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Pesquisadores usam cinzas do Museu Nacional para reconstruir acervo destruídogreenbet predictionincêndio:greenbet prediction
Mas o maior desafio do grupo deve virgreenbet predictionbreve: a impressão da réplica do crâniogreenbet predictionLuzia, fóssil humano mais antigo do Brasil, com detritos que antes tinham como destino o lixo.
A ideia partiugreenbet predictionpesquisadores do próprio Museu Nacional, gerido pela Universidade Federal do Riogreenbet predictionJaneiro (UFRJ), com apoiogreenbet predictionequipes da PUC-Rio e do Instituto Nacionalgreenbet predictionTecnologia (INT). Eles elaboram testes para adicionar materiais diferentes a resinas utilizadasgreenbet predictionimpressoras 3D, equipamentos usados na fabricaçãogreenbet predictionpeças distintas a partirgreenbet predictionsoftwares próprios.
Do pó retornarás
Com autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pela recuperação do prédio centenário que abrigava o museu, foram recolhidos itens que seriam descartados para análisegreenbet predictionequipes do Laboratóriogreenbet predictionProcessamentogreenbet predictionImagem Digital (Lapid), sob a coordenação do pesquisador Sergio Alex Azevedo.
A ideia só foi viável graças a estudos prévios conduzidos pelo Lapid, ligado ao Museu, feitos ao longogreenbet prediction15 anosgreenbet predictionparceria com o pesquisador Jorge Lopes, da PUC-Rio e do INT. Juntos, eles tomografaram centenasgreenbet predictionartefatos da coleção principal do museu no intuitogreenbet predictionpreservar a memória caso algo viesse a provocar a perda do acervo - o que se concretizou no ano passado.
Foram maisgreenbet prediction300 tomografias,greenbet predictionfósseisgreenbet predictiondinossauros a múmias egípcias. Com o scanner a laser, foi possível observar o interiorgreenbet predictionsarcófagos e o que continham urnas funerárias da cultura marajoara, sociedade indígena que viveu na Amazônia há maisgreenbet predictionmil anos.
"A gente fez o primeiro teste para mostrar que era possível fazer. Várias pessoas ficaram interessadas e encantadas pelo simbolismo. É uma tecnologia que surgiu do lixo e que pode dar um peso maior na recuperação do acervo do Museu Nacional, uma possibilidadegreenbet predictionincorporaçãogreenbet predictionmateriais" afirma Azevedo.
Antesgreenbet predictionaplicar as cinzas na produçãogreenbet predictionpeças, foram adicionados carvão e madeira queimada comum à resina para impressora 3D. Jorge Lopes explica que após os primeiros testes, ficou evidente que as peças impressas não se esfarelavam, o que garantiria o uso dessas substâncias pouco usuais.
"Eu via a luta dos estudantes trabalhando nos escombros para salvar alguma coisa e pensava se aquele pó todo e aquela cinza toda serviriam para algo. Isso tem um apelo muito interessante, gera uma conectividade", explica. Segundo Lopes, os testes estão sendo feitos com recursos próprios.
De acordo do Azevedo, a técnica abre possibilidades para a recuperaçãogreenbet predictionfósseis, por exemplo.
"No casogreenbet predictiondinossauros, poderia colocar na resina materiais da rocha onde aquela peça foi encontrada. Pode-se colocar mais materiais que sejam compatíveis com a construção, criando uma cópia 3D mais fiel ao original", explica.
Outros testes deverão ser realizados pela equipe, que pretende reconstruir cerâmicas marajoaras com lama da regiãogreenbet predictionMarajó, e recuperar outros artefatos egípcios.
Museu conseguiu R$ 85 milhões para recuperação
Em janeiro, a BBC News Brasil mostrou que Museu Nacional deverá tergreenbet predictioncaixa R$ 85,4 milhões para obras emergenciais, recuperação do prédio histórico e reconstrução do acervo. O diretor da instituição, Alexander Kellner, explicou que boa parte do dinheiro demoraria a chegar devido à burocracia, mas que o montante já tem destinação prevista e não pode ser usado para outras finalidades.
O orçamento anual do museu, repassado pela UFRJ - mantida com recursos do governo federal -, havia caído drasticamente nos últimos cinco anos:greenbet predictionR$ 531 mil,greenbet prediction2013, para R$ 54 mil,greenbet prediction2018.
O diretor Kellner explicou que a verba prevista era excepcional para começar a reconstruir a instituição, mas ressaltou que "não se faz uma coleçãogreenbet predictiondois séculosgreenbet predictionduas décadas". Para ele, mais importante no momento é discutir como viabilizar a manutenção do local apósgreenbet predictionrecuperação.
"Antes do incêndio, o Museu Nacional precisariagreenbet predictionUS$ 3,8 milhões (R$ 14,7 milhões) para manutenção básicagreenbet predictionsua estrutura. No entanto, só recebia R$ 500 mil. Eu estimo que, numa janelagreenbet predictionaté seis anos, vamos precisargreenbet predictionUS$ 10 milhões (R$ 38,8 milhões) anuais para mantê-logreenbet predictioncondições razoáveis."
Para 2019, Kellner afirma que serão três as prioridades. A primeira delas é a recuperação do palácio,greenbet predictionseguida o resgate e recomposição do acervo, e, por último, o fomento à pesquisa na instituição.
No fimgreenbet predictionmarço, um laudo divulgado pelo jornal O Estadogreenbet predictionS. Paulo apontou que a Polícia Federal concluiu que um curto circuitogreenbet predictionum aparelhogreenbet predictionar-condicionado do auditório, localizado no primeiro andar do prédio, causou o incêndio.
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