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Por que a bandeiraica casinoIsraelica casinoatos pró-Bolsonaro 'racha' comunidade judaica:ica casino
Em nota divulgada na última segunda-feira (4ica casinomaio), a Confederação Israelita do Brasil (Conib) fez um alerta sobre o usoica casinobandeirasica casinoIsraelica casinomanifestações.
"A comunidade judaica brasileira é plural. Há judeus e judiasica casinotodos os campos do espectro político, da direita à esquerda,ica casinocentro, apoiadores e opositores do governo. Também entre apoiadoresica casinoIsrael há uma grande diversidade. O uso constanteica casinobandeirasica casinoIsrael,ica casinomanifestações como asica casinoontem (domingo), pode passar uma mensagem errada sobre a composição pluralista da comunidade judaica brasileira e representarica casinomaneira equivocada nossa posiçãoica casinorelação à agenda dos manifestantes e do governo", diz o comunicado, assinado por Fernando Lottenberg, presidente da entidade.
"A Conib tem um firme compromisso com a democracia e com as liberdades públicas e lamenta a presençaica casinobandeirasica casinoIsrael, uma democracia vibrante,ica casinoatosica casinoque ocorrem ataques às instituições democráticas", acrescenta a nota.
Para o Instituto Brasil-Israel, "o governo brasileiro e os setores que ainda o apoiam têm feito uso dessas bandeiras, mas elas não pertencem a eles". No Twitter, a entidade lembrou que a bandeiraica casinoIsrael não aparece apenas nos protestos favoráveis ao governo. O símbolo também foi usadoica casinomanifestações contrárias a Bolsonaro, incluindo o movimento conhecido como #EleNão.
Já o grupo Judeus pela Democracia, que reúne judeusica casinoesquerda no Brasil, afirmou nas redes sociais que "a bandeiraica casinoIsrael numa manifestação contra a democracia não representa os valores judaicos".
"Que patriotismo é esse que tremula bandeiras e ignora milharesica casinomortos? Basta do sequestroica casinosímbolos nacionais!", publicou o grupo no Facebook.
Mas Luiz Mairovitch, presidente do Clube A Hebraica, no Rioica casinoJaneiro, pensa diferente.
"Não vejo nenhum motivo para ser prejudicial (uso da bandeira). Pelo contrário. A gente nunca viu tanta bandeiraica casinoIsrael aparecerica casinoum governo como oica casinoBolsonaro, independentementeica casinoacertos e erros dele. Não estou julgando as atitudes do presidente; me refiro estritamente ao uso da bandeira. Para um judeu, é sempre bem-vindo, um motivoica casinoalegria saber que tem gente com a gente, nos apoiando, seja cristão, evangélico ou judeu, seja o que for", diz ele à BBC News Brasil.
Em 2017, Mairovitch convidou Bolsonaro, na época deputado federal e já autodeclarado pré-candidato à Presidência, para fazer uma palestra no clube, fechada a convidados. Bolsonaro havia sido vetadoica casinoevento similar no clubeica casinoSão Paulo. Grupos favoráveis e contra o atual presidente chegaram a criar abaixo-assinado na internet para defender e condenar a iniciativa. Do ladoica casinofora, 150 pessoas, muitas das quais judeus mais progressistas, protestaram.
Durante o evento, que lotou o auditório do clube, com capacidade para 500 pessoas, Bolsonaro fez declarações controversas, ao afirmar que quem tem "cinco filhos, quatro são homens, no quinto eu dei uma fraquejada, veio uma mulher". Também criticou a presençaica casinorefugiados no país e disse que quilombola "não serve nem para procriar".
"Nós somos a maioria, acreditamosica casinoDeus. A cultura judaico-cristã estáica casinonosso meio", afirmou.
Foi aplaudido várias vezes e chamadoica casino"mito".
Aproximação com Israel
Por inúmeras vezes desde o inícioica casinoseu governo, Bolsonaro destacou a importânciaica casinoIsrael para o Brasil, defendendo que os dois países, cuja relação esfriou durante o governoica casinoDilma Rousseff, se reaproximassem.
Ele chegou a prometer transferir a embaixada brasileira no paísica casinoTel Aviv para Jerusalém, cidade considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos e reivindicada também como capital pelos palestinos, na esteira do que fizeram os Estados Unidosica casinoDonald Trump.
A promessa não se concretizou -ica casinodezembro do ano passado, o Brasil acabou abrindo um escritório comercialica casinoJerusalém, mas os laços com o atual governo israelense mantêm-se fortes desde então. O embaixadorica casinoIsrael no Brasil, Yossi Shelley, é um dos diplomatas com maior trânsito dentro do Planalto, já tendo aparecido ao ladoica casinoBolsonaroica casinovários eventos públicos.
Na prática, a reaproximaçãoica casinoBolsonaro com Israel atende a demandaica casinouma parcelaica casinoseu importante eleitorado evangélico, para quem "a promessa bíblicaica casinoDeus da Terra Santa ao povo judeu é literal e eterna", disse à BBC News Brasil Elizabeth Oldmixon, estudiosa da relação entre política e religião e professora da Universidade do Norte do Texas Elizabeth Oldmixon,ica casinoentrevista no ano passado.
Para esses cristãos, adeptos do "dispensacionalismo", o retorno dos Judeus à Terra Santa - ou seja, o estabelecimentoica casinoIsrael - é necessário para a voltaica casinoCristo.
No entanto, existe também um componenteica casinoalinhamento ideológico, destaca Oliver Stuenkel, professor-adjuntoica casinoRelações Internacionais da FGV (Fundação Getúlio Vargas)ica casinoSão Paulo.
"Nas relações internacionais, chamamos issoica casinocriaçãoica casinoalianças por alinhamento ideológico. Isso acontece quando um chefeica casinoEstado busca meios para consolidar, projetar e fortalecer suas convicções ideológicas. Brasil, Estados Unidos e Israel têm lideranças que transformaram suas respectivas relações com o resto do mundo. Bolsonaro segue a mesma estratégiaica casinoTrump e politizou as relações exteriores", diz Stuenkel à BBC News Brasil.
"Esse processoica casinopolitização com os EUA e com Israel é feito para animar a base sem levarica casinoconsideração que uma boa relação entre países não deve dependerica casinosua liderança, mas sim estar baseadaica casinointeresses nacionais", acrescenta.
No ano passado, Netanyahu surpreendeu ao comparecer à posseica casinoBolsonaro. Foi a primeira visitaica casinoum premiê israelense ao Brasil. Bolsonaro retribuiu a visita indo a Israel meses depois,ica casinoabril.
Riscos
Stuenkel vê riscos para o Brasil nessa aproximação que Bolsonaro promove.
"A aproximação que o Bolsonaro promove não é com os países, mas com os governos. O que torna essa aproximação muito perigosa. Tanto Trump quanto Netanyahu podem deixar seus cargos", assinala.
Ele lembra que a diplomacia brasileira sempre se baseou na "continuidade, estabilidade e previsibilidade".
"É muito raro que uma mudançaica casinogovernoica casinooutro país afete a relação bilateral com o Brasil. Bolsonaro abandonou essa prática, que deixouica casinoser com Israel e muito mais com Netanyahu", completa.
"Aqueles para quem não está tão clara a diferença entre Israel e o judaísmo, essa associação pode afetar a maneira como elas enxergam Israel e portanto também o judaísmo."
Stuenkel ressalva que o mesmo não ocorre com a bandeira dos Estados Unidos, também presente nos protestosica casinodomingo.
"Conversei com um diplomata americano e ele está menos preocupadoica casinorelação a isso (uso da bandeira americana) nos atos pró-governo. Os Estados Unidos estão muito mais acostumados a despertar paixões partidárias, a favor ou contra o país. Já Israel é um país menor e com nuances bem diferentes das americanas", argumenta.
Outras polêmicas
O uso da bandeiraica casinoIsrael nos atos pró-governo no último domingo não foi o único episódio a despertar polêmica recentemente.
Na semana passada,ica casinoartigoica casinoseu blog pessoal, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi acusadoica casinocomparar o isolamento social para enfrentar o coronavírus aos camposica casinoconcentração nazistas que mataram milhõesica casinojudeus.
No trecho que causou controvérsia junto a parte da comunidade judaica, o chanceler escreveu que "os comunistas não repetirão o erro dos nazistas e desta vez farão o uso correto. Como? Talvez convencendo as pessoasica casinoque é pelo seu próprio bem que elas estarão presas nesse campoica casinoconcentração, desprovidasica casinodignidade e liberdade. Ocorre-me propor uma definição: o nazista é um comunista que não se deu ao trabalhoica casinoenganar as suas vítimas".
O jornal israelense Times of Israel criticou o ministroica casinoreportagem. Várias entidades judaicas, incluindo o Comitê Judeu Americano, também repudiaram as declaraçõesica casinoAraújo e pediram que o chanceler se retratasse. Ele não pediu desculpas.
Logo após o episódio, em uma sérieica casinopublicações emica casinoconta oficial no Twitter, Araújo alegou ter sido vítima "de uma crítica injusta e completamente equivocada do jornal Times of Israel, baseadaica casinoleitura distorcidaica casinoartigo que publiquei recentemente, no qual comentei um livro do autor comunista Slavoj Zizek".
"Orgulho-meica casinominha posturaica casinodenunciar e combater o antissemitismo eica casinomeu trabalho pela construção da relaçãoica casinoprofunda amizade e parceria desejada pelos povos do Brasil eica casinoIsrael", escreveu o ministro.
Em entrevista à BBC News Brasil na semana passada, o embaixador israelense Yossi Shelley disse ter conversado com Araújo sobre a polêmica. Segundo ele, o chanceler está "comprometido com a preservação da memória do Holocausto e com as lições que devem ser aprendidas com essa tragédia extraordinária".
"Nos últimos dias, o chanceler forneceu esclarecimentosica casinoseu post, inclusive emica casinopáginaica casinomídia social, demonstrando que está comprometido com a preservação da memória do Holocausto e com as lições que devem ser aprendidas com essa tragédia extraordináriaica casinoque 6 milhõesica casinojudeus foram assassinados apenas por causa do judaísmo", disse Shelley.
No Twitter, Shelley também demonstrou apoio a Araújo ao compartilhar uma mensagemica casinosolidariedade ao chanceler escrita pelo secretárioica casinoComunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, também judeu.
Contatado pela BBC News Brasil novamente nesta semana, Shelley não retornou aos pedidosica casinocomentários sobre o uso da bandeiraica casinoIsrael nos atos pró-Bolsonaro.
Especialistas temem que o apoioica casinoBolsonaro a Israel acabe afastando o Brasilica casinoimportantes aliados do mundo árabe e cause atritos diplomáticos. No ano passado, houve ameaçasica casinosanções a produtos brasileiros.
Apesar disso, os países árabes passaram a ser o terceiro maior destino das exportações brasileiras no ano passado, segundo dados da Câmaraica casinoComércio Árabe Brasileira, atrás apenas da China e dos EUA.
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