Os sinais que indicam nova alta da dengue no Brasilcasas de apostas fifa2020:casas de apostas fifa

Mas o ministério já trabalha com um cenáriocasas de apostas fifaaumentocasas de apostas fifacasoscasas de apostas fifadengue para este ano, e alguns municípios e Estados pelo país decretaram alerta para uma epidemiacasas de apostas fifadengue — que é definida quando há uma taxacasas de apostas fifa300 casos confirmadoscasas de apostas fifadoença para cada 100 mil habitantes.

Hoje, o país temcasas de apostas fifamédia uma incidênciacasas de apostas fifa44,8 casos prováveis para cada 100 mil habitantes, valor que também é maior do que o registrado no boletimcasas de apostas fifamesmo período do ano passado (26,3 casos por 100 mil; a comparação entre boletinscasas de apostas fifadiferentes anos deve ser feita com cautela, já que há muitas alterações e atualizaçõescasas de apostas fifanúmeros depois que eles são publicados).

A situação varia drasticamente dentro do país, e três Estados já dispararam com maiscasas de apostas fifa200 casos por 100 mil habitantes: Acre (taxacasas de apostas fifa281,65/100 mil); Mato Grosso do Sul (249,98/100 mil) e Paraná (220,75/100 mil).

No entanto, a tendênciacasas de apostas fifaalta da dengue neste ano só poderá ser confirmada nos próximos meses — historicamente, o númerocasas de apostas fifadoentes cresce a partircasas de apostas fifamarço.

Especialistas e representantescasas de apostas fifagovernos entrevistados pela BBC News Brasil atribuem a tendênciacasas de apostas fifaalta da denguecasas de apostas fifa2020 a uma combinaçãocasas de apostas fifafatores: primeiro e talvez mais importante, um novo ciclo poderosocasas de apostas fifacirculação do sorotipo 2 ( existem 4 sorotipos do vírus da dengue, uma classificação que corresponde à respostacasas de apostas fifadiferentes anticorpos no infectado); soma-se a isso condições meteorológicas particulares nos últimos meses e fatores culturais e comportamentais da população.

Confira informações sobre sintomas, prevenção e tratamento da dengue no site do Ministério da Saúde.

Mais 8 mil doentescasas de apostas fifauma semana no Paraná

Mapascasas de apostas fifacasos da doença deixam claro o destaquecasas de apostas fifauma faixa do país que começa no Acre, passa pelo Centro-Oeste e por parte do Sudeste, terminando no Paraná. Estados do Nordeste, como Paraíba e Pernambuco, tiveram poucos casoscasas de apostas fifacomparação com unidadescasas de apostas fifaoutras regiões.

No Paraná, os dados do crescimento da dengue impressionam. Em fevereiro do ano passado, o Ministério da Saúde apontou que o Estado tinha 14 doentes por 100 mil habitantes; já hoje, esse número chega a 220,7 — altacasas de apostas fifa1.471% na incidência na comparação entre boletins dos dois períodos.

Desde agosto, quando o Estado passou a contar um novo período epidemiológico, foram confirmados quase 35 mil casos da doença. Só na última semana, foram 8,2 mil novos doentes. Aindacasas de apostas fifaacordo com o governo estadual, 14 pessoas morreramcasas de apostas fifadengue neste ano — por serem fornecidos pelo Estado, esses dados são mais atualizados do que os compilados pelo Ministério da Saúde.

"Nesse momento, estamos com um quadrocasas de apostas fifacurva ascendente da doença. A tendência écasas de apostas fifauma situaçãocasas de apostas fifapiora impactante, pois o períodocasas de apostas fifamaior incidência ainda vai começarcasas de apostas fifamarço", diz Ivana Belmonte, coordenadoracasas de apostas fifavigilância ambiental da Secretariacasas de apostas fifaSaúde do Paraná.

Segundo ela, a alteração do tipocasas de apostas fifavírus circulante é uma das explicações para o aumento da dengue no Estado ecasas de apostas fifaboa parte do Brasil. De 2010 ao ano passado, a grande maioria das pessoas que teve dengue no Paraná foi infectada pelo tipo 1 da doença. Já a partircasas de apostas fifaagostocasas de apostas fifa2019, o sorotipo 2 foi responsável por 83% das infecções por dengue no Estado.

Uma pessoa pode ter os quatro sorotipos da doença, mas uma vez ocorrida a infecção por um deles, adquire-se imunidade permanente para este tipo.

"Quando você pega o tipo 1, fica imunizado contra ele. Por isso que, depoiscasas de apostas fifauma alta, o númerocasas de apostas fifacasos tende a diminuir por um período. Porém, quando o sorotipo circulante se altera para o 2, as pessoas não estão imunizadas e acabam contraindo a doença. É isso o que está acontecendo no Paraná ecasas de apostas fifaoutros lugares", explica Belmonte.

Sorotipo 2 da dengue avança no país

De fato, segundo informações enviadas pelo Ministério da Saúde à BBC News Brasil, a participação do sorotipo 2 no númerocasas de apostas fifacasoscasas de apostas fifadengue cresceu nos últimos cinco anos no país, chegandocasas de apostas fifa2019 ao maior percentual: 65,6% dos casos, seguido pelo sorotipo 1 (30,4%) e sorotipo 4 (3,9%). Os dados para 2019 são preliminares e, para 2020, não estão disponíveis ainda.

"No fimcasas de apostas fifa2018, o tipo 2 do vírus da dengue voltou a circular depoiscasas de apostas fifa10 anos e vem encontrando populações suscetíveis à doença desde então", explicou o ministériocasas de apostas fifanota enviada à reportagem.

A bióloga Denise Valle, pesquisadora do Laboratóriocasas de apostas fifaBiologia Molecularcasas de apostas fifaFlavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e idealizadora da campanha "10 minutos contra o Aedes", explica que,casas de apostas fifa2019, o sorotipo 2 já puxou para o alto o númerocasas de apostas fifacasoscasas de apostas fifadenguecasas de apostas fifavários Estados. No entanto, para vários outros lugares, a chegada deste tipocasas de apostas fifavírus é uma novidade e, por isso, os números para 2020 devem ser altos também.

"Em 2019, o sorotipo 2 circulou muito, mas não circuloucasas de apostas fifatodas as regiões do Brasil. Além disso, estamos tendo um verão muito molhado, com bastante chuva — o que também colabora para aumentar a quantidadecasas de apostas fifacriadouros", aponta.

Valle explica que o país é "hiperendêmico para a dengue, com períodos epidêmicos" — o que significa, com "endêmico", que as infecções ocorrem o ano todo, apesarcasas de apostas fifacrescerem no verão; e, com "hiper", que há maiscasas de apostas fifaum sorotipo circulando. A pesquisadora destaca também que, por ter dimensões continentais, o país tem padrões diferentescasas de apostas fifacontaminação por Estado e até dentrocasas de apostas fifauma mesma cidade.

Mas, para a bióloga, é dignocasas de apostas fifanota o que vem sendo observado no Sul nos últimos anos, simbolizado neste 2020 com a presença do Paraná entre os Estados brasileiros com mais casos.

"O Brasil tem dengue o tempo todo, mas o Sul, com clima mais frio, Índicecasas de apostas fifaDesenvolvimento Humano (IDH) maior e cidades melhor estruturadas, vinha atrasando a instalação do Aedes aegypti. Hoje vemos uma consolidação da instalação da dengue na região Sul também", aponta Valle.

'Não dá para ficar esperando o poder público limpar o seu quintal'

Apesarcasas de apostas fifaapontar para a importância do saneamento e da urbanização no controle do mosquito Aedes aegypti — que também transmite zika e chicungunha —, Valle chama a atenção para o papel das pessoas no combate à dengue e outras doenças.

"O Aedes é um mosquito doméstico. De cada 10 criadouros, 8 estão dentro da casa das pessoas", destaca.

Ivana Belmonte também menciona questões climáticas, como o aumento das chuvascasas de apostas fifadeterminadas regiões, alémcasas de apostas fifaquestões culturais para explicar o avanço da dengue no Paraná neste ano.

"A cultura da eliminaçãocasas de apostas fifacriadouros do mosquito ainda é pequena no Brasil. É preciso sensibilizar ainda mais a populaçãocasas de apostas fifaque o risco é real,casas de apostas fifaque você ou um parente pode morrercasas de apostas fifadengue", explica.

Segundo ela, municípios do Paraná têm feito mutirões para verificar e eliminar criadouros do Aedes aegypti, mas, mesmo assim, os dadoscasas de apostas fifacontágio têm subido.

"Os servidores fazem checagens a cada dois mesescasas de apostas fifaresidências, mas isso precisa partir das pessoas também. Não dá para você ficar esperando o poder público limpar o seu quintal", diz.

Santa Catarina, embora ainda não tenha tido um aumento significativo dos casoscasas de apostas fifadenguecasas de apostas fifa2020, já projeta uma alta nos próximos meses. O númerocasas de apostas fifafocos do mosquito — quando as cidades identificam criadouros do Aedes aegypti — cresceu 54% até 15casas de apostas fifafevereiro, chegando a maiscasas de apostas fifa7.600 pontos. O último boletim epidemiológico também aponta que 100 dos 295 municípioscasas de apostas fifaSanta Catarina enfrentam uma "infestação"casas de apostas fifaAedes aegypti.

"Pela proximidade com o Paraná e a circulaçãocasas de apostas fifaturistas, enxergamos um cenáriocasas de apostas fifacrescimento da dengue", diz Tharine Dal Cim, bióloga da Secretariacasas de apostas fifaSaúdecasas de apostas fifaSanta Catarina. "Nós tivemos verões mais quentes e invernos menos rigorosos. Normalmente, o inverno mais frio controla a proliferação do mosquito. Mas as temperaturas mais amenas, e o fatocasas de apostas fifao Aedes estar se adaptando a essas condições, têm feito aumentar os focos no Estado".

Para a bióloga, parte da região Sul ainda não está acostumada a enfrentar a dengue, pois, no imaginário da população, Estados mais frios são livres da doença — a temperatura altacasas de apostas fifafato é um fator importante na proliferação dos mosquitos, mas isso não blinda a região Sul do país.

"As pessoas pensam que aqui não tem dengue, que ela só atinge o Sudeste e Nordeste. Então, acaba existindo um descuido com a proliferação do mosquito", diz Dal Cim.

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