Tirobonus do sportingbetbanheiro e amizade vasculhada: as investigações sobre mortebonus do sportingbetgarotabonus do sportingbet14 anosbonus do sportingbetcasabonus do sportingbetatiradores:bonus do sportingbet

No depoimento à polícia, Laura classificou o disparo contra Isabele como um "trágico acidente" e disse que não poderia "conceber tirar a vida dabonus do sportingbetmelhor amiga".

As investigações da Polícia Civil contrariam a versão da jovem. As apurações, concluídas nesta semana, indicaram que Laura atirou intencionalmente. Por ser adolescente, ela deve responder por ato infracional análogo a homicídio doloso — quando há a intençãobonus do sportingbetmatar.

A defesa da famíliabonus do sportingbetLaura contesta as apurações da polícia e afirma que as investigações foram concluídasbonus do sportingbetmodo apressado.

A empresária Patrícia Hellen Guimarães, mãebonus do sportingbetIsabele, não acredita na versãobonus do sportingbetLaura. Ela afirma que nunca teve dúvidasbonus do sportingbetque o disparo contra a filha foi intencional.

"Percebi, desde o começo, que a família (de Laura) queria fazer parecer que o que aconteceu com a minha filha foi acidente. Mas eu sei que não foi", diz à BBC News Brasil.

Laura praticava tiro esportivo desde o fim do ano passado, assim como seus três irmãos. Ela participoubonus do sportingbetduas competições e venceu uma delas.

Adolescentes como Laura podem praticar tiro esportivo sem precisarbonus do sportingbetautorização judicial, após decreto do presidente Jair Bolsonaro. A medida,bonus do sportingbetmaiobonus do sportingbet2019, define que jovens, a partirbonus do sportingbet14 anos, precisam apenas da permissão dos responsáveis para que possam praticar a atividade com armas.

A famíliabonus do sportingbetLaura integra uma categoria que tem crescido no país, principalmente durante o governo Bolsonaro: os CACs, aqueles que se declaram colecionadoresbonus do sportingbetarmas, atiradores desportivos ou caçadores.

Dados do Comando do Exército, levantados pelo Instituto Sou da Paz por meio da Leibonus do sportingbetAcesso à Informação, apontam que somentebonus do sportingbet2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, foram cadastrados 147,8 mil novos CACs. É o maior número desde 2004. Em 2018, por exemplo, foram 87,9 mil novos cadastros. No ano passado, ao todo, havia 396,9 mil registrosbonus do sportingbetCACs no país.

Para adquirir armamento, os CACs devem solicitar uma autorização ao Exército. Os númerosbonus do sportingbetarmasbonus do sportingbetpoder dos CACs, segundo dados apurados pelo Instituto Sou da Paz, saltarambonus do sportingbet350,6 mil,bonus do sportingbet2018, para 433,2 mil no ano passado — crescimentobonus do sportingbet24%, a maior variação, ao menos, desde 2015, quando o instituto iniciou o levantamento.

As armas

Laura, a irmã gêmea e Isabele moravam no mesmo condomínio,bonus do sportingbetuma área nobrebonus do sportingbetCuiabá. Elas eram amigas há cercabonus do sportingbetdois anos.

Patrícia relata que sempre foi extremamente zelosa com os filhos — ela também é mãebonus do sportingbetum garotobonus do sportingbet12 anos. A empresária afirma que sabia que a famíliabonus do sportingbetLaura praticava tiro esportivo.

"Mas não imaginava que as armas estivessem ao alcancebonus do sportingbettodos. A minha filha nunca me contou isso. Acreditava que fosse um local seguro", relata.

Na tarde daquele domingo, 12bonus do sportingbetjulho, o adolescente Marcos*,bonus do sportingbet16 anos, atraiu os olhares da famíliabonus do sportingbetLaura,bonus do sportingbetnamorada, após chegar sozinho à residência com um case (uma espéciebonus do sportingbetmaleta) com duas pistolas. Orgulhoso, o jovem exibiu as armas com as quais disse ter vencido dois campeonatos. Ele retirou o carregadorbonus do sportingbetmuniçõesbonus do sportingbetuma das armas, uma pistola calibre 380, e os moradores a manusearam, enquanto o adolescente exaltava as qualidades do objeto.

Marcos era praticantebonus do sportingbettiro esportivo desde o iníciobonus do sportingbet2017. Para que ele pudesse fazer a atividade, três anos atrás, os pais tiverambonus do sportingbetpedir autorização à Justiça. A família do jovem também possui registro como CAC. As armas estãobonus do sportingbetnome do pai dele, que é adepto do tiro esportivo há 10 anos.

O adolescente alega que levou as armas a pedido do paibonus do sportingbetLaura, o empresário Fernando*. Marcos afirma que, no dia anterior, treinoubonus do sportingbetum clubebonus do sportingbettiro junto com o sogro e reclamou que o gatilhobonus do sportingbetsua arma estava duro. Fernando, segundo o jovem, teria se prontificado a arrumar o problema.

Em depoimento, o paibonus do sportingbetMarcos disse que o filho levou a pistola calibre 380 por engano. Ele afirmou que o adolescente queria levar apenas a arma calibre 38 para ser consertada por Fernando. No entanto, o jovem, segundo o pai, não notou que a 380 também estava no case.

Marcos não poderia ter levado as pistolas à casa da namorada. Segundo a legislação, atiradores esportivos somente podem transportar armasbonus do sportingbetdireção ao clubebonus do sportingbettiro. Além disso, os adolescentes precisam estar acompanhados do responsável pelo armamento.

O disparo

Naquela tardebonus do sportingbetdomingo, Isabele foi à residênciabonus do sportingbetLaura para fazer uma tortabonus do sportingbetlimão. Segundo Patrícia, a filha disse que voltaria após o jantar.

Por volta das 21h50, depois do jantar, Marcos colocou o carregador na pistola 380. Ele relatou à polícia que Laura não percebeu que ele havia recolocado as munições. Ele guardou novamente a arma no case — a outra estava sem munições — e colocou uma luva entre as duas pistolas, para protegê-las.

O adolescente disse à polícia que não seria possível haver um disparo acidental da forma como ele deixou a pistola 380 na maleta. Ele relatou que para que a arma disparasse, alguém teria que manobrar o ferrolho dela para que a munição do carregador subisse para a câmara (áreabonus do sportingbetonde sai o disparo).

O jovem deixou o case na residência da namorada e disse que o pai buscaria as pistolas no dia seguinte. Segundo familiaresbonus do sportingbetLaura, ele tinha medobonus do sportingbetser paradobonus do sportingbetuma blitz com as armas. Às 21h59, Marcos foi embora junto com o irmão,bonus do sportingbet19 anos, que o buscou no condomínio.

Segundos após se despedir do namorado, Laura pegou o case. À polícia, ela disse que iria guardar as armas no quarto dos pais. Porém, decidiu passarbonus do sportingbetseu próprio quarto antes, após ver que Isabele estava no cômodo.

No banheiro do quarto, Isabele fumava um cigarro eletrônico. Laura disse que chamou duas vezes pela amiga, mas não obteve respostas.

À polícia, Laura relatou que bateu na porta do banheirobonus do sportingbetseu quarto e derrubou o case. O objeto, segundo a jovem, abriu e as duas pistolas foram expostas, sendo que uma delas teria caído parcialmente fora da maleta. A adolescente afirmou que abaixou para pegar as armas, empunhou uma delas com a mão direita e equilibrou a outra com a mão esquerda,bonus do sportingbetcima do case, que estava aberto.

Em seguida, conforme o depoimento da jovem, ela se desequilibrou ao segurar a maleta com a armabonus do sportingbetuma mão. Por isso, segundo o relatobonus do sportingbetLaura, ela colocou uma arma sobre a outra, para buscar equilíbrio, logo que conseguiu ficarbonus do sportingbetpé. Nesse momento,bonus do sportingbetacordo com a adolescente, a pistola calibre 380 disparou acidentalmente. A jovem disse que não percebeu se Isabele havia aberto a porta do banheiro antes do tiro.

Laura afirmou à polícia que não sabia dizer se havia apertado ou não o gatilho antes do disparo.

O tiro atingiu a narina esquerdabonus do sportingbetIsabele, atravessou o osso maxilar, penetrou o crânio dela, dilacerou as estruturas do tronco encefálico e saiu pela região da nuca. A adolescente caiu no chão do banheiro.

No depoimento à polícia, Laura disse que fechou os olhos e começou a gritar o nomebonus do sportingbetIsabele após o disparo. Ela afirmou que evitou olharbonus do sportingbetdireção à amiga, com medo do que poderia ter ocorrido. Em seguida, conforme o seu depoimento, seu irmão chegou ao quarto após ouvir o barulho, pediu que ela guardasse as pistolas e gritou por socorro. Laura contou que correubonus do sportingbetdireção ao closet dos pais e guardou o case com as armas.

As apurações

O caso levantou o questionamento: afinal, a jovem atirou intencionalmente na melhor amiga?

O inquérito, que tem maisbonus do sportingbetmil páginasbonus do sportingbetoito volumesbonus do sportingbetdocumentos, contradiz a versãobonus do sportingbetLaura sobre o tiro.

As respostas começaram a surgir a partirbonus do sportingbetum laudo, feito pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec)bonus do sportingbetMato Grosso, que apontou que Laura também estava dentro do banheiro quando disparou. Isso porque as análises revelaram que o tiro foi dado a 1,44 metrobonus do sportingbetaltura e a uma distânciabonus do sportingbet30 centímetros do rostobonus do sportingbetIsabele.

Uma perícia revelou que a pistola da qual saiu o disparo não pode produzir tiro acidental. Segundo essa análise, nas condições relatadas por Laura, a arma precisaria estar carregada, "engatilhada e destravada mediante o acionamento do gatilho" para que pudesse disparar.

O delegado Wagner Bassi, um dos responsáveis por conduzir o inquérito, afirmou,bonus do sportingbetcoletivabonus do sportingbetimprensa na quarta-feira (02/09), que não havia dúvidasbonus do sportingbetque Laura sabia que a arma estava com munição antesbonus do sportingbetdisparar contra a amiga, pelo conhecimento que a adolescente tem sobre o assunto.

Bassi ressaltou que Laura é "devidamente capacitada para usar armabonus do sportingbetfogo". Ele mencionou que a adolescente conhece regras e técnicasbonus do sportingbetsegurança das armas, pois são informações ensinadas logo que uma pessoa começa a praticar tiro esportivo.

Segundo as apurações, Laura chegou ao seu quarto, deixou a maletabonus do sportingbetcimabonus do sportingbetum móvel e a abriu. Ela pegou a pistola 380 que estava carregada e foi ao banheiro, onde Isabele fumava um cigarro eletrônico.

Elas ficaram no banheiro por voltabonus do sportingbet1min18. Nesse curto período, segundo o delegado, a munição foi carregada e Laura disparou contra Isabele, que caiu com o cigarro eletrônico e uma bolsa pequena que segurava.

As análises da perícia encontraram manchasbonus do sportingbetsangue na pistola 380 e na roupabonus do sportingbetLaura — a jovem chegou a trocar a blusa pouco após o disparo, sob a alegaçãobonus do sportingbetque se sentia malbonus do sportingbetpermanecer com a peça com sangue da amiga. A apuração revelou que não havia sangue na maleta, nem na outra arma. Isso indicou, segundo a Polícia, que esses objetos não estavam próximos a Laura no momento do disparo, como ela havia dito no depoimento.

A Polícia Civil concluiu que a versãobonus do sportingbetLaura não é coerente com as provas recolhidas nas investigações. As apurações revelaram que a adolescente atirou e assumiu o risco pela morte da amiga.

Amizade vasculhada

Desde o início das investigações, a polícia buscou detalhes sobre a amizadebonus do sportingbetIsabele e Laura.

Em depoimento, Laura disse que Isabele frequentava abonus do sportingbetcasa quase todos os dias, principalmente porque moravam no mesmo condomínio. Ela afirmou que as duas "nutriam uma íntima amizade fraternal" e negou que elas tenham tido qualquer discussão no dia do disparo.

Em seu depoimento, Marcos disse que a namorada e Isabele eram melhores amigas. O adolescente comentou que Isabele brincava que Laura não dava mais atenção para ela desde que começou a namorar com o jovem, no ano passado.

Patrícia conta que nunca observou problemas entre Laura e a filha. Porém, comenta que as adolescentes estavam mais afastadas desde o fim do ano passado, quando Laura começou a namorar.

"A Isabele me disse que o namoro da amiga era tóxico, porque o rapaz era ciumento e manipulador e fez com que a (Laura) se afastasse dos amigos", diz a empresária à BBC News Brasil.

Segundo Patrícia, Isabele e Laura mantiveram um bom relacionamento, apesar do afastamento.

"A minha filha acabou se aproximando mais da outra gêmea (irmãbonus do sportingbetLaura), nesse período."

"Não sei dizer se havia ciúmes do casal (Laura e Marcos)bonus do sportingbetrelação à Isabele, mas a minha filha era muito bonita, inteligente e espirituosa. Não sei dizer o que aconteceu naquele dia", detalha Patrícia.

A empresária acredita que, segundos antes do disparo, pode ter ocorrido algum desentendimento entre Isabele e Laura.

"Uma adolescente está com o cérebrobonus do sportingbetformação. Como eles tratavam a arma como um objeto normal, será que ela não achou que seria normal atirar contra a minha filha naquele momento?", questiona.

Os adolescentes — os três irmãosbonus do sportingbetLaura, Marcos e um vizinho da família, que também foi à casa naquele domingo — afirmam que não presenciaram qualquer discussão na residênciabonus do sportingbet12bonus do sportingbetjulho.

A polícia vasculhou os celulares dos jovens — exceto obonus do sportingbetIsabele, que os técnicos ainda não conseguiram desbloquear. Nos dados aos quais os investigadores tiveram acesso, não foi identificado nenhum desentendimento.

Segundo o relatório da Diretoriabonus do sportingbetInteligência da Polícia Civil, Laura e Isabele tinham uma boa relaçãobonus do sportingbetamizade. No documento, há uma conversa na tardebonus do sportingbet12bonus do sportingbetjulho. No diálogo, as adolescentes trocam selfies,bonus do sportingbetclimabonus do sportingbetamizade.

O delegado Wagner Bassi afirmou que somente Laura pode explicar o motivo do disparo contra a amiga.

As consequências da mortebonus do sportingbetIsabele

Horas após a mortebonus do sportingbetIsabele, o paibonus do sportingbetLaura foi presobonus do sportingbetflagrante por posse ilegalbonus do sportingbetarma,bonus do sportingbetrazão das duas pistolas que haviam sido deixadas por Marcos. O empresário pagou fiançabonus do sportingbetR$52.240, determinada pela Justiça, divididabonus do sportingbetduas parcelas.

Ao concluir o inquérito, a Polícia Civilbonus do sportingbetMato Grosso indiciou Fernando, a esposa dele e o paibonus do sportingbetMarcos por crimes relacionados à mortebonus do sportingbetIsabele.

Fernando foi indiciado por quatro crimes. Um deles é obonus do sportingbetpossebonus do sportingbetarmabonus do sportingbetfogo (penabonus do sportingbetum a três anosbonus do sportingbetprisão), por ter embonus do sportingbetcasa pistolas pelas quais não era o responsável — pertencentes ao paibonus do sportingbetMarcos.

O empresário também foi indiciado por homicídio culposo (penabonus do sportingbetum a três anosbonus do sportingbetprisão), quando não há intençãobonus do sportingbetmatar. Isso porque a polícia entendeu que ele agiu com imprudência e negligência ao deixar a filha pegar a arma com a qual foi feito o disparo contra Isabele. O homem também foi indiciado pelo crimebonus do sportingbetentregar arma a adolescente (três a seis anosbonus do sportingbetprisão).

A Polícia Civil ainda indiciou Fernando por fraude processual (penabonus do sportingbettrês meses a dois anosbonus do sportingbetprisão), porque as investigações apontaram que ele pode ter tentado atrapalhar as apurações do caso. O delegado explicou que o empresário ligou para o Serviçobonus do sportingbetAtendimento Móvelbonus do sportingbetUrgência (Samu), após o disparo da filha, chamou por socorro e disse que era um casobonus do sportingbetqueda no banheiro. Além disso, quando o Samu chegou, Fernando pediu que a esposa guardasse as armas que estavambonus do sportingbetcima da mesabonus do sportingbetsua casa naquela noite.

A mãebonus do sportingbetLaura foi indiciada por omissãobonus do sportingbetcautela na guardabonus do sportingbetarmabonus do sportingbetfogo (penabonus do sportingbetum a três anosbonus do sportingbetprisão),bonus do sportingbetrazão do livre acesso dos filhos adolescentes às armas na residência. Conforme as apurações, não havia um cofre na casa, ou um local seguro, para guardar tais objetos.

O paibonus do sportingbetMarcos também foi indiciado por omissãobonus do sportingbetcautela na guardabonus do sportingbetarmabonus do sportingbetfogo.

Já os adolescentes devem responder por atos infracionais, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As penas aplicadas são medidas socioeducativas, que podem ser estipuladas até que os jovens atinjam a maioridade.

Laura responderá por ato infracional análogo a homicídio doloso. Marcos responderá por ato infracional análogo ao porte ilegalbonus do sportingbetarmabonus do sportingbetfogo.

Após a conclusão das investigações, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Públicobonus do sportingbetMato Grosso. Os promotores avaliarão se irão denunciar os adultos à Justiça. Já os menores podem ser alvosbonus do sportingbetrepresentação por ato infracional na Vara da Infância e Juventudebonus do sportingbetCuiabá.

A defesa da famíliabonus do sportingbetLaura afirma, por meiobonus do sportingbetnota, que o laudo da perícia está equivocado e não reflete o momentobonus do sportingbetque Isabele foi baleada, porque ignora que o corpo da adolescente foi alterado quando ela recebeu os primeiros socorros.

Aindabonus do sportingbetnota, a defesabonus do sportingbetLaura afirma que as autoridades policiais quiseram concluir o inquérito apressadamente e não analisaram as alegações sobre a posição do corpobonus do sportingbetIsabele.

"A defesa da Família (de Laura) está convictabonus do sportingbetque as conclusões da autoridade policial não se confirmarãobonus do sportingbetjuízo", conclui.

A Polícia Civilbonus do sportingbetMato Grosso, porém, afirma que fez uma investigação intensa antesbonus do sportingbetconcluir o caso, por meio da análisebonus do sportingbetimagensbonus do sportingbetvídeo, laudos periciais — referentes à necropsia, ao local do crime, confronto balístico e a reconstituição do momento do disparo —, 24 depoimentos, relatóriosbonus do sportingbetaparelhosbonus do sportingbettelefonia celular e relatóriobonus do sportingbetvídeos e imagens.

O paibonus do sportingbetLaura teve o registrobonus do sportingbetatirador cancelado temporariamente e os outros envolvidos no caso tiveram seus registros suspensos. O Exército informou à BBC News Brasil que abriu procedimentos para acompanhar o caso. Ao menos por enquanto, todos estão impedidosbonus do sportingbetpraticar tiro esportivo — ao fim das apurações, há chancesbonus do sportingbetque todos os registros sejam canceladosbonus do sportingbetmodo definitivo.

A defesa da famíliabonus do sportingbetMarcos não se pronunciou após a conclusão do inquérito. Em nota divulgada na semana passada, o advogado do adolescente e do pai dele informou que estão à disposição das autoridades para esclarecer os fatos.

'Por que a minha filha foi morta?'

A reportagem procurou o paibonus do sportingbetLaura para falar sobre o caso, mas ele não quis conceder entrevista. A família da adolescente tem relatado que ela está extremamente abalada desde a mortebonus do sportingbetIsabele.

Mesmo com a conclusão do inquérito policial, Patrícia afirma que talvez nunca tenha uma resposta sobre o que motivou o disparo contra a filha.

"Uma coisa que penso muito é: por que a minha filha foi morta? Sinceramente, não tenho certeza se um dia vou ter essa resposta. Acho que eles (a famíliabonus do sportingbetLaura) vão até o fim com essa históriabonus do sportingbetque ela atirou sem querer. Eles precisam manter essa história", diz.

Patrícia considerava que o anobonus do sportingbet2020 seria um período importantebonus do sportingbetrecomeço para ela e seus dois filhos. Ela ainda estava se recuperando da perda do marido, o neurocirugião Jony Soares, que morreubonus do sportingbetum acidentebonus do sportingbetuma rodoviabonus do sportingbetMato Grosso. Ele estavabonus do sportingbetuma motocicleta,bonus do sportingbetjunhobonus do sportingbet2018, quando atropelou uma vaca e não resistiu ao impacto da colisão.

"A perda do meu marido foi inesperada. Fiquei chocada e arrasada, mas sabemos o que aconteceu com ele. Mas o caso da Isabele é diferente. A minha filha foi assassinada no auge da adolescência. Estou tentando aceitar, mas é difícil nessas circunstâncias. Espero que essas pessoas sejam responsabilizadas pelo que fizeram", relata Patrícia, com a voz embargada.

*Nomes alterados para preservar as identidades dos adolescentes.

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