Coronavírus: com poucos leitosnovibet pngUTI e 5 casos, cidade baiana teme avanço da doença:novibet png

Há mais um caso confirmado na cidade, uma transmissão importada por uma mulhernovibet png50 anos que retornounovibet pngviagem dos Estados Unidos — aindanovibet pngNova York, ela contatou as autoridades municipais para avisar que chegaria à Bahia com sintomas, sendo então orientada sobre usonovibet pngmáscara e outros procedimentos.

Nos casos importados, os pacientes se infectaramnovibet pngviagens ao exterior. Na transmissão local, os pacientes se infectaram pelo contato próximo com casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus, e ainda é possível identificar a origem da infecção.

Já a transmissão comunitária ocorre quando há casosnovibet pngque não é mais possível identificar a cadeianovibet pnginfecção. Isso significa que o vírus está circulando livremente na população. A transmissão também é considerada comunitária quando é possível rastrear a origem, mas a partir dela já se identificaram outros cinco ou mais casos.

Até o momento, todos os pacientesnovibet pngFeiranovibet pngSantana estão bem e não precisaramnovibet pnginternação.

Mas a preocupação na cidade do interior da Bahia é que os casos não parem por aí e, mais ainda, evoluam para quadros piores — exigindo por exemplo a internaçãonovibet pngUnidadesnovibet pngTerapia Intensiva (UTI).

Na rede pública disponívelnovibet pngFeiranovibet pngSantana, são apenas 40 leitos do tipo, todos no Hospital Geral Clériston Andrade, da rede estadual.

Pelo menos até domingo, todos estes leitosnovibet pngUTI já estavam ocupados com outras doenças e quadros não relacionados ao novo coronavírus, contou à BBC News Brasil o prefeitonovibet pngFeiranovibet pngSantana, Colbert Martins Filho (MDB), que também é médico.

O prefeito afirma que a cidade tem quatro hospitais privados, com também cercanovibet png40 leitosnovibet pngUTI no total, mas é difícil contar com estes diantenovibet pngcustos para eventual aluguel e uma demanda crescente.

"Reconheço que a situação pode piorar, especialmente se casos mais complicados forem os predominantes. Os casos moderados podem até precisarnovibet pnginternação, mas para estes temos uma condição melhor", diz Martins.

Limitações materiais

O prefeito enumera que o município conta com três Unidadesnovibet pngPronto Atendimento (UPAs, duas municipais e uma estadual); sete policlínicas; e uma rede amplanovibet pngsaúde da família.

"Pelos limites orçamentários, o município não tem como ter uma UTI, um hospitalnovibet pngcomplexidade próprio. Temos apenas uma ambulância UTI, precisamosnovibet pngpelo menos mais uma. Também pode faltar pessoal, como médicos intensivistas."

"Temos limitações materiais. O que estamos fazendo é nos antecipar ao máximo, achatando a curva (de casos) e evitando um pico abrupto. Pode ser que nos vejamosnovibet pnguma situaçãonovibet pngescolhas, como na Itália (no país europeu, foi divulgado um documento prevendo que a faltanovibet pngrecursos pode fazer com que equipes tenhamnovibet pngescolher quem será admitido nas UTIsnovibet pngacordo com suas chancesnovibet pngsobreviver)."

"As dificuldades econômicas do Nordeste podem favorecer que não tenhamos condiçõesnovibet pngtomar todas as atitudes possíveis", respondeu Martins quando questionado se as condiçõesnovibet pngrespostanovibet pngFeiranovibet pngSantana são diferentesnovibet pngcapitais do Sudeste como Rio e São Paulo.

Cidade decreta estadonovibet pngemergência

Diante da situação, o prefeito decretou estadonovibet pngemergência no município, na sexta-feira (13).

Com a decisão, foram suspensas por pelo menos 15 dias as aulas na rede municipal. A Micaretanovibet pngFeiranovibet pngSantana prevista para o fimnovibet pngabril e com público estimadonovibet pngum milhãonovibet pngpessoas, também foi adiada.

A cidade também criou um Comitê Gestor Municipalnovibet pngControle do Coronavírus, coordenado pela médica infectologista Melissa Falcão.

Em entrevista à BBC News Brasil, ela disse acreditar que a cadeianovibet pngtransmissão local iniciada com a mulhernovibet png34 anos esteja controlada, já que equipes do município buscaram e examinaram pessoas que tiveram contato com os diagnosticados.

Todos os convidados do aniversário ao qual a empregada domésticanovibet png42 anos foi, por exemplo, tiveram amostras coletadas.

"Esse primeiro caso e os outros três derivados dele estão sendo bem monitorados, então acho que disso não vai sair muito mais. Porém, muita gente que está retornandonovibet pngviagem está sintomática, e essa é nossa maior preocupação", aponta Melissa Falcão.

"Nossa primeira paciente (diagnosticada com coronavírus) sentiu um impacto enorme na vida pessoal. Acabaram descobrindo, no trabalho e na escola da filha, que se tratava dela. Então ela recebeu muitas críticas e culpabilização por ter mandado a filha para a escola depoisnovibet pngter chegadonovibet pngviagem, houve pânico na escola... Até enviamos assistência psicológica para ela."

"Isso me preocupa: que as pessoas voltando (de viagem internacional) e sabendo dessa repercussão negativa não queiram nos contactar", diz a infectologista, acrescentando que boatos com falsas confirmaçõesnovibet pngcasos também têm atrapalhado.

O prefeito Colbert Martins menciona ainda a preocupação por Feiranovibet pngSantana ser um entroncamento rodoviário, o que significa que a cidade tem uma grande circulaçãonovibet pngpessoas.

Desigualdade no acesso à saúde

A cidade foi a primeira a ter casos do novo coronavírus na Bahia — que contabiliza 28 casos confirmados, segundo boletim da Sesab. Eles estão distribuídos nos municípiosnovibet pngSalvador (17), Feiranovibet pngSantana (5), Porto Seguro (5) e Prado (1).

Dados levantados pela BBC News Brasil na noitenovibet pngsegunda-feira (16) com boletinsnovibet pngtodos os Estados — que podem diferir por certo período daqueles reunidos pelo Ministério da Saúde, cujo compilado apresenta apenas dados por Estado, e não por município — mostram que Feiranovibet pngSantana era até ali a não capital com mais casos confirmados no país.

Até o dia 16, os cinco casos da cidade baiana eram equiparáveis, por exemplo, aos das capitais do Paraná e Rio Grande do Sul: Curitiba (5 casos) e Porto Alegre (6).

Os dados indicam que,novibet pngtermosnovibet pngestruturanovibet pngsaúde, capitais tendem a ser mais favorecidas do que outras cidades brasileiras.

Um levantamentonovibet png2018 do Conselho Federalnovibet pngMedicina (CFM) sobre os leitosnovibet pngUTI mostram dados preocupantes e, mais ainda, uma enorme desigualdade geográfica na distribuição destes.

Leitosnovibet pngUTI, na rede pública e privada, estão disponíveis somentenovibet png532 dos 5.570 municípios brasileiros. Quando se considera apenas a rede pública, somente 466 municípios têm leitos para tratamentos intensivos.

As capitais concentram 44% dos leitos SUS e 56% dos leitos privados do Brasil.

Na proporção leitosnovibet pngUTI (públicos e privados) pelo tamanho da população, a Bahia tem 1,32 leitos por 10 mil habitantes; o Rionovibet pngJaneiro tem taxanovibet png3,79 e São Paulo, 2,63.

Outro estudo, coordenado pelo professor da Faculdadenovibet pngMedicina da USP Mário Scheffer com o apoio institucional do CFM, mostra desigualdade também na distribuiçãonovibet pngmédicos pelas regiões do país.

O Sudeste tem a maior densidade médica por 1.000 habitantes (razãonovibet png2,81) contra 1,16 no Norte e 1,41 no Nordeste, mostra o relatório Demografia Médicanovibet png2018.

Pesquisadores estudam genomanovibet pngvírus detectado na cidade

Dentronovibet pngaproximadamente uma semana, deve sair o primeiro mapeamento do genoma do vírus coletadonovibet pngum dos pacientesnovibet pngFeiranovibet pngSantana, a empregada domésticanovibet png42 anos.

O mapeamento está sendo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), especificamente do Institutonovibet pngCiências da Saúde da universidade, e do Núcleonovibet pngGenômica e Proteômica Aplicadas à Saúde.

O materialnovibet pngestudo veio do Laboratório Centralnovibet pngSaúde Pública (Lacen) da Bahia, que está analisando os exames do novo coronavírusnovibet pngSalvador.

"Vamos analisar se o vírus identificado por nósnovibet pngFeiranovibet pngSantana tem o mesmo potencial genético do vírus que está circulando na China, na Itália... A temperatura médianovibet pngFeiranovibet pngSantana é entre 31ºC e 35ºC; a genética das pessoas é outra", contou à BBC News Brasil Gúbio Soares, virologista da UFBA.

"Isso (os fatores climáticos e genéticos da população) pode ser uma barreira por vírus. Queremos ver se o material genético desse vírus se distancia muito dos que estão circulando na Europa."

Na Federal, Soares enovibet pngequipe têm estudado outros vírus, como o oropouche, conhecido pornovibet pngcirculação no Norte do país mas encontrado e mapeado pela primeira vez pelo gruponovibet pngSalvador — trabalho que foi publicado no periódico Japanese Journal of Infectious Diseases no finalnovibet png2019.

A equipe também estuda o reaparecimento do vírus da denguenovibet pngsorotipo 1 na Bahia após dez anos, analisando se o vírus sofreu mutações nesse intervalo.

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