Brasil é o segundo piorcassino vegasmobilidade socialcassino vegasrankingcassino vegas30 países:cassino vegas

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Legenda da foto, Desempenho do Brasil só é pior que o da Colômbiacassino vegasestudo sobre mobilidade social da OCDE

Na média entre os países membros da OCDE, a chamada "persistência" da renda intergeracional écassino vegas40%. Isso significa que, se uma família tem rendimento duas vezes maior o quecassino vegasoutra, o filho terá,cassino vegasmédia, renda 40% mais alta que a da criança que veio da famíliacassino vegasmenor renda.

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Legenda da foto, Brasil ocupa segunda pior posiçãocassino vegasestudo sobre mobilidade social feito pela OCDE com dadoscassino vegas30 países

Nos países nórdicos, a persistência écassino vegas20%. No Brasil,cassino vegas70%, conforme a pesquisa.

Maiscassino vegasum terço daqueles que nascem entre os 20% mais pobres no Brasil permanece na base da pirâmide, enquanto apenas 7% consegue chegar aos 20% mais ricos. Na média da OCDE, 31% dos filhos que crescem entre 20% mais pobres permanecem nesse grupo e 17% ascendem ao topo da pirâmide.

Pai pobre, filho pobre

Isso é o que o estudo chamacassino vegas"chão pegajoso" (sticky floor): a dificuldade das famíliascassino vegasbaixa rendacassino vegassair da pobreza.

Filhoscassino vegaspais na base da pirâmide têm dificuldadecassino vegasacesso à saúde e maior probabilidadecassino vegasfrequentar uma escola com ensinocassino vegasbaixa qualidade.

A educação precária,cassino vegasgeral, limita as opções para esses jovens no mercadocassino vegastrabalho. Sobram-lhes empregoscassino vegasbaixa remuneração,cassino vegasque a possibilidadecassino vegascrescimento salarial para quem tem pouca qualificação é pequena - e a chancecassino vegasperpetuação do ciclocassino vegaspobreza, grande.

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Legenda da foto, 'O Brasil fez um bom trabalho tirando milhõescassino vegasfamílias da extrema pobreza, com o Bolsa Família, por exemplo. Falta agora fazer a 'segunda geração'cassino vegaspolíticas', diz diretor da OCDE

Nesse sentido, a desigualdade social ecassino vegasrenda, destaca o levantamento, é definidora do acesso às oportunidades que podem fazer com que alguém consiga ascender socialmente.

"Além do chão pegajoso, países como o Brasil têm também tetos pegajosos (sticky ceilings)", acrescenta Stefano Scarpetta, diretorcassino vegasemprego, trabalho e assuntos sociais da OCDE, referindo-se às famíliascassino vegasalta renda.

O nível elevadocassino vegasdesigualdade também se manifesta sobre a mobilidade no topo da pirâmide. Aqui, é pequena a probabilidadecassino vegasque as crianças mais abastadas eventualmente se tornem adultoscassino vegasclasses sociais mais baixas que a dos pais.

Scarpetta pondera que, ao contrário da tendência globalcassino vegasaumento da desigualdade, o Brasil conseguiu reduzir suas disparidades na última década, até o início da recessão. O país fez pouco, entretanto, para corrigir os problemas estruturais que mantêmcassino vegasmovimento o ciclo da pobreza - a qualidade precária da educação e da saúde e a faltacassino vegastreinamento para os milhõescassino vegastrabalhadorescassino vegasbaixa qualificação.

"O Brasil fez um bom trabalho tirando milhõescassino vegasfamílias da extrema pobreza, com o Bolsa Família, por exemplo. Falta agora fazer a 'segunda geração'cassino vegaspolíticas", disse o economista à BBC News Brasil.

A classe média

Quando se analisa a mobilidade apenas do indivíduo, e nãocassino vegasuma geração a outra, o estudo da OCDE verifica que,cassino vegasforma geral, a classe média é o estamento com maior flexibilidade - para cima e para baixo.

No Brasil, a mobilidade da base da pirâmide para a classe média é maior do quecassino vegasvários emergentes. Essa ascensão, contudo, é frágil.

A estrutura do mercadocassino vegastrabalho, com uma participação elevada do emprego informal, intensifica os efeitos negativos das crises sobre a população mais vulnerável. Como aconteceu com parte da "nova classe média" durante a última recessão, o desemprego pode ser um caminhocassino vegasretorno à pobreza.

Mobilidade social e crescimento econômico

O nível baixocassino vegasmobilidade social tem implicações negativas sobre o crescimento da economia como um todo, diz o estudo da OCDE. Talentoscassino vegaspotencial podem ser perdidos ou subaproveitados, com menos iniciativas na áreacassino vegasnegócios e menos investimentos.

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Legenda da foto, Desigualdade social ecassino vegasrenda é definidora do acesso às oportunidades que podem fazer com que alguém consiga ascender socialmente, diz estudo

"Isso debilita a produtividade e crescimento econômico potencialcassino vegasnível nacional", ressalta o texto.

Um elevador social "quebrado" também se manifesta sobre o bem-estar social.

A percepçãocassino vegasque a oportunidadecassino vegasascensão dependecassino vegasfatores que estão fora do alcance - como a renda dos pais ou o acesso a educação - gera desesperança e sentimentocassino vegasexclusão. Isso aumenta a probabilidadecassino vegasconflitos sociais, diz a pesquisa.

Tendência global

O problema não é exclusivo dos países emergentes. Mesmo países ricos, com desempenho expressivamente superiores ao do Brasil nos indicadorescassino vegaseducação - França, Alemanha - estão acima da média da OCDE entre as estimativas do númerocassino vegasgerações necessário para que os 10% mais pobres atinjam a renda média.

"Por mais que esses países tenham bom desempenho no PISA (avaliação global do desempenho escolar), esses índices são uma média. Países como a França, por exemplo, são bastante heterogêneos", ressalta Scarpetta.