'É devastador passar por issosuper sorte betnovo', diz médica voluntáriasuper sorte betMariana e Brumadinho:super sorte bet

Por causa do alerta, diversas famílias do Parque Cachoeira precisaram fugir ou ser evacuadassuper sorte betsuas casas, deixando tudo para trás. Então, Marina e a Rede foram convocados para ajudar.

O chamado chegou antes das 7h, por mensagemsuper sorte betáudio no WhatsApp da coordenadorasuper sorte betsaúdesuper sorte betBrumadinho. "Eu ouvi a mensagem, levantei correndo, não tomei banho, não tomei café, só peguei meu carro e vim", conta Marina, sentada no consultório que passou a ocupar na UBS a partir das 9h.

Do ladosuper sorte betfora da UBS, cercasuper sorte bet20 pessoas aguardavam pelo atendimentosuper sorte betMarina esuper sorte betoutros 5 médicos da Rede, que também foram convocados para ajudar - todos voluntários.

Os médicos saiam e entravam da UBS, sem parar. A maior parte dos casos erasuper sorte betpessoas muito nervosas, agitadas, ousuper sorte betdiabéticos e hipertensos que fugiramsuper sorte betcasa após a sirene, sem conseguir pegar os remédios.

"Aqui é muito mais complexo que Mariana, tem muito mais vítimas. Não só vítimas fatais, mas pessoas desalojadas, que perderam tudo. Aceitar isso não é fácil", diz Marina, que também foi voluntária no terremoto do Haiti,super sorte bet2010.

"A diferença entre Haiti e Mariana e Brumadinho é a diferença entre um desastre e um crime. O Haiti foi um desastre natural. Aqui foi um crime", fala, emocionada.

Além da dor, a solidariedade

Há muita dorsuper sorte betBrumadinho. Mas também há muita solidariedade. Assim como Marina, a cidade está repletasuper sorte betvoluntários.

Entre eles, as irmãs Maísa e Taísa Nogueira,super sorte bet25 e 29 anos, respectivamente. As duas passaram todo o sábado atuando como voluntárias na Estação Conhecimento, um espaço da mineradora Vale na cidadesuper sorte betBrumadinho, que está sendo usado para receber familiares e amigossuper sorte betpessoas desaparecidas.

Moradoras da cidade, as irmãs ofereciam água, davam informação e consolo para as famílias. Além disso, Maísa, que é dentista, aferia a pressãosuper sorte betpessoas que se sentiam mal - o que é comum na Estação Conhecimento, local onde também são divulgadas as listas atualizadassuper sorte betdesaparecidos.

"Perdemos amigos e vizinhos na tragédia. Viemos tentar ajudar", diz Maísa. Além delas, o pai também estava trabalhando como motorista voluntário, transportando no seu carro as famílias que precisavam chegar até a Estação Conhecimento, para obter mais informações.

Outra jovem voluntáriasuper sorte betBrumadinho é a estudantesuper sorte betdireito Márcia Fernandes,super sorte bet20 anos. Moradorasuper sorte betDivinópolis (MG), ela chegou na cidade no sábado para atuar junto a um gruposuper sorte betbrigadistas - todos treinados para a função.

"Viemos da nossa vontade para poder ajudar, sem benefício nenhum, com a gasolina da gente. Tem tanta gente sofrendo, vidas que se foram e não vão voltar mais, pessoas que estão com esperançasuper sorte betachar algum familiar vivo. Eu fico emocionada. Entre as vítimas, não tem parente meu, não tem amigo, mas eu me imagino no lugar deles, como eu estaria", diz Márcia.

A função do grupo é dar instruçõessuper sorte betsegurança à população. "Os bombeiros precisam estar onde o fluxo está maior. A gente intervémsuper sorte betsituações onde às vezes eles não podem estar", explica.

Na madrugadasuper sorte betdomingo, por exemplo, o grupo fez plantão na parte baixasuper sorte betuma estrada no Parque da Cachoeira. Com o rompimento das barragens, o local foi tomado pelos rejeitos, interrompendo a circulação. "Estávamos ali para orientar as pessoas a não descerem, não tentarem passar. A lama está muito mole, os rejeitos estão descendo, é muito perigoso".

Então, às 5h30, tocou a sirene. Márcia e os demais brigadistas deixaram a posição e correram para chamar os moradores daquele local. Era preciso evacuar a região. "A gente tinha que subir todo mundo muito rápido, porque a gente não sabia como estava a situação. Não estava chegando informação, só a sirene estava apitando", lembra.

"Tem pessoas que a lama levou tudo. A casa, o meiosuper sorte betsobrevivência, uma vida inteira. E ninguém tem uma posição para dar para elas. É começosuper sorte betano, né, a gente quer começar renovado. Mas estamos começando com essa tragédia, que, mais uma vez, poderia ter sido evitada. Mas não foi", lamenta Márcia.

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