Os três filhotesfree spins galera betonça-pintada do Parque Nacional do Iguaçu que são esperança para a espécie:free spins galera bet

Crédito, Carmel Croukamp

Legenda da foto, Um dos três filhotesfree spins galera betonça-pintada atravessa pista do Parque Nacional do Iguaçu; desde 1990, é a primeira vez que nasce uma ninhadafree spins galera bettrês filhotes no local

Estão sendo feito esforços para evitar que os filhotes ou a mãe sejam atropelados na pista do Parque Nacional do Iguaçu - uma área turística. Para isso, o local está sendo sinalizado com placas que informam sobre os filhotes e com cones nos locais onde os animais são avistados com mais frequência. Além disso, os carros que circulam no parque recebem um GPS que monitora a velocidade.

As oncinhas são uma demonstração do sucesso do Projeto Onças do Iguaçu. Desde o início dos esforçosfree spins galera betconservação do felino no parque,free spins galera bet1990, esta é a primeira vez que é registrado o nascimentofree spins galera bettrês filhotes. O númerofree spins galera betonças-pintadas no parque está crescendo - dobrou entre 2009 e 2016.

As principais ameaças à sobrevivência da onça-pintada são a perdafree spins galera bethabitat, provocada por desmatamento, e a caça - seja ela esportiva ou para retaliar a mortefree spins galera betrebanhos. "Acuadasfree spins galera bet(pequenos) fragmentosfree spins galera betfloresta, que não têm populações adequadasfree spins galera betpresas, as onças-pintadas podem acabar predando bezerros", diz Yara.

No entanto, segundo a bióloga, "estudos feitos no Pantanal, no sul da Amazônia e no oeste do Paraná indicam que,free spins galera betmédia, apenas uma ou duas a cada 100 cabeçasfree spins galera betgado são abatidas por onças-pintadas".

Crédito, Carmel Croukamp

Legenda da foto, A mãe Atiaia atravessa pista na frente dos pesquisadores do Projeto Onças do Iguaçu

Objetivo é aumentar a populaçãofree spins galera betonças-pintadas na região

Além do Parque Nacional do Iguaçu, as onças-pintadas se espalham mais para o sul, no chamado corredor verde. Trata-se uma áreafree spins galera bet2 mil quilômetros quadrados que inclui áreasfree spins galera betconservação na Argentina, como o Parque do Iguazu, e o Parque Estadual do Turvo, no Rio Grande do Sul.

O númerofree spins galera betonças nesse corredor passoufree spins galera bet50 para 90 entre 2009 e 2016. "Nosso objetivo agora é chegar a 250 indivíduos até 2030", diz Ronaldo Morato, coordenador do Centro Nacionalfree spins galera betPesquisas e Conservaçãofree spins galera betMamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendesfree spins galera betConservação da Biodiversidade (ICMBio). "É uma meta baseadafree spins galera betanálisesfree spins galera betviabilidade populacional. Se atingirmos esse número, garantimos uma população viável por pelo menos mais 200 anos."

O Projeto Onças do Iguaçu tem uma longa história. Começou por voltafree spins galera bet1990, como parte do doutoramento do biólogo Peter Crawshaw, hoje aposentado, mas ainda colaborador da iniciativa. "Em seu estudo, Crawshaw observou o forte impacto da caça sobre esses felinos", conta Morado, que também é um dos responsáveis pelo projeto.

"O trabalho teve sequência com coordenaçãofree spins galera betvários pesquisadores. Em 2008, passou a se chamar Projeto Carnívoros do Iguaçu, coordenado pelo Parque Nacional do Iguaçu,free spins galera betparceria com o Cenap-ICMBio, Instituto Pró-Carnívoros e Institutofree spins galera betPesquisas Ecológicas."

Em 2018, recebeu o nome que tem hoje, também com apoio do CENAP-ICMBio e Instituto Pró-Carnívoros. "Ao longo dos anos, várias pesquisas foram feitas e foi estabelecida uma forte relaçãofree spins galera betparceria com pesquisadores da Argentina", diz Morato. "O objetivo do trabalho é recuperar a populaçãofree spins galera betonças-pintadas e garantir a sobrevivência da espécie na região".

Crédito, Carmel Croukamp

Legenda da foto, Os três filhotesfree spins galera betonça-pintada têm cercafree spins galera betdois meses; dois deles atravessaram a pista e o outro ficou na mata

Onças-pintadas são monitoradas por pesquisadores

Outra meta do projeto é minimizar o risco para pessoas e felinos dentro do Parque Nacional do Iguaçu, nas áreasfree spins galera betuso público e zonafree spins galera betuso especial. Para isso, é preciso monitorar 100% das onças que frequentem essas áreas.

"Além disso, o monitoramento nos dá várias informações e possibilidadesfree spins galera betatuação", diz Yara. "Podemos saber, por exemplo, quando uma das onças está próximafree spins galera betlocais com pessoas e implementar medidasfree spins galera betproteção adequadas. Também podemos saber se a onça está deixando o parquefree spins galera betdireção a propriedades no entorno e adotar medidas para evitar a predaçãofree spins galera betanimais domésticos".

O monitoramento é feito por meiofree spins galera betdois métodos: armadilhas fotográficas e colocaçãofree spins galera betum colar com GPS nos animais. Desde 2009, oito animais já foram acompanhados dessa última forma. "Atualmente temos um macho com colar", conta Morato. "Agora estamos realizando um esforçofree spins galera betcapturafree spins galera betmais quatro desses felinos".

Em maio, por exemplo, foi realizada uma campanhafree spins galera betcaptura. "Foram 10 dias intensos", lembra Yara. "Após a instalação das armadilhas, elas são checadas a cada hora, 24 horas por dia, para reduzir o tempo que um animal capturado fique nela. Utilizamos o métodofree spins galera betlaço, que é considerado o mais seguro para a onça e para a equipe".

Yara conta que, depoisfree spins galera betmuitos dias "de tentativas frustradas, pouco sono e muitos carrapatos", a equipe decidiu encerrar a campanha e retirar os laços. "Quando fomos pegar o último, para nossa surpresa (e total deslumbramento) tinha uma onça na armadilha", diz. "Pensefree spins galera betpesquisadores dando pulos ridículosfree spins galera betalegria na mata."

O animal capturado foi o Croissant, um macho com cercafree spins galera bet5 anos, que nunca havia sido pego antes. Foi ele que recebeu o colar, que possibilita acompanharfree spins galera betmovimentação. O grande felino não sabe, mas pode estar ajudando a salvarfree spins galera betespécie da extinção na Mata Atlântica.

Crédito, Carmel Croukamp

Legenda da foto, Uma das oncinhas não acompanhou a mãe e os irmãos e voltou para a mata; depois, pesquisadores reuniram o filhote com a família