83% dos brasileiros acham que pessoas comuns podem fazer a diferença no combate à corrupção:jogo mais fácil do blaze

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Legenda da foto, 83% dos brasileiros acham que pessoas comuns podem fazer a diferença no combate à corrupção

Os mesmos três países - Uruguai, Costa Rica e Brasil - aparecem entre os três que mais concordam com a frase: "se eu testemunhasse um casojogo mais fácil do blazecorrupção, eu me sentiria obrigado a reportá-lo".

Impeachment

O levantamento foi feito com 22.302 pessoas entre maio e dezembrojogo mais fácil do blaze2016.

No Brasil, o períodojogo mais fácil do blazeque a pesquisa foi feita coincidiu com o processojogo mais fácil do blazeimpeachment da presidente Dilma Rousseff. Foram 1.204 entrevistados entre 21jogo mais fácil do blazemaiojogo mais fácil do blaze2016 e 10jogo mais fácil do blazejunhojogo mais fácil do blaze2016.

Apesarjogo mais fácil do blazeadmitir que o clima daquele momento possa ter influenciado as respostas dos entrevistados, Fabiano Angélico, consultor sênior da Transparência Internacional no Brasil, afirma que a pesquisa levanta pontos positivos e importantes no combate à corrupção.

"Quando a pesquisa foi feita tinha protesto e pessoas nas ruas, pode ter um viés sim. Mas, por mais que o papeljogo mais fácil do blazecombater a corrupção seja dos órgãos públicos,jogo mais fácil do blazenenhum lugar do mundo essa luta não prosperou sem o envolvimento da sociedade", observa Angélico.

Coragem

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Legenda da foto, Um terço dos que denunciaram casosjogo mais fácil do blazecorrupção sofreram retaliação, diz Transparência Internacional

O levantamento assinala que relatar corrupção é um ato que exige coragem na América Latina porque 28% dos que denunciaram suborno dizem ter sofrido retaliações.

Aindajogo mais fácil do blazeacordo com a pesquisa, a propina é um dos tiposjogo mais fácil do blazecorrupção mais experimentados pelos latino americanos. A Transparência Internacional estima que 90 milhõesjogo mais fácil do blazepessoas na região já pagaram propina para ter acesso a serviços públicos básicos, como saúde e educação.

O Brasil, nesse quesito, aparece como exceção. Segundo o estudo, o brasileiro é o que menos paga propina para ter acesso a serviços públicos e é o mais disposto a denunciar a prática.

Ainda assim, 78% dos entrevistados disseram que a corrupção aumentou - na frente do Brasil nesse quesito, apenas Venezuela (87%), Chile (80%) e Peru (79%).

Grande e pequena corrupção

"É muito importante diferenciar a grande corrupção da pequena. Elas têm dinâmicas diferentes e tudo indica que não acontecem na mesma proporção no Brasil. Aqui a grande parece ser sistêmica e a pequena não", explica Fabiano Angélico.

O consultor da Transparência Internacional se refere à corrupção chamadajogo mais fácil do blazerua oujogo mais fácil do blazebalcão. É, por exemplo, o dinheiro pago ao policial para se livrarjogo mais fácil do blazeuma multa, ao médico para ser atendido num hospital público ou a um diretorjogo mais fácil do blazeescola para conseguir matricular uma criança.

Ao tentar medir a "pequena corrupção", que incluiu situações como as citadas acima, a Transparência Internacional contabilizou que apenas 11% dos brasileiros declararam ter pago propina nos 12 últimos meses antes da pesquisa para ter acesso a serviços públicos.

"Apesarjogo mais fácil do blazeser o menor da América Latina, esse número é alto se comparado aos países escandinavos", diz Angélico, emendando que "11% não é um número bom nem desejado".

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Legenda da foto, Fabiano Angélico: 'A pequena corrupção não parece ser sistêmica no Brasil, ao contrário da grande corrupção que envolve o abuso dos mais altos níveisjogo mais fácil do blazepoder'

Delator

Apesarjogo mais fácil do blazea pesquisa indicar que o brasileiro apoia quem denuncia a corrupção, Angélico diz que ainda falta ao país uma legislação que proteja delatores.

"Corrupção acontece sempre no escuro e é difícil desvendá-la se não houver um denunciante", observa.

Ele conta que quando o Congresso discutia o pacotejogo mais fácil do blazemedidas contra corrupção, tentou-se elaborar um texto com direitos e deveres para denunciantes. Congressistas, contudo, rejeitaram a proposta.

"A pesquisa mostra que as pessoas estão dispostas a reportar corrupção e também acreditamjogo mais fácil do blazeinstituiçõesjogo mais fácil do blazecontrole a pontojogo mais fácil do blazegastar um dia num tribunal para relatar casosjogo mais fácil do blazesuborno".