

"Esse é um dos relatórios mais detalhados sobre técnicasgrupo de whatsapp betnacionaltortura já desclassificados pelo governo dos Estados Unidos", afirmou à BBC News Brasil Peter Kornbluh, diretor do Projetogrupo de whatsapp betnacionalDocumentação Brasileiro do Arquivogrupo de whatsapp betnacionalSegurança Nacional Americano,grupo de whatsapp betnacionalWashington D.C.

Aindagrupo de whatsapp betnacionalacordo com Kornbluh, "os documentos americanos ajudam a lançar luz sobre várias atrocidades e técnicas (de tortura do regime). Eles são evidências contemporâneas dos abusos dos direitos humanos cometidos pelos militares brasileiros. Quase todo o mundo acredita neles. As pessoas que preferem não reconhecer a verdade sobre o que foi feito são os Bolsonaros e aqueles que realmente cometeram esses crimes".

Mas nem sempre Bolsonaro nega que a ditadura tenha cometido violações aos direitos humanos. Em julhogrupo de whatsapp betnacional2016,grupo de whatsapp betnacionaluma entrevista à rádio Joven Pan, ele afirmou: "O erro da ditadura foi torturar e não matar".

E dois anos mais tarde,grupo de whatsapp betnacionalmeadosgrupo de whatsapp betnacional2018, quando já estavagrupo de whatsapp betnacionalpré-campanha presidencial, confrontado com a informaçãogrupo de whatsapp betnacionalum relatório da CIA, abertogrupo de whatsapp betnacional2015 no escopo do mesmo projetogrupo de whatsapp betnacionaldesclassificaçãogrupo de whatsapp betnacionalBiden, que o presidente Ernesto Geisel teria aprovado a execução sumáriagrupo de whatsapp betnacionaladversários do regime, o atual presidente disse à rádio Super Notícia: "Errar, até nagrupo de whatsapp betnacionalcasa, todo mundo erra. Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se arrependeu? Acontece."

Tortura e morte

Um dos outros documentos trazidos por Biden evidencia que a máquina repressiva da ditadura brasileira não só torturou como matou. Nele, o cônsul-geral americanogrupo de whatsapp betnacionalSão Paulo, Frederic Chapin, afirma que ouviu o relatogrupo de whatsapp betnacional"um informante e interrogador profissional trabalhando para o Centrogrupo de whatsapp betnacionalInteligência Militargrupo de whatsapp betnacionalOsasco",grupo de whatsapp betnacionalSão Paulo.

Crédito, Arquivo Comissão Nacional da Verdade

Legenda da foto, Telegramagrupo de whatsapp betnacional1973 descreve a torturagrupo de whatsapp betnacionalum policial egrupo de whatsapp betnacionaluma amiga dele que, inicialmente, se recusou a colaborar

Em um telegramagrupo de whatsapp betnacionalmaiogrupo de whatsapp betnacional1973, Chapin escreve o seguinte: "Ele (o informante) explicou como havia quebrado uma célula 'comunista' envolvendo um agente da polícia civil. O policial foi forçado a falar depoisgrupo de whatsapp betnacionalter tomado choques elétricos nos ouvidos e mencionougrupo de whatsapp betnacionalconexão com uma amiga, que foi imediatamente detida. Ela não foi cooperativa, no entanto, então foi deixada no pau-de-arara por 43 horas, sem alimentos ou água."

"Isso a quebrou, nossa fonte contou. Tortura,grupo de whatsapp betnacionaluma forma ougrupo de whatsapp betnacionaloutra, é prática comumgrupo de whatsapp betnacionalinterrogatóriosgrupo de whatsapp betnacionalOsasco. Ele também nos deu um relatogrupo de whatsapp betnacionalprimeira mão do assassinatogrupo de whatsapp betnacionalum subversivo suspeito, o que chamougrupo de whatsapp betnacional'costurar' o suspeito, ou seja, dar tiros nele da cabeça aos pés com uma arma automática."

O termo "costurar" seria referência a um método para desfigurar o cadáver e evitargrupo de whatsapp betnacionalfutura identificação.

Assassinatos cometidos pela repressão

O cônsul Chapin relata ainda que "vários agentesgrupo de whatsapp betnacionalsegurança nos informaram que suspeitosgrupo de whatsapp betnacionalterrorismo são mortos como prática padrão. Estimamos que ao menos doze tenham sido mortos na regiãogrupo de whatsapp betnacionalSão Paulo no ano passado (1972)".

Ao registrar as mortesgrupo de whatsapp betnacionalSão Paulo, Chapin aponta para a atuação do coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, o chefe do DOI-Codi paulista, um dos principais órgãosgrupo de whatsapp betnacionalrepressão do país, entre 1970 e 1974. Ustra foi o primeiro militar brasileiro a ser condenado civilmente pela Justiça pelos crimesgrupo de whatsapp betnacionaltortura. Ele é também considerado um herói e uma referência por Bolsonaro, que já afirmou ter como livrogrupo de whatsapp betnacionalcabeceira a obragrupo de whatsapp betnacionalUstra, A verdade sufocada.

"Sou capitão do Exército, conhecia e era amigo do coronel, sou amigo da viúva. (...) o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra recebeu a mais alta comenda do Exército, a Medalha do Pacificador, é um herói brasileiro", afirmou Bolsonarogrupo de whatsapp betnacional2016.

Enquanto era deputado, no dia da votação da aberturagrupo de whatsapp betnacionalprocessogrupo de whatsapp betnacionalimpeachment da então presidente Dilma Rousseff, naquele mesmo ano, Bolsonaro citou o militargrupo de whatsapp betnacionalseu voto: "Perderamgrupo de whatsapp betnacional1964, perderamgrupo de whatsapp betnacional2016. (...) Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, pelo Exércitogrupo de whatsapp betnacionalCaxias, pelas nossas Forças Armadas, pelo Brasil acimagrupo de whatsapp betnacionaltudo e por Deus acimagrupo de whatsapp betnacionaltodos, o meu voto é sim".

"Só terroristas"

Outro documento da levagrupo de whatsapp betnacionalBiden desafia um argumento centralgrupo de whatsapp betnacionalBolsonaro sobre o período: ogrupo de whatsapp betnacionalque o regime militar só prendeu, torturou e matou "terroristas".

Em dezembrogrupo de whatsapp betnacional2008, quando o Ato Institucional número 5, instrumento da ditadura que cassou liberdades individuais, completava 40 anos, o então deputado federal Bolsonaro ocupou o plenário da Câmara para dizer: "Eu louvo os militares que,grupo de whatsapp betnacional1968, impuseram o AI-5 para conter o terrorgrupo de whatsapp betnacionalnosso País, (...) Mas eu louvo o AI-5 porque, pela segunda vez, colocou um freio naqueles da esquerda que pegavamgrupo de whatsapp betnacionalarmas, sequestravam, torturavam, assassinavam e praticavam atosgrupo de whatsapp betnacionalterrorgrupo de whatsapp betnacionalnosso País".

Crédito, Arquivo Comissão Nacional da Verdade

Legenda da foto, Serviço diplomático americano no Brasil mandou uma comunicação ao Departamentogrupo de whatsapp betnacionalEstado registrando os relatosgrupo de whatsapp betnacionalum cidadão americano, Robert Horth, que havia sido confundido com um extremista e preso no DEOPS

Masgrupo de whatsapp betnacionaloutubrogrupo de whatsapp betnacional1970, o serviço diplomático americano no Brasil mandou uma comunicação ao Departamentogrupo de whatsapp betnacionalEstado registrando os relatosgrupo de whatsapp betnacionalum cidadão americano, Robert Horth, que havia sido confundido com um extremista e preso no DEOPS, a unidadegrupo de whatsapp betnacionalpolícia política paulista.

Horth não era um comunista subversivo e afirmou aos diplomatas americanos que "cinco dos seis prisioneirosgrupo de whatsapp betnacionalsuas celas eram absolutamente inocentes da acusaçãogrupo de whatsapp betnacionalsubversão política".

Outro documento,grupo de whatsapp betnacionaldezembrogrupo de whatsapp betnacional1969, dá força ao questionamento sobre os crimes reais dos alvos escolhidos pela repressão ao informar que freiras dominicanas foram presas, humilhadas e torturadasgrupo de whatsapp betnacionalRibeirão Preto.

"Mais do que trazer novos fatos, os documentos americanos foram cruciais porque comprovaram muitos fatos a partirgrupo de whatsapp betnacionaluma fonte insuspeita. Estamos, afinal, falandogrupo de whatsapp betnacionalrelatórios da diplomacia dos Estados Unidos, que não tinham qualquer simpatia pelos oposicionistasgrupo de whatsapp betnacionalesquerda e que apoiavam os militares", afirmou à BBC News Brasil Pedro Dallari, relator da CNV.

Provagrupo de whatsapp betnacionalque o governo americano era, naquele período, abertamente a favor do regime estágrupo de whatsapp betnacionaluma comunicação do embaixador americano William Rountreegrupo de whatsapp betnacionaljulhogrupo de whatsapp betnacional1972. Na carta, ele alerta ao Departamentogrupo de whatsapp betnacionalEstado que qualquer tentativagrupo de whatsapp betnacionalfazer críticas públicas contra o que qualifica como "excessos" cometidos contra os direitos humanos poderia "prejudicar nossas relações gerais".

grupo de whatsapp betnacional CNV

Os documentos americanos tornaram-se especialmente importantes para a CNV diante da negativa das Forças Armadas Brasileirasgrupo de whatsapp betnacionaloferecer evidências que corroborassem os depoimentosgrupo de whatsapp betnacionalvítimasgrupo de whatsapp betnacionaltorturagrupo de whatsapp betnacionaldependências militares.

"Ao mesmo tempogrupo de whatsapp betnacionalque chegavam os documentos americanos, recebíamos retorno dos militares dizendo que suas sindicâncias não localizaram nada", afirma Dallari.

Kornbluh concorda que, enquanto muito da documentação brasileira do período pode já ter se perdido, os arquivos americanos são fonte importante para acessar a história brasileira.

"Parte dos militares brasileiros esconderam com sucesso a maioriagrupo de whatsapp betnacionalseus próprios documentos e mantiveram isso fora do escrutínio público. E conseguiram escapargrupo de whatsapp betnacionalqualquer tipogrupo de whatsapp betnacionalresponsabilidade legal por seus crimes contra os direitos humanos. E então os documentos americanos fornecem um histórico fidedignogrupo de whatsapp betnacionalpelo menos alguns casos. E se as coisas mudarem no Brasil, essas são evidênciasgrupo de whatsapp betnacionalcrimes que ainda podem ser litigados", afirma o especialista, que menciona a lei da Anistia,grupo de whatsapp betnacional1979, que impediu a responsabilização criminalgrupo de whatsapp betnacionalagentes e oposicionistas por crimes cometidos durante a ditadura.

Em 2014, durante os trabalhos da CNV, o Exército brasileiro afirmou que não opinaria sobre o reconhecimento do Estado Brasileirogrupo de whatsapp betnacionalrelação às torturas, enquanto a Força Aérea e a Marinha disseram não ter provas para reconhecer, tampouco refutar as acusaçõesgrupo de whatsapp betnacionalviolaçõesgrupo de whatsapp betnacionaldireitos humanos nas décadasgrupo de whatsapp betnacional60 e 70.

Crédito, Arquivo Comissão Nacional da Verdade

Legenda da foto, Embaixador escreveu sobre não condenar excessos publicamente

O que o histórico diz sobre relação Brasil-EUAgrupo de whatsapp betnacionalpossível governo Biden?

Para Dallari, apesargrupo de whatsapp betnacionalo golpegrupo de whatsapp betnacional1964 ter recebido o apoio do governo americano, então sob a batuta do democrata Lyndon Johnson, nas últimas décadas, os democratas deixaram claro ter interessegrupo de whatsapp betnacionalcolaborar com processosgrupo de whatsapp betnacionalinvestigação sobre atrocidades cometidas pelos governos na região e o papel dos Estados Unidos nelas.

"Eu não tenho porque duvidar que Obama e Biden tivessem real interessegrupo de whatsapp betnacionalabrir essas informações. E o primeiro presidente americano a se opor a violações dos direitos humanos na região foi outro democrata, o presidente Jimmy Carter", diz ele,grupo de whatsapp betnacionalreferência ao presidente americano entre 1977 e 1981.

Na verdade, desde a administração Clinton, nos anos 1990, documentos secretos sobre ditaduras latino-americanas têm se tornado públicos. Mas foi na gestão Obama que essa abertura dos arquivos ganhou tonsgrupo de whatsapp betnacionalpolíticagrupo de whatsapp betnacionalrelações exteriores,grupo de whatsapp betnacionalalgo que Kornbluh batizougrupo de whatsapp betnacional"diplomacia da abertura".

Além do Brasil, Argentina e Chile também receberam acesso a documentos,grupo de whatsapp betnacionalum esforço americano para melhorargrupo de whatsapp betnacionalimagem e seu relacionamento na região.

E com Biden e Dilma, o especialista afirma que esse tipogrupo de whatsapp betnacionaldiplomacia alcançou umgrupo de whatsapp betnacionalseus pontos mais altos, já que as relações foram reconectadas depois da visitagrupo de whatsapp betnacionalBidengrupo de whatsapp betnacional2014.

"Tenho certezagrupo de whatsapp betnacionalque ele foi informado sobre o teor dos documentos. E é uma tarefa importante agrupo de whatsapp betnacionalcarregar esses documentos que descrevem violações graves dos direitos humanos durante a era militar. Certamente foi uma experiênciagrupo de whatsapp betnacionalaprendizado para o vice-presidente Biden e um lembrete pungente para ele dos horrores cometidos", diz Kornbluh.

Em conversas com a BBC News Brasil, conselheiros da campanhagrupo de whatsapp betnacionalBiden têm dito que o tema dos direitos humanos é central para o candidato, especialmente na América Latina.

Mas embora ainda exista um grande arquivo intocado sobre a história da ditadura do Brasil, especialmentegrupo de whatsapp betnacionalinformações dos órgãosgrupo de whatsapp betnacionalinteligência como FBI e CIA, é improvável que Biden faça qualquer nova abertura se vencer as eleições.

Isso porque documentos secretos americanos sobre outros países só podem se tornar públicos se os governos dessas nações requisitarem acesso aos americanos. E hoje não há interesse no governo brasileiro por esse tipogrupo de whatsapp betnacionalinformação.

"Naquele momento, a abertura foi importante e ajudou os dois países a se reaproximarem. Agora,grupo de whatsapp betnacionalum possível governo Biden, com Bolsonaro no Brasil, é um contexto completamente diferente. Mas se Bolsonaro cometer violaçõesgrupo de whatsapp betnacionaldireitos humanos, a administração Biden agiriagrupo de whatsapp betnacionalmodo muito mais rápido e negativo do que Trump e pressionaria Bolsonaro a parar", diz Kornbluh.

grupo de whatsapp betnacional Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube grupo de whatsapp betnacional ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosgrupo de whatsapp betnacionalautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticagrupo de whatsapp betnacionalusogrupo de whatsapp betnacionalcookies e os termosgrupo de whatsapp betnacionalprivacidade do Google YouTube antesgrupo de whatsapp betnacionalconcordar. Para acessar o conteúdo cliquegrupo de whatsapp betnacional"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdogrupo de whatsapp betnacionalterceiros pode conter publicidade

Finalgrupo de whatsapp betnacionalYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosgrupo de whatsapp betnacionalautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticagrupo de whatsapp betnacionalusogrupo de whatsapp betnacionalcookies e os termosgrupo de whatsapp betnacionalprivacidade do Google YouTube antesgrupo de whatsapp betnacionalconcordar. Para acessar o conteúdo cliquegrupo de whatsapp betnacional"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdogrupo de whatsapp betnacionalterceiros pode conter publicidade

Finalgrupo de whatsapp betnacionalYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosgrupo de whatsapp betnacionalautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticagrupo de whatsapp betnacionalusogrupo de whatsapp betnacionalcookies e os termosgrupo de whatsapp betnacionalprivacidade do Google YouTube antesgrupo de whatsapp betnacionalconcordar. Para acessar o conteúdo cliquegrupo de whatsapp betnacional"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdogrupo de whatsapp betnacionalterceiros pode conter publicidade

Finalgrupo de whatsapp betnacionalYouTube post, 3