Como cérebros doados no Brasil estão ajudando a descobrir origem do Malcódigo bônus estrela betAlzheimer:código bônus estrela bet

Crédito, Assessoriacódigo bônus estrela betComunicação/FMUSP

Legenda da foto, Adesão a projeto surpreendeu cientistas - cercacódigo bônus estrela bet94% dos familiarescódigo bônus estrela betfalecidos concordam com a doaçãocódigo bônus estrela betseus cérebros

Depois que decidem doar o cérebro, os familiares devem responder a um questionário que tem como objetivo verificar se o parente tinha alguma perdacódigo bônus estrela betcognição ou manifestação clínica que pudesse ser associada a algum quadrocódigo bônus estrela betdemência.

"A boa receptividade das pessoas aos nossos estudos foi surpreendente", conta Léa Tenenholz Grinberg, professora do Departamentocódigo bônus estrela betPatologia da FMUSP e uma das fundadoras do Biobanco. O índicecódigo bônus estrela betconcordância com a doação chega a 94%.

Diagnóstico após a morte

O próximo passo é a coleta do cérebro, que,código bônus estrela betseguida, é levado ao Laboratóriocódigo bônus estrela betFisiopatologia do Envelhecimento (Gerolab), onde passa por exames que determinam se havia lesões cerebrais - como, por exemplo, as associadas ao Alzheimer.

Os pesquisadores usam os resultados e as informações prestadas pelos parentes para fazer um diagnóstico do doador, ou seja, verificar se era sadio ou se sofriacódigo bônus estrela betdemência com sintomas clínicos apenas ou se tinha lesões anatômicas também.

Segundo Lea, o SVO é único no mundo, pois é um serviço que verifica a causacódigo bônus estrela betóbitocódigo bônus estrela betgrande parte da populaçãocódigo bônus estrela betSão Paulo. "Como ele possui base populacional, o nosso Biobanco tem casoscódigo bônus estrela betindivíduos sem alterações neurológicas e outros com vários diagnósticoscódigo bônus estrela betdoenças neurodegenerativas", explica.

Crédito, Assessoriacódigo bônus estrela betComunicação/FMUSP

Legenda da foto, Pesquisas mostraram aos cientistas que Malcódigo bônus estrela betAlzheimer começa a matar neurônioscódigo bônus estrela betpartes do encéfalo diferentes do que se imaginava

O objetivo desse trabalho é justamente realizar pesquisas sobre as doenças relacionadas ao envelhecimento.

Graças ao Biobanco, a FMUSP ocupa uma posiçãocódigo bônus estrela betvanguarda no mundo na áreacódigo bônus estrela betestudoscódigo bônus estrela betdoenças como o Alzheimer.

De acordo com Léa,código bônus estrela betmuitos outros países, os estudos são realizados com pessoas que procuram tratamento quando já apresentam algum sintoma, como perdacódigo bônus estrela betmemória. Isso dificulta o entendimento sobre o que antecedeu o problema.

Por meio dos cérebros doados, o Projeto Envelhecimento Cerebral e Biobanco para Estudos no Envelhecimento pode analisar casos que ainda não apresentavam sintomas da doença, conseguindo determinar onde ela começa, como progride e quais os sintomas iniciais, possibilitando o diagnóstico no início e facilitando a interrupção do seu progresso.

Onde começa o Malcódigo bônus estrela betAlzheimer

Foi assim que Lea ecódigo bônus estrela betequipe descobriram onde,código bônus estrela betfato, o Alzheimer começa. Antes, é preciso saber que o que os leigos chamamcódigo bônus estrela betcérebro na verdade é o encéfalo, que é composto pelo cérebro propriamente dito, pelo cerebelo e pelo tronco.

Esse último é uma importante estrutura do sistema nervoso central, que controla funções involuntárias fundamentais para a sobrevivência, como a respiração, os batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e o sono.

Os pesquisadores descobriram que o Alzheimer dá os primeiros sinaiscódigo bônus estrela betsua existência justamente numa parte específica do tronco, chamada núcleo dorsal da rafe.

"Mostramos que essa área, localizada no mesencéfalo (uma parte do encéfalo localizada no pescoço) e maior produtoracódigo bônus estrela betserotonina do cérebro, desenvolve alterações da doença antes das que eram consideradas as iniciais até então, situadas no córtex entorrinal (uma parte do córtex cerebral)", explica Lea.

"Em seguida,código bônus estrela betoutros estudos com colaboradores, descrevemos cercacódigo bônus estrela bet15 áreas cerebrais que apresentam essas lesões antes do córtex entorrinal."

O que Lea encontrou nessa região do encéfalo foi uma das lesões mais características do Alzheimer, os chamados emaranhados neurofibrilares, que levam à morte dos neurônios. Eles assinalam o surgimento e progressão da doença, ao ladocódigo bônus estrela betplacas extracelulares, causadas pelo acúmulo anormalcódigo bônus estrela betuma proteína chamada beta-amiloide.

Segundo a pesquisadora, graças a essa descoberta, agora é possível diagnosticar o malcódigo bônus estrela betfases ainda mais iniciais, entender a relação entre essas primeiras alterações e sintomas como depressão, ansiedade, problemascódigo bônus estrela betsono e apetite.

O que já se descobriu tambémcódigo bônus estrela betrelação a esses sintomas é que eles não são fatorescódigo bônus estrela betrisco para Alzheimer, como se pensava antes, mas, sim, consequências da doença.

O estudo foi apresentadocódigo bônus estrela betjulho na Conferência Internacional da Alzheimer's Association, realizadacódigo bônus estrela betChicago, no Estados Unidos, que reuniu cercacódigo bônus estrela betseis mil pesquisadores da doençacódigo bônus estrela betdiversas partes do mundo.

Crédito, Assessoriacódigo bônus estrela betComunicação/FMUSP

Legenda da foto, Cientistas estão analisando cérebros humanos para tentar identificar alteraçõescódigo bônus estrela betáreas onde o Alzheimer aparece primeiro no cérebro

Exame para rastrear a doença na população brasileira

O Biobanco também já possibilitou a descobertacódigo bônus estrela betfatores relacionados a riscocódigo bônus estrela betdemência relevantes para a população brasileira, como a grande prevalênciacódigo bônus estrela betAlzheimer por alteração nos vasos sanguíneos e risco diferencial para problemas causados por elacódigo bônus estrela betdescendentescódigo bônus estrela betafricanos e japonesescódigo bônus estrela betrelação aoscódigo bônus estrela beteuropeus.

Agora, Lea está desenvolvendo estudos para identificar alterações nessas áreas onde o Alzheimer aparece primeiro, utilizando técnicascódigo bônus estrela betneuroimagem.

"A ideia é criar um exame simplescódigo bônus estrela betrastreio, que funcionaria como a mamografia funciona para câncercódigo bônus estrela betmama", explica.

"Será acessível o suficiente para ter grande parte da população examinada por volta dos 50 anos e reavaliadacódigo bônus estrela bettemposcódigo bônus estrela bettempos. Assim, se não houver alterações, não há necessidadecódigo bônus estrela betoutros exames."