Nós atualizamos nossa Política9 bet pubPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termos9 bet pubnossa Política9 bet pubPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
'Pensamento crítico não é copiar críticas dos outros': especialistas debatem meios9 bet pubcombate às 'fake news':9 bet pub
9 bet pub Como interromper a propagação9 bet pubboatos e notícias falsas na internet?
Para um grupo9 bet pubcinco jornalistas, pesquisadores e influenciadores digitais reunidos pela BBC News Brasil no seminário "Beyond Fake News - Em Busca9 bet pubSoluções", a resposta passa por educar melhor os leitores,9 bet pubum lado, e por tornar conteúdo da imprensa mais atraente, mantendo a credibilidade.
Cláudia Costin é hoje diretora do Centro9 bet pubExcelência e Inovação9 bet pubPolíticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Filha9 bet pubimigrantes romenos e neta9 bet pubsobreviventes do Holocausto, ela contou ter ouvido relatos sobre o uso9 bet pubnotícias falsas para criar ódio contra minorias.
Segundo ela, este costuma ser um dos objetivos por detrás da produção dos boatos - incitar ódio, motivar a guerra e atingir objetivos políticos seriam outros.
Costin defende que a melhor forma9 bet pubcombate à doutrinação e às notícias falsas é ensinar a pensar criticamente e discutir políticas públicas.
Para ela, "pensamento crítico é aprender a pensar criticamente, e não copiar a crítica que o outro faz. E combater doutrinação não é criar uma lei que tire a voz dos professores [referência ao projeto Escola sem Partido], porque isso não vai resolver, mas sim ensinar a pensar".
Costin afirmou ainda que as notícias falsas são usadas também para desviar a atenção do público9 bet pubquestões mais prementes, como saúde e educação.
"Se eu começo um debate eleitoral como fez [o presidente americano] Donald Trump falando9 bet pubemails da [adversária democrata na eleição9 bet pub2016] Hillary Clinton, eu não discuto o que vai ser feito9 bet puboutras áreas, como saúde, educação e infraestrutura", diz ela, que foi ministra9 bet pubAdministração e Reforma do Estado durante o governo9 bet pubFernando Henrique Cardoso (PSDB),9 bet pub1995 a 2002.
Camila Marques, responsável pelas estratégias digitais da Folha9 bet pubS. Paulo, comparou o ambiente9 bet pubfake news a um esgoto a céu aberto. Para ela, é necessário dar saídas a quem sofre com a desinformação, mas o problema só será resolvido por "obras9 bet pubinfraestrutura": nessa analogia, a solução para o problema das notícias falsas passa pela educação.
Neutralidade da rede9 bet pubjogo
A alienação do público no ambiente democrático passa também pelas redes sociais, afirmou Yasodara Córdova, pesquisadora-sênior sobre desinformação e dados na Digital Harvard Kennedy School.
Segundo ela, o acesso à informação acaba prejudicado quando redes sociais como o Facebook ferem a neutralidade da rede - isto é, o princípio segundo o qual um provedor9 bet pubinternet deve fornecer aos consumidores acesso igualitário a todo conteúdo.
"No Brasil, 60% dos celulares são pré-pagos e têm acesso grátis a essas redes sociais, oferecido pelas operadoras [que não descontam do pacote9 bet pubdados o acesso a esses serviços]. Então, essas pessoas que usam pré-pago ficam rendidas a essas fontes9 bet pubinformação e interação."
Para ela, as pessoas recebem as informações por essas plataformas, mas não saem dali para ler a notícia inteira ou mesmo checar informações por causa9 bet pubdiversas barreiras, a exemplo da econômica.
Nathalia Arcuri, jornalista e fundadora do Me Poupe!, plataforma9 bet pubfinanças pessoais e educação financeira que inclui um canal no YouTube com 3,2 milhões9 bet pubseguidores, defende uma aproximação dos leitores a partir9 bet pubmudanças9 bet pubparadigmas jornalísticos, como uma linguagem dura e objetiva que se aproxima mais da academia que do leitor.
"Além da informação certa e apurada, é preciso torná-la atraente, sedutora e quase sensual a ponto9 bet pubatrair as pessoaa para aquelas informações", afirmou. Para ela, a grande mídia precisa ter intenção9 bet pubse aproximar do público e trabalhar pela educação dele.
Modelo9 bet pubnegócios 'tradicional' atrapalhou
Octavio Guedes, jornalista da GloboNews, avaliou que o modelo9 bet pubnegócio capaz9 bet pubfinanciar o jornalismo profissional é baseado principalmente9 bet pubcredibilidade. "Você pode até ter um monte9 bet pubclique, mas isso é fácil e efêmero. Jornalismo vive9 bet pubrelevância e credibilidade."
Para ele, a estratégia9 bet pubnegócio adotada pela grande mídia favoreceu,9 bet pubcerta medida, a disseminação9 bet pubnotícias falsas porque a internet foi considerada inicialmente uma ameaça aos veículos, e não uma oportunidade.
Guedes também fez considerações sobre os ataques sofridos por jornalistas no exercício da função, no Brasil - recentemente, ele próprio foi alvo9 bet pubataques nas redes depois9 bet pubum blog postar uma foto9 bet pubalmoçando com o chefe do Ministério Público do Estado do Rio, Eduardo Gussen. Entre outros casos, o MP-RJ apura as suspeitas9 bet pubcorrupção envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) - filho do presidente Jair Bolsonaro - e seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
O profissional relembrou uma ocasião, nos anos 1990, quando o então governador interino do Rio9 bet pubJaneiro cancelou uma entrevista coletiva por causa da presença9 bet pubGuedes. "Eu voltei para a redação bufando. Meu editor da época me disse. 'Cara, faz o que você sabe fazer. Faça jornalismo'. E é isso. Agora, me sinto da mesma maneira. Indignado, mas com a consciência9 bet pubque não podemos entrar no jogo. De ver o outro como inimigo político, como adversário. Nós não somos isso", disse ele.
O que são 'fake news'
A BBC considera fake news informações falsas distribuídas intencionalmente, geralmente com fins políticos ou comerciais. "O propósito é convencer as pessoas a pensarem9 bet pubuma certa maneira, a votarem9 bet pubuma certa maneira, ou ganhar dinheiro9 bet pubpublicidade toda vez que alguém clica9 bet pubum conteúdo fraudulento", disse o diretor do BBC World Service Group, Jamie Angus na abertura do evento.
Ele afirmou que, no Brasil, a desinformação compartilhada nas redes pode causar mortes - assim como informações falsas sobre sequestros9 bet pubcrianças provocaram uma série9 bet publinchamentos na Índia e no México.
"Comunidades9 bet pubfavelas recebem rumores falsos sobre onde tiroteios ocorrem, vítimas são injustamente associadas à criminalidade numa tentativa9 bet pubjustificar essas mortes."
Ele citou reportagens da BBC News Brasil que expuseram táticas9 bet pubdisseminação9 bet pubfake news, entre as quais a criação9 bet pubperfis falsos para manipular a opinião pública nas eleições9 bet pub2010 e 2014.
Beyond Fake News
Desde o início da manhã desta terça-feira, a BBC News Brasil realiza o seminário "Beyond Fake News - Em Busca9 bet pubSoluções", para discutir o avanço da desinformação no Brasil e no mundo.
O projeto é realizado pelo Serviço Mundial da BBC, que transmite conteúdo9 bet pubmais9 bet pub40 idiomas ao redor do mundo. O Brasil é o quarto país a receber a iniciativa, que já foi realizada na Índia, no Quênia e na Nigéria.
O evento - gratuito e aberto ao público - está sendo realizado no auditório do Centro Brasileiro Britânico,9 bet pubSão Paulo.
A fala9 bet pubabertura ficou a cargo do diretor do World Service Group, Jamie Angus, e o evento tem representantes da academia, das redes sociais, do Jornalismo e da Educação.
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimos9 bet pubautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a política9 bet pubuso9 bet pubcookies e os termos9 bet pubprivacidade do Google YouTube antes9 bet pubconcordar. Para acessar o conteúdo clique9 bet pub"aceitar e continuar".
Final9 bet pubYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimos9 bet pubautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a política9 bet pubuso9 bet pubcookies e os termos9 bet pubprivacidade do Google YouTube antes9 bet pubconcordar. Para acessar o conteúdo clique9 bet pub"aceitar e continuar".
Final9 bet pubYouTube post, 2
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimos9 bet pubautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a política9 bet pubuso9 bet pubcookies e os termos9 bet pubprivacidade do Google YouTube antes9 bet pubconcordar. Para acessar o conteúdo clique9 bet pub"aceitar e continuar".
Final9 bet pubYouTube post, 3
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível