Nós atualizamos nossa PolíticacadoolaPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termoscadoolanossa PolíticacadoolaPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
A dura vida das prostitutas que se expõemcadoolavitrinescadoolaAmsterdã:cadoola
"É o maior parquecadoolaatrações turísticas grátiscadoolaAmsterdã", diz Frits Rouvoet, que acena com familiaridade para as garotas enquanto caminha pela rua.
Frits tem uma livraria no distrito da luz vermelha e com frequência recebe as mulheres para um café, um momentocadooladescanso do abuso e intimidação a que estão sujeitas na rua.
"Elas não tem para onde fugir", diz ele. "Precisam ficar nas janelas se querem ganhar dinheiro. Mas há muitos, muitos homens vindo. Da Inglaterra, da Escócia, da Irlanda. Bêbados, gritando, tentando tirar fotos."
'Meus filhos não sabem o que eu faço'
As jovens mulheres tentam esconder o rosto conforme turistas encaram e sacam seus smartphones. Para muitas,cadoolaprofissão é um segredo – ter as fotos expostas nas redes sociais poderia fazer com que suas famílias as excluíssem.
Uma delas, Kristina (nome profissional), explica: "Eu não curto (a prostituição), mas preciso."
Ela trabalha no bairro há uma década – foi convencida a vir por uma amiga húngara que havia ficado rica com a indústria do sexocadoolaAmsterdã.
Kristina cobra 100 euros (R$ 426) por meia hora, 150 (R$ 640) euros por uma hora.
"Estou guardando para meus dois filhos. Para o futuro deles. Eles vivem com minha mãe na Hungria. Meus filhos não sabem o que eu faço."
Ela não pensacadoolase mudar – consegue bastante serviço por ali, apesar do incômodo dos turistas.
Ela fala holandês fluentemente e conta que não tem um cafetão.
Diz que trabalha na região porque é "dinheiro fácil" e afirma se sentir segura por ali.
Perigocadooladispersão?
A prefeita Halsema tem discutido a ideiacadoolaemitir autorização para prostitutas trabalharem além do claustrofóbico bairro da luz vermelha.
Mas muitas das entidades que trabalham com a questão se preocupam que isso possa empurrar as mulheres para a ilegalidade.
"Amsterdã já é conhecida como a capital da prostituição", diz Karin Werkman, que trabalha com vítimascadoolatráficocadoolapessoas.
"Isso confirmaria esse rótulo. A prostituição vai aumentarcadoolaespaços privados,cadoolahotéis. As mulheres vão se tornar invisíveis", diz ela.
"Se você abrir o resto da cidade para a prostituição, vai atrair mais tráfico humano para Amsterdã, com carros circulando, homens assediando mulheres aleatórias nas ruas e perguntando seus preços... E encorajando o tráfico. Não podemos subestimar o que isso causacadoolauma cidade."
cadoola As vitrines do bairro da luz vermelhacadoola cadoola Amsterd cadoola ã
- A prostituição foi legalizada pela Holandacadoola2000
- Em 2009, o ministério da Justiça anunciou que um promotor especializado iria fechar vitrines ligadas ao crime organizado
- A indústria do sexo continua sendo sinônimocadoolaviolência, drogas, lavagemcadooladinheiro e outras atividades criminosas
- Muitas vitrinescadoolabordéis tem relação com tráficocadoolapessoas
Tentativas anteriorescadoolarenovar "De Wallen" (o distrito da luz vermelha), incluíram a compracadoolabordeis pela prefeitura e o oferecimentocadoolaalugueis baratos nesses prédios para start-ups e artistas.
Não há nenhum número oficialcadoolaquantas mulheres trabalham na indústria do sexo na cidade.
"Amsterdã diz que tudo está sob controle, mas nós nem sabemos quantas meninas trabalham aqui", diz Frits Rouvoet.
"Alguns pesquisadores dizem 4 mil, outros dizem 8 mil. Alguns dizem que 10% são vítimas do tráfico, outros dizem 90%. Mesmo usando as estimativas mais baixas, haveria pelo menos 400 garotas sendo prostituidas contracadoolavontade. Ou seja, elas estão basicamente sendo estupradas todos os dias. Não vai ajudar fazer com que elas sumamcadoolaoutra parte da cidade."
Selva à noite
A prefeital Halsema deve publicarcadoolaproposta detalhada ainda neste ano.
Ela sugeriu um aumento do policiamento, multas para turistas e o uso do "Códio Vermelho" – um avisocadoolaemergência – para desviar visitantes quando a região ficar cheia demais.
O ombudsman da cidade Arre Zuurmond descreveu o bairro como uma "selva à noite". Ele quer criar um limitecadoolaidade para ir ao bairro e propôs limitar o númerocadoolavoos baratos para o aeroportocadoolaSchipol.
Outros argumentam que a própria existênciacadoolauma área legal para o sexo fundamentalmente objetifica as mulheres e as deixa vulneráveis ao abuso.
"No fundo, todos sabemos que a prostituição é prejudicial às mulheres, física e emocionalmente", diz Karin Werkman. Ela argumenta que facilitar o negócio do sexo – exigindo que as mulheres se registrem e pagem impostos – essencialmente "torna o governo o cafetão".
Quem defende a existência do bairro afirma que dificultar a profissão só empurra as mulheres para a ilegalidade, torna mais difícil delas a serviçoscadoolasaúde – alémcadoolaas tornar invisíveis para as autoridades.
A prioridade atual da prefeitura no momento é proteger as prostitutas e seus locaiscadoolatrabalho.
Muitas das vitrines já têm sinais que dizem "Te Huur" (aluga-se). O negócio está migrando para a internet. Sitescadoolavendacadoolasexo permitem que as mulheres trabalhem sem ter que enfrentar o escrutínio do público e as câmeras dos turistas.
No entanto, se o distrito da luz vermelha é "uma selva", é ainda mais sem lei a internet – onde o controle é muito mais difícil para as autoridades.
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível