Chegadabonus 200 stakeóleo ameaça fauna, flora e sustentobonus 200 stakefamílias na foz do rio São Francisco:bonus 200 stake

Crédito, Prefeiturabonus 200 stakePiaçabuçu

Legenda da foto, Tratores limpando o Pontal do Peba,bonus 200 stakePiaçabuçu, onde fica o lado alagoano da foz; "Essa região é bastante pobre, e tem no turismo e na pesca do camarão abonus 200 stakeprincipal atividade econômica. Os prejuízos podem ser incalculáveis"

"A região da foz do São Francisco é uma importante áreabonus 200 stakepesca,bonus 200 stakealimentação ebonus 200 stakedesova para diversas espécies. Há espécies migratórias — como aves e alguns cetáceos, como a baleia jubarte, que acaboubonus 200 stakepassar a temporada perto dessa região — e também é áreabonus 200 stakereproduçãobonus 200 staketartarugas marinhas. Lá é a principal áreabonus 200 stakedesova da tartaruga oliva, por exemplo", explica.

Crédito, Tone Madson Melo Barros

Legenda da foto, Manchabonus 200 stakeóleo virando uma pasta dura, afundando na foz do rio São Francisco; "É uma importante áreabonus 200 stakepesca,bonus 200 stakealimentação ebonus 200 stakedesova para diversas espécies", diz pesquisador

Além do dano à fauna e flora, Sampaio explica que o óleo também pode causar danos a equipamentosbonus 200 stakepesca, como redes e boias, ou até mesmo ao casco da embarcação. "Isso também gera um prejuízo socioeconômico muito grande".

O professor diz que o potencial impacto econômico é ainda mais preocupante. "Essa região é bastante pobre e tem no turismo e na pesca do camarão as suas principais atividades econômicas. Os prejuízos podem ser incalculáveis."

Óleo já chegou

A chegada do óleo já é percebida por quem trabalha com pescabonus 200 stakePiaçabuçu, no lado alagoano da foz. O comerciante Tone Madson Melo Barros contou à BBC News Brasil que o petróleo depositado na areia está virando uma pasta grossa e descendo para o fundo da água. "Ou seja, não está mais visível. Grande parte dele está afundando", relata.

Barros afirma que já notou uma diminuiçãobonus 200 stakevida nos corais na região da foz. "De ontem para cá não vimos mais peixes, nem siri, nem caranguejos. E se sumir o camarão vai ser muito preocupante. Estamos todos preocupados", conta.

Ele conta que a falta do que pescar prejudicaria toda cadeia que depende do negócio -bonus 200 stakepescadores a transportadores. "Tem também as mulheres que limpam o peixe. Vai ser uma verdadeira catástrofe", afirma.

Segundo Otávio Augusto Nascimento, secretáriobonus 200 stakeTurismo e Meio Ambientebonus 200 stakePiaçabuçu, o óleo continua chegando às praias do município, mesmo com todo o esforçobonus 200 stakelimpeza. "Chegabonus 200 stakevolumes menores, mas segue chegando. Hoje mesmo identificamos inclusive uma tartaruga morta cobertabonus 200 stakeóleo", conta.

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, "De ontem para cá não vimos mais peixes, nem siri, nem caranguejos. E se sumir o camarão vai ser muito preocupante", diz comerciante

Ele afirma que a região do rio ainda é menos prejudicada que outras áreas da cidade. "No rio tem um pouco [de material], mas isso já é um indicativo muito preocupante porque a sensibilidade dele, ambientalmente falando, é muito grande", afirma.

Do lado sergipano, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) afirma que pretende instalar boias para tentar evitar uma maior contaminaçãobonus 200 stakevários rios, entre ele o São Francisco.

"Já temos sinaisbonus 200 stakeque [o óleo] entrou na foz do São Francisco, que abastece uma boa parte da populaçãobonus 200 stakeSergipe. Essas boias serão uma contenção, que precisa acontecer o mais rápido possível. Nas cidadesbonus 200 stakeBrejo Grande e Ponta do Mangue elas precisam ser utilizadas porque já foi avistado [resquício do óleo]", informa o órgão.

Maior bancobonus 200 stakecamarões

Crédito, Tone Madson Melo Barros

Legenda da foto, Maré alta acaba entrando no rio, levando contaminação pelo petróleo atébonus 200 stakefoz

Na foz do rio existe o maior bancobonus 200 stakecamarões do Nordeste, que pode sofrer graves consequências com a contaminação. O criador Eduardo Heinisch conta que o medo se instalou entre todos na região.

"Assim como outros criadoresbonus 200 stakecamarão, temos tanques a céu aberto que recebem água na maré cheia. Ou seja, entra água dentro dos viveiros, e essa contaminação é uma coisa muito preocupante não só para os criadoresbonus 200 stakecamarão, mas para toda cadeia produtiva do rio São Francisco", afirma.

O presidente da Associação dos Criadoresbonus 200 stakeCamarãobonus 200 stakeAlagoas, Luciano Amorim, diz que a morte futurabonus 200 stakecamarões é uma preocupação.

"O camarão fica no fundo do assoalho marinho. A princípio não vejo uma problemáticabonus 200 stakemortalidade, mas se isso perdurar, e o óleo sedimentar e for para o fundo, o animal vai ingerir isso com facilidade e vai comprometer o sistema gastrointestinal. Isso pode levar à morte desses animais."

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